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Curso de Avaliação Nutricional

Avaliação das Necessidades


Nutricionais – Parte I

Nutricionista Raquel Stocker Pérsico


Especialista em Paciente Adulto Crítico – Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Tópicos
• Dietary Reference Intakes (DRIs)
– Necessidade Média Estimada (EAR)
– Ingestão Dietética Recomendada (RDA)
– Ingestão Adequada (AI)
– Limite Máximo Tolerado (UL)
• Macronutrientes
– Carboidratos
Necessidades Nutricionais
Quantidade de nutrientes e energia necessários para
a manutenção das atividades fisiológicas

Food and Nutrition Board do Institute of Medicine

Dietary Reference Intakes (DRIs)

Avaliar a adequação Planejamento Orientações Elaboração de


da ingestão dietético nutricionais rótulos

Marchioni DML, Slater B, Fisberg RM, 2004.


Dietary Reference Intakes (DRIs)
Estimated Average Recommended Dietary
Requirement (EAR) Allowances (RDA)

Adequate Upper Tolerable


Intake (AI) Intake (UL)

Indivíduos saudáveis Idade Estado fisiológico Sexo

Marchioni DML, Slater B, Fisberg RM, 2004.


Estimated Average Requirement (EAR)
(Necessidade Média Estimada)

Valor de ingestão estimado de um nutriente para atender as


necessidades de 50% da população saudável

• Indicada para populações


• Usada para estabelecer a RDA

Marchioni DML, Slater B, Fisberg RM, 2004.


Recommended Dietary Allowance (RDA)
(Ingestão Dietética Recomendada)

Valor de ingestão estimado de um nutriente para atender as


necessidades de 97-98% de indivíduos saudáveis

• Indicada para análises individuais


• Calculada a partir dos dados de EAR

Marchioni DML, Slater B, Fisberg RM, 2004.


Adequate Intake (AI)
(Ingestão Adequada)

Valor de ingestão baseado no consumo médio de nutrientes,


observado ou estimado, de indivíduos saudáveis

Indicada a sua utilização quando


a RDA, e consequentemente
EAR, não estiverem disponíveis

Marchioni DML, Slater B, Fisberg RM, 2004.


Upper Tolerable Intake (UL)
(Limite Máximo Tolerado)

Valor de ingestão diário mais alto de um nutriente, sem oferecer


risco de efeitos adversos

• Surgiu da prática de fortificação dos alimentos e uso de suplementos


alimentares

Ingestão Nem todos os nutrientes


Este é um nível
crônica de possuem UL, contudo
de ingestão
doses não significa que a
permitido e não
elevadas pode ingestão elevada não
recomendado.
ser maléfica. possa fazer mal.

Marchioni DML, Slater B, Fisberg RM, 2004.


Marchioni DML, Slater B, Fisberg RM, 2004.
CARBOIDRATOS
Carboidratos
Função Energética
• Produção de ATP à Glicose
• Reserva energética à Glicogênio hepático e muscular

4 kcal/g

Cozzolino SMF, 2020.


Carboidratos
Monossacarídeos
Monômeros
Glicose, frutose, galactose
Conferem sabor (+) adocicado

Dissacarídeos
2 monossacarídeos
Sacarose, lactose, maltose
Deficiência enzimática
(+) frequente Lactase
Polióis
Monossacarídeos ou dissacarídeos à Derivados de alcoóis
Sorbitol, manitol, xilitol

Cozzolino SMF, 2020.


Carboidratos
Não digeríveis
Oligossacarídeos Tem ação de fibra

3-9 monossacarídeos
Maltodextrina, frutoligossacarídeos, inulina, galactoligossacarídeos
Derivada da hidrólise do amido
Parcialmente digerida e absorvida no TGI

Polissacarídeos ↓ pH
Frutoligossacarídeos e Fermentação com
>9 monossacarídeos Energia para as células da
inulina produção de AGCC
mucosa intestinal
Amidos (amilose, amilopectina) e não-amidos (celulose, hemicelulose, pectina,
inulina, guar)
Cozzolino SMF, 2020.
Carboidratos
Não digeríveis
Oligossacarídeos Tem ação de fibra

3-9 monossacarídeos
Maltodextrina, frutoligossacarídeos, inulina, galactoligossacarídeos
Derivada da hidrólise do amido
Parcialmente digerida e absorvida no TGI

Polissacarídeos
>9 monossacarídeos
Amidos (amilose, amilopectina) e não-amidos (celulose, hemicelulose, pectina,
inulina, guar)
Cozzolino SMF, 2020.
Amidos
Digestão de Carboidratos Sacarose
Lactose
Amilase
salivar

Boca
Parótidas à Amilase salivar ou Ptialina
amilase salivar
Amidos Maltose

Ação enzimática somente em pH ~4,0


Não tem ação no estômago

Guyton & Hall, 2006.


Amidos
Digestão de Carboidratos Sacarose
Lactose
Amilase
salivar

Intestino delgado Amilase


Amilase pancreática pancreática

Enzimas intestinais
sacarase
Sacarose Glicose + Frutose
lactase
Lactose Glicose + Galactose
maltase
Maltose Glicose + Glicose
dextrinase Enzimas
Amido Isomaltose intestinais
isomaltase
Isomaltose Glicose + Glicose

ABSORÇÃO INTESTINAL
Guyton & Hall, 2006.
ESPEN
Recomendação de Carboidratos (2019)

Idade EAR RDA AI

0-6 meses - - 60
7-12 meses - - 95
1-70 anos 100 130 -
>70 anos 100 130 -
Gestantes (14-50 anos) 135 175 -
Lactantes (14-50 nos) 160 210 -

45-65% do VET

DRI, 2005.
Índice Carga
Glicêmico (IG) Glicêmica (CG)

Resposta glicêmica de um É o produto do índice glicêmico e da


determinado alimento, 2h após a sua quantidade de carboidrato, sendo um
ingestão, quando comparado a um indicador de qualidade e quantidade
carboidrato de referência. de carboidrato em uma refeição.

