Você está na página 1de 58

TERAPIA NUTRICIONAL

ENTERAL E PARENTERAL NO
PACIENTE CRÍTICO
11 de Novembro de 2020

Renata Melo Sampaio


Nutricionista CRN – 9510
Conteúdo

 Nutrição Enteral
 Conceitos
 Classificações
 Exemplos de dietas
TNE - DEFINIÇÃO

Um
conjunto de procedimentos terapêuticos
empregados para manutenção ou recuperação do
estado nutricional por meio de nutrição enteral
(NE)
(Waitzberg, 2017)
Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma
isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente
formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não,
utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou completar a alimentação
oral de pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais,
em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou à
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.
(RDC 63 de 2000)
Indicações

Situação 1
“quando
•Risco o intestino funciona,
de desnutrição (consumo de
use-o
2/3 – ¾ das ou perca-o”
necessidades)

Situação 2
•TGI total ou parcialmente
funcionante
TNE PRECOCE

Não é
recomendado A ASPEN
iniciar caso recomenda o
haja início da TN nas
instabilidade primeiras 24-
hemodinâmica, 48h após lesão.
íleo paralítico, Canadian Clinical
distensão Practice
abdominal, Guidelines indica
náuseas, o início de 24-
vômitos e 48h após
suspeita de admissão na UTI
isquemia
intestinal
VIAS DE ACESSO

Curta Longa
Nasogástrica Gastrostomia

Nasoentérica Jejunostomia
VIAS DE ACESSO
Técnicas para acesso

Às cegas

Endoscopia

Radioscopia

Laparoscopia

Cirurgia
Métodos de
administração
Seleção da fórmula

PROTEÍNAS:
Seleção da fórmula

PROTEÍNAS:
Seleção da fórmula

CARBOIDRATOS:

POLÍME
DISSACA
AMIDO ROS DE
RÍDIOS
GLICOSE

Amido de milho Maltodextrina, xarope de Dextrina, maltose, sacarose,


milho, oligossac e polissac. lactose
Não afeta osmolaridade de glicose,
Rápida absorção, maior
Afeta osmolaridade, rápida parte é isenta de lactose
absorção
Seleção da fórmula

CARBOIDRATOS:

MONOS
SACARÍD
IOS

Glicose, frutose

Contribuem para
hiperosmolaridade,
Seleção da fórmula

LIPÍDIOS:

 A gordura aumenta a palatabilidade e o sabor da dieta;


 Os óleos vegetais contêm variedade de ácidos graxos
essenciais;
 A ingestão de ácidos graxos essenciais (sobretudo o ácido
linoleico) deve ser de 3 a 4% do total da necessidade
energética;
 As fontes lipídicas comumente encontradas nas fórmulas
incluem vários óleos vege-tais.
Seleção da fórmula

FIBRAS:

 Consideram-se fibras alimentares todos os


polissacarídeos vegetais da dieta, mais a lignina, que não
são hidrolisados pelas enzimas do trato digestório
humano;
 O conteúdo de fibras nas fórmulas é, em média, de 5 a 14
g/L;
 A recomendação de ingestão de fibra é de cerca de 20 a
25 g/dia;
 A forma predominantemente utilizada nas fórmulas é o
polissacarídeo da soja
Seleção da fórmula

ÁGUA:

 A quantidade de água é frequentemente relacionada


em mL de água por 1.000 mL de fórmula ou mL de
água/L de fórmula;
 A maioria das fórmulas enterais contém de 690 a 860 mL
de água por 1.000 mL da fórmula enteral.
Vitaminas e Minerais

 As fórmulas são adequadas em vitaminas e minerais, quando o


volume suficiente da fórmula é utilizado para satisfazer as
necessidades energéticas e dos macronutrientes;

 Algumas fórmulas especializadas para doenças específicas são


nutricionalmente incompletas em relação ao conteúdo das
vitaminas e dos minerais;

 Suplementos vitamínicos e minerais podem ser necessários para


pacientes que recebem formulações nutricionalmente
incompletas ou fórmulas diluídas por períodos prolongados.
Características
físicas da fórmula
Osmolaridade
Osmolalidade

Função do tamanho e da quantidade


de partículas (moléculas ou íons) em
determinado volume:

mOsm/Kg de água
mOsm/L
Termo preferido para as fórmulas enterais
Osmolalidade

Categorização conforme osmolalidade

Hipotônica 280-300

Isotônica 300-350

Levemente hipertônica 350- 550

Hipertônica 550-750

Acentuadamente hipertônica > 750


Fatores que afetam

Quão mais hidrolisada é a


Minerais/ fórmula, maior sua
Proteínas
osmolalidade! Carboidratos
eletrólitos
Classificação das fórmulas

Poliméricas

Parcialmente
Módulos
hidrolisadas

Fórmulas
especializadas
20%

45-75%
15- 35%

20%
Alegações permitidas às fórmulas
DIETAS INDUSTRIALIZADAS

Líquidas
Pó Prontas
semiprontas
•Porções •Lata ou frasco •Acondicionada
individuais ou de vidro em bolsa ou
latas •Quantidade p/ frasco
•Necessita 1 horário •Vem acoplado
reconstituição ao equipo
Dietas Artesanais

São aquelas preparadas à base de alimentos in


natura ou de mesclas de produtos naturais com
industrializados (módulos), liquidificadas e
preparadas artesanalmente na cozinha doméstica
ou hospitalar

Desvantagens Vantagens
Complicações

Gastrointestinais Metabólicas Mecânicas

Infecciosas Respiratórias Emocionais


Gastrointestinais

 Náuseas, vômitos
 Estases gástricas
 Refluxo gastroesofágico
 Distensão abdominal, cólicas, empachamento,
flatulência
 Diarreia/ constipação
Complicações

Metabólicas Mecânicas
 Hiperhidratação/ desidratação  Erosão nasal e necrose
 Hiperglicemia/ hipoglicemia  Abscesso septo nasal
 Sinusite aguda, rouquidão, otite
 Anormalidade de eletrólitos
 Faringite
 Alterações da função
 Esofagite
hempática
 Fístula traqueoesofágica
 Obstrução de sonda
 Saída da sonda
Complicações

Infecciosas Respiratórias
 Gastroenterocolite por  Aspiração pulmonar
infecções no preparo, nos
utensílios e na administração
da fórmula
Complicações

Psicológicas

 Ansiedade
 Depressão
 Falta de estímulo ao paladar
 Monotonia alimentar
 Insociabilidade
 Inatividade
Cuidados no preparo da Nutrição
Enteral

 Regido pela portaria 337 , de 14 de abril de 1997


 Resolução 63 de 6 de julho de 2000.

Recebimento Armazenamento Higienização

Preparo Transporte

Você também pode gostar