Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sistemas de canal
BMW Service
As informações contidas na documentação para formandos destinam-se exclusivamente aos
participantes neste seminário do "BMW Aftersales Training".
conceptinfo@bmw.de
© 2004 BMW AG
Aftersales Training, München, Alemanha. A reimpressão, mesmo que parcial,
só com autorização por escrito do BMW AG, München.
Documentação para formandos
Sistemas de canal
Símbolos utilizados
Nesta documentação para formandos são utilizados os seguintes
símbolos para uma melhor compreensão e para realçar informações
importantes:
Objectivos 1
Para apoio na formação, 1
Modelos 3
Sistemas de canal e a sua aplicação 3
Introdução 5
Porquê sistemas de canal? 5
Visão geral dos sistemas de canal 6
Gateways 7
Funções 9
Sistemas numéricos 9
Possibilidades da transmissão de informação 10
Modos de comunicação de interfaces 14
Tipos de transferência de interfaces 16
Formatos dos dados da transferência de
dados 18
Velocidade e formatos de transmissão do
interface série 20
6
Objectivos
Sistemas de canal
1
6
2
7
Modelos
Sistemas de canal
K-CAN P+S
byteflight
PT-CAN
Canal M
Canal K
Modelo
K-CAN
Canal I
MOST
CAN
E31 1989-1999 X
E36 1990-2002 X
E38 1999-2001 X X X
E39 1995-2004 X X X
E46 1997- X X X
E52 2000- X X X
E53 1999- X X X
E60 2003- X X X X
E61 2004- X X X X
E63 2003- X X X X
E64 2004- X X X X
E65 2001- X X X X
E66 2001- X X X X
E67 2002- X X X X
E83 2003- X X
E85 2002- X X X
E87 2004- X X X X
3
7
4
8
Introdução
Princípios básicos
5
8
Sistemas de subcanais
Como sistemas de subcanais estão
disponíveis os seguintes canais:
6
8
Gateways
Uma gateway serve de interface entre várias Viatura Gateway
redes. A gateway permite a troca de dados,
apesar dos sistemas de canal individuais E38 Instrumento combinado
possuírem diferentes velocidades de E46 Instrumento combinado
transferência. E60/61 SGM
Actualmente estão instaladas as seguintes E63/64 SGM
gateways nas viaturas BMW:
E65/66/67 ZGM ou SGM
E83 Instrumento combinado
E85 Instrumento combinado
E87 Caixa de junções
7
8
8
9
Funções
Princípios básicos
Sistemas numéricos
Na tecnologia dos computadores existem três Um outro sistema numérico conhecido é por
sistemas numéricos importantes: o sistema exemplo o sistema numérico romano:
numérico decimal, binário e hexadecimal.
I, II, III, IV, V, VI, ..., X, ..., L, ..., C, ..., D, ..., M
Sistema decimal
O sistema decimal é o usual sistema numérico
árabe.
Este sistema numérico possui a base 10.
Existem portanto dez caracteres diferentes
para cada dígito numérico.
Daqui resultam dez possibilidades distintas de
representar um algarismo de um dígito: 0, 1, 2,
3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Para representar um número de dois dígitos,
existem 100 possibilidades: 10 possibilidades
para o primeiro dígito, vezes 10 possibilidades
para o segundo dígito, ou seja, 102 = 10 x
10 = 100 possibilidades. O resultado é fácil de
verificar (0 até 99). 1 - Números decimais
Sistema binário
O sistema binário é um dos sistema Como abreviatura para código binário utiliza-
numéricos mais comuns no processamento se o sistema hexadecimal. Com dois números
de dados, visto que apenas conhece dois hexadecimais podem combinar-se números
estados: 0 e 1, ou, ligado ou desligado, ou, em binário de oito dígitos.
tensão elevada ou tensão baixa.
Cada caractere, imagens ou mesmo sons são
constituídos por uma determinada sequência
de números binários, ou seja, um tipo de
10010110. O computador ou a unidade de
comando pode processar informações
através deste código binário.
9
9
Transmissão analógica
O termo analógico vem do Grego (analogos) e Um sinal analógico caracteriza-se pelo facto
significa em conformidade, do mesmo modo. de poder assumir um valor arbitrário entre 0%
e 100%. O sinal é portanto contínuo.
A representação analógica de dados
(= informações) é a representação através de Exemplos: instrumentos de medição de
uma grandeza física que está continuamente a ponteiro, termómetros de mercúrio, relógio de
variar, e que é directamente proporcional aos ponteiros
dados.
2 - Sinal analógico
10
9
Transmissão digital
O conceito digital vem do latim "Digitus" e Índice Descrição
significa dedo.
U Tensão
"Digital" é portanto tudo o que pode ser
contado por um par de dedos ou, mais t Tempo
precisamente, tudo o que está repartido por A representação digital é a representação de
níveis discretos. grandezas constantemente a variar em
números. Particularmente nos computadores,
todos os dados são representados como
sequências de zeros e uns (binário). Digital é
portanto o oposto de analógico.
Exemplos: multímetro digital, relógio digital,
CD, DVD
3 - Sinal digital
Transmissão em binário
A palavra "Bi" vem do grego e significa dois. • Lâmpada acesa - lâmpada não acesa
Um sinal binário só conhece dois estados • O relé desoperou - relé está atraído
possíveis: 0 e 1 ou high e low.
• Existe tensão - não existe tensão
Exemplos:
4 - Sinal binário
11
9
Nível de sinal
Para que, no sector dos veículos automóveis, • O sector high está situado entre 6 V e 12 V
os dois estados high e low possam ser
• O sector low está situado entre 0 V e 2 V
distinguidos inequivocamente, a cada um dos
estados é atribuída um sector claramente O sector entre 2 V e 6 V é o denominado
definido: sector proibido, que se destina à identificação
de defeito.
5 - Nível de sinal
Representação codificada
Um código é uma directiva inequívoca para outra forma de representação, onde o
representar uma reserva de caracteres numa conteúdo das informações não é alterada.
outra reserva de caracteres.
Códigos importantes em EDV são ASCII e o
Um exemplo de um código é o alfabeto código hexadecimal.
"Morse". Cada letra do alfabeto e os
O utilizador de um computador prime, por
algarismos são codificados através de uma
exemplo, a tecla D no teclado. A letra é então
sequência de sinais de diferentes
ilustrada numa sequência binária 0100 0100
comprimentos.
(codificado). A sequência de caracteres passa
Em código Morse, o conhecido sinal SOS em seguida do teclado, através do cabo por
(save our souls) é: meio de um sinal eléctrico, até ao
processador. O processador interpreta
curto curto longo longo curto curto (descodifica) esta sequência de caracteres
curto longo curto correctamente como letra D.