IG = Área da curva alimento teste x 100 CG = Quantidade de carboidrato do alimento x IG


Área alimento referência Porção consumida (g)
Classificação do Índice Glicêmico e
Carga Glicêmica

Classificação Índice Glicêmico Carga Glicêmica


Baixo <55% <10
Moderado - 11 – 19
Alto >70% >20
O que pode influenciar o Índice Glicêmico?
Tipo de amido
Proporções de amilose e amilopectina à Maturação das plantas
Amilose tem digestão (+) lenta que amilopectina

Estrutura física
Presença de casca (barreira física) à Retarda ação enzimática

Viscosidade da fibra
Fibra solúvel ou insolúvel à Fibra solúvel retarda o esvaziamento gástrico

Conteúdo proteínas e lipídeos


Retardam o esvaziamento gástrico e ↓ a velocidade de absorção do carboidrato

Cocção
Torna o carboidrato (+) digerível

DRI, 2005.
Tópicos
• Dietary Reference Intakes (DRIs)
– Necessidade Média Estimada (EAR)
– Ingestão Dietética Recomendada (RDA)
– Ingestão Adequada (AI)
– Limite Máximo Tolerado (UL)
• Macronutrientes
– Carboidratos
Obrigada

raquelpersico8@gmail.com
Curso de Avaliação Nutricional

Avaliação das Necessidades


Nutricionais – Parte II

Nutricionista Raquel Stocker Pérsico


Especialista em Paciente Adulto Crítico – Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Tópicos

• Lipídeos
• Proteínas
• Balanço nitrogenado
LIPÍDEOS
Lipídeos
Ácido graxo (AG) é a unidade fundamental dos lipídeos

Função Armazenados no
Formação das membranas celulares corpo sob a forma
de triglicerídeos.
Síntese de hormônios
Transporte de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K)
Isolamento térmico 9 kcal/g
Proteção mecânica
Fornecem ácidos graxos essenciais
Reserva energética com alta densidade calórica

DRI, 2005; Waitzberg DL, 2009.


Lipídeos
Tamanho da Cadeia Carbônica
Determinante para a absorção e funções dos AG
Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC): até 4 carbonos
Ácidos Graxos de Cadeia Média (AGCM): 6-12 carbonos
Ácidos Graxos de Cadeia Longa (AGCL): 14-20 carbonos

AGCC e AGCM
são (+) facilmente
absorvidos

DRI, 2005.Waitzberg DL, 2009.


Lipídeos
Grau de Saturação
Ácidos Graxos Saturados
Sem ligações duplas
Sólidos a temperatura ambiente

AGCL:
AGCC:
AGCM: Representantes: Mirístico,
Representantes: Acetato,
Representantes: Caproico, palmítico, esteárico
propionato, butirato
caprílico, cáprico, láurico Fontes: Carnes, ovos, leite (↓
Fontes: Manteiga
Fontes: Coco, amêndoa, leite quantidade), palma
Função: Energia para o (↓ quantidade) Função: Síntese de
enterócito, integridade da
Função: Fonte energética hormônios e lipoproteínas
mucosa intestinal
como HDL e LDL

DRI, 2005.Waitzberg DL, 2009.


Lipídeos
Grau de Saturação ω-6 tem
Ácidos Graxos Insaturados potencial
Com ligações duplas à Ácidos graxos de cadeia longa inflamatório
Líquidos a temperatura ambiente

Poli-insaturados:
Monoinsaturados: Dupla ligação: 2
Representantes: Ácido linolênico (ω-3), Ácido
Dupla ligação: 1 linoleico (ω-6)
Representante: Ácido oleico (ω-9) Fontes ω-3: Peixes, linhaça, canola
Fontes: Oliva, canola, amendoim Fontes ω-6: Soja, milho, girassol, algodão
Função: ↓ doenças cardiovasculares Função: Componentes de membrana, precursores
de eicosanoides (prostaglandinas e leucotrienos)

DRI, 2005.Waitzberg DL, 2009.


Lipídeos
Grau de Saturação
Ácidos Graxos Insaturados
Com ligações duplas à Ácidos graxos de cadeia longa
Líquidos a temperatura ambiente

Trans:
Dupla ligação na configuração Trans à Cadeia (+) linear Potencial
Dupla ligação: Pelo menos 1 inflamatório e
Fontes: Gorduras hidrogenadas aterogênico
Ação: ↓ HDL, ↑ LDL, ↑ risco de doenças cardiovasculares

DRI, 2005.Waitzberg DL, 2009.


Lipídeos

Posição da 1º dupla ligação


AG Insaturados
Posição em que ocorre a 1ª dupla ligação à Representada pela letra ω

DRI, 2005.Waitzberg DL, 2009.


Digestão de Lipídeos
Estômago
Lipase lingual e gástrica

Intestino delgado
Emulsificação da gordura

Vesícula Biliar Quebra dos


Sais biliares glóbulos de Colesterol
Lecitina gordura

Pâncreas
Lipase pancreática Emulsificação MICELAS

Intestino delgado ABSORÇÃO


Lipase intestinal INTESTINAL

Guyton & Hall, 2006.


Recomendação de
Lipídeos

DRI, 2005. DRIs, 2005.


