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CATALOGAÇÃO NA FONTE DO
DEPARTAMENTO NACIONAL DO LIVRO
INDICE
INTRODUÇÃO........................................................................06
INTRODUCÃO
Fontes externas
A vida de um pregador itinerante que atuava numa remota província do
Império Romano provavelmente não seria incluída nas obras de
historiadores romanos, que tinham (na opinião deles) coisas mais
importantes com que se ocupar.Tácito faz uma rápida referência a Jesus, e
mesmo assim só para explicar o nome dos "cristãos" que estavam sendo
mortos pelo imperador Nero.
Nem mesmo os historiadores judeus têm muito a dizer sobre ele. A mais
famosa história dos judeus foi escrita por Josefo, no final do primeiro
século. Nesta obra, em uma passagem ele faz referência a Jesus como um
operador de milagres que era o Messias e que ele foi morto por Pilatos e
mais tarde reapareceu aos seus discípulos. É possível que a passagem tenha
sofrido alguma interpolação posterior ao ser transmitida e copiada por
escribas cristãos (por que Josefo chamaria Jesus de Messias?), mas
provavelmente os elementos básicos são genuínos.
Outras tradições judaicas sobre Jesus forampreservadas nas obras dos
rabinos. Eles dizem que ele praticava magia, iludia o povo, e disse que não
veio para destruir a lei nem acrescentar nada a ela. Ele foi enforcado na
véspera da Páscoa por heresia e por enganar o povo, e teve cinco discípulos
que curavam os enfermos. Isto dá uma idéia de como Jesus era visto pelo
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alguns anos antes. Ao terem que tomar decisões de natureza ética em áreas
como, por exemplo, casamento e divórcio, precisavam do ensinamento de
Jesus como palavra de autoridade em tais assuntos. Assim sendo, ao lermos
uma passagem dos Evangelhos, sempre é bom perguntar qual era a sua
importância para a igreja primitiva. A história de Jesus não foi preservada
por mero interesse acadêmico em história, mas por causa da sua relevância
prática para os primeiros cristãos. Não era história "pura", mas história
"aplicada".
As pessoas também tendem a lembrar e transmitir histórias e ensinamentos
dentro de certo padrão formal. Histórias de milagres de cura, por exemplo,
apresentam, pela ordem, a condição da pessoa sofredora, a maneira como
se processou a cura, e os resultados que produziu. Muitas histórias sobre
Jesus descrevem uma situação em que ele se encontrava, ou uma pergunta
feita a ele, e culminam no ponto essencial: uma afirmação de Jesus feita
com autoridade sobre o assunto em questão.
Isto significa que não são meros relatos históricos, como seria, por
exemplo, a biografia de um soldado famoso. Os autores não estavam
tentando fazer um relato histórico detalhado da vida de Jesus com tudo na
sua devida ordem cronológica. Isto fica bem claro, por exemplo, quando se
faz uma comparação entre a ordem dos acontecimentos em Mc 4--5 e a
ordem que aparece em Mt 13, Mt 8 e Mt 9.
Além disso, os Evangelhos registram pouca coisa sobre alguns aspectos da
vida de Jesus: quase nada é dito a respeito da vida dele antes da idade dos
30 anos , e mesmo o relato do seu ministério é incompleto. Certamente não
há ocorrências ou fatos suficientes para preencher toda a sua vida pública
ativa. Não devemos culpar os autores dos Evangelhos por deixarem de
fazer algo que não era seu objetivo.
Mas isto não quer dizer que não se preocupavam com a história. Os
Evangelhos não são invenção. No prefácio do seu Evangelho (Lc 1.1-4)),
Lucas dá grande ênfase ao fato de estar usando depoimentos autênticos de
testemunhas oculares. A história certamente era importante para ele e não
há motivo para supor que os outros autores pensavam de forma diferente.