S O S A sequência de caracteres e o seu sinal
eléctrico são denominados como informação
O código serve para converter informação,
codificada.
representada de modo codificado, para um
12
9
Bit e byte
No computador, todas as informações são
memorizadas e processadas como bits
(Binary Digit = menor unidade de informação).
Por essa razão é necessário converter todos
os dados (letras, números, sons, imagens
etc.), num código binário para processamento
no processador.
Para a representação de um caractere utilize
os sistemas usuais e códigos de oito bits.
Oito bits são reunidos num byte. Podem assim
codificar-se 256 caracteres.
13
9
Princípios básicos
Um interface estabelece a comunicação entre hardware e o software devem ser iguais em
o computador e o seu ambiente (outros todos os participantes.
equipamentos).
Se estas condições não estiverem satisfeitas,
Para que os dados sejam correctamente serão conseguidas por uma gateway (unidade
transmitidos através de um interface, o de comando).
6 - Interface
14
9
8 - Comunicação multiponto
(Multipoint)
15
9
Transferência "Simplex"
A transferência de dados apenas ocorre num
sentido, ou seja é unidireccional: o emissor
transfere dados para o receptor.
Exemplo: PC - impressora
9 - Transferência "Simplex"
Índice Descrição
1 Emissor
2 Dados
3 Receptor
Transferência "Semiduplex"
Os dois equipamentos podem trocar dados Exemplo:
entre si. Nessa ocasião, podem assumir
Nos radiotelefones só pode falar-se
alternadamente a função de um emissor ou de
(transmitir), caso seja premida uma
um receptor. No entanto, não é possível
determinada tecla. Para ouvir (receber), deve
transferir os dados em simultâneo.
soltar-se esta tecla.
10 - Transferência
"Semiduplex"
16
9
Índice Descrição
1 Emissor
2 Dados
3 Receptor
17
9
12 - Formato de transferência
paralelo
A transmissão paralela pode ser caracterizada Devido ao maior dispêndio nos dispositivos de
sumariamente como se segue: encaixe e dos cabos, uma transmissão
paralela só é aplicada em trajectos de
Bit paralelo e byte série
transmissão curtos.
Esta transmissão é aplicada sempre que é
Exemplo:
exigida uma elevada velocidade de
transmissão. PC - impressora.
18
9
13 - Formato de transferência
série
Índice Descrição
1 Emissor
2 Dados
3 Receptor
19
9
14 - Formato de transferência
síncrono
20
9
21
9
22
Conteúdo
Canal K / canal da
carroçaria
Visão geral do sistema 1
Visão geral do canal, E85 1
Funções 5
Aspectos gerais 5
Nível de tensão no canal K 6
8
Visão geral do sistema
Canal K
1
8
1 - Canal K no E85
2
8
Canal K no E85:
3
8
4
9
Funções
Canal K
Aspectos gerais
O canal K interliga em rede os componentes A comunicação das restantes unidades de
do equipamento eléctrico geral de viaturas, comando, que possuem capacidade de
dos sistemas de informação e de comunicação e trocam dados entre si, estão
comunicação e do sistema de segurança. conectadas no canal K. O canal K é um
interface monofilar bidireccional.
Transferência de dados
Visto que o canal K apenas tem disponível Para o efeito, o emissor e o receptor utilizam
uma única linha, mas transfere os dados em respectivamente os seus próprios geradores
ambos os sentidos, os dados são transferidos de impulsos.
em funcionamento semiduplex. Daqui resulta
A sincronização entre o emissor e o receptor é
que apenas pode ser enviado ou recebido.
estabelecida através do bit de início no
Visto que o emissor não envia o impulso, os caractere transmitido.
dados são transferidos de modo assíncrono.
1 - Transferência de dados
assíncrona
Em primeiro lugar é enviado um bit de início, A verificação de paridade pode ser acordada
com ajuda do qual o receptor se pode entre o emissor e o receptor, no entanto não é
sincronizar com o impulso do emissor. A obrigatoriamente necessário.
seguir, em função do código utilizado, são
Se por exemplo, tivermos uma paridade par, o
enviados 5 a 8 bits de dados e eventualmente
bit de paridade completa o número de uns até
um bit de paridade.
um número par. Se um bit já apresentar uma
Seguem-se ainda dois bits de paragem. Estes paridade par, o bit de paridade é colocado pelo
bits de paragem servem como pausa mínima emissor no "0" lógico. Se, pelo contrário,
entre a transferência de dois caracteres. Eles tivermos um bit ímpar, o emissor coloca o bit
conferem ao receptor tempo, para se preparar de paridade no "1" lógico. Durante a
para o caractere seguinte. transferência, o número total de uns é de novo
par.
Entre o bit de dados de maior valor e o bit de
paragem pode ainda ser inserido um bit de No receptor é avaliada a paridade do caractere
paridade para proteger a transferência de recebido. Se não corresponder ao acordo, é
dados. O bit de paridade providencia um sinalizado um erro de transmissão.
controlo fácil dos dados transferidos. A
paridade é o número de níveis 1 lógicos num
dado em binário. Se este contiver um número
par de bits 1 (0, 2, 4,....), então tem uma
paridade par, em caso de número ímpar (1, 3,
5,....) possui uma paridade ímpar.
5
9
6
Conteúdo
K-CAN
Controller Area Network
da carroçaria
Introdução 1
Aspectos gerais 1
Funções 7
Princípios básicos 7
Transferência de dados 11
Identificação e processamento de defeitos 13
Divisão do K-CAN 14
7
Introdução
K-CAN
Aspectos gerais
K-CAN figura para Controller Area Network da o CAN permite formar de modo eficaz
carroçaria. CAN foi desenvolvida pela empresa sistemas de alto rendimento controlado por
Robert Bosch GmbH como sistema de canal ocorrências. No sistema CAN multifunções
para automóveis ligeiros de passageiros. principal, os dados podem ser trocados
directamente entre um número arbitrário de
Condicionado pelo procedimento de acesso e
participantes no canal.
um endereçamento orientado para o objecto,
Aplicação na viatura
O K-CAN (Controller Area Network da Um outro canal da família CAN é o F-CAN. F-
carroçaria) transfere a informação na área da CAN figura para Controller Area Network da
carroçaria. No E65/66, o K-CAN é novamente suspensão. Este canal está configurado e
subdivido no sistema K-CAN e a periferia K- funciona exactamente como o K-CAN. No
CAN. entanto, o F-CAN é utilizado exclusivamente
para a transferência de dados dos
O K-CAN, como linha de cobre bifilar
componentes da suspensão. Um exemplo
entrelaçada, funciona com uma velocidade de
para isto é o controlo dinâmico da
transmissão de 100 kBit/seg. e substitui o
estabilidade.
canal K utilizado até agora.