Recomendação de
Lipídeos

DRI, 2005.
PROTEÍNAS
Proteínas
Funções
• Hormônios (p.e. insulina, glucagon, PTH, ADH)
• Enzimas (p.e. tripsina)
• Anticorpos (p.e. imunoglobulinas)
• Contratilidade (p.e. actina, miosina)
• Estrutural e cicatrização (p.e. colágeno)
• Transporte e reserva (p.e. albumina, lipoproteínas, proteínas de membrana)

4 kcal/g
Cozzolino SMF, 2020.
Proteínas
Classificação
• ↑ Valor Biológico: Contém todos AA essenciais
• ↓ Valor Biológico: Não contém todos AA essenciais em quantidades
suficientes para manutenção do organismo

Cereais: 6-15% de proteínas à Deficiente em lisina


Leguminosas: 10-30% de proteínas à Deficiente em AA sulfurados,
metionina e cisteína

Cozzolino SMF, 2020.


Classificação dos Aminoácidos

Condicionalmente Não
Essenciais
Essenciais Essenciais
Fenilalanina Glicina Alanina
Triptofano Prolina Ácido aspártico
Valina Tirosina Ácido glutâmico
Leucina Serina Asparagina
Isoleucina Cisteína
Metionina Cistina
Treonina Taurina
Lisina Arginina
Histidina
Glutamina

Cozzolino SMF, 2020.


Avaliação da Qualidade da Proteína

Quanto um nutriente
é acessível aos
processos Fatores anti-
metabólicos e Biodisponibilidade
nutricionais
fisiológicos

Conformação da Condições de
Concentração
Forma química proteína processamento
Estado nutricional
Perdas por excreção

Cozzolino SMF, 2020.


Avaliação da Qualidade da Proteína

Compostos
naturalmente presentes
Fatores anti- nos alimentos que irão
Biodisponibilidade interferir na
nutricionais
digestibilidade das
proteínas
Conformação da Condições de
proteína processamento Atuam sobre enzimas
digestivas, inibindo a
proteólise completa
(p.e. tripsina)

Cozzolino SMF, 2020. Taninos, Fitatos


Avaliação da Qualidade da Proteína
Temperatura, pressão,
irradiação podem alterar a
conformação da proteína

Quanto menor a Fatores anti-


complexidade Biodisponibilidade
nutricionais
estrutural, mais fácil
será a ação enzimática
para proteólise
Conformação da Condições de
proteína processamento
Conformação da
proteína influencia na
hidrólise pelas
proteases

Cozzolino SMF, 2020.


Avaliação da Qualidade da Proteína
Formação de
compostos insolúveis
que diminuem a
digestibilidade da
proteína
Fatores anti-
Biodisponibilidade
nutricionais
Reação de Maillard
Processamento e
Conformação da
complexação com Ocorrência de
proteína
outros nutrientes alterações químicas
quando expostas à
temperatura elevada ou
pH alcalino

Cozzolino SMF, 2020.


Digestão de Proteínas

Estômago HCl
HCl
Pepsinogênio Pepsina
Ação enzimática em pH 2,0 - 3,0
Inicia o processo de digestão das proteínas

Guyton & Hall, 2006.


Digestão de Proteínas
Intestino delgado
HCl
Enzimas pancreáticas
Tripsina Polipeptídeos
Quimiotripsina Polipeptídeos
Elastase Resíduos de alguns aminoácidos
Carboxipeptidases Aminoácidos

Enzimas intestinais
AMINOÁCIDOS
Aminopeptidases
Di-peptidases
Tri-peptidases
ABSORÇÃO
INTESTINAL
Guyton & Hall, 2006.
ESPEN
(2019)
Recomendação de
Proteínas (EAR)

DRI, 2005.
ESPEN
(2019)
Recomendação de
Proteínas (RDA)

DRI, 2005.
ESPEN
Recomendação de Proteínas (2019)

Adultos: 0,8 g/kg/dia


Idosos (>65 anos): 1,0 – 1,2 g/kg/dia estudo PROT-AGE

Idosos que realizam atividade física

Doença aguda: 1,2 – 1,5 g/kg/dia

10-35% do VET

Bauer J et al, 2013.


ASPEN Recomendação de Ingestão de Proteínas ESPEN
(2016) para Pacientes Críticos (2019)

Proteínas Proteínas

• IMC 18,5 – 24,9 kg/m²


1,2 – 2,5 g/kg/Peso Atual
• IMC 18,5 – 24,9 kg/m²
1,3 g/kg/Peso Atual
• IMC 30 – 40 kg/m²
2,0 g/kg/Peso Ideal
• IMC >30 kg/m²
1,3 g/kg/Peso Ajustado
• IMC >40 kg/m²
2,5 g/kg/Peso Ideal
Balanço Nitrogenado

BN (g/d) = Ingestão proteica (g/d) – Ureia Urinária (g/d) – 4 (g/d)

Positivo Equilíbrio Negativo


Ingestão > Excreção Ingestão = Excreção Excreção > Ingestão

Dickerson RN, 2005.


Balanço Nitrogenado

BN (g/d) = Ingestão proteica (g/d) / 6,25 – Ureia Urinária (g/d) / 2,14 – 4 (g/d)

Nitrogênio Proteínas constituídas por ~16% de


ingerido Nitrogênio

100 g / 16 % = 6,25
Preciso de 6,25 g de proteína para ter 1 g de Nitrogênio

Dickerson RN, 2005.


Balanço Nitrogenado

BN (g/d) = Ingestão proteica (g/d) / 6,25 – Ureia Urinária (g/d) / 2,14 – 4 (g/d)

Ureia é constituída por 46% de


Nitrogênio Ureico
Nitrogênio

100 g / 46 % = 2,14
Preciso de 2,14 g de ureia para ter 1 g de Nitrogênio

Dickerson RN, 2005.


Balanço Nitrogenado

BN (g/d) = Ingestão proteica (g/d) / 6,25 – Ureia Urinária (g/d) / 2,14 – 4 (g/d)

Pele + Suor + Fezes


(2g/d) + Nitrogênio Urinário
Não Ureico (2g/d)
Pode ou não ser
um valor fixo

Pele (0,5 g/d) Amônia + Ácido Úrico


Fezes (1,5 g/d) + Creatinina + AA

Dickerson RN, 2005.


