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24154
Primeira Edição
15 NOV 2005
1 Âmbito de atuação
Perfiladores Acústicos Doppler são instrumentos e pacotes de aplicativos utilizados para mensurar a
velocidade da água, a batimetria do canal e a descarga líquida de rios. Esta especificação técnica
reúne os princípios de operação, construção, manutenção e aplicação de perfiladores acústicos
Doppler para medir velocidade e descarga líquida de rios. Além disso, discorre sobre tópicos de
calibração e verificação.
Aplica-se a medições de fluxo em canais abertos com um instrumento acoplado a uma embarcação
em movimento. Não se aplica a medições de fluxos líquidos em pequenos canais ou tubulações
parcialmente preenchidas, utilizando um único medidor de fluxo baseado em Efeito Doppler,
localizado em um ponto fixo da seção transversal.
2 Referências Normativas
Os documentos referenciados na norma ISO abaixo são indispensáveis para a correta aplicação
deste documento. Quanto às edições obsoletas nela contidas, apenas as atuais se aplicam. Para as
referências sem menção de data, aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo
qualquer emenda).
3 Termos e definições
Para os propósitos deste documento, aplicam-se os termos e definições fornecidos na norma ISO
772, acrescidos dos seguintes.
Alteração na frequência de uma fonte sonora à medida que ela se aproxima ou se afasta de um
observador.
Divergência ou alteração na frequência de ondas sonoras emitidas quando elas são refletidas de
volta por contato com partículas em movimento presentes na água.
Categoria de instrumentos que utiliza o princípio do Efeito Doppler para calcular velocidade da água
ou descarga líquida.
Nota: Estes instrumentos podem ser dispostos em um ponto fixo da seção transversal ou em uma embarcação
em movimento.
Instrumento que utiliza o princípio do efeito Doppler para calcular velocidade da água e descarga
líquida.
Nota: Esse instrumento é geralmente acoplado a uma embarcação que percorre o canal do rio em uma trajetória
perpendicular ao fluxo.
Série de pulsos acústicos, de uma dada frequência, transmitidos por um instrumento acústico
Doppler.
Nota: Devido a um relativamente elevado nível de erro resultante de medições oriundas de uma única amostra
acústica, os resultados de mais de uma dessas amostras são geralmente tomados pela média, para se obter
uma medição individualizada.
Nota: Ao medir uma correnteza com um PAD, uma travessia pode se constituir em uma medição individual de
descarga líquida.
4 Histórico
Instrumentos acústicos Doppler para medição de velocidade da água têm sido utilizados nos últimos
25 anos, inicialmente no estudo de correntes e estuários oceânicos. Nos anos 1980, instrumentos
acústicos Doppler começaram a ser utilizados para realizar medições de velocidade a partir de
embarcações em movimento (GORDON, 1989; SIMPSON, 1993). Os primeiros foram instrumentos
acústicos Doppler de banda de freqüência estreita, os quais exigiam águas profundas (superiores a
3,4 m de profundidade). Isso limitava o seu uso a rios profundos e estuários. Em 1992, um
instrumento acústico Doppler mais avançado, conhecido como um perfilador de corrente acústico
Doppler de banda larga, foi desenvolvido para poder ser utilizado em medições de velocidade em
águas rasas (até 1,0 m de profundidade) com um elevado grau de resolução vertical (0,10 m).
5 Princípios de operação
Quando o instrumento acústico Doppler é utilizado para medir vazões, ele transmite uma série de
pulsos acústicos conhecidos como amostras acústicas (3.5). Aquelas destinadas a medir velocidades
da água são conhecidas como amostras acústicas d’água, e as correspondentes para medir
velocidade do barco são conhecidas como amostras acústicas de rastreio de fundo. Normalmente,
amostras acústicas d’água e de rastreio de fundo são intercaladas durante a transmissão. Um grupo
dessas amostras acústicas intercaladas, d’água e de rastreio de fundo, é referido como uma vertical
de amostragem (3.6). O usuário ajusta o número de amostras acústicas, d’água e de rastreio de
fundo, por vertical de amostragem. Uma vertical de amostragem é coincidente com uma coluna
vertical em uma medição de descarga líquida convencional. Por exemplo, uma vertical de
amostragem típica é composta de uma combinação de amostras acústicas d’água e de rastreio de
fundo. As velocidades e profundidades medidas para cada amostra acústica são tomadas em média
para produzir um perfil individual de velocidade e profundidade para cada vertical de amostragem. Em
uma medição de descarga líquida convencional, a velocidade é medida em um ponto na vertical
quando a profundidade é inferior a 0,8 m, e em dois, três ou cinco pontos na vertical, quando superior
a esse valor. Dependendo das suas características, um perfilador acústico Doppler pode medir
velocidades a cada 0,25 m na vertical; assim, uma vertical de amostragem para uma coluna com 10
m de profundidade pode conter até 34 medidas de velocidade.