Vantagens
As vantagens do canal CAN são:
• Maior velocidade de transferência de dados
comparativamente à ligação por fios
tradicional
• Melhor compatibilidade electromagnética
(EMV)
• Características de marcha de emergência
aperfeiçoadas
1
7
2
8
Visão geral do sistema
K-CAN
K-CAN
Nas páginas seguintes encontra-se ilustrado o
K-CAN no E65. O K-CAN no E65 está dividido
em duas áreas:
• SISTEMA K-CAN
• PERIFERIA K-CAN
3
8
4
8
K-CAN no E65:
5
8
F-CAN
Índice Descrição
1 Sensor DSC 1
2 Sensor DSC 2
3 Direcção activa, servomotor
4 Comandos na coluna da
direcção
5 Controlo dinâmico da
estabilidade - DSC
6 Direcção activa - AFS
2 - F-CAN no E60
6
9
Funções
K-CAN
Princípios básicos
O Controller Area Network da carroçaria, A velocidade de transmissão é de 100 kBit/
abreviadamente K-CAN, é aplicado em seg.
viaturas BMW para a interligação em rede de
K-CAN baseia-se numa topologia em forma
componentes do sistema electrónico conforto
de linha. Trata-se portanto de uma estrutura
e carroçaria.
de canal.
Tal como p. ex., comando das lâmpadas,
ajuste dos bancos e sistema de ar
condicionado.
Estrutura do canal
Cada aparelho terminal (nó, unidade de
comando) numa rede com estrutura de canal
está conectada a uma linha comum.
7
9
Resistência terminal
Do ponto de vista eléctrico, um condutor • Frequência da transferência de dados no
percorrido por corrente possui sempre uma sistema de canal
resistência óhmica, indutiva e capacitiva. Ao
• Carga indutiva ou capacitiva no percurso de
transferirem-se dados do ponto "A" para o
transmissão
ponto "B", a soma total destas resistências
tem influência sobre a transferência de dados. • Comprimento do cabo para a transferência
Quanto maior a frequência de transferência, de dados
mais se evidência a resistência indutiva e
Quanto mais comprida a linha, maior será a
capacitiva. Isto pode levar a que, no final da
componente indutiva da linha.
linha de transmissão, esteja disponível um
sinal já não identificável. Por este motivo, a As unidades de comando estão divididas em
linha é "adaptada" por resistências terminais, o unidades de comando principais e restantes
sinal original mantem-se. unidades de comando. O valor da resistência
determina esta divisão.
A resistência indutiva resulta, p. ex. do efeito
de bobina da linha. A resistência capacitiva Para garantir um percurso exacto do sinal nos
resulta p. ex. da instalação de linhas em sistemas de canal, utilizam-se resistências
paralelo à carroçaria. terminais. Estas resistências terminais
encontram-se nas unidades de comando dos
As resistências terminais num sistema de
sistemas de canal.
canal são diferentes.
Valores das resistências terminais no K-CAN:
Em geral, dependem dos seguintes
parâmetros: Unidade de Restantes
comando base unidades de
comando
820 Ω 12 000 Ω
8
9
Índice Descrição
CAN_H Sinal CAN-High
CAN_L Sinal CAN-Low
9
9
10
9
Transferência de dados
Uma mensagem é enviada assincronamente, • Comprimento da estrutura de dados
ou seja sem impulso de sincronização, numa
• A mensagem propriamente dita com um
estrutura de dados (Data Frame). Esta
comprimento de até 8 bytes
estrutura de dados inclui informações como:
• Mecanismos para a identificação de
• Marca de início da estrutura de dados
defeitos
• Identificador - para identificar o conteúdo
• Marca de fim da estrutura de dados
da mensagem e a sua prioridade
5 - Formato de mensagem
Caso uma unidade de comando pretenda determina qual a unidade de comando que
enviar dados, coloca a sua mensagem no pode enviar em primeiro lugar. Este conflito de
canal. A unidade de comando encontra-se acesso ao canal é ganho pela unidade de
assim no modo de envio. Todas as outras comando que possui o identificador mais
unidades de comando encontram-se agora no baixo e deste modo a prioridade mais elevada.
modo de recepção. Após receberem a Esta unidade de comando pode agora enviar a
mensagem, com base no identificador, sua mensagem completa, enquanto que as
decidem se a mensagem é relevante para si outras unidades de comando têm de aguardar
ou não. Após o fim da mensagem, todas as que o canal fique livre.
unidades de comando voltam a estar prontas
Se um participante pronto a enviar reconhecer
para enviar mensagens através do canal.
que o canal já está ocupado, o pedido de envio
No entanto, se várias unidades de comando é retardado até ao fim da actual transmissão.
pretenderem enviar simultaneamente
mensagens, a prioridade da mensagem
11
9
12
9
13
9
Divisão do K-CAN
No E65, as funções que, no E38, estavam Com o E65, é introduzido o SISTEMA K-CAN
englobadas na ZKE (Electrónica Central da e a PERIFERIA K-CAN.
Carroçaria), encontram-se distribuídas por
As unidades de comando e funções novas no
muitas unidades de comando individuais.
K-CAN são p. ex. o sistema de acesso à
Estas unidades de comando e novas unidades
viatura (CAS), painel de comando na consola
de comando encontram-se conectadas no K-
central (BZM), painel de comando na parte de
CAN.
trás da consola central (BZMF) e o módulo de
potência (PM).
SISTEMA/PERIFERIA K-CAN
O número de elementos da viatura (unidades Vantagens da separação por SISTEMA/
de comando/módulos) está distribuído por PERIFERIA K-CAN:
dois sistemas de canal "independentes". Esta
• Expansão dos elementos da viatura por
distribuição do K-CAN em SISTEMA e
canal é possível a qualquer momento
PERIFERIA permite aliviar o canal.
• Menor carga de dados pelos consumidores
O canal possui mais disponibilidade e isto,
do canal no sistema de canal através de
também em caso de colisão. No caso de uma
uma segunda linha
colisão podem falhar componentes através de
curto-circuito no K-CAN. A PERIFERIA K- • Maior fiabilidade
CAN estende-se nestas áreas perigosas.
Caso a PERIFERIA K-CAN falhasse, o
3 Actualmente, a divisão do K-CAN nas
áreas SISTEMA e PERIFERIA só pode ser
SISTEMA K-CAN ainda é mantido.
encontrada no E65/66. 1
SISTEMA K-CAN
Componentes no SISTEMA K-CAN • Módulo de integração da carroçaria (CIM)
Os componentes no SISTEMA K-CAN são as • Chaufagem independente (SH)
unidades de comando principais, outras
• Controller (CON)
unidades de comando e sistema de canal.
