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1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A digestão dos alimentos inicia-se na cavidade oral, na qual os alimentos passam por
processos físico-químicos complexos devido à mastigação e salivação. O alimento é misturado
com secreção salivar contendo α-amilase salivar, mucina e sais, com alteração moderada do pH.
O tempo de permanência do alimento na boca depende das propriedades do alimento e varia entre
os indivíduos. Para alimentos sólidos, esse processo forma um bolo que permite que o alimento
seja engolido e entre no estômago através do esôfago (GUYTON; HALL, 2017).
No compartimento gástrico, o alimento é misturado com as secreções gástricas
constituídas por HCl, sais e enzimas (pepsina e lipase gástrica), sendo submetido a processos
mecânicos devido às ondas peristálticas. A digesta do estômago (ou seja, quimo) entra
gradualmente no intestino delgado em um processo chamado de esvaziamento gástrico
(GUYTON; HALL, 2017).
O pH dos alimentos aumenta para pH 6-7,5 devido à secreção de NaHCO3. O quimo é
misturado com enzimas pancreáticas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidases, lipase
pancreática e amilase pancreática), coenzimas e sais biliares, que são secretados pelo pâncreas,
vesícula biliar e fígado. A maior absorção de nutrientes ocorre no intestino delgado através da
mucosa, que é formada em vilosidades e microvilosidades para aumentar a área de superfície.
Estes são revestidos com enterócitos, ou seja, células que absorvem nutrientes (GUYTON;
HALL, 2017).
As imagens são obtidas por meio de uma lente de distância focal curta e transmitidas por
radiotelemetria de banda de frequência ultra alta. Algumas cápsulas sem fio também podem
rastrear o pH e alguns fatores de motilidade do trato gastrointestinal. Recentemente, algumas
técnicas não invasivas de visualização e imagem têm sido cada vez mais utilizadas (GUYTON;
HALL, 2017).
Um dos sistemas mais eficazes e utilizados é a ressonância magnética, que tem a
capacidade de medir simultaneamente o volume gástrico, a motilidade gástrica, as secreções
gástricas e o esvaziamento gástrico. Sua sensibilidade às mudanças de prótons permite a
discriminação entre a água e os componentes lipídicos de uma refeição (GUYTON; HALL,
2017).
Os probióticos são definidos como microrganismos vivos, que quando ingeridos em
quantidades suficientes, influenciam beneficamente a saúde do hospedeiro, melhorando a
composição da microflora intestinal. Além de melhorar a saúde intestinal, os probióticos podem
desempenhar um papel benéfico em várias condições médicas, incluindo intolerância à lactose,
câncer, alergias, doenças hepáticas, infecções por Helicobacter pylori, infecções do trato urinário,
hiperlipidemia e assimilação de colesterol (PEREIRA et al., 2018).
Microrganismos probióticos conhecidos por serem benéficos à saúde humana podem ser
ingeridos através de produtos lácteos fermentados, enriquecimento de diversos alimentos com
essas bactérias e consumo de produtos farmacêuticos que são obtidos por meio de células viáveis
(preparações liofilizadas e comprimidos). Os probióticos são definidos como microrganismos
viáveis que podem ser consumidos separadamente ou com alimentos, que auxiliam no equilíbrio
alimentar e microbiano, regulando a imunidade mucosa e sistêmica e afetam beneficamente a
saúde do consumidor (BATISTA et al., 2018).
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
lactase. Embora esses experimentos se baseassem em métodos analíticos mais brutos do que hoje,
eles mostraram que a alimentação com lactose não induz a atividade da lactase intestinal em
mamíferos adultos. Estudos subsequentes em animais com métodos modernos de análise
produziram resultados conflitantes, com alguns estudos mostrando aumento da atividade da
lactase intestinal após a alimentação com lactose, enquanto outros não relataram tal efeito
(SANTIN, 2017).
Embora as atividades endógenas da lactase permaneçam inalteradas durante a alimentação
com lactose, os deficientes em lactose frequentemente relatam ter sintomas gastrointestinais
menores e menos graves à medida que a alimentação progride. Isso sugere que alguns
mecanismos adaptativos relacionados ao processamento da lactose ocorrem durante a ingestão
prolongada de lactose (FERRAZ; MALHEIROS; CINTRA, 2013).
