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Cada detalhe pensado

no bem-estar de quem precisa


de uma alimentação equilibrada.

Benefícios e usos de leite isento de lactose


Alterações funcionais intestinais

Intolerância à lactose
Intolerância à Lactose Intolerância à Lactose

Benefícios e usos Alterações funcionais intestinais


de Leite isento de Lactose
No que atualmente é denominado “alterações à diarreia (GIBSON E SHEPHERD, 2012;
funcionais intestinais” são verificadas a SHEPHERD et al., 2013). Por meio da Figura 1
O leite zero lactose apresenta isenção deste tipo digestão e/ou absorção deficientes ou lentas é possível verificar o mecanismo de surgimento
de carboidrato devido à adição da enzima lactase dos carboidratos de cadeia curta (dentre os dos sintomas descritos a partir da ingestão de
que quebra totalmente a lactose em outros tipos de quais encontra-se a lactose), e sua consequente carboidratos de cadeia curta.
carboidrato: glicose e galactose. Assim, este leite permanência no intestino por mais tempo do que Com base nesse mecanismo proposto,
pode ser consumido por indivíduos intolerantes seria previsto ou desejável. Estes carboidratos estudos observacionais e de intervenção vêm
à lactose. Tão interessante quanto sua aplicação podem promover o aumento do volume de demonstrando melhora dos sintomas, tanto no
na dieta de indivíduos com intolerância à lactose, fluidos na luz intestinal, por meio do mecanismo caso de pacientes diagnosticados com Síndrome
mas mais surpreendente, é o fato de que a ciência de osmose (uma vez que estejam na luz intestinal, do Intestino Irritável (BARRET, 2013; DE
vem mostrando que o leite sem lactose pode ser atraem mais líquidos para o local), além de ser ROEST et al., 2013; HALMOS et al., 2014),
benéfico também para outros públicos, como os também facilmente fermentáveis, o que leva quanto entre aqueles com alterações funcionais
indivíduos com alterações funcionais intestinais à produção dos gases hidrogênio, dióxido de intestinais sem diagnóstico definido, a partir
que geram sintomas (SHEPHERD et al., 2013) carbono e metano, além de ácidos graxos de de modificações dietéticas no que diz respeito
e mesmo os portadores da Síndrome do Intestino cadeia curta, os quais promovem absorção de aos carboidratos de cadeia curta. Esse padrão
Irritável (DE ROEST et al., 2013; HALMOS et sódio e ainda mais água, e estimulam a motilidade. dietético, denominado “low FODMAP diet”
al., 2014). A presença aumentada de fluidos e gases no é caracterizado pela redução no consumo de
A utilização do leite zero lactose é considerada intestino ocasiona distensão abdominal, podendo oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos
uma das formas mais fáceis e seguras para que resultar em dor e desconforto, além de alteração e poliois fermentáveis (FODMAP, da sigla em
indivíduos com qualquer uma das restrições da motilidade, que leva, nos casos mais críticos, inglês para “fermentable oligosaccharides,
citadas desfrutem dos benefícios nutricionais disaccharides, monosaccharides and polyols”),
Figura 1. Mecanismo de ação dos carboidratos
advindos dos lácteos, já que este tipo de produto deficientemente absorvidos. os quais incluem a lactose como alvo de
preserva todas as características nutricionais do intervenção (GIBSON E SHEPHERD, 2012;
leite, mantendo intactos os teores de proteína, SHEPHERD et al., 2013).
cálcio e outros nutrientes (PALACIOS et al., Os sintomas de inchaço, dor abdominal e
2009; BAILEY et al., 2013). Embora uma das flatulência, principalmente, parecem apresentar
alternativas mencionadas para corrigir o consumo melhora quando aplicada a “low FODMAP diet”
de cálcio por indivíduos intolerante à lactose seja por quatro semanas, em comparação à dieta
o consumo de bebidas de soja ou mesmo sucos habitual ou mesmo às orientações dietéticas
adicionados de cálcio, pesquisas recentes sugerem tradicionais advindas de órgãos de saúde
que essa não é a estratégia ideal, principalmente (SHEPHERD et al., 2013). Mais de 70% dos
por tais produtos não serem capazes de oferecer pacientes com Síndrome do Intestino Irritável,
a combinação de uma série de outros nutrientes especificamente, apresentam melhora dos
encontrada nos lácteos (GAUCHERON , 2011; sintomas com a introdução desse tipo de dieta
FODMAPS: Oligossacarideos, dissacarídeos, monossacarídeos e
BAILEY et al., 2013). poliois fermentáveis. Fonte: Adaptado de Shepherd et al., 2013. (BARRET E GIBSON, 2012).