• Módulo de comutação das luzes (LM)
Unidades de comando principais:
• Controlo da distância de estacionamento
• Unidade de regulação/comutação das luzes
(PDC)
(LSZ)
• Sistema de controlo da pressão dos pneus
• Sistema integrado de chaufagem e ar
(RDC)
condicionado automáticos (IHKA)
• Sensor de chuva/luz (RLS)
• Sistema de acesso à viatura (CAS)
• Módulo do limpa-vidros (WIM)
• Módulo central de acesso (ZGM)
• Tejadilho de correr/deflector (SHD)
• Control Display (CD)
• Instrumento combinado
Outras unidades de comando:
• Módulo do reboque (AHM)
• Painel de comando na consola central
(BZM)
• Painel de comando na parte de trás da
consola central (BZMF)
• Sistema de alarme anti-roubo (DWA)
14
9
PERIFERIA K-CAN
Componentes na PERIFERIA K-CAN
Os componentes na PERIFERIA K-CAN são
as unidades de comando principais, outras
unidades de comando e sistema de canal.
Unidades de comando principais:
• Sistema de acesso à viatura (CAS)
• Módulo da porta do condutor (TMFAT)
• Módulo da porta do acompanhante
(TMBFT)
• Elevador da tampa da mala (HKL)
Outras unidades de comando:
• Módulo da porta traseira direita (TMBFTH)
• Módulo da porta traseira esquerda
(TMFATH)
• Módulo do banco traseiro esquerdo
(SMFAH)
• Módulo do banco do condutor (SMFA)
• Módulo do banco do acompanhante
(SMBF)
• Módulo do banco traseiro direito (SMBFH)
• Módulo de potência (PM)
15
9
16
Conteúdo
PT-CAN
Powertrain Controller Area
Network
Introdução 1
Aspectos gerais 1
Funções 7
Princípios básicos 7
Transferência de dados 9
Identificação e processamento de defeitos 10
7
Introdução
PT-CAN
Aspectos gerais
PT-CAN figura para Powertrain Controller Com uma velocidade de transferência de
Area Network. A CAN foi desenvolvida pela 500 kBit/seg., o PT-CAN é o canal CAN mais
empresa Robert Bosch GmbH como sistema rápido em viaturas BMW. Este canal conecta
de canal para automóveis ligeiros de todas as unidades de comando e módulos
passageiros. que fazem parte da propulsão. Neste caso,
trata-se de uma ligação em paralelo de todos
Condicionado pelo procedimento de acesso e
os utilizadores de canal.
um endereçamento orientado para o objecto,
o CAN permite formar de modo eficaz A particularidade deste canal CAN é a de estar
sistemas de alto rendimento controlado por equipado com três linhas em vez de duas.
ocorrências. No sistema CAN multifunções
A terceira linha é utilizada como linha Wake-up
principal, os dados podem ser trocados
(despertar) e não tem qualquer relação com a
directamente entre um número arbitrário de
função propriamente dita do canal CAN.
participantes no canal.
Utilização na viatura
O canal CAN foi utilizado pela primeira vez no O PT-CAN, pelo contrário, na área da
E38 na gestão do motor. O sistema de canal propulsão e do trem de rodagem.
serve para a troca de dados entre a
O canal CAN no E38, E39 e no E46 equivale
Electrónica Digital do Motor e o Comando
ao PT-CAN a partir do E65.
Adaptativo da Caixa de Velocidades.
1
7
2
8
Visão geral do sistema
PT-CAN
PT-CAN
Nas páginas seguintes encontra-se uma visão
geral do PT-CAN em várias viaturas BMW.
3
8
4
8
PT-CAN no E60:
5
8
PT-CAN no E85:
6
9
Funções
PT-CAN
Princípios básicos
O Powertrain Controller Area Network, Como p. ex., Electrónica Digital do Motor e
abreviado PT-CAN, é utilizado nas viaturas controlo dinâmico da estabilidade (PT-CAN =
BMW para interligação em rede de 500 kBit/seg.).
componentes das unidades de comando que
PT-CAN baseia-se numa topologia em forma
fazem parte da propulsão.
de linha. Trata-se portanto de uma estrutura
de canal.
Estrutura do canal
A estrutura de canal do PT-CAN difere da do A terceira linha serve apenas de linha Wake-up
K-CAN apenas devido à terceira linha. (despertar).
7
9
Unidade de
comando
Resistência terminal 120 Ω
8
9
Transferência de dados
Os dados são transferidos como no K-CAN. A unidade de comando coloca a sua
mensagem no canal. Todas as outras
As mensagens são, portanto, enviadas de
unidades de comando recebem a mensagem
modo assíncrono, sem impulso de
e decidem se esta é relevante para si.
sincronização, numa estrutura de dados (Data
Frame). Esta estrutura de dados inclui No entanto, se várias unidades de comando
informações como: pretenderem enviar simultaneamente
mensagens, a prioridade da mensagem
• Marca de início da estrutura de dados
determina qual a unidade de comando que
• Identificador - para identificar o conteúdo pode enviar em primeiro lugar.
da mensagem e a sua prioridade
Se um participante pronto a enviar reconhecer
• Comprimento da estrutura de dados que o canal já está ocupado, o pedido de envio
é retardado até ao fim da actual transmissão.
• A mensagem propriamente dita com um
comprimento de até 8 bytes
• Mecanismos para a identificação de
defeitos
• Marca de fim da estrutura de dados
9
9
10
Conteúdo
Linhas de fibra óptica
Introdução 1
Porquê linhas de fibra óptica? 1
Funções 3
Linhas de fibra óptica de plástico 3
Princípio da transmissão óptica 4
Indicações SAV 7
Particularidades referentes ao manuseamento
com linhas 7
Instruções de reparação 9
7
Introdução
Linhas de fibra óptica
1
7
2
8
Funções
Linhas de fibra óptica
Estrutura
Uma linha de fibra óptica é uma fibra cilíndrica
fina de plástico, que se encontra envolvida
uma bainha fina. A linha de fibra óptica
propriamente dita está incorporada no
material de revestimento, que serve apenas
como protecção das fibras propriamente ditas.
Índice Descrição
1 Núcleo de fibra
2 Bainha
3 Revestimento almofadado
3
8
2 - Comparação de um
sistema de mensagens
óptico com um sistema de
mensagens convencional
4
8
Atenuação da luz
Com o aumento da distância percorrida, a luz Índice Descrição
conduzida na fibra perde em fluxo luminoso.
Este processo é designado por atenuação. 1 Díodo emissor
2 Bainha
3 Núcleo de fibra
4 Díodo receptor
Aplicação
Para viaturas BMW foram desenvolvidos dois Para que as linhas de fibra óptica possam ser
sistemas de canal ópticos para a transferência distinguidas para os diferentes sistemas de
de dados: MOST e byteflight. canal, existem actualmente três cores
distintas:
O comprimento da luz é de 650 nm (luz
vermelha). • Amarelo: byteflight
• Verde: MOST
• Cor-de-laranja: linha de reparação SAV
5
8
6
9
Indicações SAV
Linhas de fibra óptica
Raio de curvatura
Não se devem efectuar curvaturas em linhas
de fibra óptica de plástico mais fechada que
50 mm. 50 mm correspondem aprox. ao
diâmetro de uma garrafa de bebida. Uma
curvatura ainda mais fechada da linha de fibra
óptica perturba a operacionalidade ou origina
mesmo a destruição da linha de fibra óptica de
plástico.