Nitrogênio Urinário Não Ureico

60% à Amônia

30% à Creatinina

10% à AA + AU

Dickerson RN, 2005.


Ingestão proteica
• 0,5 g/kg/dia
• 1,5 g/kg/dia
• 2,5 g/kg/dia

Addis EB et al, 1947.


Distribuição dos Macronutrientes

DRI, 2005.
Tópicos

• Lipídeos
• Proteínas
• Balanço nitrogenado
Obrigada

raquelpersico8@gmail.com
Curso de Avaliação Nutricional

Avaliação das Necessidades


Nutricionais – Parte III

Nutricionista Raquel Stocker Pérsico


Especialista em Paciente Adulto Crítico – Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Tópicos

• Fibras
• Água
• Gasto energético
FIBRAS
Fibras Alimentares

São compostos de origem vegetal, constituídos principalmente por


polissacarídeos, que não sofrem hidrólise, digestão e absorção no
trato gastrointestinal.

Atuam de maneira
Fibras Alimentos benéfica em uma ou
alimentares funcionais (+) funções do corpo,
melhorando a saúde
do indivíduo

Cozzolino SMF, 2020.


Fibras Alimentares

Propriedades
• ↑ volume fecal
• ↓ tempo de trânsito intestinal
• ↓ níveis séricos de colesterol total e colesterol LDL
• ↓ níveis séricos de glicose e/ou insulina
• Estimula o crescimento de bactérias benéficas no intestino
(bifidobactérias e lactobacilos)

PREBIÓTICOS

Cozzolino SMF, 2020.


Fibras Alimentares
Solúveis Insolúveis
Função: Função:
• 1/3 do conteúdo de fibra do alimento • 2/3 do conteúdo de fibra do alimento
• Solúveis em água • Insolúveis em água
• Formação de gel no intestino delgado • ↓ Grau de fermentação
• ↓ Absorção de gorduras e açúcares • ↑ Bolo fecal
• Retardam o esvaziamento gástrico • Reduzem o tempo de trânsito intestinal
• Aumento da saciedade
• Produção de ácidos graxos de cadeia curta Tipos:
Lignina, celulose, hemicelulose (alguns)
Tipos:
Pectinas, β-glucana, frutanos, gomas, inulina,
mucilagens, hemicelulose (alguns)
Cozzolino SMF, 2020.
Fibras Alimentares

Saciedade Hidratadas Fibra

Retarda o
esvaziamento
gástrico

↓ Absorção
de nutrientes

Cozzolino SMF, 2020.


Fibras Alimentares

Produção de
Saciedade Hidratadas Fibra Mastigação suco
gástrico

Retarda o
Auxilia a
esvaziamento
gástrico digestão

↓ Absorção
de nutrientes

Cozzolino SMF, 2020.


Fibras Alimentares

Produção de
Saciedade Hidratadas Fibra Mastigação suco
gástrico

Retarda o Tempo de Auxilia a


esvaziamento trânsito
gástrico digestão
intestinal

↓ Absorção Formação do Fermentação


de nutrientes bolo fecal no cólon

Cozzolino SMF, 2020.


Ácidos Graxos de Cadeia Curta

Fermentação Armazenamento
anaeróbia do bolo fecal

Ácidos Graxos de
Cadeia Curta

Energia para os colonócitos


↓ pH do cólon
Acetato, Propionato,
Diferenciação celular
Butirato
Apoptose celular
DRI, 2005.
Ácidos Graxos de Cadeia Curta

Fermentação Armazenamento
anaeróbia do bolo fecal

Produção de gases
(hidrogênio, oxigênio, Distensão
dióxido de carbono, abdominal
metano, amônia)
DRI, 2005.
Fibras Alimentares

As fibras alimentares
podem interferir na
absorção de alguns
nutrientes.

DRI, 2005.
Recomendação de Fibras
• 14 g/1000 kcal
• Variações: Sexo, Faixa etária, Estado fisiológico

DRI, 2005.
ÁGUA
Água

Funções
Transporte: Nutrientes, enzimas, hormônios, células sanguíneas
Solvente: Diluição de compostos e excreção de toxinas
Lubrificante: Articulações, mucosas, saliva, trato digestivo e genitourinário
Regulação térmica: Regula a temperatura corporal por absorção do calor e
liberação por transpiração
Estrutural: Integridade da membrana celular

Waitzberg DL, 2009.


Água

Idade Sexo Gestação e Tecido adiposo e


lactação muscular
50-60%

10 – 40% 70 – 75%
ÁGUA de água de água

Waitzberg DL, 2009.


Balanço Hídrico

Ingestão Perdas

Diurese Sudorese e respiração Fecais Vômitos


Excreção e Perdas insensíveis Em condições Fístulas
reabsorção renal normais estima-se Diarreia
Variam de acordo com
Excreção mínima de fatores externos uma perda de 100
0,5 ml/kg/dia (temperatura, umidade, ml/dia
pressão, altitude, etc)

Waitzberg DL, 2009.


Balanço Hídrico

Indicadores de Desidratação
Creatinina sérica (↑)
Osmolaridade plasmática (↑)
Osmolaridade urinária (↑)
Coloração da urina (escurecida)
Volume urinário (↓)
Mudança de peso corporal*

Waitzberg DL, 2009.


Desidratação

Perda de Peso
Sintomas
Corporal
1 – 2% Sede, fadiga, fraqueza, desconforto passageiro, perda de apetite

Desempenho físico prejudicado, boca seca, redução da quantidade


3 – 4%
de urina, pele avermelhada, impaciência, apatia
Dificuldade de concentração, dor de cabeça, irritabilidade,
5 – 6%
sonolência,  taxa respiratória
Tontura, músculos espásticos, perda de equilíbrio, delírio, exaustão
7 – 10%
colapso

Waitzberg DL, 2009.