Estudos que mediram mudanças na atividade da lactase endógena após um período de
intervenção mostram consistentemente a falta de indução enzimática, sugerindo que a ingestão de
lactose não afeta a atividade da lactase de um indivíduo. Embora esses estudos sejam escassos e
tenham relativamente poucos sujeitos, os dados de estudos transversais apoiam a teoria da
regulação puramente genética (COSTA; GOMES, 2020).
A digestão do leite pelas enzimas do estômago (principalmente pepsina e, até certo ponto,
lipases gástricas) na presença de ácido clorídrico é considerada a primeira etapa chave, que é
seguida por uma digestão adicional no intestino delgado por proteases e lipases intestinais.
Alguns bebês humanos podem ter uma enzima semelhante à quimosina junto com a pepsina, que
desaparece do líquido gástrico no dia 11 após o nascimento. Quimosina e pepsina pertencem ao
mesmo grupo de proteinases aspárticas que utilizam resíduos de ácido aspártico em seu centro
ativo (MORAIS, 2016).
Os sítios de hidrólise proteica da pepsina são diferentes daqueles das proteases intestinais
(principalmente tripsina e quimotripsina). A pepsina atua preferencialmente na κ-caseína nas
micelas de caseína, levando à coagulação da fração caseína das proteínas do leite em condições
ácidas, enquanto a fração proteica do soro permanece solúvel. Assim, o papel inicial
desempenhado pelo estômago na digestão do leite é um passo essencial na regulação da taxa de
digestão das proteínas do leite no trato gastrointestinal. A este respeito, é de grande importância
entender a dinâmica digestiva e o comportamento de coagulação do leite durante a digestão
gástrica, pois a coagulação do leite pode influenciar as taxas de liberação de proteínas, gorduras e
constituintes associados ao leite (GUYTON; HALL, 2017).
Durante a digestão gástrica do leite integral, sabe-se que os glóbulos de gordura ficam
fisicamente aprisionados dentro do coágulo de proteína formado. Assim, a natureza ou estrutura
da rede proteica formada influenciará a taxa de liberação e a digestão da gordura pelas lipases
gastrointestinais (MONTANARI, 2016).
Poucas informações estão disponíveis sobre a digestão gástrica da gordura do leite,
independentemente da espécie. A lipólise durante a fase gástrica era anteriormente considerada
de menor relevância durante o processo geral de digestão, pois a lipólise gástrica é responsável
por apenas 10 a 25% da digestão total de lipídios em adultos (MORAIS, 2016).
Para pessoas intolerantes à lactose, hoje em dia não é necessário evitar completamente a
indulgência e o valor nutricional dos produtos lácteos. Existem soluções muito boas que
dependem da hidrólise da lactose em glicose e galactose com a enzima lactase. Esses
monossacarídeos são prontamente adsorvidos no intestino delgado e previnem a ocorrência de
sintomas de intolerância à lactose. Dois tipos diferentes de lactases estão atualmente disponíveis
comercialmente: lactases neutras e lactases ácidas (COSTA; GOMES, 2020).
As lactases neutras são usadas principalmente na produção de produtos lácteos sem
lactose em escala industrial, embora em alguns países essa enzima também seja oferecida aos
consumidores para o tratamento do leite em casa. A lactase ácida está disponível para os
consumidores como um suplemento nutricional a ser tomado junto com produtos lácteos
regulares e funciona dividindo a lactose no estômago (GUYTON; HALL, 2017).
Os produtos lácteos são muito populares e oferecem excelentes oportunidades nutricionais
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4. REFERÊNCIAS
lácteos: estudo exploratório de comparação dos resultados obtidos por metodologia oficial e por
ultra-som. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, [S.L.], v. 43, p. 607-613, 2007.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcf/a/38tSRd7Fg7hXbsHHmP3SrLm/?
format=pdf&lang=pt. Acesso em 29 de outubro de 2022.
WAHRLICH, V.; ANJOS, L. A. Aspectos históricos e metodológicos da medição e
estimativa da taxa metabólica basal: uma revisão da literatura. Cadernos de Saúde Pública, v.
17, p.801 - 817,2001. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csp/a/v9kRWWkRQdv6XN9xvYdFJvx/?lang=pt. Acesso em 29 de
outubro de 2022.