Num local com uma curvatura ainda mais
fechada sai luz, visto que neste caso o feixe de 1 - Linha de fibra óptica curvada
luz deixa de poder ser reflectido
correctamente.
Vincar
Ao montar as linhas de fibra óptica, estas não 3 Mesmo um vinco único e breve destrói a
devem de modo algum ser vincadas, visto que linha de fibra óptica 1
isso danifica o núcleo de fibra e a bainha. A luz
é parcialmente dispersa no ponto vincado. A
consequência são perdas na transmissão.
2 - Linha de fibra óptica vincada
Marca de pressão
Também as marcas de pressão devem ser em
qualquer caso evitadas, visto que através da
pressão se pode alterar de forma permanente
a secção transversal condutora de luz. Na
transmissão existe então uma perda de luz.
3 Mesmo cintas de cabos demasiado
apertadas podem causar marcas de pressão
deste tipo. 1
7
9
Ponto de fricção
Ao contrário do que sucede nas linhas de
cobre, a fricção nas linhas de fibra óptica não
provoca curto-circuito. Os pontos de fricção
provocam, em vez disso, perdas de luz ou
entrada de luz externa. O sistema é danificado
ou falha completamente.
Distensão
Ao esticar, o fio é distendido e a secção
transversal do núcleo de fibra diminui. A
consequência é um fluxo menor de luz. Puxar
também pode levar à destruição de uma linha
5 - Esticar da linha de fibra óptica
de fibra óptica.
Sobreaquecimento
O sobreaquecimento da linha de fibra óptica Uma temperatura de 85 °C, p. ex., na secagem
não provoca uma avaria imediata, causando de tinta ou ao soldar, não deverá ser excedida.
apenas posteriormente uma falha.
8
9
Instruções de reparação
3 As linhas de fibra óptica no sistema Para aplicar correctamente as camisas na linha
MOST só podem ser reparadas uma vez entre de fibra óptica, utiliza-se um alicate de cravar
as duas unidades de comando. 1 especial.
3 A linha de fibra óptica no sistema O modo de procedimento exacto encontra-se
byteflight não pode ser reparada. 1 descrito nas instruções de utilização do
alicate.
9
9
10
Conteúdo
byteflight
Introdução 1
Introdução 1
Funções 7
Princípios básicos 7
Transferência de dados 8
Módulo emissor/receptor 12
Master byteflight 13
7
Introdução
byteflight
Introdução
O sistema byteflight foi desenvolvido pela A tecnologia byteflight tem interesse
BMW em conjunto com a Motorola, Elmos e particularmente no sector dos veículos
Infineon prioritariamente para processos automóveis, visto que são exigidas
relevante em termos de segurança em solicitações de tempo real muito elevadas em
automóveis ligeiros de passageiros. Este caso de taxas de dados elevadas. Para além
sistema de canal é utilizado prioritariamente disso, a transferência de dados também deve
para a transmissão de dados do sistema funcionar sem erros de transmissão num
airbag especialmente críticos em termos de ambiente electromagnético muito difícil.
tempo.
Utilização na viatura
O byteflight foi instalado pela primeira vez no O sistema byteflight tem aplicação nos
E65/E66/E67 para os componentes sistemas de segurança ISIS (Sistema
relevantes em termos de segurança, tais Integrado de Segurança Inteligente) e ASE
como os sistemas airbag. Mais tarde (Sistema Electrónico de Segurança
juntaram-se as viaturas E85, E60/E61 e E63/ Avançada). Estes dois sistemas de segurança
E64. são responsáveis pelo comando dos airbags,
dos tensores dos cintos de segurança e a
separação do borne de segurança da bateria.
1
7
2
8
Visão geral do sistema
byteflight
byteflight
Nas seguintes páginas, o byteflight é Como Master (principal) byteflight servem
representado nas diferentes viaturas BMW. aqui o módulo de informação da segurança ou
o módulo de segurança e de acesso.
3
8
4
8
E65 (2001-2004):
5
8
6
9
Funções
byteflight
Princípios básicos
O byteflight é utilizado em viaturas BMW para Os dados são transmitidos com uma
a interligação em rede de unidades de velocidade de 10 MBit/seg. A taxa de
comando. As unidades de comando servem transmissão de dados é portanto 20 vezes
para a activação dos sistemas airbag, sistemas superior à do canal de alta velocidade PT-
de retenção e borne de segurança da bateria. CAN. Para a interligação em rede das
unidades de comando individuais só é
Para a transferência de dados utilizam-se
necessária respectivamente uma linha de fibra
linhas de fibra óptica de plástico. As linhas de
óptica, que pode transmitir os dados em
fibra óptica utilizam impulsos de luz para a
ambos os sentidos, ou seja
transferência de dados. Por esta razão, num
bidireccionalmente. As unidades de comando
ambiente electromagnético difícil, em relação
comunicam controladas por tempo e por
às linhas de cobre tradicionais, elas são
ocorrências. Os dados podem ser
consideravelmente menos sujeitas a
transmitidos de modo síncrono ou também de
deficiências.
modo assíncrono.
Estrutura em estrela
O sistema byteflight tem uma configuração posição superior (Master) através de uma linha
em forma de estrela. própria. A Master (principal) recebe os dados
provenientes de uma Slave (secundária).
Depois disso, transmite-os imediatamente a
todas as Slaves (secundárias). A Slave
(secundária), que se encontra endereçado
regista os dados. Visto que o Master (principal)
não conhece nenhum regulamento de
acesso, assumindo apenas a função pura de
distribuição, as unidades de comando
individuais têm de se entender através de um
protocolo. No caso é determinado, quem e o
que é que pode ser enviado e quando não se
pode enviar.
Vantagens:
• Interligação em rede simples
• Expansão simples
• Elevada segurança contra falhas
Desvantagens:
• Elevada complexidade de cablagem
• Falha da rede em caso de falha ou
sobrecarga do Master (principal)
1 - Estrutura em estrela Devido à topologia em forma de estrela, o
byteflight continua operacional, mesmo em
Índice Descrição caso de falha das unidades de comando
Principal Unidade de comando em individuais (Slaves). Em cada unidade de
(master) posição superior comando da interligação byteflight, os sinais
eléctricos são convertidos em sinais ópticos
Secundário Unidade de comando em
com ajuda do módulo emissor/receptor. O
(slave) posição inferior
centro da estrutura em estrela é formado pelo
1, 2, 3, 4, 5, n Participantes 1, 2, 3, 4, 5, n módulo de informação da segurança. Nos
modelos BMW mais recentes, esta posição
As unidades de comando em posição inferior central é assumida pelo módulo de segurança
(Slaves) numa rede com estrutura em rede e de acesso.
estão ligadas à unidade de comando em
7
9
Transferência de dados
No byteflight, vários sensores estão No byteflight podem ser transmitidos dados
instalados em pontos estratégicos na viatura. com um comprimento máximo de doze bytes.