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Intolerância à Lactose Intolerância à Lactose

Nesse sentido, a utilização do leite isento de chamados FODMAPs apresentam algumas de digerir e absorver a lactose, o bebê apresenta doenças que danificam a borda em escova da
lactose poderia auxiliar na adesão à dieta, sem funções importantes, exemplo das quais é sua diarreia desde a primeira exposição ao leite mucosa intestinal como, por exemplo, enterites,
que houvesse comprometimento da ingestão de atuação como prebióticos, um dos fatores que materno, e pode chegar a ter déficit de crescimento doenças inflamatórias ou condições mais graves e
nutrientes dos quais o leite é fonte importante. fortalece a recomendação de reintrodução e um sério risco à saúde, caso a dieta não seja crônicas como doença celíaca, e doença de Chron
Atualmente, o que impede a recomendação gradativa após determinado período de dieta, adaptada. Contudo, esse tipo de deficiência é (MATTAR E MAZO, 2010, WILT et al., 2010;
desse padrão alimentar em larga escala é a falta principalmente de alimentos que contém apenas extremamente raro (SIDDIQUI et al., 2011; USAI USAI SATTA et al., 2012).
de estudos populacionais e controlados, que um FODMAP (BARRET, 2013). SATTA et al., 2012). A má absorção de lactose ocorre em decorrência
confirmem sua efetividade de forma irrefutável, Entretanto, os leites com a isenção de lactose -Hipolactasia primária do tipo adulto: também da hipolactasia, a qual pode ou não resultar
bem como sua aplicabilidade prática e as podem ser uma alternativa interessante tanto para as conhecida como “não persistência da lactose”, em sintomas. A intolerância à lactose pode ser
implicações de sua adoção, principalmente no alterações funcionais intestinais quanto nos casos é encontrada em um número muito superior de diagnosticada por alguns exames como: teste
que diz respeito ao consumo adequado dos de Síndrome do Intestino Irritável, principalmente indivíduos (cerca de 70% da população adulta respiratório do hidrogênio expirado, exame
diversos nutrientes encontrados nos alimentos pelo fato de preservarem integralmente os mundial), e se caracteriza pela produção normal genético, biópsia intestinal e curva glicêmica.
fontes destes carboidratos fermentáveis, como nutrientes característicos do leite, o que possibilita de lactase ao nascimento e durante a infância, Os principais sintomas são dor e inchaço
as fibras (GIBSON E SHEPHERD, 2012; sua utilização em longo prazo, evitando a exposição havendo declínio após o desmame. Nessa abdominais, flatulência e diarreia em decorrência
SHEPHERD et al., 2013). Além disso, os dos indivíduos em questão à lactose, ao menos. condição, a quantidade de lactase na borda em da ingestão de leite e derivados, sintomas que
escova na idade adulta pode chegar a apenas 10% costumam aparecer cerca de duas horas após a
da quantidade encontrada durante a infância, e ingestão (WILT et al., 2010; SIDDIQUI et al.,

Intolerância à lactose isso ocorre independentemente da exposição


contínua à lactose (WILT et al., 2010; USAI
2011; USAI SATTA et al., 2012; BAILEY et
al., 2013).
SATTA et al., 2012). A Figura 2 ilustra a sequência de eventos que pode
-Hipolactasia secundária: é transitória e resultar nos sintomas observados na condição de
reversível, e ocorre em decorrência de outras intolerância à lactose.