Qual era, pois, o objetivo deles? Eles estavam pregando o evangelho, as
boas novas. Estavam apresentando Jesus como o Cristo, o Filho de Deus
(Mc 1.1). Eles escreveram para que seus leitores cressem nele e, crendo,
tivessem vida eterna (Jo 20.31). Portanto, retrataram Jesus como os seus
seguidores o viam. Para eles, Jesus não era um homem comum, nem
mesmo um profeta fora de série. Era o Senhor a quem Deus havia
ressuscitado dos mortos e que agora estava vivo e ativo no céu. Eles não
conheciam nenhum outro Jesus. É possível que tivessem uma opinião
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Finalmente, João revela Jesus como Aquele que foi enviado por Deus Pai
para ser o Salvador do mundo. Como Filho, ele tem a autoridade de seu
Pai, vivendo em comunhão íntima com ele. João é o que mais se aprofunda
naquilo que Deus revelou e destaca o significado eterno do "Deus que se
fez homem".
Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra
seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia
boa aparência nele, para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e
experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam
o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Is 53:2,3
Em vez de olhar somente para o Cristo sofredor descrito por Isaías, passou-
se a considerar também o Messias como descendente de Davi, do qual está
escrito que era de boa aparência (1Sm 16.18 ARA) e mais formoso do que
os filhos dos homens (Sl 45.2).
Essa opinião passou a ser defendida pela maioria dos grandes teólogos.
Eles argumentavam, com muita razão, que é muito difícil aceitar que a
alma que em tudo era perfeita, admiravelmente equilibrada, estivesse unida
a um corpo feio ou imperfeito; além disso, achavam que uma fisionomia
feia e repulsiva teria prejudicado o ministério do Salvador, atraindo para
ele o menosprezo das pessoas.
Favorecem também esta opinião os evangelhos. Neles vemos que, embora
o atrativo que Jesus exercia sobre milhares de pessoas era, antes de tudo,
por causa de sua bondade, sua santidade, sua pregação e seus milagres, não
podemos negar que a multidão também se deixava atrair pelo olhar terno,
pela sua fisionomia calma e acolhedora e pela graça que emanava de todo o
seu ser.
Contudo, quando falamos da beleza de Cristo, estamos muito longe de
atribuir-lhe os traços suaves e efeminados com que muitos o têm imaginado
e representado em pinturas. Como judeu que era, é certo que a beleza dele
era viril, espiritual, e que sua aparência e sua maneira de vestir-se e de
portar-se condiziam com sua santidade e seus valores morais. Podemos,
pois, imaginá-lo dotado de uma fisionomia nobre e distinta, amável e
graciosa, sisuda e inteligente, que inspirava ao mesmo tempo respeito e
afeto, e atraía doce e religiosamente os corações. Em seu semblante, devia
refletir-se o resplendor de sua alma e, de certa maneira, de sua divindade.
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Obs.2:
Sabemos também que após a crucificação de Cristo Públio Lentulus
tornou-se seu seguidor e, juntamente com sua filha Lívia, levava a palavra
de Deus aos povos da época.
O conjunto do texto não necessita de embelezamento nem é indigno de
nosso Salvador; pois representa muito bem o tipo geral que prevaleceu na
Palestina há séculos e que tem sido produzido pelo cinzel de tantos mestres
famosos.
A JUSTIÇA E OS POBRES
A justiça e os pobres são um importante tema das Escrituras. É um tema
que perpassa a história da salvação, desde que Abel foi assassinado por
Caim, seu irmão, até o momento em que as lágrimas são enxugadas, no
livro do Apocalipse.
Vivendo em comunidade.
A justiça une humanidade e comunidade, dois elementos importantes muito
desgastados em nossos dias. Por exemplo, os líderes e as potências
mundiais ficam felizes em fazer do mundo uma aldeia global na economia,
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ma será que estão dispostos a fazer dele uma comunidade em que, de forma
compassiva, uns cuidam dos outros e em que existe um compartilhamento
justo dos recursos?
No AT, a lei de Moisés, exemplificada nos Dez Mandamentos, e todas as
outras leis foram forjadas no contexto de um pacto de obediência e
fidelidade - entre Deus e o seu povo, e entre os indivíduos. Tudo estava
aberto e nada era forçado. Todas as leis pretendiam criar uma base sadia
para a vida comunitária.
os quais se peca". E por ser o critério último do que é a justiça, Deus abraça
a causa deles. Pois ele ama a justiça e o direito (Sl 33.5); ele fica perto dos
que estão desanimados e salva os que perderam a esperança (Sl 34.18).