Eles estão situados nos satélites, que estão
A estrutura de dados inclui informações como:
ligados com o SIM ou o SGM, através do
sistema de canal. • Marca de início da estrutura de dados
Todos os sensores são explorados de forma • Identificador
permanente e os dados são distribuídos por
• Comprimento da estrutura de dados
todos os satélites.
• Mensagem com até 12 bytes
A transferência de dados funciona como no
canal CAN por meio de telegramas de dados, • Mecanismos para a identificação de
que, com excepção do número dos bytes de defeitos
dados, têm exactamente a mesma estrutura.
• Marca de fim da estrutura de dados
8
9
3 - Prioridades do telegrama
Nos telegramas distingue-se entre prioridade Comunicações com elevada prioridade são
elevada e baixa. A distinção é feita através do por exemplo os dados do sensor.
identificador. O sector permitido encontra-se
Comunicação com baixa prioridade são por
entre 1 e 255, onde o 1 representa a
exemplo as mensagens de estado e o
prioridade mais elevada.
diagnóstico.
Satélites
No ISIS, vários sensores estão instalados em Antes de cada byte existe um bit de início.
pontos estratégicos na viatura. Eles Após cada byte segue-se um bit de paragem.
encontram-se nos satélites, que estão ligados O byte seguinte é um byte de comprimento
ao SIM através da byteflight. que indica o número de bytes de dados.
Um telegrama começa sempre com a Depois disso, seguem-se até um máximo de
sequência de iniciação. Segue-se então um doze bytes. A seguir vem a soma de
identificador. Com este identificador verificação. O fim do telegrama é formado por
determina-se a prioridade do telegrama de um duplo bit de paragem.
dados.
O comprimento de um telegrama pode variar
Todos os sensores são explorados de forma entre 4,6 µseg. e 16 µseg.
permanente e os dados são distribuídos por
todos os satélites.
9
9
Índice Descrição
1 Satélite com sensores
2 Módulo de informação da segurança
Índice Descrição
1 Satélite com sensores
2 Módulo de informação da segurança
3 Airbag disparado
A imagem mostra como todos os telegramas O respectivo satélite decide qual o sistema de
de dados fornecidos pelos satélites são retenção que é activado.
retransmitidos para todos os satélites.
10
9
11
9
Módulo emissor/receptor
O módulo emissor/receptor é um módulo que Os módulos emissores/receptores são
está em condições de converter sinais constituídos por um díodo emissor de luz
eléctricos em sinais ópticos e enviá-los por (LED) e um fotodíodo. Estão montados um
fibra óptica. Cada satélite dispõe de um sobre o outro, na denominada tecnologia
módulo emissor/receptor (S/E) eléctrico/ "Chip-on-Chip". Consegue-se assim um
óptico. acoplamento perfeito de ambos os
componentes na linha de fibra óptica.
Os módulos emissores/receptores estão
respectivamente ligados ao acoplador em O módulo emissor/receptor contém o LED
estrela inteligente no SIM através da linha de para o circuito do excitador. Este módulo
fibra óptica do byteflight. No SIM, também inclui, para além disso, o amplificador de
existe um módulo emissor/receptor para cada recepção para a conversão do sinal óptico em
satélite. sinais digitais. Além disso, encontra-se
integrada uma monitorização da qualidade de
transmissão óptica.
Se surgir um dos seguintes defeitos numa das
linhas de fibra óptica, o satélite é desactivado:
• Se não for recebido nenhum sinal óptico ao
longo de um período de tempo definido
• Se nenhum díodo de emissão enviar luz
permanente
• Se a atenuação for demasiado elevada
A perda de intensidade luminosa, comparável
com a resistência eléctrica de uma linha, é
denominada atenuação.
A intensidade luminosa emitida é comparada
com a recebida. A atenuação autorizada está
estabelecida no sistema.
6 - Acoplador em estrela e satélites com módulo emissor/receptor Se a atenuação autorizada for excedida, pode
existir um dos seguintes defeitos:
Índice Descrição
• Vinco na linha de fibra óptica e, deste modo,
SE Módulo emissor/receptor aumento da atenuação
Todas as informações transmitidas no • Carga sobre a linha de fibra óptica
byteflight são telegramas de dados, que são • Esforço de tracção da linha de fibra óptica
enviadas sob a forma de impulsos de luz. Os (alongamento)
módulos emissores/receptores no SIM
recebem os impulsos de luz dos satélites • Interrupção da linha de fibra óptica
respectivamente conectados. No acoplador • Danificação da linha de fibra óptica
em estrela inteligente, os telegramas de
dados são enviados para todos os satélites. A
troca de dados é possível em ambos os
sentidos.
12
9
Master byteflight
O Master byteflight cumpre duas funções: ser configurado por software como comando
principal de canal. No entanto, no sistema
• Geração dos impulsos de sincronização
apenas pode existir um comando principal de
(Sync Pulse).
canal. Todos os outros participantes no canal
• Colocar os satélites no modo de alarme. (Slaves de canal) utilizam o Sync Pulse para a
sincronização interna. Cada participante pode
No ISIS, o SIM está configurado como Master
enviar telegramas entre o Sync Pulse no
(principal) do byteflight (comando principal de
byteflight.
canal). No ASE, o SGM assume o Master
byteflight. Por princípio, cada satélite pode
Impulsos de sincronização
O comando principal do byteflight no SIM Sync Pulse. A duração de um Sync Pulse,
disponibiliza os impulsos de sincronização caso exista um estado de alarme, é de aprox.
num intervalo de tempo de 250 µseg. O modo 2 µseg. Em situação normal, o Sync Pulse é
de alarme é transmitido em toda a largura do de aprox. 3 µseg.
7 - Ciclos do byteflight
13
9
Índice Designação
1 Impulso de modo de alarme
2 Interruptor high side
3 Condensador de ignição
4 Cápsula de ignição
5 Interruptor low side
6 Microprocessador
7 Satélite
14
Conteúdo
MOST
Media Oriented System
Transport
Introdução 1
O que é o MOST? 1
Funções 7
Princípios básicos 7
Transferência de dados 9
7
Introdução
MOST
O que é o MOST?
O MOST é uma tecnologia de comunicação 2. A tecnologia MOST disponibiliza um
para aplicações multimédia, desenvolvida modelo básico lógico para o comando da
particularmente para a utilização em veículos variedade e complexidade de dados.
automóveis.
Vantagens do MOST:
MOST significa "Media Oriented System
• Possibilidade de elevadas taxas de
Transport". O canal MOST utiliza os impulsos
transmissão de dados
de luz para transmitir dados.