Desidratação

Tipos Mecanismo Etiologias


Perda de água e sal Diuréticos, ascite, fluidos digestivos,
Isotônica
proporcional ingestão inadequada de fluidos e sal
Vômitos, sudorese, diarreia e diurese
Hipertônica Perda de água > sal
osmótica, baixa ingestão de água
Sudorese, diuréticos tiazídicos, perda de
Hipotônica Perda de sal > água
fluidos digestivos, reposição de água pura

Waitzberg DL, 2009.


Recomendação de Água

• 30 – 35 ml/kg

DRI, 2005.
GASTO ENERGÉTICO
Gasto Energético Total (GET)

Taxa Termogênese Gasto


Metabólica Induzida pela Energético com
Basal Dieta (TID) Ativ. Física

Manutenção Digestão e Tipo de


das funções metabolização exercício e
vitais dos alimentos tempo realizado

60 – 75% 5 – 10% 15 – 30%

Cozzolino SMF, 2005; Waitzberg DL, 2009.


Gasto Energético Total (GET)

Taxa
Metabólica
Basal
Peso e composição
corporal
Manutenção Idade Estado
das funções fisiológico
vitais

60 – 75%
Sexo Atividade
Waitzberg DL, 2009. física
Gasto Energético Total (GET)
Gasto Energético Basal (GEB)
Aferição imediatamente após acordar
Completo estado de repouso físico e mental
Ambiente termoneutro
Jejum

Gasto Energético de Repouso (GER)


Aferição após 30 min de repouso à Qualquer período do dia
Ambiente termoneutro
3 – 4h após a última refeição
GER normalmente é 10% maior que o
GEB, devido à termogênese induzida
pelos alimentos e atividades recentes
Waitzberg DL, 2009.
Gasto Energético Total (GET)

Termogênese Induzida pela Dieta (TID)


Digestão, absorção, transporte e incorporação de nutrientes

• Termogênese Obrigatória
É o aumento do gasto energético pós-prandial acima do GEB

• Termogênese Facultativa
É o aumento do gasto energético pós-prandial acima da termogênese obrigatória

Waitzberg DL, 2009.


Gasto Energético Total (GET)

Gasto Energético com Atividade Física (GAF)


Natureza, tempo de duração da atividade, local de realização
Considerar todas as atividades realizadas durante o dia
Difícil de mensurar em indivíduos hospitalizados

Waitzberg DL, 2009.


Hipoalimentação Hiperalimentação
Risco de desnutrição Estado hiperosmolar
Comprometimento da função imune Hiperglicemia
Cicatrização prejudicada Esteatose hepática
Depleção de massa muscular Aumento da produção de CO2

Waitzberg DL, 2009.


Medindo o Gasto Energético
Calorimetria Direta
(+) Acurado
Aferição direta do calor gerado pelo organismo
Alto custo
Gasto energético usual

Calorimetria Indireta
Aferição por meio do O2 consumido, CO2 produzido e N2 excretado
Menor custo
Pode ser utilizado em Unidades de Terapia Intensiva
Gasto energético usual

Água Duplamente Marcada


Ingestão de água marcada com isótopos à Aferição sérica e urinária ao longo dos dias
Custo elevado
Gasto energético por longos períodos

Waitzberg DL, 2009.


Equações para Estimar o Gasto Energético

Taxa Metabólica Basal Estimada por Harris & Benedict (1919)


Para indivíduos saudáveis adultos
Ajustado por peso, gênero, idade e estatura
Se IMC >40 kg/m² à Peso ideal

Mulheres:
TMB (kcal/dia): 655 + (9,6 x P) + (1,7 x E) – (4,7 x I)
Homens:
TMB (kcal/dia): 66 + (13,7 x P) + (5 x E) – (6,8 x I)

I: Idade; P: Peso; E: Estatura

Cuppari L, 2005.
Equações para Estimar o Gasto Energético
Fatores de Correção na Presença de Doença

Fator Atividade Fator Lesão Fator Térmico


Acamado: 1,2 Sem complicações 1,0 38ºC 1,1
Acamado + móvel: 1,25 Pós-operatório de câncer 1,1 39ºC 1,2
Ambulante: 1,3 Fratura 1,2 40ºC 1,3
Sepse 1,3 41ºC 1,4
Peritonite 1,4
Multitrauma + Reabilitação 1,5
Multitrauma + Sepse 1,6
Queimadura 30-50% 1,7
Queimadura 50-70% 1,8
Queimadura 70-90% 2,0

Cuppari L, 2005.
Equações para Estimar o Gasto Energético
Taxa Metabólica Basal Estimada pelas DRIs
Para indivíduos adultos saudáveis

Mulheres:
EER (kcal/dia): 354 – 6,91 x idade + CAF x (9,36 X peso + 726 x estatura)
Homens:
EER (kcal/dia): 662 – 9,53 x idade + CAF x (15,91 x peso + 539,6 x estatura)

CAF: coeficiente de atividade física


Mulheres Homens
CAF: 1 (sedentário) CAF: 1 (sedentário)
CAF 1,12 (leve) CAF 1,11 (leve)
CAF 1,27 (moderado) CAF 1,25 (moderado)
CAF 1,45 (intenso) CAF 1,48 (intenso)

Cuppari L, 2005.
Equações para Estimar o Gasto Energético
Nível de Atividade Física
Sedentário
Trabalho doméstico, caminhadas para atividades do cotidiano, sentado por várias horas

Leve
Além da atividade do sedentário, realiza caminhadas (6,4 km/h)

Moderado
Ginástica aeróbica, corrida, natação tênis

Intenso
Ciclismo, corrida, pular corda

Cuppari L, 2005.
Tópicos

• Fibras
• Água
• Gasto energético
Obrigada
raquelpersico8@gmail.com
Curso de Avaliação Nutricional