A lactose, conhecida como “açúcar do leite”, é um lactose nos monossacarídeos que a compõem, os
dissacarídeo formado por uma molécula de glicose quais são prontamente absorvidos pela mucosa da
e uma de galactose, e está presente não somente mesma região intestinal (WILT et al., 2010; USAI
no leite de vaca, mas em todos os tipos de leite. A SATTA et al., 2012).
digestão da lactose ocorre no intestino delgado, Na condição de intolerância à lactose, o distúrbio
e é possibilitada pela ação da lactase, enzima se dá exatamente no processo de digestão da
produzida na borda em escova que hidrolisa a lactose, em decorrência de baixa quantidade ou
atividade da lactase. Uma vez que a lactose não
Figura 2. Ilustração dos eventos que ocasionam os
sintomas encontrados na intolerância à lactose.
seja hidrolisada adequadamente, sua absorção fica
impossibilitada, o que caracteriza o quadro de má-
absorção da lactose (USAI SATTA et al., 2012;
BAILEY et al., 2013).
A má absorção da lactose pode ser primária,
do tipo deficiência congênita de lactase ou
hipolactasia do tipo adulto ou, ainda, pode ser do
tipo hipolactasia secundária.
-Deficiência congênita de lactose: é um transtorno
que se caracteriza pela ausência na produção de
lactase desde o nascimento, o que inviabiliza a
A: Digestão normal da lactose. B: Intolerância à lactose.
Fonte: Adaptado de Bowel Diseases, 2013. hidrólise da molécula de lactose. Sem a capacidade

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Intolerância à Lactose Intolerância à Lactose

