Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Dietas industrializadas em pó -Menor manipulação do que dietas caseiras -Ainda possui alguma manipulação
- Permite maior individualização da fórmula -Podem apresentar problemas de viscosidade
Acondicionadas em pacotes -Maior estabilidade bromatológica e microbiológica do que dependendo da reconstituição realizada
hermeticamente fechados em latas - as caseiras
necessitando de porcionamento -Fornecimento adequado de micronutrientes
-Armazenamento facilitado
Dietas industrializadas líquidas semi- -Baixo risco de contaminação -Não favorece individualização da fórmula
prontas (sistema aberto) -Mínimo de manipulação -Mais difícil armazenagem
Dietas industrializadas prontas (sistema - Não ocorre manipulação, sendo dispensável área -Sem possibilidade de alterar a fórmula
fechado) específica na cozinha hospitalar (RDC 63) -Possíveis perdas de dieta na alteração da
- Mínimo risco de contaminação prescrição nutricional
Acondicionadas em frascos ou bolsas - Exigem administração contínua (gravitacional ou
próprias para serem acopladas bomba infusora)
diretamente ao equipo.
Categorização das dietas enterais
TIPO DE DIETA CARACTERÍSTICA
QUANTO À INDICAÇÃO
Dietas enterais de formulação padrão Objetivo de contemplar todas as necessidades nutricionais (quali e
quantitativos). Quantidade equilibrada de macronutrientes, fibra, vitaminas e
minerais. Geralmente possuem DC de 1,0-1,5 kcal/mL
Dietas enterais de formulação especializada Dieta para diabetes, imunonutrição, doenças inflamatórias intestinais
Suplemento nutricional 2 :
Volume de 125 mL – 1 frasco
Quantidade de calorias em 125 mL: 300 kcal
Fórmula disponível no meu hospital: DC=1,2 kcal/mL e 65g de proteína em 1 litro de dieta.
Digestão/absorção
Forma da fibra Fonte alimentar Características
requerida
Insolúveis
- celulose Podem aumentar o peso fecal por causa da capacidade de reter água
- Plantas Sim
hemicelulose Aceleram o tempo de trânsito no cólon, aumentando o peristaltismo
- lignina
Aumentam o peso fecal em decorrência do aumento da massa
Solúveis:
bacteriana
- pectina
Retardam o tempo de trânsito do cólon Retardam o esvaziamento
- Mucilagem
Plantas Sim gástrico
- polissacarídeos de algas
Ácidos graxos de cadeia curta (produto de fermentação da fibra solúvel)
- gomas (guar)
contribuem para a absorção de sódio e água no cólon
Sondas devem ser de calibre 10 a 12fr calibres menores aumentam risco de obstrução do cateter
Fonte e complexidade dos nutrientes
nas fórmulas enterais
Proteínas
Digestão/absorção
Complexidade da Proteína Fonte protéica Características
requerida
Caseína
Proteína isolada da soja Indicação: pacientes com TGI íntegro
Lactoalbumina Capacidade de digestão e Promove maior estimulação de hormônios intestinais e fatores
Proteína intacta
Clara de ovo (ovoalbumina) absorção completa de crescimento do que aminoácidos
Carne Osmolaridade pouco afetada
Leite desnatado integral
Caseína
Indicação: capacidade digestiva e absortiva diminuída ou
Proteína isolada da soja
Proteína parcialmente insuficiência pancreática
Lactoalbumina Capacidade de digestão e
hidrolisada (pequenos Promove maior estimulação de hormônios intestinais e fatores
Soro do leite absorção para peptídeos
peptídeos e oligopeptídeos) de crescimento do que aminoácidos
Proteína da carne
colágeno
Caseína Indicação: na presença de comprometimento na função GI
Proteína isolada da soja ou hipoalbuminemia grave
Lactoalbumina Absorção passiva, não requer bomba de sódio
Dipeptídeos e tripeptídeos Soro do leite Não requer capacidade Melhor absorção quando comparado a aminoácidos ou
(proteína hidrolisada) Proteína da carne de digestão e absorção proteínas intactas
colágeno Melhor retenção nitrogenada
Melhora a absorção de sódio e água
Reduz risco de diarréia
Não requer capacidade Indicação: capacidade digestiva reduzida, insuficiência
Aminoácidos L-aminoácidos digestiva e absortiva pancreática, DII, requer transporte ativo, aumenta a
normal osmolaridade da fórmula, prejudica a palatabilidade
Fonte e complexidade dos
nutrientes nas fórmulas enterais
Lipídeos
A gordura aumenta a palatabilidade e o sabor da dieta
Óleos vegetais contêm variedade de ácidos graxos essenciais
A ingestão de ácidos graxos essenciais (sobretudo o ácido linoléico) deve ser de 3 a 4% do total da necessidade
energética
A maioria das fórmulas enterais contém de 690 a 860 mL de água por 1.000 mL da fórmula enteral.