• Serviços de informação e de
A tecnologia MOST satisfaz duas exigências
entretenimento podem decorrer em
essenciais:
paralelo e de modo síncrono, sem provocar
1. O canal MOST transporta dados de interferência um no outro
comando, audio, vídeo e navegação.
• Boa compatibilidade electromagnética
1
7
2
8
Visão geral do sistema
MOST
MOST
Nas páginas seguintes encontra-se uma visão
geral do sistema MOST em várias viaturas
BMW.
3
8
4
8
MOST no E60:
MOST no E65:
MOST no E87:
5
8
6
9
Funções
MOST
Princípios básicos
O MOST está configurado como anel óptico. Uma característica essencial de uma rede
São transportados diferentes dados (dados de multimédia é a de não transportar apenas
comando, audio e gráficos) e disponibilizados dados de comando e dados dos sensores.
serviços de dados (SMS, TMC etc.).
Características
O canal MOST está configurado em estrutura
• Taxas de dados mais elevadas: 22,5 MBit/
de anel e utiliza impulsos de luz para a
seg.
transferência de dados. A transferência de
dados ocorre exclusivamente num sentido. • Transmissão de dados síncrona/assíncrona
Como meio de transmissão utilizam-se linhas
• O MOST atribui os nós das unidades de
de fibra óptica.
comando no canal
Através do MOST, os componentes
• Linhas de fibra óptica como meio de
individuais vão aumentando, formando uma
transmissão
unidade central.
• Estrutura em anel
Os componentes interagem ainda com mais
intensidade. A expansão do sistema através O MOST não representa apenas uma rede no
de componentes individuais torna-se mais sentido convencional, mas também uma
fácil através do princípio Plug&Play (conectar tecnologia integrada para multimédia e
e iniciar). comando de redes.
O MOST está em condições de comandar e
gerir dinamicamente as funções distribuídas
na viatura.
Estrutura em anel
Cada aparelho terminal (nó, unidade de No anel circula uma mensagem que indica
comando) está conectado entre si numa rede que pode ser transmitido. Esta mensagem é
com estrutura de anel, através de um anel lida por todos os nós (unidades de comando)
formado por cabos. e retransmitida.
7
9
8
9
Transferência de dados
Cada unidade de comando MOST pode Em caso de falha de um componente, o
enviar dados no canal MOST. Só a unidade de Receiver (receptor) e o Transmitter (emissor)
comando Master (principal) pode efectuar estão conectados entre si. O anel continua
uma troca de dados entre o canal MOST e os assim operacional. Só se uma unidade de
outros sistemas de canal. comando estiver alimentada com tensão é
que o Receiver e o Transmitter estão
Para satisfazer as diferentes solicitações das
separados. Estas duas unidades, em conjunto
aplicações na transferência de dados, cada
com o sistema de emissão e recepção, estão
mensagem MOST está dividida em três
completamente operacionais.
partes:
NetService decompõe os conjuntos de dados
• Dados de comando: p. ex. regulação da
em partes individuais ou junta-os.
intensidade luminosa
O Receiver e o Transmitter são um
• Dados assíncronos: p. ex. sistema de
desenvolvimento da BMW em colaboração
navegação, representação vectorial
com a Infineon e Oasis. As informações são
• Dados síncronos: p. ex. sinais audio, de TV transmitidas através de impulsos de luz com
e de vídeo um comprimento da onda de 650 nm (luz
vermelha visível). Para gerar a luz não se utiliza
O canal MOST possui uma estrutura em anel.
nenhum Laser, mas sim um LED. O canal
Os diferentes canais (canal síncrono, canal
pode ser chamado opticamente, ou seja, não
assíncrono e canal de comando) são
é necessária uma linha de chamada extra. O
transmitidos num suporte de modo síncrono.
consumo de corrente em modo Sleep
Os dados estão disponíveis em todo o anel, ou
(descanso) é muito reduzida.
seja, os dados são lidos sem serem destruídos
(copiados) e podem ser utilizados deste modo
pelos diferentes componentes.
A estrutura do canal MOST permite uma fácil
ampliação de componentes. O local de
instalação dos componentes no anel é
independente da função. Não é necessária
nenhuma apresentação para futuros sistemas
(p. ex. altifalante de bobina dupla).
9
9
2 - Transferência de dados
no canal MOST
Canal de comando
Através do canal de comando utilizam-se regulação do volume e dados para o
sinais de comando, como por exemplo diagnóstico.
Canal síncrono
O canal síncrono está reservado
principalmente para o envio de dados audio.
Canal assíncrono
O canal assíncrono transmite dados gráficos
do sistema de navegação, como por exemplo,
apresentação de mapa e setas direccionais.
10
9
Índice Descrição
1 Canal síncrono
2 Canal assíncrono
3 Canal de comando
11
9
Larguras de banda
A largura de banda indica a capacidade da O objectivo é que, num futuro próximo, todos
rede, ou seja, quantos dados podem ser os ocupantes possam chamar diferentes
transmitidos em simultâneo. serviços ao mesmo tempo, p. ex.:
A largura de banda das diferentes aplicações é • O condutor chama as indicações de
muito distinta. navegação
• O acompanhante ouve rádio
• Um passageiro do habitáculo traseiro ouve
CD
• Um outro passageiro do habitáculo traseiro
vê um DVD
12
Conteúdo
Sistemas de subcanais
Introdução 1
O que são sistemas de subcanais? 1
Funções 3
Canal LIN 3
Protocolo do canal K e canal M 5
Interface série de dados por bits 6
8
Introdução
Sistemas de subcanais
Taxas de dados
Subcanal Taxa de transferência de Estrutura do canal
dados
BSD 9,6 kBit/seg. Linear, monofilar
Protocolo do canal K 9,6 kBit/seg. Linear, monofilar
Canal M 9,6 kBit/seg. Linear, monofilar
Canal LIN 9,6 - 19,2 kBit/seg. Linear, monofilar
1
8
2
9
Funções
Sistemas de subcanais
Canal LIN
O canal LIN foi desenvolvido para que a A padronização economiza os custos no:
indústria automóvel tenha à sua disposição
• Desenvolvimento
uma rede normalizada.
• Produção
• Durante a manutenção SAV da viatura
Componentes
O sistema de canal LIN é constituído pelos principais (Master) e secundárias (Slaves). É
seguintes componentes: autorizada, no máximo, uma unidade principal
por cada sistema de canal LIN.
• Unidade de comando em posição superior
(Master (principal)) A taxa de transmissão de dados do canal LIN
pode ir até 19,2 kBit/seg.
• Unidades de comando em posição inferior
(Slaves (secundárias)) São possíveis as seguintes velocidades de
transferência:
• Linha monofilar
• 2,4 kBit/seg.