Avaliação das Necessidades


Nutricionais – Parte IV

Nutricionista Raquel Stocker Pérsico


Especialista em Paciente Adulto Crítico – Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Tópicos

• Vitaminas Lipossolúveis
– A, D, E, K
• Vitaminas Hidrossolúveis
– B1, B2, B3, B6, B9, B12
VITAMINAS
Vitamina A (Retinol) e Carotenoides
Funções
Visão
Conversão de carotenoides
Sistema imunológico em Vitamina A não atinge 100%
Integridade do epitélio
12 mg betacaroteno à 1 mcg retinol
Diferenciação celular 24 mg carotenoides à 1 mcg retinol

Biodisponibilidade
Carotenoides (pró-vitamina A) à Origem vegetal (betacaroteno)
Retinol (vitamina A) à Origem animal
Absorção à Dependente de lipídeos

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina A (Retinol) e Carotenoides
Deficiência
Perda de acuidade visual
Xeroftalmia
Diminuição da imunidade

Alimentos Fontes
Fígado, ovos, óleo de fígado de bacalhau
Lácteos: Leite, iogurte, queijo, requeijão, manteiga
Vegetais: Cenoura, beterraba, espinafre, brócolis , abóbora
Cereais: Batata-doce, inhame
Frutas: Manga, mamão
Cozzolino SMF, 2020.
Vitamina E
Funções
Antioxidante lipídico
Proteção da membrana celular
Regulação da agregação plaquetária
Função imunológica

Biodisponibilidade
Matriz alimentar
Quantidade consumida na refeição
Atividade das enzimas digestivas
Transporte nas células intestinais
Fatores genéticos
Cozzolino SMF, 2020.
Vitamina E

Deficiência
Normalmente ocorre devido a má absorção
Sintomas neurológicos

Alimentos Fontes
Óleos, semente de girassol
Amendoim, castanha-do-Brasil, amêndoa, nozes, pistache
Manga, mamão, abacate
Mostarda cozida, molho de tomate, abóbora

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina D (Calciferol)
Funções
Absorção de cálcio e fósforo no intestino
Reabsorção de cálcio nos túbulos renais
Modulação do sistema imune

Metabolismo
Colecalciferol (D3) à Pele
Ergocalciferol (D2) à Alimentos

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina D (Calciferol)
Deficiência
Osteomalácia à Osteopenia à Osteoporose
Fraqueza muscular
Comprometimento da função imune

Alimentos Fontes
Óleo de fígado de bacalhau e óleo de salmão
Mariscos, peixes
Ovos, manteiga, queijos
Leite e bebida vegetal fortificados

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina K

Funções
Coagulação
Metabolismo ósseo

Biodisponibilidade
Filoquinona à Origem vegetal (- biodisponível)
Menaquinona à Origem animal (+ biodisponível)

Filoquinona se consumida
juntamente com gorduras, tem a
sua biodisponibilidade
aumentada

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina K

Deficiência
Tempo prolongado de protrombina
Tendência a sangramentos

Alimentos Fontes
Repolho, couve-de-bruxelas, brócolis
Couve-flor, espinafre, aspargos
Alface, cenoura, acelga
Ovo, leite, abacate

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina C

Funções
Cofator na formação do colágeno e carnitina
Conversão do colesterol em ácidos biliares
Cicatrização
Antioxidante

Biodisponibilidade
Absorção de vitamina C é saturável

Até 100 mg à 80 – 95% de


absorção

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina C
Deficiência
Presença de equimoses e petéquias
Fadiga e letargia Sinais se desenvolvem
Tendência a sangramentos cerca de 4-6 meses
Dificuldade de cicatrização após baixa ingestão
Baixa imunidade

Alimentos Fontes
Laranja, limão, morango, maracujá, manga
Abacaxi, goiaba, caju, acerola, kiwi
Tomate, couve manteiga, agrião
Rúcula, pimentão, brócolis

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B1 (Tiamina)

Funções
Coenzima (p.e.: TPP)
Metabolismo de carboidratos e proteínas

Descarboxilação oxidativa à Ciclo de Krebs


Absorção
Intestino à Ação das fosfatases à Conjugada a grupamentos fosfato à Absorção
Transporte ativo ou passivo (em altas concentrações)

Etanol à Inibe o transportador

Cozzolino SMF, 2020. TPP, tiamina pirofosfato.


Vitamina B1 (Tiamina)
Deficiência
Encefalopatia de Wernicke-Korsakoff (Lesão em SNC) Deficiência aguda
Beribéri seco/úmido (Degradação muscular sem/com edema) Deficiência crônica

Fontes Alimentares
Carnes: Bovina, frango, suína, peixe, fígado
Cereais integrais: Cereal de milho, aveia, arroz integral, macarrão integral, pão integral
Leguminosas: Feijão, ervilha, grão-de-bico
Outros: Castanha-do-Brasil, castanha de caju, gergelim, semente de girassol, chocolate

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B2 (Riboflavina)

Funções
Metabolismo energético e de lipídeos
Precursora de flavina mononucleotídeo (FMN) e flavina adenina dinucleotídeo (FAD)
Formação dos eritrócitos

Biodisponibilidade
Pode ser encontrada sob a forma de FMN, FAD ou sob a forma livre
Sintetizada no intestino pelas bactérias
Necessita de
hidrólise para
absorção
Cozzolino SMF, 2020.
Vitamina B2 (Riboflavina)
Deficiência
Estomatite angular
Queilose
Glossite
Dermatite seborreica (nasolabial)

Alimentos Fontes
Fígado, carne de gado, frango, peixe, ovos
Levedo de cerveja, farelo de aveia
Soja, amêndoas, semente de abóbora
Queijo, iogurte

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B3 (Niacina)

