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IBADEG - INSTITUTO EDUCACIONAL

TEOLÓGICO DO GAMA

PROFETAS
MAIORES

EDIÇÃO 2022
IBADEG - INSTITUTO EDUCACIONAL
TEOLÓGICO DO GAMA

Todos os Direitos reservados pela lei dos


Direitos Autorais 9610/98. Nenhuma parte deste livro
poderá ser reproduzida, sob quaisquer meios.
(eletrônico, fotográfico e outros).
O conteúdo original da obra é de total e
exclusiva responsabilidade do autor.

Sobre o livro: Profetas Maiores


Categoria: (Ensino Teológico)
13ª Edição – Outubro 2016
Tiragem: 400 Exemplares
Autoria e Pesquisas: Pr. Antonio Veras de Sousa
Revisão Teológica: Pr. Antonio Veras de Sousa
Revisão Textual: Profª Clenilda Mendes L. Siqueira
Capa: HBL Editora
Editoração: Pb. Antonio Marcos Veras de Sousa
Digitação: Alessandra Vieira de Sousa
Diagramação: HBL Editora
Formato: 14x 21 cm
Editora: HBL Editora
Telefone: (61) 3394-7846/ 3394-0557
Impresso em Brasília - Brasil
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PALAVRA DO PRESIDENTE

Tenho-me por privilegiado e escolhido de Deus


ao receber a incumbência de criar o IBADEG –
Instituto Bíblico das Assembleias de Deus do
Gama, porque sei da importância que isto representa
para o segmento Evangélico.
Chegamos para fazer a diferença na área do
ensino teológico, não somos apenas mais um instituto
no mercado, somos o IBADEG; tudo aquilo que com
certeza vai somar para a boa formação de obreiros e
líderes com o ensino de qualidade em nível médio,
regime presencial e à distância a baixo custo e com
comodidade, aproveitando o seu tempo disponível.
A Bíblia afirma no livro do profeta Oséias 4.6:
“O meu povo foi destruído porque lhe faltou o
conhecimento. Porque tu rejeitaste o conhecimento,
também, eu te rejeitarei”. Por isso, gostaríamos de
incentivá-los à busca do conhecimento que é
fundamentado para o bom desempenho das atividades
ministeriais. Para isso, será necessário que você tenha
vontade, persistência, disciplina e, acima de tudo,
disposição.

Egmar Tavares da Silva


Pastor Presidente
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Como estudar com


aproveitamento este livro

1) O estudo da Palavra de Deus deve ser


precedido de oração, na qual se deve suplicar direção
e iluminação do alto, através do Santo Espírito de
Deus que pode vitalizar e capacitar a nossa mente.

2) Além da matéria a ser estudada com o livro-


texto, tenha em mãos outros livros como fontes de
consulta e referência. Exemplos:

* Bíblia, se possível em mais de uma versão.


* Dicionário bíblico.
* Concordância bíblica.
* Dicionário de Língua Portuguesa.
* Caderno de anotações.

3) Ao primeiro contato com a matéria, faça


uma leitura geral e não sublinhe nada. Não faça
qualquer anotação. Procure conhecer primeiro o
conteúdo geral da matéria em estudo.
Tendo já feito um reconhecimento da matéria,
agora, sim, passe ao estudo detalhado de cada lição,
sublinhando palavras e textos-chave. Faça anotações
no caderno a isso destinado.
Ao final de cada texto, feche o livro e tente
memorizar o que foi lido. Caso tenha alguma
dificuldade, volte ao livro texto.
Quando estiver seguro de seu aprendizado,
passe a responder às perguntas do questionário.
Confira suas respostas com a lição estudada,
deixando em brancas as que não souberem.
Não se esqueça: às vezes, estudamos muito e
aprendemos pouco ou nada, porque não usamos
critérios lógicos e racionais, colocando em segundo
plano os métodos mais fáceis.
Concluindo: Nada do que recomendamos acima
terá valia se o aluno, ao estudar cada matéria deste
curso, não levar em conta que estamos tratando de
ensino metódico da Palavra de Deus.
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APRESENTAÇÃO

A Bíblia registra, em Provérbios 3:13, que feliz


é o homem que acha sabedoria, e o homem que
adquire conhecimento. “Porquanto a sabedoria entrará
no teu coração, e o conhecimento será agradável à tua
alma”. (Pv. 2:10)

Qualquer estudo sobre os profetas Maiores está


fadado a provocar comparações semelhantes (mesmo
que os revisores teológicos resistam a colocar tão
ferinamente as coisas). O que é quase inevitável é a
ofensa de qualquer escritor, ao tratar deste assunto, de
correr o risco de despertar, em muitos dos seus
leitores, discussões imensas com relação às questões
levantadas sobre os profetas maiores.

Adquirir conhecimento não é tão fácil, como


muitos pensam, pois exige de cada um de nós: tempo,
disposição, uma boa parte de nossas vidas e renúncia
de algumas tarefas.
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SUMÁRIO

Introdução ................................................................ 13

Isaías ......................................................................... 15
Atividades de Apoio ................................................. 31
Jeremias .................................................................... 33
Atividades de Apoio ................................................. 51
Ezequiel .................................................................... 53
Atividades de Apoio ................................................. 61
Daniel ....................................................................... 63
Atividades de Apoio ................................................. 83

Notas Bibliográficas ................................................. 85


Avaliação Final ........................................................ 87
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INTRODUÇÃO

O capítulo 1 serve de uma introdução ao


período todo do ministério do profeta, embora
focalize tendências iniciadas no reinado de Uzias. O
mal chegou à altura de Isaías desistir, pelo menos por
algum tempo, do ministério público (8.16-18). Além
de pregar mensagens, Isaías dramatizava suas
mensagens:
a) Colocou um nome simbólico de duas de suas
mensagens principais sobre seus filhos (7.3 e 8.3)
b) Levou consigo o seu filho, de nome
profético, ao encontro do rei, para intensificar o peso
da mensagem falada (7.3).
c) Tomou uma tábua grande, e escreveu nela,
em caracteres legíveis, uma mensagem para criar
curiosidade e fazer conhecer a mensagem (8.1-2).
d) Em certa ocasião andava nu e descalço pela
cidade, por sinal, e, portanto, contra a confiança
política falsa no Egito e na Etiópia (20.3).
Também escrevia mensagens para serem
guardadas e preservadas entre os seus discípulos (8.16
e 30.8).
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ISAÍAS

Nas Bíblias de língua hebraica e latina, o livro


de Isaías costuma figurar em primeiro lugar na série
dos livros proféticos. Não tanto por ser o mais antigo
entre os Profetas Maiores ou por ser o livro ao qual
empresta o nome a um dos mais extensos, mas,
sobretudo, porque excede a todos os outros pela
quantidade e grandiosidade dos vaticínios
messiânicos.
Julga-se que o profeta Isaías tenha nascido em
Jerusalém, de família nobre, pois o encontramos
continuamente em contato com a corte e com pessoas
influentes do reino. Era casado e tinha pelo menos
dois filhos, aos quais deu nomes proféticos (7:3; 8:3),
como, aliás, era o seu próprio nome, cujo significado
é “Javé salva”. No ano 738 foi chamado ao ministério
profético, mediante uma célebre visão (cap. 6), que
teve imensa repercussão na teologia e na liturgia.
A partir de então vemos ele ao lado dos reis de
Judá, Acaz e Ezequias, animando-os na dura crise que
atravessava a nação, assegurando-lhes a proteção
divina em virtude das promessas feitas a Davi. Após o
ano 700 o perdemos de vista.
Relativamente às condições políticas, morais e
religiosas de Jerusalém e de Judá nos tempos de
Isaías, temos notícias abundantes em 2 Rs. 15-20 e 2
Cr. 26-32, além das reflexões do presente livro. O
longo e benéfico reinado de Azarias ou Ozias (cf. 2
Rs. 5:1), que tão grandemente favoreceu a agricultura
e o comércio no reino, trouxe com a prosperidade
também o luxo e a despreocupação, fatores de
corrupção e consequentes desventuras.
As baixas camadas populacionais eram
descuidadas, oprimidas pelos ricos e potentados. A
prática da religião exteriorizava-se em numerosos
atos públicos de culto, em funções litúrgicas, mas era
destituída de sincero sentimento interior e de vida
moral correspondente. Pior ainda, ao lado da legítima
religião monoteísta, do javismo puro, vicejavam
práticas abominadas pela lei, e até mesmo atos de
idolatria, especialmente depois que o crescente
poderio assírio prestigiou os cultos babilônicos,
favorecendo-lhes a penetração entre as populações
palestinenses.
O reinado de Ezequias promoveu uma ação
enérgica e salutar contra essas aberrações. Mas as
suas sábias reformas não tiveram grande duração,
nem penetraram totalmente na sociedade judaica.
Durante o reinado de seu degenerado filho e sucessor,
Manassés, grassou mais do que nunca a corrupção na
religião e nos costumes. A voz enérgica dos profetas
se opôs em vão à propagação do mal; não eram
atendidos.
Chaga tão maligna só podia ser curada com um
tratamento radical. E eis os profetas, especialmente
Isaías, a anunciar os castigos divinos, que se
sucederiam implacáveis, até quase o aniquilamento da
nação culpada.
Mas do terrível cadinho sairá um pequeno
resto, completamente purificado, germe sagrado de
um povo novo. E a nação ressurgida e transformada
gozará de paz sem fim e de bem-estar invejável. Essa
é, em linhas gerais, a mensagem do profeta.