1
Nota explicativa do Tradutor.
Tradução: Anderson Lima do Nascimento – Especialista em Recursos Hídricos
Gerência de Planejamento da Rede Hidrometeorológica – GPLAN
Superintendência de Gestão da Rede Hidrometeorológica – SGH
Agência Nacional de Águas – ANA
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6 Aplicação de perfiladores acústicos Doppler para medir descarga líquida de
rios
Efetuar medidas de descarga líquida com perfiladores acústicos Doppler requer três partes principais
do equipamento: o instrumento acústico / conjunto transdutor, uma embarcação para acoplar o
instrumento, e um computador portátil. O instrumento inclui uma cápsula pressurizada que contém a
maior parte dos componentes eletrônicos e um conjunto transdutor (veja a Figura 1). O conjunto
transdutor pode ter um invólucro convexo ou côncavo. Os instrumentos vêm em uma variedade de
tamanhos, configurações de feixe direcional, e frequências, de acordo com o tamanho, as
características dos rios a serem medidos e o tipo de emprego. As unidades pequenas são inferiores a
30 cm de altura e pesam cerca de 7 kg; as grandes possuem 1 m de altura e pesam 50 kg.
O tipo de perfilador acústico Doppler empregado depende do rio a ser medido. Para rios pequenos, o
sistema pode ser montado no fundo de um pequeno barco, jangada ou catamarã. Um motor de popa
pode acionar o barco ou uma corda pode ser utilizada para puxar um pequeno barco amarrado e o
sistema de medição ao longo da seção transversal do rio. Prender uma corda em cada margem ou
atravessar o rio com uma única corda a partir de uma ponte ou duto podem ser meios para um
emprego com uso de amarração. As medições em grandes rios exigem que o perfilador acústico
Doppler esteja suspenso sobre a coluna d’água a partir de uma haste de suporte presa a um barco,
movido a gás ou com motor a diesel. Exemplos destes dois tipos de implantação são mostrados na
Figura 2.
O aplicativo do sistema processa e exibe uma grande quantidade de dados, logo um computador
portátil – com um mínimo de 200 MHz de processador e acima de 64 MB de memória RAM, é
recomendado. A tela do computador deve ser visível sob luz solar direta ou difusa.
Uma medição de descarga líquida é feita com um perfilador acústico Doppler, atravessando a seção
transversal do rio, acoplado a um barco a motor ou a um pequeno barco amarrado. Uma única
passagem, chamada de travessia (3.7), consiste de uma coleção de verticais de amostragem.
Uma travessia típica conterá de 300 a 1.000 verticais de amostragem, enquanto uma medição de
descarga líquida convencional normalmente conterá de 25 a 30 verticais. Quando se mede em
Sob condições de fluxo instável ou sujeito a mudanças bruscas, uma única travessia pode ser
utilizada como a correspondente à medição de descarga líquida. Entretanto, duas a quatro medidas
oriundas de travessias isoladas devem ser feitas para ajudar a definir e verificar a curva-chave de
descarga líquida numa estação de controle.
Perfiladores acústicos Doppler possuem algumas limitações para medir descargas líquidas numa
seção transversal de um rio. Eles não conseguem medir as velocidades da água próximo à superfície
e junto ao leito. As velocidades da água próximo à superfície não são medidas devido à geometria do
transdutor (profundidade da face do transdutor abaixo da superfície d’água) e à distância do
instrumento correspondente a um vazio de medição. Essa distância vazia é igual à distância
percorrida pelo sinal sonoro quando a vibração do transdutor durante as transmissões evita que o
transdutor receba ecos ou sinais de retorno. A perda pela geometria do transdutor pode variar desde
0,2 m a 1 m e a distância vazia é de 0,3 m.