No canal LIN, uma linha de canal monofilar
bidireccional serve de meio de transmissão. O • 9,6 KBit/seg.
protocolo de canal está rigorosa e
• 19,2 kBit/seg.
hierarquicamente estruturado em unidades
Local de instalação
O canal LIN encontra-se instalado
actualmente nos seguintes sistemas:
• Sistema de ar condicionado (9,6 kBit/seg.)
• Entre o módulo da porta do condutor e o
bloco de interruptores da porta do condutor
(19,2 kBit/seg.)
• Controlo da pressão dos pneus (9,6 kBit/
seg.)
3
9
4
9
Protocolo do canal K
O protocolo do canal K é constituído, com o O protocolo do canal K conecta o sistema
canal K, pelos seguintes componentes: electrónico do manípulo exterior de cada porta
e o sistema de acesso à viatura. Através deste
• Emissor
canal impede-se entre outros o chamar do
• Receptor sistema de canal completo (p. ex.: crianças a
brincar no manípulo da porta).
• Linha monofilar
O protocolo do canal K transmite os sinais do
A transferência de dados dá-se apenas num
bloco de interruptores da porta do condutor
sentido, ou seja é unidireccional.
para o módulo da porta (p. ex.: funções do
A velocidade de transmissão é de 9,6 kBit/ levanta-vidro, cortina protectora do sol).
seg.
A função do sistema de alarme anti-roubo está
O protocolo do canal K é utilizado actualmente distribuído pelas duas unidades de comando
para os seguintes sistemas: (sistema de alarme anti-roubo e sirene de
corrente de emergência). Através do
• Sistema de retenção múltiplo
protocolo do canal K permite-se a
• Unidade de comando da telemática comunicação destas unidades de comando
(chamada de emergência) entre si.
• Detecção de ocupação do banco
• Sistema electrónico do manípulo exterior da
porta
• Porta do condutor
• Sistema de alarme anti-roubo
Canal M
A transferência de dados do canal M decorre
unidireccionalmente e também possui uma
velocidade de 9,6 kBit/seg.
O canal M foi utilizado para o sistema de ar
condicionado.
5
9
6
Conteúdo
Gateway
Funções 1
Troca de dados 1
Regras gateway 2
Gateways 3
Resumo 5
Todos os assuntos mais uma vez
resumidamente. 5
8
Funções
Gateway
Troca de dados
As gateways servem para o acoplamento de transmissão em cada um dos sistemas de
sistemas de canal de diferentes tipos. Através canal.
das gateways ligam-se sistemas de canal com
A gateway cumpre uma dupla função:
diferentes características lógicas e físicas.
• Reunir informações de diferentes redes.
Deste modo pode assegurar-se a troca de
dados apesar de diferentes velocidades de • Enviar as informações para a rede certa.
1
8
Regras gateway
3 - Regras gateway no
exemplo de uma estação
de comboios
O combóio rápido 1 chega com uma cadência Se o comboio com a locomotiva estiver
de 5 minutos à estação. Este comboio possui completamente carregado, as mensagens são
uma mensagem (amarelo) para o comboio estacionadas na estação. Quando estiver
com a locomotiva. A mensagem do comboio é preparado um novo comboio com uma
mudada para a primeira carruagem do locomotiva, este é carregado de novo.
comboio com a locomotiva.
Entretanto chega mais um comboio rápido 2
com uma mensagem (vermelho) para o
comboio com a locomotiva. Visto que a
locomotiva ainda não partiu, a segunda
mensagem também é mudada para a
locomotiva e é atrelada atrás da primeira
carruagem. Este procedimento é repetido até
o comboio com a locomotiva partir passado
uma hora.
2
8
Gateways
Nas viaturas BMW a função gateway é • Controlador múltiplo do sistema audio (M-
instalada nas seguintes unidades de ASK)
comando:
• Sistema de acesso à viatura (CAS)
• Módulo central de acesso (ZGM)
• Control Display (CD)
• Módulo de segurança e de acesso (SGM)
• Instrumento combinado
4 - Conversão das
mensagens da DME e do
DSC no canal K-CAN
3
8
4
9
Resumo
Sistemas de canal
Princípios básicos
Os sistemas de canal são aplicados em Esta transmissão pode ser efectuada num
viaturas BMW para a interligação em rede das sentido, em ambos os sentidos
unidades de comando individuais. alternadamente ou em simultâneo.
Os dados digitais, bits e bytes, são
transmitidos em série através dos canais
individuais.
Canal K
O canal K é um dos primeiros sistemas de Com uma única linha apenas, o canal K
canal em viaturas BMW. transmite os seus dados com uma velocidade
de 9,6 kBit/seg. A transferência de dados é
efectuada de modo assíncrono.
K-CAN
O K-CAN é um canal muito eficiente assegurada uma segurança
controlado por ocorrências. A sua velocidade consideravelmente superior na transmissão
de transmissão é de 100 kBit/seg. no sector de dados.
da carroçaria.
O protocolo CAN possui para além disso
Devido à utilização de uma linha bifilar diferentes mecanismos para a identificação e
entrelaçada, o K-CAN possui uma melhor correcção de defeitos.
compatibilidade electromagnética. Está assim
PT-CAN
Em comparação com o K-CAN, o PT-CAN é, O PT-CAN possui adicionalmente um terceira
com 500 kBit/seg., o sistema de canal mais linha, que funciona como linha Wake-Up
rápido. Por esta razão utiliza-se o PT-CAN na (despertar).
área da propulsão e do trem de rodagem.
byteflight
byteflight é um sistema de canal em forma de Visto que o byteflight reúne as vantagens da
estrela, que transmite os dados através de transferência de dados síncrona e assíncrona,
linhas de fibra óptica com uma taxa de dados é aplicado nas áreas relevantes em termos de
de 10 MBit/seg. segurança, como os sistemas airbag.
5
9
MOST
O sistema MOST possui uma configuração transferência de dados dos componentes
em forma de anel e, com uma taxa de dados multimédia.
de 22,5 MBit/seg., é actualmente o canal mais
Ele distingue-se pela sua fácil ampliabilidade.
rápido em viaturas BMW.
Também neste sistema de canal, os dados
Devido ao seu elevado fluxo de dados, o
são transmitidos de modo síncrono e também
MOST é particularmente adequado para a
assíncrono.
Sistemas de subcanais
Os subcanais são sistemas de canal em Os subcanais mais importantes são:
posição inferior, que possuem uma taxa de
• Canal LIN
dados de 9,6 - 19,2 kBit/seg.
• Protocolo do canal K
Os sistemas de subcanais transmitem os
dados de modo linear em apenas uma linha. • Interface série de dados por bits
• Canal M
Gateway
As gateways servem para o acoplamento de Ela coordena a comunicação de dados de
sistemas de canal de diferentes tipos. modo semelhante a uma estação de
comboios.
As gateways permitem, por exemplo, a
passagem de dados de um sistema de canal
lento para uma sistema de canal mais rápido.
6
Índice de abreviaturas
80788 München