Um indivíduo que absorve mal a lactose tem Tratamento Portanto, antes que qualquer modificação que aponta para a necessidade de adequação da
maior ou menor chance de apresentar sintomas na dieta seja efetivada, é necessário que o dieta do intolerante à lactose com o objetivo de
dependendo de uma série de fatores, como o teor Nos casos de intolerância à lactose o tratamento diagnóstico seja realizado por profissionais garantir o consumo suficiente dos principais
de lactose ingerido em um único episódio, o grau indicado é uma dieta que exclua a lactose, o habilitados, por meio da avaliação dos resultados nutrientes presentes nestes alimentos. Assim
de atividade da lactase na mucosa intestinal, a que implica na ingestão diminuída ou ausente de exames específicos (CAFFARELLI et al., a utilização de produtos lácteos com teor
ingestão de outros alimentos concomitantemente do leite e seus derivados (CAFFARELLI et 2010; WILT et al., 2010). No que diz respeito intencionalmente reduzido de lactose, ou
aos alimentos fonte de lactose, as vias de al., 2010; WILT et al., 2010). Entretanto, a à intolerância à lactose, a conduta dependerá até mesmo isentos desse nutriente, com a
fermentação da lactose pela flora intestinal e retirada completa do leite e seus derivados deve essencialmente da sensibilidade e resposta preservação das características nutricionais,
a sensibilidade individual do cólon intestinal, ser ponderada antes que seja aplicada na prática, individual ao consumo de leite. A maioria dos parece ser boa alternativa na redução dos
sendo os idosos, geralmente, mais suscetíveis tanto no sentido de confirmar o diagnóstico, indivíduos diagnosticados com intolerância à sintomas gastrintestinais verificados em qualquer
(SIDDIQUI et al., 2011; USAI SATTA et al., 2012). quanto na avaliação da tolerância individual lactose tolera a ingestão de até 12g de lactose nível de intolerância à lactose (MINISTÉRIO DA
No que diz respeito à prevalência da deficiência de (BAILEY et al., 2013). (quantidade presente em um copo de leite) SAÚDE, 2006; WILT et al., 2010). Além disso,
lactase na população em geral, é interessante notar Tal fato precisa ser destacado, pois o por episódio de consumo, sem que apareçam alguns derivados, como os queijos (mussarela,
que ocorre ampla variação entre as etnias: auto-diagnóstico ou avaliações precoces por sintomas importantes, principalmente se o leite brie, camembert, entre outros) apresentam,
parte dos pais e cuidadores vêm sendo bastante for associado a outros alimentos (WILT et al., naturalmente, baixo teor de lactose, podendo
NORTE AMERICANOS observados atualmente, o que pode ocasionar 2010; BAILEY et al., 2013). também ser utilizados como opções de lácteos
ASIÁTICOS 95 a 100% um problema de saúde pública (CAFFARELLI Entretanto, a recomendação de consumo de visando o alcance da recomendação de consumo
et al., 2010; WILT et al., 2010), já que a retirada leite e derivados é de três porções diárias, o diário (WILT et al., 2010; BAILEY et al., 2013).
AFRO-AMERICANOS 60 a 80% completa do leite e seus derivados da dieta sem
HISPÂNICOS 50 a 80% orientação profissional e substituições adequadas
podem acarretar em prejuízos no crescimento
BRASILEIROS e desenvolvimento adequado das crianças, e até
mesmo em deficiências nutricionais importantes.
ASIÁTICOS 100%
Isso porque estes alimentos são fontes de cálcio,
NEGROS 80% mineral fundamental para a formação de ossos e
dentes; contêm fósforo e vitaminas do complexo
CAUCASIANOS E MULATOS 57%
B; e, ainda, são fontes de proteínas de alto valor
FONTE: SIDDIQUI et al., 2011 & MATTAR E MAZO, 2010
biológico, essenciais para a formação de músculos,
Contudo, apenas cerca de 30 a 50% dos tecidos e células do sistema imunológico
indivíduos que absorvem mal a lactose são (UNIFESP, 2001; MATTAR E MAZO, 2010;
efetivamente intolerantes (WILT et al., 2010; GAUCHERON, 2011; BAILEY et al., 2013).
USAI SATTA et al., 2012). É importante
ressaltar a dificuldade de acesso a dados
assertivos e confiáveis sobre a real prevalência de
intolerância à lactose, devido, principalmente,
à inespecificidade dos sintomas. Assim, ocorre
tanto o auto-diagnóstico, que leva indivíduos
que podem apresentar outros transtornos
gastrintestinais, como a Síndrome do Intestino
Irritável, a crer que são intolerantes; quanto o
sub-relato, já que nem sempre os indivíduos que
apresentam os sintomas chegam a consultar um
médico (WILT et al., 2010; BAILEY et al., 2013).

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Intolerância à Lactose Intolerância à Lactose

Nesse tipo de reação, os mecanismos prevalências durante o primeiro ano de vida. Tem
imunológicos são bem identificados, sendo sido verificado que cerca de 50% das crianças que

Considerações finais caracterizados por dois estágios: a sensibilização,


durante a qual o Sistema Imunológico,
apresentam a patologia desenvolvem resistência
ainda no primeiro ano de vida, e de 80 a 90% até
programado de uma forma anormal, secreta o quinto ano de vida, passando a poder consumir
anticorpos IgE específicos contra as proteínas leite e derivados normalmente (CAFARELLI et
do leite de vaca, a partir do primeiro contato al., 2010). A intolerância à lactose, por sua vez,
com o alimento. Uma segunda exposição ao caracteriza-se por alterações na quantidade e/
Apesar de o leite ser um alimento único em A alergia ao leite de vaca se dá em decorrência de
termos de composição e combinação de uma resposta imunológica de hipersensibilidade Figura 3. Sequência de acontecimentos na reação de hipersensibilidade ao leite de vaca mediada por IgE.