A velocidade em local próximo ao leito do rio não consegue ser medida devido à interferência dos
lóbulos laterais de energia sonora distantes de 30° a 40° em ângulo a partir do feixe principal. Os
reflexos energéticos desses lóbulos laterais a partir do leito do rio sobrepõem os ecos do feixe
principal refletidos em partículas próximas ao fundo da coluna d’água. Os efeitos da geometria, da
distância vazia, e da interferência de lóbulo lateral são mostrados na Figura 3.
Legenda
1 – Lóbulo lateral
4 – Geometria
5 – Distância vazia
8 – Leito do rio
No intuito de medir descargas líquidas de modo mais acurado, as velocidades nos locais próximos à
superfície da água e ao leito do rio devem ser estimadas. O método constante e o método da lei de
potência são os mais comumente utilizados para estimar as velocidades da água em locais próximos
à superfície da água ou ao fundo.
O método da lei de potência é baseado numa distribuição de velocidades da lei de potência. Nesse
método, um ajuste com mínimos quadrados tomado a partir das velocidades d’água medidas é obtido
utilizando a distribuição de velocidade da lei de potência. O usuário pode selecionar o expoente da
função, o qual está normalmente ajustado para 1/6 [2]. A função é, então, utilizada para estimar
velocidades na parte não medida da coluna d’água. Conceitualmente, o método da lei de potência é
melhor para estimar a parte não-medida da coluna d’água próxima ao fundo.
Perfiladores acústicos Doppler também não medem velocidades da água próximas às margens da
seção transversal do rio que está sendo medida. Se a área correspondente à descarga líquida não
medida é assumida como sendo triangular, a velocidade para a seção não medida, ve, é estimada
pela equação de Referência [13]:
ve = 0,707 vm (1)
A presunção de que a área de fluxo não medida seja triangular é razoável para muitas seções
transversais de rios onde o fundo gradualmente inclina-se para cima em direção à margem.
Entretanto, algumas vezes a borda da água é uma parede vertical, tal como um abismo marítimo. À
medida que o instrumento acústico Doppler se aproxima de uma parede vertical, os feixes acústicos
colidem com essa parede e causam um falso retorno de fundo. A distância na qual os feixes
acústicos colidem com essa parede depende da profundidade da água no local próximo à parede e
da orientação dos transdutores no instrumento em relação à parede. Essa distância é normalmente
igual à profundidade do canal. Velocidades para a borda não medida das seções poderiam, então,
ser estimadas pelo ajuste ve = vm. Entretanto, isso não é inteiramente exato porque a velocidade, de
fato, decresce até zero à medida que a parede se aproxima. Portanto, para as medições descritas
nesta Especificação Técnica, velocidades próximas a paredes verticais foram estimadas pela
equação seguinte:
ve = 0,91 vm (2)
O coeficiente de 0,91 fora estimado por meio dos dados apresentados na Referência [9], mostrando a
relação da distância desde uma parede lisa – expressa como a razão entre a profundidade e
qe = (C vm L dm) (3)
onde:
L é a distância até a margem, a partir da primeira ou da última subseção medida com o PAD
(3.4); e
Os fatores que afetam o desempenho de perfiladores acústicos Doppler para medições de velocidade
e descarga líquida de rios podem ser divididos quanto às características do instrumento e do
aplicativo que o acompanha, às características do rio que está sendo medido, e à formação e à
experiência dos operadores do sistema.
O ângulo dos feixes a partir da vertical (normalmente 20° ou 30°) afeta o desempenho do sistema.
Quanto maior o ângulo, aumenta o cone do raio e o montante da coluna de água que está sendo
medida; entretanto, também aumenta a interferência dos lóbulos laterais. A perda de escala de perfis
verticais devido à interferência dos lóbulos laterais é de 15%, com um ângulo de 30°, e de 6%, com
um ângulo de 20°.