O Livro
É o maior entre os livros proféticos do Antigo
Testamento. Nele a profecia atingiu o seu ápice em
predição messiânica.
Aqui temos a predição do nascimento do
Messias, Jesus Cristo, em Is. 7.14. Seu nascimento
ocorreria num tempo e lugar específicos na história, e
esse Filho Messiânico nasceria de modo único e
maravilhoso. Isaías registra os nomes que
caracterizam sua missão como o Messias.

(1) Maravilhoso. O próprio Messias em si seria


uma maravilha sobrenatural. A palavra
hebraica para maravilhoso, aqui, é pele, a
qual é usada exclusivamente a respeito de
Deus, e nunca a respeito de seres humanos
ou de obras humanas (Is 28.29). O Messias
demonstraria o seu caráter através das suas
obras e milagres.

(2) Conselheiro. O Messias seria a


personificação da perfeita sabedoria e teria
as palavras da vida eterna. Como
conselheiro, Ele revelaria o plano perfeito
da salvação (cap. 11).

(3) Deus Forte. No Messias, toda a plenitude


da deidade existiria em forma corpórea (Cl
2.9; cf Jo 1.1,14).

(4) Pai da Eternidade. Ele não somente viria a


fim de revelar o pai celestial, como também
Ele mesmo agiria eternamente em favor do
seu povo, como um pai compassivo, que
ama, guarda e supre as necessidades dos
seus filhos (cf. Sl 103.13).

(5) Príncipe da Paz. O reino do Messias traria


a paz com Deus à humanidade, mediante a
libertação do pecado e da morte (11.6-9; cf.
Rm 5.1; 8.2).

“Portanto, o mesmo Senhor os dará um sinal:


eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho,
e será o seu nome Emanuel. Is 7.14. Porque um
menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o
principado está sobre os seus ombros; e o seu nome
será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste
principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de
Davi e no seu reino, para firmá-lo e o fortificar em
juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo
do SENHOR dos Exércitos dará isto”. Is 9.6-7.
O Reino do Messias é pacífico e próspero

Isaías pinta um quadro glorioso de um novo


mundo futuro, regido pelo Renovo Jesus Cristo. A
palavra hebraica netzer (Renovo) é provavelmente a
raiz da qual derivou o termo Nazaré. Jesus era
chamado Nazareno (Mt 2.23), que pode significar
homem de Nazaré ou homem do Renovo.
Ele brotaria como um rebento da raiz de Jessé,
o pai de Davi (Is 4.2; 4.2-6; 7.14; 9.1-7; Rm 15.12), e
seria governante de um mundo de paz, justiça e
bondade. O cumprimento parcial dessa profecia deu-
se 700 anos mais tarde, quando Jesus nasceu, mas seu
pleno cumprimento aguarda a segunda vinda de
Cristo (Is 9.7).

“Porque brotará um rebento do tronco de


Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E
repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, e o
Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito
de conselho e de fortaleza, e o Espírito de
conhecimento e de temor do SENHOR. E deleitar-se-
á no temor do SENHOR e não julgará segundo a
vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o
ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os
pobres, e repreenderá com equidade os mansos da
terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com
o sopro dos seus lábios matará o ímpio. E a justiça
será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos
seus rins. E morará o lobo com o cordeiro, e o
leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o
filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um
menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão
juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão
comerá palha como o boi. E brincará a criança de
peito sobre a toca da áspide, e já desmamado meterá
a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem
dano algum em todo o monte da minha santidade,
porque a terra se encherá do conhecimento do
SENHOR, como as águas cobrem o mar. E
acontecerá, naquele dia, que as nações
perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão
dos povos, e o lugar do seu repouso será
glorioso”. Is 11.1-10.

O tempo final do reino messiânico será


precedido de um reagrupamento dos judeus que
aceitarem Jesus Cristo como o Messias. Essa
restauração dos judeus abrangerá o seguinte:
(1) o remanescente judaico fiel que restar
(vv.11,12; cf. Dt 30.3-5; Jr 31.1,8,10; Ez 39.22,28);
(2) o agrupamento dos judeus sob o Messias
(11.10,12; Jr 23.5-8; Ez 37.21-25);
(3) a purificação total de Israel (Dt 30.3-6; Jr.
32.37-41; Ez 11.17- 20);
(4) a bênção e prosperidade na terra (Jr
31.8,10,12,13,28; 32.37-41; Ez 28.25,26; 39.25-29;
Am 9.11- 15);
(5) as bênçãos para todos os povos, gentios e
judeus (v. 12; 55.3-5; 60.1-5; 10.14; Jr 16.15,19-
21; Zc 2.10-12; Mq 4.1-4);
(6) o julgamento dos ímpios (vv. 14-16; Jr
25.29-33; J13.1,2,12- 14); e
(7) a restauração final nos últimos dias (Os
3.4,5; Rm 11.26).

A aparição, as dores e a glória do Messias.

Jesus, o Messias, o Servo de Deus, cumpriria


com perfeição a vontade de Deus, e por isso seria
grandemente exaltado (At 2.33; Fp 2.9; Cl 3.1; Hb
1.3; 8.1).
“Eis que o meu servo operará com
prudência; será engrandecido, e elevado, e mui
sublime”. Is 52.13.

Jesus, na sua agonia na cruz, intercedeu pelos


pecadores (Lc 23.24). Seu ministério de intercessão
ainda continua no céu (Rm 8.34; Hb 7.25).

“Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com


os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto
derramou a sua alma na morte e foi contado com
os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado
de muitos e pelos transgressores intercedeu”.
53.12.

Esse livro foi o favorito dos escritores do


Novo testamento, o que se vê no fato de ser o livro
mais citado do que qualquer outro.
De todas as escrituras proféticas, o livro de
Isaías é a mais formosa e sublime. Em nenhum dos
livros obtemos uma visão tão gloriosa do messias e
de seu reino. Por causa da ênfase dada à graça de
Deus e à sua obra redentora com relação a Israel e
às nações, o livro de Isaías tem sido chamado “O
Quinto Evangelho”, e seu autor “O Evangelista do
Antigo Testamento”.

A mensagem de Isaías gira em torno de três


grandes temas:
Deus e sua obra,
Deus e o povo pecador,
Deus e o messianismo.

a) Deus e sua obra:


Deus é citado três vezes como “santo”. A
principal característica de Deus revelada a Isaías é
a sua santidade, que significa sua pureza de caráter,
sua separação do pecado e sua repulsa a tudo que é
mau. A santidade absoluta de Deus deve ser
proclamada nas igrejas, assim como é nos céus (Is
6,3), o totalmente outro, o transcendente, o rei
majestoso (6,5). Ele executa os planos que concebe
(5,12; 10,12; 28,21) em relação ao seu povo e às
nações. Esses são meros instrumentos em suas mãos
para executar os seus desígnios (5,21; 7,18-
20,10,5s.15.26).

b) Deus e o seu povo:


Isaías denuncia a infidelidade de Israel, tanto na
vida social como política; denuncia o orgulho, a
idolatria e a confiança nas armas. Mas o povo persiste
na rebelião, endurecendo seu coração. Por isso o
castigo se torna inevitável (10,22s). Deus, porém,
castiga para purificar o povo (1,25-28; 4,4) e salvar ao
menos o “resto” (37,11). A esse resto, que prosperará,
pertencerão somente os que confiarem no Senhor
(7,9; 8,16-18).

c) Messianismo:
O Rei celeste tem um representante na terra,
um descendente de Davi. Por isso, Isaías confirma as
promessas feitas a Davi (25m 7,16), anunciando o
nascimento do Emanuel (Is 7,14). O futuro será de
glória e felicidade (8,21-9,6; 29,17-24; 32,1-5.15-20;
33,17; 35,1-10), garantidas pelo rei que “sairá do
trono de Jessé” e que fará reinar a justiça e a paz
(11,1-9).

Isaías é escolhido e consagrado para profeta


Isaías, por essa visão do Senhor, teve uma
compreensão correta da sua mensagem e chamada. A
visão revelou um dos temas principais do livro, a
saber: que a glória, majestade e santidade de Deus
requerem que aqueles que a Ele servem, devem
também ser santos.
Da mesma forma, as igrejas dos nossos dias
também precisam de uma visão de Deus no seu meio,
como o Senhor santo e Juiz de todos. O
reconhecimento da necessidade da sua obra
santificadora em nossa vida acompanhará
infalivelmente tal visão.
O resultado de tal visão sobre nós pode ser
semelhante à de Isaías: confissão com
quebrantamento, purificação gloriosa e chamamento
poderoso da parte de Deus, no tocante à sua vontade e
chamada (vv. 5-8; Ap 1.13-17).6.2.
SERAFINS. Trata-se de seres angelicais de
ordem superior. “Serafins” deve ser outro nome dos
seres viventes revelados noutras partes das Escrituras
(e.g., Ap 4.6-9). Seu título (literalmente: seres
ardentes) pode denotar sua pureza, uma vez que
servem a Deus continuamente, em derredor do seu
trono. Reflete de tal maneira a glória de Deus que
parece arder em chamas.