Reis e juízes
Como Senhor da justiça (Jr 23.6), Deus espera, acima de tudo, que reis e
juízes (isto é, líderes da nação) sejam justos e corretos (2Sm 8.15; 1Cr
18.14; 1Rs 10.9; Dt 1.16; Êx 23.7-8; Sl 82.3-4).
O dever do rei é, não se deixar corromper, mas vigiar constantemente para
falar em favor daqueles que não podem articular seu sofrimento. Ele deve
julgar com justiça e defender os direitos dos pobres e necessitados (Pv
31.4-5, 8-9).
Por outro lado, os juízes não devem aceitar suborno, nem serem
intimidados pelos poderosos, mas, sim, preservar o direito dos aflitos e
destituídos, e socorrer os fracos e necessitados.
Interceder foi o grande desafio para Isaías e todos os profetas fiéis antes e
depois dele.
Compras de terras.
Mas, se santificar o seu campo depois do ano do jubileu, então o
sacerdote lhe contará o dinheiro conforme aos anos restantes até ao ano
do jubileu, e isto se abaterá da tua avaliação. Lv 27:18.
E se ainda restarem poucos anos até ao ano do jubileu, então fará contas
com ele; segundo os seus anos restituirá o seu resgate. Lv 25:52.
O Campo comprado por quem quer que fosse seria devolvido ao primeiro
proprietário no ano do Jubileu.
E deixai cair alguns punhados, e deixai-os ficar, para que os colha, e não
a repreendais. Rt 2. 16
E, levantando-se ela a colher, Boaz deu ordem aos seus moços, dizendo:
Até entre as gavelas deixai-a colher, e não a censureis. Rt 2:15.
"Eis que vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra e todas as
árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente para que vos
sirvam de alimento" (Gn. 1: 29).
"O Senhor, teu Deus, vai conduzir-te a uma terra excelente... uma terra
de trigo e de cevada, de vinhas, de figueiras, de romãzeiras, de óleo de
oliva e de mel" (Dt. 8: 7-8).
Da mesma forma, lemos, em II Sm. 17: 28-29, que, após uma dura
batalha, Davi e seus soldados são recebidos pelos anfitriões com "(...)
trigo, cevada, farinha, grão torrado, favas, lentilhas, mel, manteiga,
ovelhas e queijos de leite de vaca... Trouxeram tudo isso a Davi e às suas
tropas para que se alimentassem, dizendo:
“Estes homens com certeza sofreram fome, fadiga e sede no
deserto”.
A matéria prima
A matéria prima continua sendo basicamente a mesma através destes
milhares anos de história, ainda hoje se produz na Terra Santa o azeite do
tipo sírio, o leite, o vinho, queijos coalhados, o trigo e o tão famoso húmus,
ou seja a pasta de grão-de-bico. Os temperos também não mudaram muito,
o zatar continua presente, o cuminho, a pimenta e o manjericão, além da
mostarda, sal e etc.
Recomendação ao Viajante
Se você está na Terra Santa a passeio, ou a negócios, sugiro de que peça ao
guia, ou simplesmente observe no caminho as muitas famílias de árabes,
que principalmente na galiléia e os beduínos nos desertos, param os seus
carros no caminho oferecendo alimentação típica ao viajante.
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Filho do Homem (10) Esse era o título favorito de Jesus para si mesmo,
talvez porque o título "Messias" era mal interpretado. No AT, "filho do
homem" geralmente significava apenas "ser humano", mas em Dn 7.13-14
"alguém semelhante a um Filho de homem"" ("homem" na NTLH) recebe
poder de Deus. Jesus disse que o Filho do Homem tinha autoridade e poder
na terra para perdoar pecados (2.10). Ele era "Senhor também do sábado"
(2.28). Disse que o Filho do Homem devia sofrer, morrer e ressuscitar
(8.31; 9.9,12,31; 10.33,45; 14.21,41). E disse que o Filho do Homem
reinará em glória (8.38; 13.26; 14.62).
V. 11 As pessoas simples dormiam no chão sobre uma esteira ou manta que
podia ser enrolada durante o dia.
Ver Slide da casa e cama que o paralitico conduzia.