Náuseas e vômitos
Estase gástrica
Má absorção
Distensão abdominal
Constipação
Diarréia
Complicações da Terapia Nutricional enteral
Complicações Gastrointestinais
Náusea e vômitos
Causas:
a) Intolerância à lactose – avaliar uso de fórmulas isentas de lactose
c) Infusão rápida – sonda gástrica pode iniciar com volumes maiores, se pós pilórica – cautela com
volume e progredir lentamente
f) Estase gástrica – resíduo gástrico elevado evitar oferta em bolus e usar procinético – verificar se
gastroparesia diabética
Causas:
a) Hipotensão
b) Sepse
c) Inflamação
d) Pós operatório (anestesia)
e) Tumor gástrico
f) Doenças auto-imunes
g) Após realização de vagotomia
h) Uso de medicações analgésicas – fentanil, codeína, morfina
Manejo da gastroparesia e
do resíduo gástrico
RG > 200ml (sonda nasoentérica) ou >
100ml (Gastrostomia) + sinais de
desconforto abdominal ou distensão =
interrupção da NE e investigação
radiológica do paciente.
Distensão abdominal
Causas:
a) Infusão rápida da dieta enteral
b) Administração em bolus – mudar para gravitacional/bomba infusora
c) Grandes volumes reduzir volume e deixar correr a dieta de forma mais lenta
d) Intolerância à lactose
Complicações da Terapia Nutricional enteral
Complicações Gastrointestinais
Constipação
Causas:
a) Inatividade, paciente acamado
b) Redução da motilidade GI – bloqueadores neuromusculares,
analgésicos (morfina, codeína) etc
c) Desidratação
d) Dieta com pouca fibra
Desidratação
Hiperglicemia
Hipoglicemia
Anormalidade em eletrólitos
Alterações da função hepática
Síndrome da realimentação
Complicações da Terapia Nutricional enteral
Complicações Metabólicas
Complicação Etiologia Controle
Desnutrição grave Aumentar DC da dieta
Hiper - hidratação Insuficiência Cardíaca, renal ou Diurético
hepática BH diário
Excesso de líquidos Controle de peso
administrado
Formulas hipertônicas Formulas isotônicas
Desidratação Diarréia Controlar diarréia
Oferta hídrica insuficiente Repor água após dietas
Dietas hiperprotéicas Balanço hídrico diário
Observar pele e mucosa
Deficiência de insulina (trauma, Insulina e/ou hipoglicemiantes orais
Hiperglicemia sepse, DM, queimadura, cirurgia, uso Dietas isentas de sacarose
(HGT>180 mg/dL) de corticóides) Monitorização da glicemia
Oferta energética excessiva Avaliar a oferta energética (dieta
hipercalórica pode levar à hiperglicemia)
IMUNONUTRIÇÃO
↓Tempo de ↓Complicações
hospitalização perioperatórias
Nutrientes com ação imunomoduladora
Glutamina
Arginina
Nucleotídeos
AGPI ômega 3
Vitaminas A, C, E
Zinco e Selênio
Exemplo de fórmula imunomoduladora
Situações de trauma;
Queimados;
Atenção : não deve ser utilizado fórmulas contendo arginina para pacientes
críticos.
Bibliografia
Caso Clínico 1
Paciente de 50 anos, sexo feminino, história prévia de câncer de mama
já tratado há 3 anos. Interna com quadro de desorientação. Na TC foi
identificado lesão avançada em SNC, compatível com metástase.
Após avaliação fonoaudiológica é inviabilizada a dieta por via oral
devido ao risco de broncoaspiração.
Sabendo que o paciente recebe 1200ml de dieta enteral ao dia, com densidade calórica
de 1,2 kcal/ml, e que o paciente possui 45 Kg, qual o volume de água livre a ser
ofertado além da dieta enteral?
Necessidade hídrica para adultos
(projeto diretrizes):
30 a 40 mL/kg/dia ou 1,0 a 1,5 mL/kcal.