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espaco-maker-na-sua-escola

Publicado em NOVA ESCOLA 15 de Maio | 2019

Tecnologia

5 dicas para inspirar a criação de


um espaço maker na sua escola
A professora Débora Garofalo desmistifica a ideia de que é necessário um
alto investimento para montar um espaço mão na massa
Débora Garofalo
Crédito: Getty Images

Já pensou em criar um clube ou organizar um espaço mão na massa em sua sala de aula para
experimentar a cultura maker com os alunos? Geralmente, quando pensamos em projetos de
tecnologia e cultura maker associamos à ideia de que precisamos ter um grande aparato de materiais
eletrônicos para tocar esses projetos. Eu quero desmitificar essa ideia neste texto!

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Você pode ter o seu próprio espaço e iniciar com materiais simples que incentivem o espírito criativo.
Entre esses materiais estão papelão, canetinha, massinhas, retalhos de madeira, fitas, lâmpadas de
leds, baterias, motores de 6V e outros objetos que irão auxiliar os estudantes a dar vida à invenções e
criações, seguidos de storytelling (contação de histórias).

Pilares para o clube (ou canto) mão na massa

Por onde começar

É necessário compreender que os tempos mudaram e nossas crianças têm a necessidade de explorar
sua imaginação. Nós, professores, temos que olhar para a aprendizagem criativa como uma grande
possibilidade para alancar a aprendizagem que perpassa pelas mãos. Abaixo, compartilho cinco dicas
para inspirar a criação do seu espaço maker:

1) Inclua o tema no seu planejamento


Acrescente no seu planejamento, um dia na semana e ou em uma aula o “dia mão na massa”. Ofereça
problemas, para que os alunos possam achar as soluções com materiais não estruturados.

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2) Reorganize o mobiliário
Deixe o espaço acolhedor e colaborativo. Junte mesas, permita que os estudantes trabalhem em
grupo. Lance temas geradores, mas deixe que as crianças escolham os seus temas a serem
trabalhados dentro do tema gerador. Faça perguntas norteadoras e que agucem a problemática a ser
resolvida.

3) Considere o erro
O erro faz parte do processo e é um importante aliado para consolidar os aprendizados. Muitos
projetos mão na massa podem não dar certo (ou sair exatamente como o esperado) – como o led não
acender ou queimar pela ausência do resistor. É essencial, compreender com os estudantes esses
erros, refletindo e intervindo sobre eles.

4) Exercite a criatividade com os materiais


Quem nunca fez uma caixa de papelão virar uma casinha ou foguete? Permita exercitar a criatividade e
a inventividade com materiais não estruturados. Os estudantes têm a liberdade de mexer com
canetinha, tesoura, estilete, ferramentas e materiais eletrônicos low tech (baixo recurso), como leds,
motores, conectores e outros.

Separe esses materiais por caixa e etiquete separando por cores. Considere nessa organização a
questão da segurança – aqueles materiais que os alunos podem mexer sozinhos, os que precisam de
supervisão e aqueles que não podem mexer sozinhos. Isso depende da idade e da autonomia.

Crie estações de trabalho, como o canto da costura, o canto do bordado, o canto das ferramentas e
deixe os estudantes decidirem qual o canto preferido. Também vale um canto para mexer com o ferro
de solda, cola quente, morsa e outros equipamentos que sejam necessários. Esse canto pode ser
acompanhado por instruções de segurança e de uso, com imagens ilustrativas, fixados em cartazes e
ou plastificados no espaço para serem consultados facilmente.

5) Busque inspirações

Há muitos professores e grupos se aventurando pelo mundo mão na massa. Pesquisar quem está
fazendo e conhecer esses trabalhos pode ajudar a reunir ideias e inspirar seu próprio trabalho. Uma
sugestões é, por exemplo, a Rede Mão na Massa, que reúne informações de como montar atividades e
que tem como parceiros o MIT Media Lab e o Programaê. Nele, o professor pode preencher um
formulário e receber informações sobre atividades e outros espaços mão na massa de sucesso.

E você, querido professor, possui o seu espaço mão na massa? Conte aqui nos comentários e ajude a
inspirar outros professores.

Um grande abraço,

Débora Garofalo
Professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, formada em Letras e Pedagogia, mestranda em
Educação pela PUC-SP, colunista de Tecnologia para o site da NOVA ESCOLA, Vencedora na temática
Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil e Top 10 no Prêmio Global Teacher
Prize, considerado o Nobel da Educação.

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