Corbã
Corbã foi uma tradição (voto) criada pelos fariseus que era bastante
difundida no primeiro século da Era Cristã. Consistia na consagração de
posses (terras, gados, casas, etc.) dos religiosos a Deus (segundo o conceito
dos tais. Pois verdadeiramente o Senhor não recebia tal consagração
egoísta). Com esse costume, o bem consagrado não tinham outra finalidade
além de servir ao Senhor. O voto de corbã acabava ferindo a Lei de Deus
(como honrar aos pais; amar o próximo como a ti mesmo) - Invalidando
assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas
coisas fazeis semelhantes a estas (Marcos 7.13). Motivados pelo egoísmo,
os fariseus declaravam corbã aos bens, fugindo da responsabilidade de
de fazer isso, já que o joio é muito parecido com o trigo e eles poderiam,
por engano, arrancar boas plantas junto com as ruins. Assim, a orientação
do dono da plantação era que deixassem crescer os dois até que na hora da
colheita pudessem identificá-los plenamente e, assim, arrancá-los.
Ensinos da parábola
O próprio Jesus no trecho que está em Mateus 13. 36-43 já traz algumas
explicações aos seus discípulos sobre os ensinos dessa parábola. Vale a
pena ler esse trecho para entender melhor a parábola. Vou expor abaixo
algumas lições interessantes que aprendo com essa parábola:
(1) No MUNDO existem boas sementes plantadas por Deus. Jesus
identifica as boas sementes plantadas no campo como os “filhos do reino”
(v. 38). Isso significa que o agricultor e dono do campo, Jesus, espalha boas
sementes nesse grande campo chamado MUNDO. Mesmo que hoje em dia
não consigamos ver tantas boas sementes crescendo, e sejamos até
pessimistas com relação à atuação do bem, as boas sementes estão lá, pois
foram plantadas por Jesus.
(5) O joio e o trigo não ficarão para sempre juntos. Jesus deixa claro que
haverá punição tanto ao inimigo que semeou sementes ruins, quanto para as
sementes ruins que buscaram atrapalhar a plantação de Deus. Essa punição
é indicada como o justo juízo de Deus, que sabe identificar joio e trigo
precisamente, e sabe exatamente o que deve queimar e o que deve
preservar. Essa separação será feita em momento oportuno pelo dono da
plantação.
Até mesmo passagens como João 21:7, exigem uma análise dos termos
empregados: ejpenduvten (lê-se, ependyten)
João 21. 7
Então aquele discípulo, a quem Jesus amava, disse a Pedro: É o
Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com
a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar. João 21:7
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Cingir-se com a túnica, indicando que Pedro estava com uma peça mínima
de roupa, semelhante a uma sunga. Jesus foi crucificado com esta sunga,
pois os soldados já haviam lhe tirado a túnica (João 19:23)
Deuteronômio 22. 5;
Tornando-se imundo.
Mas a mulher, quando tiver fluxo, e o seu fluxo de sangue estiver na sua
carne, estará sete dias na sua separação, e qualquer que a tocar, será
imundo até à tarde. Levítico 15:19
Toda a cama, sobre que se deitar todos os dias do seu fluxo, ser-lhe-á
como a cama da sua separação; e toda a coisa, sobre que se assentar,
será imunda, conforme a imundícia da sua separação. Levítico 15:26
E qualquer que tocar em alguma coisa que esteve debaixo dele, será
imundo até à tarde; e aquele que a levar, lavará as suas roupas, e se
banhará em água, e será imundo até à tarde. Levítico 15:10
Também todo aquele em quem tocar o que tem o fluxo, sem haver lavado
as suas mãos com água, lavará as suas roupas, e se banhará em água, e
será imundo até à tarde. Levítico 15:11
Muitas igrejas têm feitos todo tipo de proibições para com as mulheres nas
questões de maquiagem e adornos. Com o argumento de que as irmãs
devem ser simples como as pombas (Mt.10:16), estas denominações
proíbem e disciplinam qualquer vestígio de enfeites feitos pelas mulheres.
É comum escutarmos alguns irmãos falarem “minha igreja tem doutrina,
lá mulher não usa maquiagem, brincos, pulseiras, etc.”. E falam isso com
orgulho de pertencer a uma igreja que tem “doutrina”. O que há nessas
afirmações é uma confusão entre as palavras “doutrina” e “costume”.