DENÚNCIA DO PECADO
Isaías começa o seu ministério profético,
fazendo uma clara denúncia dos pecados de Judá e
Jerusalém. Alguns desses pecados foram: afastamento
da verdadeira fé em Deus (apostasia), religiosidade
(estavam cheios de formalidades vãs que aborrecem a
Deus), avareza (os ricos tornaram-se avarentos), amor
aos prazeres deste mundo, cepticismo, pregação de
doutrina falsa, presunção e juízo injusto.
O fato do povo se manter, vez após vez, no
pecado, fez com que Deus lhe enviasse determinadas
calamidades: invasão estrangeira (9:8-17), anarquia
(9:8-21) e cativeiro (10:1-4). Deus usou a nação
assíria para julgar o Seu povo. No entanto, essa
mesma nação será julgada também por causa do seu
orgulho e arrogância contra Deus (10:5-19).
As profecias referentes às nações (Babilônia,
Filístia, Moabe, Damasco, Etiópia, Egito, Edom e
Tiro) cumpriram-se nos capítulos 13 a 23, algumas
gerações após a sua predição.
Quase todas elas tiveram cumprimento
completo no regresso de Israel do cativeiro, mas
muitas delas terão um cumprimento futuro nos
últimos dias. O fim da visão profética era o milênio,
altura em que viria a restauração final e, por
conseguinte, a exaltação de Israel.

DEUS PROMETE LIBERTAÇÃO E


RESTAURAÇÃO AO SEU POVO

Nos capítulos 40 a 48 encontramos a promessa


de libertação de Israel do cativeiro babilônico por
intermédio do rei da Pérsia, Ciro (confrontar com
Esdras 1:4). O principal pensamento que se tira desses
capítulos é que Deus é muito grande, em contraste
com os deuses das nações.
Os capítulos 49 ao 57, descrevem quem é o
Autor da redenção espiritual de Israel - o Servo do
Senhor (Jeová). O tema principal é a redenção por
meio de sofrimento.
Nos capítulos 49 e 50 lemos sobre o ministério
e humilhação do Messias (o Servo de Jeová) pelo
rebelde Israel.
O capítulo 52 descreve a rejeição, humilhação,
morte, ressurreição e glorificação do Messias. O
arrependimento de Israel pela rejeição do Messias
será seguido pela restauração (cap. 54). O resultado
da restauração de Israel - todas as nações chamadas a
crerem no Messias (caps. 55, 56).
O capítulo 57 descreve as promessas consoladoras
aos fiéis em Israel e denúncias dos ímpios da nação.
Nos últimos capítulos deste livro - capítulos 58
a 66 - o pensamento principal é o estabelecimento do
reino universal de Deus e Seu triunfo sobre toda a
forma do mal.
O povo é exortado a praticar os mandamentos,
deixando de lado a formalidade e os pecados, pois
esses o separam de Deus. O próprio Deus, na pessoa
do Messias, vem resgatar Israel dos seus pecados e
dos seus inimigos. Depois da aflição vem a glória
sobre Israel. O capítulo 61 descreve a dupla missão
do Messias: na primeira vinda traz a misericórdia do
evangelho; na segunda vinda trará o juízo sobre os
incrédulos e consolo a Sião.

Isaías encerra a sua profecia com uma gloriosa


previsão do reino milenial vindouro (65-66). A
humanidade gozará de longevidade, terá casas e
vinhas e a natureza das feras será mudada; a idolatria
desaparecerá e o reino do Messias será glorioso.
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ATIVIDADES DE APOIO

1). Marque C (para Certo) e E (para Errado)


a). ( ) O capítulo 61 descreve a dupla missão do
Messias.

b). ( ) Nos capítulos 58 a 66 - o pensamento


principal não é o estabelecimento do reino universal
de Deus e Seu triunfo sobre toda a forma do mal.

c). ( ) A mensagem de Isaías gira em torno de três


grandes temas:
Deus e sua obra,
Deus e o povo pecador,
Deus e o messianismo.

d). ( ) O Rei celeste tem um representante na terra.


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JEREMIAS

O seu tema: A destruição de Judá e a


restauração do povo de Deus (1.10; 26.9; 27.8 cf.
29.10 e 30.3): “Olha, ponho-te neste dia sobre as
nações... para destruíres...; e também para
edificares...” (1.10). O seu escritor: Jeremias foi o
autor responsável, sendo ele o profeta que entregava
as mensagens, mas Baruque era o amanuense
(secretário) do profeta, e assim, foi o escritor.
Esta é a primeira vez que as profecias de
Jeremias foram compiladas num livro. Inicialmente,
as profecias eram escritas para serem lidas em voz
alta diante do povo. A vontade de Deus era que a
nação de Judá correspondesse à Palavra escrita, pela
renúncia a seus maus caminhos e recebimento do
perdão, e assim evitasse o juízo divino por causa da
sua iniquidade (vv. 3,6,7).

Toma o rolo de um livro e escreve nele todas as


palavras que te tenho falado sobre Israel, e sobre
Judá, e sobre todas as nações, desde o dia em que eu
te falei a ti, desde os dias de Josias até hoje. Então,
Jeremias chamou a Baruque, filho de Nerias; e
escreveu Baruque da boca de Jeremias todas as
palavras do SENHOR, que ele lhe tinha revelado, no
rolo de um livro. (36.2,4,32).
A sua estrutura:

a) Profecias de condenação (1.1-25.11).

1) A chamada do profeta (cap. 1).

2) Profecias da época do rei Josias, 626-609 a.C.,(2-


6).

3) Profecias da época do rei Jeioaquim, 609-598


a.C.,(7- 20).

4) Profecias contra reis e profetas = Jeoacaz,


Jeioaquim, Joaquim a Zedequias, 609-587 a. C. (21.1-
25-11).

5) Profecias contra as nações estrangeiras (25.12-38;


os capítulos 46-51).

6) A sequência deste material na Septuaginta sugere


que a posição original dos capítulos 46-51 fosse em
seguida ao 25.38. Assim sendo se verificaria a
semelhança de estrutura entre as primeiras três
secções de Primeiro Isaías, Ezequiel e Jeremias (7).

7) Descobertas recentes no Egito podem iluminar algo


do sentido dos oráculos contra as nações estrangeiras
encontrados em vários livros proféticos bíblicos,
oráculos esses que são misteriosos e muitas vezes não
edificam.
Embora os profetas genuínos do AT não
usassem de magia negra, é provável que houvesse
ocasião nos festivais, quando um profeta pronunciava
a ira de Deus sobre os inimigos de Israel. Isso poderia
ter sido acompanhado por um ato simbólico, por
exemplo, a botija quebrada por Jeremias, a qual
representava Judá, se assemelha muito à prática
referida nos textos execratórios (Jeremias 19).

8) Destruição e restauração (26-33).

9) Jeremias e os últimos dias de Jerusalém, 587-586


a.C.(34- 35).

10) Um apêndice histórico (52).

Diferença entre dois profetas.


Tanto Jeremias como Isaías levaram mensagens
de condenação ao povo de Israel que abandonara a
verdadeira fé. Isaías traz a mensagem num tom
vigoroso e severo, e Jeremias é mais moderado e
suave.
O primeiro traz uma expressão da ira de Deus
contra o pecado de Israel, o segundo traz uma
expressão do Seu pesar por causa desse pecado.

Os acontecimentos deste livro passam-se desde


o reinado de Josias até a primeira parte do cativeiro
da Babilônia, cerca de 40 anos. O fundo histórico
deste livro encontra-se em II Reis 22 - 25.
Jeremias, de família sacerdotal, é chamado por
Deus no princípio do cativeiro babilônico, para ser
um profeta à nação de Israel e às outras nações. Para
profetizar a Israel a vindoura invasão babilônica, e às
outras nações a queda e a sua restauração.

Mensagem geral de repreensão a Judá - Deus


repreende Israel por se afastar da lei, pela sua auto
justiça e idolatria, e pede-lhe que volte para Ele. No
capítulo 18 vemos que Deus pode moldar Israel como
o oleiro faz com um vaso. Se forem rebeldes, pode
destruir o vaso, se arrependerem-se pode tornar a
construí-lo (cap. 13). Mas, como Israel persiste na sua
apostasia, Deus o rejeitará. Isso é simbolizado pelo
quebrar do vaso. (19:1-13).
No cap. 24, a figura dos figos bons e maus,
mostra o futuro dos judeus na primeira deportação do
reinado de Conias e futuro daqueles do cativeiro final
no reinado de Zedequias. Os primeiros seriam
restaurados e restituídos à Palestina, os últimos
seriam entregues à espada e espalhados entre os
pagãos.
Mensagens mais detalhadas de repreensão, juízo
e restauração.

A Sua Chamada.

Jeremias exerceu seu ministério entre os judeus


que ficaram em Jerusalém depois da primeira leva.
Ele profetizou contra as atitudes do povo e,
principalmente, dos falsos profetas, que alimentavam
o povo com falsas esperanças de uma volta em breve
dos que foram levados para a Babilônia. Jeremias é
um profeta que procura entregar a mensagem de Deus
exatamente como Deus mandou: a dura realidade de
que o exílio iria durar setenta anos (28:1-17).
O exílio era para Jeremias o resultado de uma
vida de rebeldia contra a vontade de Deus. O povo
havia se dedicado a uma religião de cunho puramente
exterior, se esquecendo da mudança no interior de
suas próprias vidas. Por isso, era necessário o juízo de
Deus (26:1-15). Deus punia na medida justa, e
Jeremias foi capaz de mostrar na punição o caráter
corretivo e não destrutivo. Para que o povo
compreendesse isso, ele proclamou o consolo (29:1-
14) e o novo pacto que Deus faria com seu povo
(31:27-37). Esse novo pacto revelaria a nova maneira
de Deus relacionar-se com seu povo. Não em letras
escritas em tábuas de pedra, mas na lei escrita nos
corações.
O homem mudaria completamente seu
conhecimento sobre Deus a partir do momento em
que ele estabelecesse esse novo pacto. Podemos ver
que não foi na volta do exílio que esse novo pacto foi
celebrado, mas com a vinda de Jesus. Por isso cremos
e confessamos que Jesus é o cumprimento das
promessas de Deus, feitas ao seu povo no Antigo
Testamento. Alguns aspectos das profecias se
cumpriram na volta do exílio, mas houve aqueles que
ficaram “suspensos”, aguardando o Messias.
Jeremias teve a responsabilidade em manter
viva a chama da esperança. O desafio era maior para
ele porque havia muitos falsos profetas que
anunciavam uma mensagem agradável aos ouvidos de
sua geração sofrida. A mensagem de Jeremias era
dura para os seus dias. Numa crise muito grande, as
pessoas gostam de ouvir mensagens de consolo,
apenas. Com Jeremias, porém, primeiro tinha que se
descobrir a causa e depois analisar os efeitos, para,
então, ser anunciado como o povo iria sair dessa
situação.
A causa era o pecado, o efeito era o exílio, e a
solução era guardar firme a esperança no Deus que
age a favor de seu povo. Essa esperança é que
manteria viva a fé em Javé.
Jeremias em sua experiência do chamado
divino (1:1-19) nos ensina algumas implicações para
o nosso ministério. O nosso Deus comanda as ações e
nós precisamos estar convictos de que ainda hoje.