ingredientes, existem transtornos relacionados às proteínas deste tipo de leite, que acionam
1ª etapa: sensibilização (no primeiro contato com o alimento).
à sua ingestão habitual, os quais apresentam mecanismos de defesa, como a motilidade
diferenças fundamentais, que devem estar intestinal, a barreira mucosa, e a acidez, além Contato com Adesão das IgEs
bem claras para que o diagnóstico correto e de fatores imunológicos, como a produção de Passagem pela as células Sinalização para a produzidas à
Digestão barreira mucosa apresentadoras de produção de IgE superfície dos
tratamento adequado sejam propostos. IgA secretória (tipo de anticorpo presente nas intestinal antígenos mastócitos
Exemplo disso é a caracterização diferencial da mucosas, como a intestinal, que é um importante
intolerância à lactose e da alergia à proteína do mecanismo da primeira linha de defesa do corpo),
2ª etapa: ativação (em contato posterior com o alimento).
leite, outro tipo de reação adversa ao alimento IgE (anticorpo relacionado com a reação alérgica)
desencadeada a partir da ingestão de leite e e o Tecido Linfóide Associado ao Intestino Reconhecimento
Passagem pela Liberação de
seus derivados, o que atualmente ainda gera (conhecido como GALT, sigla em inglês) Digestão barreira mucosa
pelas IgEs
mediadores
Surgimento rápido
produzidas de sintomas
certa confusão (CAFFARELLI et al., 2010; (DU TOIT et al., 2010; GIOVANNA et al., 2012). intestinal previamente inflamatórios
SALTZMAN et al., 2012).

mesmo ocasiona a fase de ativação, na qual os ou ação prejudicada da enzima lactase. Uma vez
anticorpos IgE específicos, então localizados que a lactose permaneça no cólon intestinal, sua
na superfície de mastócitos (células de defesas fermentação ocasiona inchaço, dor abdominal
que liberam histamina, substância relacionada e flatulência, e seu poder osmótico facilita
com a reação alérgica) reconhecem as a ocorrência de diarreia. O tratamento da
proteínas lácteas e desencadeiam a liberação intolerância à lactose não necessariamente
de mediadores inflamatórios responsáveis pela implica na retirada completa do leite e seus
reação alérgica (Figura 3) (GIOVANNA et al., 2012). derivados da dieta, considerando a tolerância
Os sintomas são gastrintestinais, mas podem individual associada ao fato de que alguns
estar presentes também sintomas clássicos de derivados do leite possuem teores reduzidos de
reações alérgicas, como urticária, dermatite lactose (WILT et al., 2010; BAILEY et al., 2013).
e problemas respiratórios, os quais podem E já existem no mercado produtos com isenção
surgir após 30 minutos a partir da ingestão de de lactose sem alteração das características
leite de vaca e seus derivados. Sendo assim, nutricionais destes alimentos tão importante para
o tratamento se baseia na completa, porém os indivíduos de todas as idades.
temporária, retirada do leite e de seus derivados Vale destacar, ainda, uma terceira condição
da alimentação do portador (GIOVANNA et al. patológica relacionada ao metabolismo dos
2012; SALTZMAN et al., 2012). componentes do leite: a galactosemia, que atinge
Estima-se que 2 a 6% das crianças apresentem cerca de 1 a cada 60.000 recém-nascidos.
alergia às proteínas do leite de vaca, com maiores Nessa condição hereditária, de caráter

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Intolerância à Lactose Intolerância à Lactose

Figura 4. Resumo das diferentes condições patológicas relacionadas ao leite e seus derivados. Referências Bibliográficas

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O MINISTÉRIO DA SAÚDE INFORMA: O ALEITAMENTO MATERNO EVITA INFECÇÕES E ALERGIAS E É RECOMENDADO ATÉ OS 2 (DOIS) ANOS DE IDADE OU MAIS.

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