As vezes pessoas são disciplinadas em certas igrejas por usar ou praticar
coisas que aquela igreja julga que é proibido nas Escrituras, quando na
verdade é apenas um costume local.
Mas, você pode perguntar: existem passagens que mostram como os
homens e mulheres da Bíblia se vestiam e o que usavam? Será que é
correto hoje usar tudo o que eles usavam? A Bíblia aponta um padrão
para a vestimenta e adornos cristãos? Podem os irmãos e as irmãs se
adornarem ou é isso pecado? E aqueles versículos que estas pessoas citam
para proibir o uso de enfeites o que querem dizer? Neste capitulo vamos
estudar sobre este assunto com detalhes.
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I- COSTUME E DOUTRINA.
1.a- Já foi dito aqui que muita gente faz confusão entre “costume” e
“doutrina”, a primeira coisa que devemos fazer é definir estes termos, pois
existe diferença.
· Costumes estão ligados a usos, a uma prática habitual particular, se
baseiam na cultura e na moda vigente naquele tempo e lugar.
· Doutrina. No Novo Testamento, a palavra mais usada para doutrina
é didachê e significa: ensino, instrução, tratado. Para uma idéia ser
doutrina cristã, é preciso que ela esteja exposta por todo o texto sagrado, e
seja válida para todos os cristãos, ou seja, não é apenas algo local ou
circunstancial, mas universal.
1.b- A doutrina bíblica gera bons costumes, mas bons costumes não geram
doutrina bíblica. Igrejas há que têm um somatório imenso de bons
costumes, mas quase nada de doutrina. Isso é muito perigoso! Seus
membros naufragam com facilidade por não terem a base espiritual da
Palavra de Deus, se confiam nas próprias obras e acham que estão mais
perto de Deus por não fazer ou não usar isso ou aquilo.
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sua Palavra, e daria e receberia as mesmas de seu povo? É óbvio que não.
Todas estas passagens mostram que nas Escrituras nada existe de
proibições com respeito as jóias, e que o povo da Bíblia as usava
normalmente.
retirada de todos estes objetos delas seria uma forma de castigo, tudo seria
parte do julgamento de Deus sobre Jerusalém da qual fala todo este
capítulo 3. Temos aqui um fato circunstancial, referente a situação das
mulheres de Jerusalém, um fato descritivo (descreve um acontecimento), e
não prescritivo (não prescreve, nem ordena uma doutrina). Contrate esta
passagem com Ez. 16: 1-14, onde Deus feliz com Jerusalém lhe dá jóias de
todos os tipos e roupas finas como bênção. Tirar os ornamentos para o
povo de Israel era sinal de tristeza (Ex. 33:1-6); receber ornamentos era
sinal de bênçãos (Is. 61: 10; Ap. 21:1-2).
4.c- 1Tm. 2: 9-10; 1Pd. 3:1-4 – Estas duas passagens também têm sido
usadas por alguns para proibir os adornos femininos, mas não é isso o que
está escrito nelas.
1- No primeiro texto (1Tm. 2: 9-10) o apóstolo Paulo não está proibindo o
uso de jóias, nem os penteados para as mulheres, ele está fazendo um
contraste entre dois tipos de beleza, a interior e a exterior. Ele diz que a
verdadeira beleza não deve está por fora, nas jóias e ornamentos que as
mulheres usavam, mas por dentro, na espiritualidade, na santidade. A
mulher não deveria pensar em se enfeitar e se esquecer da parte espiritual,
deve fazer uma, mas faça principalmente a outra. Ele reflete sobre as
prioridades do cristão, como em 1Tm. 4:8: “Porque o exercício corporal
para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a
promessa da vida presente e da que há de vir”. É claro que Paulo não
desaconselha o exercício físico, mas mostra que a pessoa deve se exercitar
na santidade antes de tudo. Toda leitura de um texto assim deve ser feita
com cuidado, levando em seu contexto, se não for assim iríamos achar que
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1- Gn. 16- Sara a esposa de Abraão, por ser estéril, dá empregada para
que seu marido se deite com ela e gere um filho;
2- Ex. 21: 7- O pai podia vender a filha;
3- Ex. 21: 16,17 Lv. 20:9- Amaldiçoar ou ferir os pais era passível de pena
de morte;
4- Lv. 23- Era obrigado celebrar as festas da Páscoa, Primícias, e o Dia
da Expiação;
5- Dt. 21: 15-17- Homens podiam ter mais de uma esposa;
6- Dt. 21: 18- 23- Filhos desobedientes deveriam ser mortos;
7- Dt. 22:13-21- Mulher que casasse e ficasse provado que não era mais
virgem deveria ser apedrejada até a morte;
8- Dt. 25:5-10- Se um homem casado morria sem ter deixado filhos, o seu
irmão casava com sua esposa, era a lei do Levirato;
9- Dt. 26: 12-15- Quem dava o dízimo deveria fazer uma oração prescrita
para todos.
