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Ao se falar sobre obrigação solidaria, primeiro precisamos entender qual o

significado da palavra solidariedade, que sendo originada do francês, significa se


identificar com o sofrimento do outro e se dispor a resolver ou solucionar seu
problema. Já no Direito com uma lógica não tão longínqua desta anterior, o termo
solidário se relaciona com a pluralidade de sujeitos, sendo eles titulares de um
mesmo dever jurídico, onde cada um deles têm direitos ou deveres à dívida toda.
Logo, a obrigação solidaria se caracteriza pela multiplicidade de sujeitos para
com uma dívida, onde todos os credores ou devedores vão ser responsabilizados
pela dívida toda, como dispõe o Art. 264/CC. “Há solidariedade, quando na mesma
obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com
direito, ou obrigado, à dívida toda.”, deste modo esta obrigação se divide em duas
espécies: a solidariedade passiva e a solidariedade ativa.
A solidariedade passiva se caracteriza quando ao credor for facultado de
cobrar a dívida por inteiro de um ou de todos os devedores, onde está disposto no
Art. 267/CC. “Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro”.
Já na solidariedade passiva há multiplicidade de credores, chamados
cocredores, onde cada um deles tem direito a uma quota da prestação. Porém, em
razão da solidariedade, cada um dos cocredores pode reclamar a dívida por inteiro
do devedor comum. Este, no entanto, pagará somente a um deles. conforme
disposto no artigo 268 do Código Civil, “Enquanto alguns dos credores solidários não
demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.”
Portanto. a obrigação solidaria ocorre quando na mesma obrigação concorre
pluralidade de credores cada um com direito a dívida toda ou pluralidade de
devedores, cada um obrigado a pagar a dívida por inteiro. Sendo assim, por essa
obrigação sempre se tratar de lei e da vontade das partes, ela não se presume como
diz o Art. 265/CC. “A solidariedade não se presume; resultar da lei ou da vontade
das partes.”

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