Deus vocaciona Jeremias

O verso 5 mostra a forma como Deus


vocacionou Jeremias. Ele precisa de servos ainda
hoje. Não chama todos para a tarefa de pregar a sua
Palavra, mas precisa de servos obedientes. O Senhor
nos chama ao serviço. Não ouvimos ao seu chamado?
Antes de Jeremias nascer, Deus já havia
determinado que ele seria profeta. Assim como Deus
tinha um plano para a vida de Jeremias, Ele também
tem um plano para cada pessoa. Seu alvo é que o
crente viva segundo a sua vontade, e deixe que Ele
cumpra seu plano em sua vida. Assim como no caso
de Jeremias, viver segundo o plano de Deus pode
significar sofrimento; porém, Deus sempre opera
visando o melhor para nós (Rm 8.28).

Deus adverte o povo através de Jeremias

A função de Jeremias era advertir o seu povo e


as nações sobre a necessidade de arrependimento e
mudança de vida. Qual a sua função específica dentro
do chamado divino?

Deus capacita Jeremias

Jeremias era ainda um menino e usa essa


situação para fugir da responsabilidade dada a ele por
Deus. O fato é que o Deus que chama e que nos envia
ao mundo é o Deus que no capacita para o serviço.
Quais são as áreas na sua vida que carecem de maior
capacitação, a fim de que você realize o ministério
para o qual Deus tem te chamado? “Porque eis que
te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de
ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, e
contra os reis de Judá, e contra os seus príncipes, e
contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra.
E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra
ti; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te
livrar.” Jr 1.18,19.
Embora Jeremias fosse um jovem moderado,
Deus colocou ferro espiritual na sua personalidade,
e assim fez dele o mais forte, destemido e corajoso
de todos os profetas. Deus pode usar o crente muito
além das suas potencialidades e talentos naturais.
Jeremias foi avisado de que os reis de Judá,
os funcionários do estado, os sacerdotes e até
mesmo o povo comum, resistiriam a ele e à
mensagem a que foi chamado a proclamar. O
profeta, porém, recebeu ânimo para falar com
ousadia e firmeza de convicções, pois Deus
prometera que estaria com ele; Deus lhe garantiu
que seus inimigos não poderiam vencê-lo.
Deus sempre fica ao lado dos seus servos
fiéis que declaram a verdade divina àqueles que
vivem distanciados de sua palavra e conformados
com o mundo.

Deus controla
Mesmo que os planos de Deus nos pareçam
estranhos, mantenhamos a firme confiança no
Senhor. Ele sabe o que é melhor, e devemos nos
submeter ao seu governo sempre.
No capítulo 18 encontramos uma situação
onde o profeta recebe de Deus uma orientação
sobre a mensagem que deveria proclamar ao povo.
Como adequar o nosso ministério, e projetos às
lições que este capítulo possui? Visitemos a casa
do oleiro, destaquemos as lições e vejamos as
conexões que elas possuem com o nosso
ministério. Jeremias, a esta altura de sua vida e
ministério, vivia numa terrível angustia: amava
profundamente o seu povo e tinha de anunciar os
castigos que sofreriam por desobedecerem a Deus.
Os sonhos e projetos que ele tinha feito para
a sua nação começavam a desmoronar porque o
Senhor lhe ordenara anunciar aos reis e ao povo
que haveria de executar a sua justiça sobre eles.
Sim, Jeremias estava frustrado (4:19-22), estava
triste (8:19-9:25).
E é neste clima de tristeza e frustração que
Jeremias pede a ajuda de Deus, já que agora o povo
quer matá-lo (17:14-18). E Deus lhe ordena que ele
pregue para aquele povo e depois o convida a
descer até a casa do oleiro. E é aqui que nós
entraremos na história de Jeremias, para juntos com
ele aprendermos as lições que o Senhor quer nos
ensinar sobre os projetos e os fracassos.

I - EM PRIMEIRO LUGAR É NECESSÁRIO


COMPREENDER.

Muitas das visões de Jeremias são cenas do


cotidiano, cenas comuns que passariam despercebidas
aos olhos de qualquer um. A cena do oleiro o leva a
ter uma compreensão clara de como Deus estava
agindo com seu povo. A cena é muito comum naquela
região do Oriente, mas não é inédita na Bíblia (Isaías
64:8).
O oleiro estava ocupado, trabalhando na
confecção de potes, jarros, vasos, e é da sua matéria
prima que surge a primeira lição: o barro, argila, não
é uma matéria prima extraordinária, seu preço não é
exagerado (e tem sido utilizado desde os tempos mais
remotos da civilização, para a confecção de utensílios
básicos para a vida humana). Você pode não ter uma
geladeira para refrescar água, mas se você tiver um
pote de barro, ele conservará a água numa
temperatura agradável.
A lição aprendida aqui é que a vida é
construída na sua maior parte de coisas simples,
normais.
Às vezes achamos que os feitos extraordinários
nos permitirão ter maior alegria, mas isso com certeza
é um grande engano. As coisas essenciais para nós
são as ordinárias (família, ar, água, alimento,
trabalho, Deus).
A Bíblia nos afirma que viemos do barro, e isso
nos dá uma dica que as maiores realizações que
alcançarmos não substituirão a importância das
menores. Valorize as pequenas coisas; agradeça a
Deus pelo pão com ou sem manteiga; louve ao Senhor
porque apesar de sermos barro, Ele nos dá um valor
inestimável. Isso não significa que é errado sonhar
alto, desejar progresso, mas aponta a necessidade de
termos os pés no chão e a cabeça bem firme sobre o
pescoço.

II- EM SEGUNDO LUGAR É NECESSÁRIO


SABER.

As imagens continuavam a se desenvolver


diante dos olhos do profeta, que agora não olhava
somente para o barro, mas para as mãos do oleiro, que
procurava dar forma àquela massa informe. A forma
nasceria dos objetivos e interesses que ele tivesse em
sua mente, em sua vontade. Porém, o vaso que ele
fazia se estragou em suas mãos. Por que o vaso se
estragou? Será que o oleiro apertou de mais o barro?
Será que a liga não foi bem preparada? Talvez
houvesse alguma pedra ou impureza na massa?
Haveria alguma bolha de ar? Com certeza não temos
como responder essas perguntas.
Mas sabemos responder outra pergunta: Por
que nós fracassamos? Sem dúvidas porque nós
desobedecemos aos planos de Deus. À semelhança do
povo de Israel temos cometido vários pecados que
estragam a nossa capacidade de progredir como povo
de Deus. Por isso os projetos que construímos caem
(v.12 = os projetos familiares, o projeto profissional,
o projeto de igreja, o projeto de país, etc.).
Até quando nós vamos continuar obstinados em
nossos corações? Nós somos as massas, e o oleiro é
quem decidirá o que seremos! Talvez você queira ser
um utensílio de alto valor artístico que será admirado
por todas as pessoas, mas quem sabe se a vontade do
Senhor é fazer de você um pote para mitigar a sede
dos sedentos. Queridos, busquem e obedeçam à
vontade do Senhor!

III - EM TERCEIRO LUGAR É NECESSÁRIO


CRER.
O oleiro não desiste, não se desespera.
Determinado em sua tarefa, insiste no trabalho. Não
joga fora a massa. Continua a manobrá-la. Ele quer
fazer um vaso, e não irá deixar de fazê-lo por causa de
um contratempo qualquer.
O barro é do oleiro, e ele vai insistir em fazer
outro vaso conforme parecer bem aos seus olhos. Isso
porque o oleiro é o único soberano Deus e sua
vontade prevalece para sempre. O povo que se recusa
a ser o que o Senhor deseja, será desmanchado,
através do cativeiro, e a retornar à comunidade que
ele espera que seja. Assim o povo de Israel retornou
do cativeiro curado da idolatria e foi usado pelo
Senhor para trazer ao mundo o Messias.
Jeremias ficou impressionado com o controle
que o oleiro tinha sobre o barro. Sem se importar com
as razões do fracasso, ele trabalhava com o material
até moldá-lo como queria. Deus tem o controle
absoluto sobre o seu povo da mesma maneira, e dirige
o seu destino de acordo com seus planos. O Senhor
não desiste de nós e continua desejoso de restaurar-
nos. Você crê nisso?
Que tal foi a nossa visita à casa do oleiro? O
que você aprendeu com Jeremias? Saiba que os
maiores bens que possuímos é sermos barro, ou seja,
a matéria prima que o Senhor quer usar. Saibamos
valorizar as pequenas coisas, e não fiquemos ansiosos
por conquistar marte, se já temos os pés na terra.
Sejamos conscientes de que a obediência à vontade
do Senhor nos garantirá uma próspera vida, e se os
nossos desejos parecerem bem aos olhos do Senhor,
serão concretizados. Creiamos na misericórdia divina
que restaura os vasos quebrados e os faz vasos de
bênçãos!
Escreva uma frase ou um parágrafo que você
gostaria que fosse escrita em sua lápide mortuária e
que revelasse o seu ministério oferecido ao Senhor e
realizado a serviço do homem.
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TEOLÓGICO DO GAMA

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

Esse livro registra a grande e dolorosa tristeza


do profeta pelas misérias e desolações de Jerusalém,
resultantes do seu cerco e destruição.
O livro ensinava aos judeus a reconhecerem a
mão castigadora de Deus e a voltarem para Ele com
arrependimento sincero.
Podemos resumir o conteúdo deste livro na
apresentação das desolações de Jerusalém; os
resultados dos seus pecados e os castigos de um Deus
fiel que visava conduzem-los ao arrependimento.