O tamanho e a frequência do perfilador acústico Doppler a ser utilizado depende das características
do rio que está sendo medido e da plataforma utilizada para a implantação. Em rios profundos, uma
unidade grande montada em um barco a motor é utilizada. A profundidade do rio determina a
frequência do sistema a ser usado, pois quanto maior a frequência do sinal transmitido, maior é a
atenuação do sinal acústico e, portanto, menor a faixa utilizável. Uma unidade de 300 kHz pode ser
usada para uma profundidade de 130 m, enquanto uma unidade de 1.200 kHz pode ser usada para
uma profundidade de cerca de 20 m. Um perfilador de 300 kHz normalmente tem invólucros com
tamanho mínimo de 0,20 m a 1,0 m. Um perfilador de 1.200 kHz utiliza invólucros com tamanho
mínimo de 0,05 m a 0,25 m.
Pequenos rios com fluxo tranquilo podem ser medidos com perfilador acústico Doppler instalado em
pequena lanchas ou barcos com amarração ou catamarãs. Novos modelos de sistemas de 1.200 kHz
e 1.500 kHz são capazes de medir rios com profundidades tão rasas quanto 0,3 m.
Rios com uma grande parte da carga de sedimentos transportados como arrasto de fundo, ou com
concentrações elevadas de sedimento perto do leito, apresentam outros problemas [8]. Nesses
casos, as medições de rastreio de fundo estão contaminadas com retornos de sedimentos próximos
ao leito. Como resultado, medições de rastreio de fundo da localização do barco estarão localizadas à
montante da verdadeira localização e medidas de velocidade tenderão a ser baixas porque o
perfilador acústico mede não apenas a velocidade do barco, mas também a velocidade dos
sedimentos se movendo perto do leito. A mudança de configuração do leito móvel impede o modo de
rastreamento de fundo do perfilador acústico Doppler de medir com precisão a travessia da
plataforma de medição e a largura do rio. Um DGPS pode ser usado para medir a posição e a
velocidade do barco, porém, utilizar uma velocidade de referência externa introduz erros potenciais
adicionais na velocidade da água e nas medições de descarga líquida.
8 Verificação
As medições de velocidade de perfiladores acústicos Doppler são verificadas, em certa medida, nos
tanques de reboque que são utilizados para calibrar medidores de corrente de eixo horizontal – e
vertical, e para a concepção de embarcações navais. Os perfis são montados em um carrinho de
reboque e rebocados através do tanque a uma velocidade constante. No entanto, um relativamente
largo e profundo (acima de 4 m) tanque de reboque é necessário para evitar interferência de fundo e
de paredes laterais. Variação na retrodispersão do material introduzido no tanque de reboque para os
testes causou algumas incertezas. Alguma verificação de perfiladores acústicos Doppler fora
3
realizada pelo Centro de Pesquisa Geológica dos EUA (USGS – sigla a partir do original, em inglês )
e pelo Serviço Oceânico Nacional [11] com base na bacia-modelo David Taylor, em Carderock,
Maryland. A bacia-modelo possui 15,5 m de largura e 6,7 m de profundidade.
O Centro de Pesquisa Geológica dos EUA também está investigando um método de campo para
verificar perfiladores acústicos Doppler [6]. O método utiliza um DGPS com precisão horizontal
submétrica para verificar a distância e a velocidade de um perfilador acústico Doppler percorrendo
uma travessia de 400 m a 800 m em um lago ou outro corpo hídrico com correntes mínimas.
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Nota explicativa do Tradutor.
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Nota explicativa do Tradutor.
Tradução: Anderson Lima do Nascimento – Especialista em Recursos Hídricos
Gerência de Planejamento da Rede Hidrometeorológica – GPLAN
Superintendência de Gestão da Rede Hidrometeorológica – SGH
Agência Nacional de Águas – ANA
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9 Construção
O conjunto transdutor é, muitas vezes, diretamente ligado à cápsula pressurizada, e também pode
ser feito de alumínio ou de plástico. O conjunto transdutor é preso à cápsula pressurizada. Anéis de
vedação são usados para fornecer uma vedação estanque entre o conjunto transdutor e a cápsula
pressurizada.
