Módulo Hera – Aula 03 Costa e Silva & Medici (1967-74)
Neste período o Brasil retomaria sua política externa
autônoma, inspirada na política externa independente, em busca do desenvolvimentismo. São marcos desta atuação:
• Recusa na assinatura do TNP (1968)
•Atuação protagônica do país na II UNCTAD em Nova Déhli (1968). •Reforço da lógica de diversificação de parcerias (ex: aproximação da Índia) •Ampliação das relações com a África (viagem histórica de Gibson a 9 países africanos em 1972) •Estreitamento dos laços com a América Latina (Tratado da Bacia do Prata, CECLA, Tratado de Itaipu, etc) • Abandono da ideia da Força Interamericana de Paz Permanente. •Questão das 200 milhas marítimas de mar territorial (1972). Obs: Com Médici o Brasil busca relações cordiais com os EUA, convergindo no apoio a golpes militares na região e na repressão aos subversivos, mas sem subserviência. Magalhães Pinto Mário Gibson Barboza O Pragmatismo responsável (1974-79) O apogeu da política externa do Regime militar viria com Geisel e Azeredo da Silveira.
• Reconhecimento e estabelecimento de relações diplomáticas com a República Popular da China (1974)
• Maior autonomia perante os EUA (denuncia do acordo militar de 1952, acordo nuclear com a Alemanha, desencontros em matéria de direitos humanos) • Aproximação ainda maior da América Latina (TCA, 1978) • Ápice do africanismo (ex: Angola, 1975) • Amplo relacionamento com o mundo árabe, inclusive com posições favoráveis aos palestinos. • Foi também um período de tensões com a Argentina, notadamente em função da crise das hidrelétricas (entende-se que o Brasil abandona no período a estratégia da “cordialidade oficial com a Argentina) Governo Figueiredo (1979-85) O governo Figueiredo foi marcado por restrições internacionais (governo Reagan, crise da dívida) que dificultaram a continuação do ativismo e dos sucessos alcançados no Pragmatismo Responsável
Durante a gestão do Chancelar Saraiva Guerreiro, no entanto,
alguns êxitos foram obtidos: •Aprofundamento da relação com os países árabes. •Ápice do comércio com a África. Houve viagem inédita do presidente à região. •Maior cooperação com a China. •Primeiro brasileiro eleito para cargo executivo em grande organismo internacional (Baena Soares, secretário geral da OEA, 1984). •Estreitamento de laços com a América Latina: ALADI (1980); Apoio ao Grupo de Contadora (1983); Consenso de Cartagena (1984); Viagens inéditas pela região Obs: o governo Figueiredo mantém a autonomia na PEB, apesar das instabilidades domésticas e internacionais: • Recusa em apoiar o boicote às Olimpíadas de Moscou de 1980 e o embargo econômico à URSS • Críticas à intervenção dos EUA em Granada - 1983 OBRIGADO