O livro pode ser esboçado em cinco poemas:

A cidade representada como uma viúva que


chora (cap. 1).
A cidade representada como uma mulher com
véu, chorando no meio das ruínas (cap. 2).
A cidade representada pelo profeta que chora e
lamenta perante Jeová, o Juiz (cap.3).
A cidade representada como um suplicante que
roga ao Senhor (cap. 5).
A cidade representada como um suplicante que
roga ao Senhor (cap.5).
Os judeus ainda hoje usam este livro para
exprimir o seu pesar pelo sofrimento e dispersão de
Israel. Leem-no anualmente para comemorar o
incêndio do templo. No dia 9 do mês Abib
(corresponde mais ou menos ao nosso mês de Julho),
este cântico triste é lido em voz alta em todas as
sinagogas do mundo.
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TEOLÓGICO DO GAMA

ATIVIDADES DE APOIO

1). Marque C (para Certo) e E (para Errado)


a). ( ) Os judeus ainda hoje usam este livro para
exprimir o seu pesar pelo sofrimento e dispersão de
Israel.

b). ( ) Podemos resumir o conteúdo deste livro na


apresentação das desolações de Jerusalém, o resultado
dos seus pecados e o castigo de um Deus fiel, que
visava conduzi-los ao arrependimento.

c). ( ) O oleiro não desiste, não se desespera.


Determinado em sua tarefa, não insiste no trabalho.

d). ( ) Jeremias ficou impressionado com o controle


que o oleiro tinha sobre o barro.
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EZEQUIEL

Ezequiel foi um profeta que iniciou o seu


ministério na Babilônia, sete anos antes da destruição
de Jerusalém, e terminou cerca de quinze anos depois.
A sua mensagem foi de denúncia e consolação.
Os acontecimentos históricos registrados neste
livro abrangem uma esfera de 21 anos.
A maioria dos estudiosos conservadores
admitem que Ezequiel estivesse no exílio durante
todo o seu ministério. Ele se dirigiu aos habitantes de
Jerusalém pelo efeito dramático sobre os exilados ao
seu redor, isto é, para que voltasse dos seus maus
caminhos e das suas esperanças ilusórias. O profeta
visitou Jerusalém somente em espírito, ou seja, em
visões. O tema do livro é a glória de Deus (1.28; 3.23;
44.4).

O Esboço do Livro.

I – Antes da queda de Jerusalém (1-24)


a) A chamada e suas consequências (1-3)
b) Atos simbólicos e visões referentes à queda
de Jerusalém (4-12).
1) O alimento imundo dos exilados (4.9-17).
2) A dispersão dos Judeus (5.1-17).
3) Pregação aos montes da Palestina (6.1-14)
4) Lamentação fúnebre pronunciada a respeito de
Judá (7.1-27).
5) Visão revelando as idolatrias dos governantes de
Judá (8.1-18).
6) Retrato da ira de Deus sobre Jerusalém, e a saída
dEle do templo (9.1-11.25).
7) A fuga dos exilados da cidade (12.1-28).
c) Falsos profetas que predizem paz (13-14),
d) Uma série de alegorias (15-24).
1) A lição da videira: inútil sem fruto (15).
2) Alegoria sobre a história da infidelidade de Israel
(16).
3) Alegoria da águia e do cedro (17).
4) O provérbio falso e o seu oposto, a
responsabilidade individual (18).
5) Lamentação sobre a queda de Israel (19).
6) Deus se recusa a receber os anciãos de Israel: eles
não entendem as alegorias de Ezequiel (20).
7) A espada matadora (21).
8) A terra sem líderes (22).
9) Outra alegoria da história da infidelidade de Israel
(23).
10) O caldeirão ardente (24).

Israel e os seus inimigos (25-39)


a) Contra inimigos tradicionais: Amom,
Moabe, Edom e Filistia (25).
b) Contra Tiro (25).
c) Contra o Egito (29-32).
d) Advertência ao verdadeiro atalaia (profeta):
em tempo de perigo, ele deverá alertar o povo (33).
e) Advertência aos pastores (reis): em tempo de
perigo, eles devem proteger ao invés de explorar as
suas ovelhas (34).
f) Contra Edom (35).
g) Restauração após o exílio (36-37).

1) O evangelho em Ezequiel: o novo coração e


o poder do Espírito (36.26-27).
2) O vale dos ossos secos: a restauração
nacional (37.1-14).
3) Israel unido por meio do rei davídico ideal =
messias (37.15-28).
O ataque sem êxito sobre o povo messiânico
por Gogue e Magogue (uma coalizão mundana,
representando as forças antimessiânicas; 38-39).

A restaurada comunidade israelita: as preparações


de Israel para a época messiânica (40-48).

a) O novo templo (40.1-44.8)


b) Os deveres dos sacerdotes (44.9-31)
c) Os deveres do príncipe (45-46).
d) O rio da vida, que correrá quando Israel tiver
cumprido os planos divinos (47).
e) As porções das tribos (47-48) = deve-se
comparar “a porção santa” de 48.8-22 com a “cidade
quadrada” de 48.16. Essas atribuições subtendem
águas vivas nas regiões desertas.

A chamada do profeta (1.1-3.21).

a) No quinto ano de seu cativeiro (1.20), na


terra da Babilônia, junto ao canal (rio) Quebar,
Ezequiel, através de uma visão associada com uma
tempestade vinda do norte (1.4), foi chamado a ser
profeta de Iaweh (2.1-7; 3.4).
b) A sua resposta inicial se vê em 3.15.
c) A visão inicial foi do trono-carro de Deus
(1.26,28).

A chamada do profeta – (cap. 1-3)


A chamada de Ezequiel foi precedida por uma
visão da glória do Senhor. E a sua mensagem foi de
condenação a um povo desobediente. Foi posto como
atalaia sobre Israel. No capítulo 3 vemos a segunda
visão de Ezequiel. Esse não devia falar, até receber
instruções do Senhor para fazê-lo.

A sorte de Jerusalém e da nação – (cap. 4.24)


Em Deus tenha dito a Ezequiel que ficasse
calado até receber instruções para profetizar, ordenou-
lhe que falasse à nação por meio de ações simbólicas,
ou sinais (cap. 4-6), do seguinte modo: usando um
tijolo e uma placa de ferro. Ezequiel representa o
cerco de Jerusalém.
Ezequiel deita-se sobre o lado esquerdo, por um
dia, para cada ano do período de idolatria e pecado de
Jerusalém e Judá. (4:4-8).
Ezequiel deve comer o seu pão por certo peso e
a água por certa medida, para significar a fome que
haveria durante o cerco.
Ezequiel corta o cabelo para simbolizar a
destruição do povo de Jerusalém por fome, pestilência
e espada.
Ezequiel afasta-se como um fugitivo e come os
seus alimentos como em tempos de fome. Isso expõe
a proximidade do cativeiro de Judá (cap.12).
A vinha consumida no fogo simboliza a
inutilidade de Israel; e a figura de uma meretriz
simboliza a infidelidade desta nação.
A parábola da grande águia demonstra a
punição da traição de Zedequias, que quebrou o pacto
com Nabucodonozor e chamou do Egito auxílio para
que se rebelasse contra ele (cap.17).
Pelo sinal do gemido do profeta e da espada de
Deus repete-se novamente o aviso da destruição
vindoura de Jerusalém por Nabucodonosor (cap. 21).
A parábola de Oolá e Oolibá, as duas mulheres
infiéis e adúlteras, expõem a apostasia de Israel e
Judá.
Jerusalém é comparada a uma panela de ferver,
e seus habitantes aos ossos e carne que estão dentro
da panela, produzindo uma espuma vil – símbolo da
baixeza fervente da cidade (24:1-4). A destruição do
templo, o orgulho da nação, é simbolizada pela
esposa de Ezequiel, levada pelo Senhor (24:15-20).

Profecias contra as nações – (cap. 25-32)


Ezequiel também tem uma mensagem para as
nações vizinhas de Israel – uma mensagem de juízo
por causa do seu tratamento que tiveram para com
Judá. São profecias às seguintes nações: aos
Amonitas, Moabe, Edom, Filístia, Tiro, Sidom e
Egito.
A restauração de Israel – (cap. 33-48)
A missão de Ezequiel é renovada. Depois que
Jerusalém foi tomada, ele pode falar claramente, em
vez de pregar por meio de sinais e símbolos. Os falsos
profetas são repreendidos.