Funções
Formação das coenzimas nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e nicotinamida
adenina dinucleotídeo fosfato (NADP)
Glicólise, Ciclo de Krebs, Metabolização do etanol
Metabolismo xenobiótico do citocromo P450
Replicação, reparo e diferenciação de moléculas de DNA

Biodisponibilidade
Ácido nicotínico e nicotinamida

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B3 (Niacina)

Deficiência
Pelagra
Doenças dos 3Ds: dermatite, diarreia e demência

Alimentos Fontes
Levedo de cerveja, gérmen de trigo, cogumelo, proteína de soja
Semente de girassol, amendoim, amêndoa, nozes, soja
Fígado, carne de gado, frango, peixe, suína
Queijos, ovo

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B6

Funções
Coenzima no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos
Metabolismo do heme e homocisteína

Biodisponibilidade
Biodisponibilidade elevada à Reduzida por processamento
Cozimento
Congelamento
Moagem

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B6

Deficiência
Dermatite seborreica
Anemia microcítica
Alterações neurológicas

Alimentos Fontes
Fígado, salmão, carne de gado, frango,
Banana, abacate, manga, melancia, couve, batata
Avelã, castanha, nozes, amendoim, semente de girassol

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B9 (Folato)
Biodisponibilidade
Folato à Forma encontrada nos alimentos
Ácido fólico à Forma sintética
ação enzimática
dependente de zinco duodeno e jejuno

Folato nos Conjugados Hidrólise no Folato Absorção por


alimentos de folato intestino livre transporte ativo

Folato no Complexo Absorção de metilação


íleo
leite proteína-folato forma intacta

metilação
5,10-metil
tetrahidrofolato

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B9 (Folato)
Funções
Doador de grupamento metila
Síntese de DNA e RNA
Metabolismo da vitamina B12
Metabolismo da homocisteína

Risco de ateroesclerose e
↑ Homocisteína
doença vascular

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B9 (Folato)
Consequências
Mal formação do tubo neural
Hiper-homocisteinemia
Anemia megaloblástica

Fontes Alimentares
Leguminosas: Feijão, lentilha, ervilha, soja
Vegetais: Quiabo, brócolis, espinafre, couve de bruxelas, beterraba
Outros: Ovos, fígado, levedo de cerveja, gérmen de trigo, macarrão, semente de
girassol, laranja

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B12 (Cobalamina)
Presente somente em alimentos
de origem animal

Absorção
HCl + Pepsina + Tripsina à B12
liberada da fração proteica
Íleo à Transporte ativo (FI) e
difusão passiva

Funções
Cofator enzimático
Metionina sintetase
Metil malonil-CoA mutase

Cozzolino SMF, 2020.


Vitamina B12 (Cobalamina)
Consequências
Anemia megaloblástica Macrocítica (↑ tamanho das hemácias)
Hiper-homocisteinemia ↑ Risco de doença vascular
Neuropatia
Alterações de memória

Fontes Alimentares
Carnes: Bovina, frango, suína, peixe, fígado
Lácteos: Leite, iogurte, nata, queijos
Ovos

Cozzolino SMF, 2020.


Tópicos

• Vitaminas Lipossolúveis
– A, D, E, K
• Vitaminas Hidrossolúveis
– B1, B2, B3, B6, B9, B12
Obrigada
raquelpersico8@gmail.com
Curso de Avaliação Nutricional

Avaliação das Necessidades


Nutricionais – Parte V
Nutricionista Raquel Stocker Pérsico
Especialista em Paciente Adulto Crítico – Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Tópicos
• Minerais
– Sódio, Fósforo, Potássio
– Magnésio, Manganês
– Cálcio, Ferro, Zinco
– Cobre, Iodo, Selênio
MINERAIS
Sódio e Potássio
Funções
Sódio à Cátion à Meio extracelular
Potássio à Cátion à Meio intracelular

Equilíbrio hídrico e ácido-básico


Transmissão dos impulsos nervosos
Contração muscular e batimento cardíacos
Regulação da pressão arterial

Deficiência de Sódio: Convulsões, fraqueza, letargia


Deficiência de Potássio: Fadiga, fraqueza, cansaço, dor muscular
Cozzolino SMF, 2020.
Sódio e Potássio

Alimentos Fontes de Sódio


Sal de cozinha
Caldo de carne, queijo parmesão
Salame, salsicha, salsichão, cachorro-quente
Macarrão instantâneo, biscoito água e sal, pão francês
Ervilha, milho, azeitona, palmito em conserva

Alimentos Fontes de Potássio


Banana, abacate, mamão, laranja
Melado, amendoim, castanha, café preto, água de coco
Feijão, beterraba, cenoura, tomate
Arroz integral, macarrão integral, pão integral, batata

Cozzolino SMF, 2020.


Fósforo
2º mineral mais abundante no corpo humano

Ossos (80%) e Fosfato inorgânico


músculo esquelético (10%) ou livre (10%)

Principal ânion intracelular Neurológicos


Formação das membranas celulares Respiratórios
Condução dos impulsos nervosos Cardíacos
Deficiência
Imunológicos
Metabolismo energético (ATP)

Kraft MD et al, 2005; Calixto-Lima L, Reis NT, 2012; ASPEN, 2020.


Magnésio
Funções
• 2º principal cátion intracelular
• Cofator enzimático
• Fosforilação oxidativa à ATP
• Formação de ossos e dentes
• Funcionamento de nervos e músculos

Deficiência
• Osteoporose
• Acelera a ocorrência de ateroesclerose
• Alteração de pressão arterial

Cozzolino SMF, 2020.


Magnésio e Fósforo
Alimentos Fontes de Magnésio
Aveia, arroz integral
Amendoim, amêndoa, castanhas
Linhaça, gergelim
Banana, espinafre

Alimentos Fontes de Fósforo


Carne de gado, frango, suína, peixes
Leite, iogurte, queijo, tofu
Soja, feijão, lentilha, ervilha
Semente de abóbora e girassol, amêndoa

Cozzolino SMF, 2020.