A maioria dos perfiladores acústicos Doppler também possui um tampão de fundo localizado na
extremidade oposta da cápsula pressurizada. A remoção desse tampão permite acesso aos
componentes eletrônicos para manutenção. Anéis de vedação também são usados para fornecer
uma vedação estanque entre o tampão de fundo e a cápsula pressurizada. Um cabo de comunicação
está ligado à cápsula pressurizada através de um conector à prova d'água localizado no tampão de
fundo. O cabo de comunicação permite aos usuários configurar os perfiladores acústicos Doppler
usando um aplicativo processado em um computador portátil e permite ao sistema transmitir dados
para o computador portátil visando um pós-processamento.
10 Manutenção
Como acontece com muitos instrumentos eletrônicos, perfiladores acústicos Doppler não devem ser
submetidos a graves choques físicos. Eles devem estar devidamente protegidos quando em uso e
durante o transporte. Após cada uso, devem ser secos e seguramente embalados em uma caixa de
proteção.
Em geral, os perfiladores acústicos Doppler não necessitam de manutenção intensiva. Vários dos
procedimentos de manutenção comuns estão listados abaixo.
c) Verifique os anodos de zinco quanto à corrosão. Anodos provavelmente devem ser substituídos a
cada seis meses, se eles estão sendo usados em água salgada.
[2] CHEN, CHENG-LUNG. Power law of flow resistance in open channels — Manning's formula revisited:
International Conference on Channel Flow and Catchment Runoff: Centennial of Manning's Formula
and Kuichling’s Rational Formula, Charlottesville, Virginia, May 22-26, 1989, pp. 817-848
[3] GORDON, R.L., Acoustic measurement of river discharge: Journal of Hydraulic Engineering,
American Society of Civil Engineers, 1989, 115(7) pp. 925-936
[4] LIPSCOMB, S.W., Quality assurance plan for discharge measurements using broadband ADCP’s.
U.S. Geological Survey Open File Report 95-701, 1995, 7 pp.
[5] MORLOCK, S.E., Evaluation of acoustic Doppler current profiler measurements of river discharge.
U.S. Geological Survey Water Resources Investigation Report 95-4218, 1996, 37 pp.
[6] OBERG, K.A., In search of easy-to-use methods for calibrating ADCP’s for velocity and discharge
measurements. In: Proceedings, Hydraulic Measurements and Experimental Measurements,
American Society of Civil Engineers, Estes Park, CO, 2002
[7] OBERG, K.A., and SCHMIDT, A. R. Measurements of leakage from Lake Michigan through three
control structures near Chicago, Illinois, April-October 1993. U.S. Geological Survey Water Resources
Investigation Report 94-4112, 1994, 48 pp.
[8] MUELLER, D.S., Use of acoustic Doppler instruments for measuring discharge in streams with
appreciable sediment transport. In: Proceedings, Hydraulic Measurements and Experimental
Measurements, American Society of Civil Engineers, Estes Park, CO, 2002.
[9] RANTZ, S.E., and others. Measurement and computation of streamflow. Volume 1, Measurement of
discharge. U.S. Geological Survey Water-Supply Paper 2175, 1982, 631 pp.
[10] RD INSTRUMENTS. Acoustic Doppler current profilers, Principles of operation. A practical primer.
RD Instruments, San Diego, California, 1993, 36 pp.
[11] SHIH, H.H., PAYTON, C., SPRENKLE, J., and MERO, T., Towing basin speed calibration of acoustic
Doppler current profiling instruments. National Oceanic and Atmospheric Administration, National
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[12] SIMPSON, M.R., Discharge measurements using a broad-band acoustic Doppler profiler. U.S.
Geological Survey Open-File Report, 2001, 61 pp.
[13] SIMPSON, M.R., and OLTMANN, R.N., Discharge-measurement system using an acoustic Doppler
current profiler with applications to large rivers and estuaries. U.S. Geological Survey Water-Supply
Paper 2395, 1993, 32 pp.
[14] SONTEK/YSI, INC. SonTek ADP acoustic Doppler profiler. SonTek/YSI, San Diego, California,
2000, 2 pp.
[15] ISO 748, Measurement of liquid flow in open channels — Velocity-area methods
[16] ISO/TR 8363, Measurement of liquid flow in open channels — General guidelines for selection of
method