A visão do vale dos ossos simboliza a morte nacional


de Israel e a sua ressurreição futura, quando os reinos
de Judá e Israel estiverem unidos, e a nação inteira
ligada a Jeová por um pacto eterno (cap. 37)
A glória de Jeová volta a habitar no templo
milenial, do qual encontramos uma descrição
detalhada nos capítulos 40 a 48.
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TEOLÓGICO DO GAMA

ATIVIDADES DE APOIO

1). Marque C (para Certo) e E (para Errado)

a). ( ) A missão de Ezequiel é renovada. Depois que


Jerusalém foi tomada, ele pode falar claramente, em
vez de pregar por meio de sinais e símbolos.

b). ( ) Ezequiel corta o cabelo para simbolizar a


destruição do povo de Jerusalém por fome, pestilência
e espada.

c). ( ) A glória de Jeová volta a habitar no templo


milenial, do qual encontramos uma descrição
detalhada nos capítulos 40 a 48.

d). ( ) A maioria dos estudiosos conservadores admite


que Ezequiel estivesse no exílio durante todo o seu
ministério.
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DANIEL

A respeito de Daniel, nada mais sabemos além


do que nos diz este livro, pois não traz nenhuma
novidade. A única menção dele, dita no Antigo
Testamento consta no próprio livro. É igualmente a
única do Novo Testamento (Mt. 24:15).
Descendente de nobre família do reino de Judá,
muito jovem ainda (13:45), teria sido deportado cerca
do ano 605 a.C. para Babilônia e agregado aos pajens
da corte do rei Nabucodonosor, com o nome de
Baltasar (1:7). Desde os primeiros atos (cf. 15:45-62),
revela-se senhor daquela sabedoria, que constitui o
fundo de sua figura moral. Modelo e mártir da
fidelidade à lei divina foi enriquecido por Deus com
um dom extraordinário de penetração nos ministérios
contidos nas visões e nos sonhos proféticos que Deus
envia a ele e a alguns personagens daquela época
(2:17-35; 4:2; 5:13-16).
Em virtude dessas suas capacidades, fez
carreira entre os soberanos babilônios, desde
Nabucodonosor até Ciro, que o honraram, confiando-
lhe cargos. De dois anos destes soberanos são datadas
as revelações que ele teve; a última das quais (10:1)
se deu no terceiro ano de Ciro. Além dessa data, nada
mais sabemos dele.
Nas Bíblias hebraicas, o livro de Daniel tem
menor extensão do que nas cristãs, e dentre essas, as
latinas têm ordem um tanto diversa daquela das
gregas. Em hebraico compõem-se de 12 capítulos e de
357 versículos; nas versões gregas e latinas são
inseridos (no cap.3) 67 versículos, que constituem a
primeira das três partes ditas deuterocanônicas deste
livro. Além disso, acrescentaram-se outras partes em
dois capítulos distintos, que em grego se acham, o
mais das vezes, um no início e outro no fim; nas
versões latinas sempre no fim.
No livro, a ideia central que predomina, é
aquela do reino de Deus, isto é, do supremo domínio
de Deus sobre a natureza e sobre os eventos humanos,
que culmina no estabelecimento do “reino dos santos”
(os adoradores do verdadeiro Deus) sobre as ruínas
dos mais poderosos impérios humanos.
As observações críticas, porém, não diminuem
o valor do ensinamento religioso e moral do livro.
Reduz-se ele a pontos de importância capital. Jamais
se lê o nome divino “Javé”, mas sempre El ou Eloim
(também Eloah, no singular) ou uma circunlocução
“Deus do céu” (8 vezes), “o Altíssimo Deus” (5
vezes). A tendência de todas as narrações é a de
exaltar o Deus de Israel, donde resulta que somente
ele é que tudo pode e tudo sabe; lê nas mentes
humanas e vê os acontecimentos futuros; dele é que
vem todo o saber humano, e em suas mãos estão os
destinos dos indivíduos e dos impérios. A ele somente
se deve adoração e culto, e para não transgredir sua
santa lei, devemos estar prontos mesmo a morrer, se
necessário.
O messianismo de Daniel é sumário, de poucos
elementos, mas de relevância extraordinária. É um
messianismo quase exclusivamente coletivo, isto é,
visando antes a sociedade religiosa do que o seu
chefe; suas características são todas de origem
espiritual: cessação do pecado, triunfo da justiça,
inauguração de uma eminente santidade (9:24); o
reino anunciado será o “reino dos santos”, que se
poderia traduzir também por “reino de Deus”, tal
como foi depois anunciado na primeira pregação do
Evangelho (Mc. 1:14). Particularidade de Daniel é
que ele anuncia a vinda desse reino, isto é, o seu
início, indicando datas e números, cerca de 500 anos
depois da queda de Jerusalém (9:24); daí o lugar de
primeira ordem que ocupa este vaticínio na
demonstração da doutrina cristã.
O que ele diz sobre a vida futura ou sobre a
escatológica é pouco, mas esse pouco assinala um
progresso da revelação nessa matéria. É ele o
primeiro a insinuar um despertar dos mortos no fim
dos tempos, um despertar para uma nova existência
que será para uns a vida eterna e para outros a eterna
condenação. Entre os primeiros, os que tiverem
demonstrado zelo pela santificação própria e a dos
outros gozarão de esplendor especial (12:2-3).
Se não era de origem real, foi pelo menos de
família nobre (1.3; 2 Reis 24.1; 2 Crônicas 36.5-7; cf.
a descrição do subsequente cativeiro em 2 Reis 24.12-
14). Era fisicamente forte e havia demonstrado
notável habilidade e progresso nos estudos (1.4),
quando foi levado cativo por Nabucodonosor (605-
562 a.C.) em 605 a.C.(l.l).
Os críticos têm achado falha de historicidade na
data de Daniel 1.1 como sendo “no ano terceiro do
reinado de Jeioaquim”, pois Jeremias 25.1 e 46.2
indicam que houve “no ano quarto de Jeioaquim”. A
solução parece estar no fato de Daniel empregar o
método babilônico de calendário, em que a fração do
primeiro ano de um novo rei era considerada de “o
ano da ascensão ao invés do primeiro ano, e Jeremias
emprega o método egípcio adotado em Judá a esta
altura segundo o qual a fração do primeiro ano era
considerada de “o primeiro ano””.
Talvez tivesse 18 a 20 anos??? ao ser levado
cativo para nunca mais voltar a Jerusalém. Havia se
desenvolvido no meio de grande avivamento religioso
no reinado de Josias (2 Reis 22.1-23.20; cf. Jeremias
11.1-8). É bem provável que tivesse conhecido
Jeremias, Naum e Habacuque, ativos em Jerusalém no
período, embora não haja provas disso. Segundo os
propósitos da corte babilônica, treinou-se na língua e
nos ensinos dos caldeus (babilônios), para o serviço
real (1.4). Cedo adquiriu fama em virtude de sua
inteligência e sabedoria (1.20).
Nabucodonozor logo o “constituiu regente
sobre toda a província da Babilônia e governador
sobre todos os sábios da Babilônia” (2.48). Durante
os reinados intermediários de Evil-Merodaque (561-
559 a.C.), Neriglissar (559-556 a.C.) e Nabonido
(555-539 a.C.), nada sabemos dele. Parece ter perdido
a sua posição e deixado o noticiário público. Na festa
profana de Belsazar (filho de Nabonido e co-regente
com seu pai, oficiando na capital enquanto seu pai
investigava as minas e a construção de museus fora da
cidade) a rainha-mãe lembrou-se dele (5.10-12), e
quando chamado, ele mostrou-se um sábio “do Deus
do céu”. A colocação “teu pai, o rei Nabucodonozor”
refere-se ao Nabucodonozor como o grande
antecessor de Belsazar, porque não eram da mesma
família.
Dario, o medo, reconheceu a sua capacidade e,
não obstante sua idade já avançada, o fez chefe de
uma junta de três presidentes, e “pensava em fazê-lo
príncipe sobre todo o reino” (6.2). Em religião,
também manifestou ainda a sua fidelidade, sem se
comprometer (6.10; cf. 1.8). Esse Dario, o medo,
deveria ter sido ou Gubaru, o governador da província
da Babilônia indicado pelo rei Ciro, ou o próprio
Ciro. De qualquer forma o nome “Dario” parece ter
sido um título do reinante entre os medos,
semelhantes aos títulos de faraó, rei e imperador. A
última notícia dele no livro é datada “no terceiro ano
de Ciro, rei da Pérsia”, ou seja 537 a.C.(10.1).
Portanto, Daniel teria estado ativo na Babilônia entre
605 a 537 a.C., pelo menos, um período de 60 anos.
A afirmação existente no livro, de que Daniel
fez as profecias contidas nele, deve ser tomada
literalmente. Jesus mesmo se referiu a uma passagem
de Daniel (Mateus 24.15). Os escritos apocalípticos
da época dos Macabeus seguiram o método do antigo
livro de Daniel, porque ele profetizou a respeito da
época vindoura dos Macabeus. Houve tempo
suficiente para Daniel adquirir um vocabulário
pérsico de 26 palavras. É também reconhecido que
havia uma influência grega na Mesopotâmia, no
século sexto a.C., de maneira suficiente para o livro
conter três palavras gregas. A teologia é adiantada,
porém não mais do que nos livros de Zacarias e Jó.
A estrutura do livro revela que ele se divide em
duas partes iguais, compostas respectivamente dos
capítulos 1-6 e 7-12. Os capítulos 1-6 constam, cada
um, de uma narrativa completa em si mesma, quer
dizer, de uma unidade literária capaz de ter existido
em separado antes de fazer parte do livro. Os
capítulos 7-12 constam de uma série de visões
concedidas a Daniel, que revelam aspectos da história
futura dos judeus até o dia do juízo final.