Cálcio
Tecido
Funções dinâmico
Formação e manutenção óssea
Contração muscular

Biodisponibilidade
99% à Ossos
1% à Sangue, fluido extracelular e músculos Osteoblasto Osteoclasto
Deposição de cálcio Reabsorção
na matriz óssea óssea
Absorção
Dependente de vitamina D à Duodeno, jejuno e íleo
Turnover ósseo
Cozzolino SMF, 2020.
Cálcio
Consequências
Osteomalácia
Osteoporose
Osteopenia
Fraqueza muscular

Cozzolino SMF, 2020.


Cálcio
Alimentos Fontes
Lácteos: Leite, iogurte, nata, creme de leite, queijos, requeijão, ricota
Vegetais: Brócolis, espinafre, couve manteiga, quiabo, agrião
Sardinha, feijão branco, gergelim, amêndoas, tofu, laranja, bebidas vegetais
suplementadas

Cozzolino SMF, 2020.


Ferro
Funções
Hemoproteínas: Hemoglobina, Mioglobina e Citocromos
Proteínas de transporte e armazenamento: Transferrina, Ferritina, Hemosiderina
Biodisponibilidade
Ferro heme: Origem animal
Ferro não-heme: Origem vegetal

Cálcio ↓ Absorção Compostos insolúveis


Ácido ascórbico ↑ Absorção (↑) Solubilização dos sais de Fe e
Ácido clorídrico ↑ Absorção manutenção da forma ferrosa Fe+2

Cozzolino SMF, 2020.


Ferro

Deficiência
Anemia à Cansaço persistente, tonturas, dores de cabeça, irritabilidade
Características:
↓ Quantidade de eritrócitos
Anemia microcítica (↓ tamanho do eritrócito)
Anemia hipocrômica (↓ concentração de hemoglobina)

Cozzolino SMF, 2020.


Ferro
Fontes Alimentares
Carnes: Bovina, frango, suína, peixe, fígado
Vegetais verde-escuros: Espinafre, alcachofra
Leguminosas: Feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico
Outros: Semente de abóbora, beterraba, tofu, melado, chocolate, aveia

Cozzolino SMF, 2020.


Zinco
Funções
Sistema imune
Cofator enzimático
Cicatrização
Gustação

Biodisponibilidade
Absorção no duodeno à Transporte ativo e passivo
Transporte sérico à Ligado à albumina e outros componentes plasmáticos
Excreção à Fezes, urina, pele, suor

Cozzolino SMF, 2020.


Zinco
Deficiência
Hipogeusia à Atrofia das papilas gustativas
Baixa imunidade à ↑ Infecções
Lesões cutâneas
Alopecia

Alimentos Fontes
Carnes: Bovina, frango, suína, peixe, mariscos
Cereais integrais: Arroz integral, macarrão integral, pão integral, aveia
Leguminosas: Feijão, lentilha
Oleaginosas e sementes: Castanhas, amendoim, nozes, gergelim, linhaça

Cozzolino SMF, 2020.


Cobre
Funções
Superóxido de
Metabolismo do ferro hidrogênio

Cofator enzimático
Superóxido dismutase (SOD) à Espécies reativas de O2
Ciclo-oxigenase (COX) à Cadeia respiratória à Formação de ATP
Lisil oxidase (LOX) à Síntese de colágeno e elastina

Transporte
Ceruloplasmina à Proteína carreadora de cobre para os tecidos
Excreção ocorre na bile

Cozzolino SMF, 2020.


Cobre
Consequências
Anemia à Síntese de hemoglobina prejudicada
Doenças cardiovasculares à ↑ Suscetibilidade à peroxidação lipídica

Alimentos Fontes
Fígado, mariscos
Castanha-do-Pará, castanha de caju, avelã, amêndoa, pistache, nozes
Semente de abóbora, semente de girassol
Chocolate, melado

Cozzolino SMF, 2020.


Iodo

Fundamental para a síntese de hormônios tireoidianos (T3 e T4)


60-65% do peso molecular dos hormônios tireoidianos
Crescimento e desenvolvimento

Iodo

Cozzolino SMF, 2020.


Iodo
Deficiência
Alterações tireoidianas
Alterações neurológicas

Deficiência de Iodo à Glândula tireoide com maior esforço para captar iodo
na circulação à Hipertrofia da glândula à Bócio

Cozzolino SMF, 2020.


Fontes de Iodo
Manganês

Função
Metabolismo dos macronutrientes
Formação óssea
Cofator de diversas enzimas
Antioxidante
Formação da enzima manganês superóxido dismutase

Cozzolino SMF, 2020.


Manganês
Consequências
Alterações de crescimento
Função reprodutora
Alteração do metabolismo ósseo
Alterações do metabolismo de CHO

Alimentos Fontes
Cereais integrais, gérmen de trigo, soja, semente de abóbora, nozes,
castanhas, folhas verdes, carnes, abacaxi

Cozzolino SMF, 2020.


Selênio
Função
Antioxidante à Formação de selenoproteínas
Metabolismo da tireoide
Sistema imunológico, neurológico e reprodutor

Cozzolino SMF, 2020.


Selênio
Consequências
Alterações cardiovasculares à Cardiomiopatia

Alimentos Fontes
Couves, farinha de trigo integral
Feijão, castanha-do-Brasil
Carnes, fígado

Cozzolino SMF, 2020.


Tópicos
• Minerais
– Sódio, Fósforo, Potássio
– Magnésio, Manganês
– Cálcio, Ferro, Zinco
– Cobre, Iodo, Selênio
Obrigada
raquelpersico8@gmail.com

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