Temperança X Intemperança: Daniel e seus três


amigos recusam contaminar-se com as finas iguarias
do rei (o capítulo 1).

Sabedoria Mundana X Sabedoria Celestial: Daniel


interpreta a visão de Nabucodonozor referente à
grande estátua (o capítulo 2).

Adoração de ídolos X Adoração do Verdadeiro


Deus: os três amigos de Daniel recusam adorar a
imagem de ouro feita por Nabucodonozor e são
livrados da fornalha de fogo pelo Deus Altíssimo (o
capítulo 3).

A Soberba de Nabucodonozor X A Soberania de


Deus: Daniel interpreta o sonho de Nabucodonozor
sobre a grande árvore cortada até a sua cepa; o rei,
fora de si, é expulso do meio dos homens até aprender
que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos
homens (o capítulo 4).

Blasfêmia X Juízo: a festa ímpia de Belsazar,


interrompida pela escritura de Juízo na parede (o
capítulo 5).

Inveja X Libertação: os oficiais de Dario conseguem


que Daniel seja lançado na cova dos leões, porém ele
é liberto pelo Deus vivo (o capítulo 6).

O Sonho sobre os Quatro Animais (552/51 a.C.): os


animais representam os quatro reinos do capítulo 2, o
quarto, sendo diferentes de todos os outros, e não
achando uma semelhança animal, deve simbolizar
todo o domínio gentílico da época de Roma até o fim
da História. Em 7.8 parece indicar o Anticristo do
período final, que será derrotado e julgado pelo
Ancião de dias. O domínio eterno será dado ao Filho
do Homem vindo com as nuvens do céu (7.13-14). A
maioria dos liberais acredita que os quatro reinos são:
1) Babilônia, 2) Média. 3) Pérsia e 4) Grécia. Alguns
conservadores dizem que são: 1) Babilônia, 2) Medo-
Pérsia, 3) O Império de Alexandre o Magno e 4) Os
sucessores de Alexandre. A maioria dos
conservadores acha que são: 1) Babilônia, 2) Medo-
Pérsia, 3)Grécia e 4) Roma. A identificação,
entretanto, tem de se avaliar as chaves encontradas no
capítulo 8.
A Visão sobre um Carneiro e um Bode (550/49
a.C.): segundo os versos 20 e 212, o carneiro com
dois chifres representa os reis da Média e da Pérsia,
enquanto o bode representa o rei da Grécia
(Alexandre); o chifre grande entre os olhos é o
primeiro rei Alexandre. Assim, é fornecido
entendimento quanto à identificação dos segundo e
terceiro reinos dos capítulos 2 e 7. O segundo é
Média-Pérsia enquanto o terceiro é a Grécia. O verso
4 sintetiza dois séculos da história pérsica. Os quatro
reinos gregos sucessores ao de Alexandre são
simbolizados no verso 8. A história nos ensina que
foram:
1) Trace e Ásia Menor,
2) Síria-Palestina,
3) Macedônia e
4) Egito.
Os versos 9-14 referem-se à época de Antíoco
Epifânio (“ilustre”) que os judeus chamavam de
Antíoco Epimânio (“louco”). O reinado dele durava
de 175-164 a.C. As duas mil e trezentas tardes e
manhãs da desolação do santuário, referidas no verso
14 equivalem 1150 dias ou três anos e meio, ou seja
168 a 165 a.C. “O tempo do fim” do verso 17 parece
significar o fim do período referido no verso 14,
enquanto “o tempo determinado do fim” do verso 19
parece significar o fim dos tempos. “A visão da tarde
e da manhã” do verso 26 refere-se às tardes e manhãs
do verso 14, cujas palavras estão no singular no
original, sendo pluralizadas pelos qualificadores.
A Súplica de Daniel pela Restauração de
Jerusalém e a Visão das Setenta Semanas (“Setes”)
(539/38 a.C.): logo após a queda da Babilônia Daniel
entendeu através do livro de Jeremias que as
assolações de Jerusalém durariam 70 anos (v.2). Ele
confessou os pecados dele e do povo, pedindo o
cumprimento da profecia (3-19). Veio- lhe o anjo
Gabriel para explicar a visão (aparentemente a de
Jeremias referente aos 70 anos) através de outra visão
enigmática (pelo menos na forma em que nos vem,
porque o texto original mostra corrupções) das setenta
semanas (20-27). Há pelos menos quatro correntes a
respeito das setenta semanas:

A literal = segundo a qual o verso 24 refere-se ao


período da destruição do templo em 587/6 e a
dedicação do segundo templo em 517/6 (Esdras 6.14-
16), ou seja, período de setenta anos; quanto aos
versos 26-26, as sete semanas são os 49 anos entre a
queda de Jerusalém em 587 a.C. e a vinda do ungido
Ciro em 538 a.C.(cf. Isaías 44.28; 45.1), as 62
semanas são os períodos entre a predição de Jeremias
25.11,12; 29.10 (cf. Daniel 9.2) em 605 a.C. e o
assassinato do sumo sacerdote Onias III (“o ungido”
do verso 26) em 171 a.C., e “o príncipe” do verso 26
que destruirá a cidade e o santuário é o Antíoco
Epifânio (175-163 a.C.), sendo o verso 27 uma
descrição também dele.

A simbólica = segundo a qual “o Ungido, o Príncipe”


e as sete semanas do verso 25 referem-se ao Messias
e à sua época, as 62 semanas referem-se à época da
igreja (vv. 25-26) sendo que o verbo “será morto”
seja traduzido como “será tirado” o Ungido, e o
“príncipe que há de vir” do verso 26 refere-se ao
Anticristo enquanto o verso 27 faz referência ao seu
período e subsequente destruição por Deus.

A parentética (dispensacionalista) = segundo a qual


as sete semanas do verso 25 significam a época de
uns 49 anos da atividade de reconstrução de Esdras,
Neemias e Malaquias (alguns começam com Esdras
em 458 a.C., outros com Neemias em 445 a.C.), as 62
semanas do verso 26 significa o período de cerca de
434 anos entre Neemias e Cristo, “o Ungido” que
será morto do verso 26 é o Cristo, enquanto “o
príncipe” que destruirá a cidade é o romano Tito.
Entende-se um parêntese ou intercalação profética
entre os versos 26 e 27, onde deve caber a época da
igreja (não revelada no AT), sendo que o verso 27
significa a época da grande tribulação e do Anticristo.

A tradicional = segundo a qual os versos 25 e 26


devem ser entendidos semelhantes à interpretação
parentética (o aluno deve entender que a interpretação
tradicional antecedeu por longos séculos a
parentética, a qual teve sua origem com os ensinos de
John Nelson Darby cerca de 1830 d.C. e C.I. Scofield
em 1909). O verso 27 refere-se à vida terrestre de
Cristo e ao Tito, general romano que destruiu a
Jerusalém em 70 d.C.
A Visão de Daniel do Homem Vestido de
Linho que Trouxe Consolação (539 a.C.): Daniel
estava à margem do rio Tigre (v.4); o anjo afirmou
que veio para fazer Daniel entender o que há de
acontecer ao seu povo “nos últimos dias, porque a
visão se refere a dias ainda distantes” (v.14).
O conteúdo da visão lhe entregue pelo anjo do
capítulo anterior: a visão traça eventos principais na
história futura dos reinos gregos relacionados com a
Palestina, quer dizer, dos reinos do Egito e da Síria-
Palestina - para focalizar nos versos 21-35 os tempos
de Antíoco Epifânio (175-163 a.C.) e nos versos 36-
45 os tempos finais do Anticristo.

O encerramento da visão e do livro: o fim da


tribulação é seguido pela ressurreição dos mortos para
ou a vida ou o horror (v.2). Daniel confessa falta de
entendimento a respeito dessas revelações sobre a
época final. Ele é instruído que as palavras estão
encerradas e seladas “até o tempo do fim” (v.9).
Finalmente, ele está assegurado da sua participação
na época final da ressurreição (v.13).

3. Algumas Lições (45) Aprendidas com a


Mensagem de Daniel.

1) Podemos vislumbrar a ação de Deus, mesmo nos


momentos de crise. Deus jamais deixa de agir.
Mesmo que não estejamos vendo, ele está por trás dos
acontecimentos. Parece que, para muitos, Deus está
relacionado só com as igrejas e só faz sentir sua
presença nos cultos aos domingos. Já nos negócios,
na política, nos conflitos sociais, etc., ele não se
“intromete”. Para outros, Deus sequer nem existe.
Mais do que nunca há necessidade de redescobrir o
Deus que Daniel proclama: o Deus que dirige a
história.

2) A crise deve ser vista como oportunidade para


crescimento = para o crente, a provação é indicação
que Deus está querendo nos aperfeiçoar e faz isso
porque nos ama (cf. Tiago 1.2-18).A crise do exílio
foi uma sala de aula de confiança nos propósitos de
Deus. Que o exemplo de Daniel seja um desafio para
nós. Aprendamos a ver Deus por detrás dos
acontecimentos, pois ele quer dirigir não só a história
do mundo, mas particularmente a história de cada um
de nós.

3) A fidelidade a Deus está acima de qualquer


coisa = Deus deve ser colocado acima de todas as
coisas e de todos os valores. Ele é nosso valor
supremo. Se todas as coisas que faço tem como
motivação a fidelidade a Deus, elas se revestirão de
importante meio de glorificação de Deus em minha
vida.

4) Deus está no controle de tudo, e isto deve nos


dar segurança na hora de tomar decisões ousadas
= as nossas decisões devem considerar a vontade de
Deus. Daniel podia contar com a ação de Deus a seu
favor, e nós, da mesma forma, podemos contar,
jamais esquecendo de que Deus é a fonte de nossa
sabedoria e capacidade. Infelizmente, as pessoas estão
deixando Deus de lado e atribuindo tudo à sua própria
capacidade. Se Daniel fosse orgulhoso e tentasse agir
por seus próprios métodos, tudo seria um grande
fracasso. Foi um sucesso porque confiou no Senhor.

5) Há um Deus no céu = não importa o tamanho do


problema tenhamos esta certeza. Não havia e nem há
nenhum rei, por mais poderoso que seja que possa
mais do que o nosso Deus. Como hoje precisamos
divulgar esta mensagem sobre a existência de Deus,
principalmente porque as pessoas estão vivendo como
se Deus não existisse. Mas ele existe e quer ter
comunhão com os homens.

6) Não se pode mudar aquilo que Deus estabeleceu


= isto não é determinismo, mas é a soberania de Deus.
Podemos confiar em seus planos porque eles são
frutos de seu caráter. Ele é santo, justo e amoroso.
Tudo o que ele faz e planeja revela seu caráter. O rei
estava desafiando o poder de Deus e negando-se a
aceitar o plano de Deus para a humanidade. Ele queria
construir uma nova humanidade sozinho.

7) Diante de ordens opressivas não se pode devotar


obediência cega = isto é dito a propósito da ordem do
rei em exigir adoração à estátua. O crente deve
obediência aos poderes constituídos quando eles
cumprem os propósitos de Deus para o cumprimento
da justiça (cf. Romanos 13.1-7). Os jovens foram fiéis
a Deus em negar-se a cumprir as ordens do rei. A
Bíblia mostra que só devemos obedecer a ordens de
governantes quantos elas são dadas baseadas em
princípios de justiça e respeito. Deus não constitui
ninguém para ser tirano.

8) É mais obedecer a Deus do que manter


privilégios = Precisa que se diga alguma coisa?

9) Cada um de nós deve transformar sua


“fornalha” em lugar de testemunho. Está é uma
mensagem para aqueles que trabalham em ambientes
que cobram um testemunho vibrante.

10) Deus castiga o soberbo e altivo = esta é uma


mensagem para aqueles que acham que podem fazer o
que querem com as pessoas. Deus pode levantar os
próprios ímpios para castigar outros ímpios.

11) Devemos seguir o exemplo de Daniel em se


manter fiel ao longo dos anos = esta é uma
mensagem para os que pensam em desistir. Qual era o
segredo de Daniel? Fidelidade, testemunho e oração!

12) Nada pode fazer com que deixemos de ter


comunhão com Deus e a ele nos dirijamos em
oração = esta é uma mensagem àqueles que
escondem que são crentes diante do perigo. Daniel
não alterou sua vida com Deus porque fora ameaçado,
por lei, em ser jogado na cova dos leões.

13) O diabo pode usar uma estrutura política para


dar aspecto de legalidade à sua atuação = Ele não
se manifesta só nos lugares tenebrosos, nos antros do
pecado, mas pode também se manifestar nos
tribunais, nas câmaras legislativas etc. Pode vestir a
roupa da legalidade para fazer imperar seus desígnios.

14) O povo de Deus não deve esperar “mar de


rosas”, mas sofrimento e tribulação = Aqui, o
ensinamento de Daniel está em consonância com o
ensino de Jesus (João 16.3 3) e de Paulo (Atos 14.22),
que dizem que a sua tribulação existirá enquanto o
reino de Deus não for finalmente estabelecido.

15) O crente pode estar seguro: ele reina com


Cristo agora e reinará para sempre = A vitória é
certa, e não devemos temer os acontecimentos. A
nossa atuação deve ser de expectativa e esperança.

16) Deus trará juízo e punição sobre a impunidade


= os poderes dos reinos do mundo só duram enquanto
Deus permite, pois ele tem a supremacia na história.
Deus trará juízo sobre toda a impiedade dos homens e
salvação a todos aqueles que creem.

17) A oração não deve ser feita só quando temos


motivos especiais = orar é como se alimentar todos
os dias. Todos os dias temos necessidade do alimento;
assim acontece também com o alimento espiritual: ele
é necessário todos os dias.

18) A oração que é segundo a vontade de Deus é


aquela que procura sua glória = Daniel queria as
bênçãos de Deus, mas queria muito mais: que o nome
de Deus fosse engrandecido. Ele queria que o rosto de
Deus resplandecesse sobre o santuário, ou seja, que a
sua presença fosse constante e poderosa na vida do
seu povo.

19) O mal poderá ter progresso, mas é aparente e é


prenunciada sua derrota final = o povo de Deus não
deve se espantar com o mal que esteja em
crescimento. Os dias de opressão estão contados.
Daniel viu a esperança juntamente com o conflito. O
juízo vem sobre todos aqueles que rejeitam e se
voltam contra Deus e seu povo. Ninguém fica
impune; todos dão conta de seus atos a Deus. Afinal,
é ele quem dirige a história.

20) Devemos demonstrar preocupação séria pela


situação do nosso povo, tanto agora quanto no
futuro = dizer que o mundo vai de mal a pior não
significa que devamos deixar tudo andar como está. É
nossa responsabilidade lutar contra o inimigo e não
deixar que ele domine. Devemos pregar contra a
opressão, a corrupção; afinal, somos ou não somos “a
luz do mundo” e o “sal da terra”? Daniel chegou a
ficar doente por causa das revelações acerca do
futuro. Ele ficou preocupado e buscou orientação de
Deus.

21) Devemos ter aguda percepção dos


acontecimentos mundiais à luz da Palavra de Deus
= Daniel recebeu revelação da “escritura da verdade”
(10.2 1) e é esta que deve normalizar nossa esperança
e compreensão do presente e do futuro. A história se
desenrola para o seu final. O que a bíblia fala sobre
isto?

22) Todos comparecerão diante de Deus = esta é


uma das mensagens mais claras de toda a Bíblia.
Deus é justo e pedirá contas de cada um. Ele mostrará
as bases tanto da salvação como da condenação.
Ninguém vai receber a sentença sem que saiba a
razão. Esta é uma verdade que precisa ser mostrada ao
homem de hoje, que vive como se Deus não existisse,
fazendo o que dá na cabeça sem perceber que há
um Deus no céu.

23) Há dois destinos para todos os homens = a vida


eterna e o castigo eterno. A humanidade será dividida
em duas partes. Não haverá mais Primeiro, Segundo
ou. Terceiro mundo e nem mesmo país desenvolvido,
subdesenvolvido ou em desenvolvimento. Nenhum
valor social ou econômico valerá na nova ordem das
coisas. Todos os seres humanos pertencerão a duas
categorias básicas: os salvos e os perdidos. Não
haverá condição de mudança de posição, pois ela
será eterna e definitiva.

24) É preciso ficar atento aos acontecimentos =


devemos saber esperar o que Deus prometeu. Não é
uma espera sem entendimento. Precisamos ficar bem
atentos ao que acontece ao nosso redor e no mundo.
Que nada nos pegue de surpresa
IBADEG - INSTITUTO EDUCACIONAL
TEOLÓGICO DO GAMA

ATIVIDADES DE APOIO

1). Marque C (para Certo) e E (para Errado)

a). ( ) A humanidade será dividida em duas partes.


b). ( ) Daniel recebeu revelação da “escritura da
verdade” (10.21) e é esta que deve normatizar nossa
esperança e compreensão do presente e do futuro
c). ( ) Cada um de nós deve transformar sua
“fornalha” em lugar de testemunho. Está é uma
mensagem para aqueles que trabalham em ambientes
que cobram um testemunho vibrante.
d). ( ) Não se pode mudar aquilo que Deus
estabeleceu = isto não é determinismo, mas é a
soberania de Deus.
IBADEG - INSTITUTO EDUCACIONAL
TEOLÓGICO DO GAMA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) HARBIN, Lonnie Byron. “O Cânone do Antigo


Testamento” artigo não publicado pg. 1.

(2) Introduções aos livros da Torah feitas pelo rabino


Meir Matzliah Melamed e publicada na Torah editada
em 1962 pelo Templo Israelita Brasileiro. São Paulo.
Tanakh: The Holy Scriptures, (Filadélfia: The Jewish
Publication Society, 1988).

(3) Otto Eissfeldt, The Old Testament: An


Introduction, tradução de Peter J. Ackroyd (New
York: Harper and Row, 1976)

(4) Veja o ensaio de G.E. Wrigth, o Deus que Age,


tradução de Sumio Takatso, (São Paulo – ASTE,
1967) para entender a importância da recitação à fé
em Israel.

(5) O verbo hebraico bíblico tem vários graus ou


aspectos pelos quais ele qualifica a ação que indica,
que seja simples, intensa, causativa ou reflexiva.

(6) KIRST, Nelson et al. Dicionário Hebraico-


Português & Aramaico-Português. São Leopoldo:
Sinodal, 1988.p.265.
(7) BRIGHT, John. História de Israel. São Paulo.
Paulinas, 1981, p.197.

(8) Clyde T. Francisco. Introdução ao Velho


Testamento. Trad. Antônio Neves Mesquita. Rio de
Janeiro: JUERP, 1969. p.59.

(9) HOMBURG, Klaus, Introdução ao Antigo


Testamento, p.121.

(10) HARBIN, Lonnie Byron. In Apostila de


Teologia do Antigo Testamento. P.21.

(11) BRIGHT, John. História de Israel. p.61.

(12) Wisemen, D.J. in Notes on Some Problems in the


Book of Daniel, pp.9-18.

13) Bíblia de Estudo Pentecostal.

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