Estes eram costumes do povo e da Lei de Israel, mas não são nossos. Ali
eram aceitáveis, mas não são aceitáveis hoje, pois como já vimos costumes
mudam de povo para povo e de época para época. Assim, devemos ao ler a
Bíblia saber diferenciar o que é um costume local, que dentro daquela
sociedade era permitido e aceitável, e o que não é aceitável em nossa
sociedade.
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· Isto que estou usando me faz ser causa de escândalo para crentes ou
descrentes (Rm. 14: 13-16,21; 1 Co.10:32)? Muitas coisas podem não ser
pecado, mas para evitar o escândalo não devemos fazer (1Co. 10: 23-31);
· Isto que estou usando mostra que sou santo (1Pd. 1: 14-15)?
· Isto que estou usando Jesus usaria (1Jo. 2:6)?
· Isto que estou usando mostra que meu corpo é templo do Espírito
Santo (1Co. 6:18-20)?
O cristão deve adotar a modéstia em todo o seu procedimento, se não
adota o comedimento saiba que peca. O bom senso deve ser praticado
pelos crentes no que usam como trajes ou adornos, sob pena de fazer do
templo de Deus que é o seu corpo, um templo profano. Ao usar uma roupa
ou adorno pense sempre no outro, e se aquilo está escandalizando o nome
de cristão ou não. Que tipo de templo você é?
CONCLUSÃO:
APÊNDICES E CURIOSIDADES
a. Dt. 22: 5 – Igrejas têm usado esta passagem para condenar o uso de
calças compridas por mulheres. A explicação que dão é que calças são
roupas de homem, e, portanto, são proibidas aqui para as mulheres. O que
estas pessoas não dizem é que na época em que este texto foi escrito as
roupas eram semelhantes para homens e mulheres. Os judeus todos
usavam vestidos e túnicas, homens e mulheres, a distinção dos sexos não
estava no tipo de roupa, pois todos usavam vestidos, mas nos tamanhos e
cores.
b. A palavra hebraica no texto que é traduzida por roupa é o hebraico
“simlâh”, a mesma palavra que é traduzida por “capa’ em Gn. 9: 23. Esta
palavra significa: capa, manto, envoltório, vestuário, de homem ou de
mulher; especialmente uma grande roupa exterior. [1] Assim , o texto não
se refere a calças, mas a estilos de capas, vestimentas que se distinguiam
por tamanho, cores, detalhes, e não por tipo. Portanto, não se proíbe aqui
o uso de calças por mulheres, pois se ela usa uma calça de modelo
feminino não há problema, assim como na Bíblia os homens usavam
vestido, mas de modelo masculino. O texto proíbe o travestismo, homem
como mulher e mulher como homem.
c. Mt. 10: 16 – Este texto não fala nada sobre usos e costumes. Fala dos
problemas que os apóstolos enviados por Jesus iam passar e Jesus está
mostrando como eles deveriam enfrentar estes problemas. É só ler todo o
capitulo 10 de Mateus. Portanto quem usa este texto para tentar falar de
usos e costumes na igreja está falsificando as Escrituras.
25. Matusalém, o homem mais velho da Bíblia, morreu antes de seu pai,
Enoque, que ascendeu ao Céu.
26. Ló era o pai de Moabe e Bem-ami, e também o avô dos dois porque “as
duas filhas de Ló conceberam do próprio pai”. (Gen. 19:36-38)
27. 42 mil pessoas perderam a sua vida por não saberem pronunciar a
palavra Shiboleth. (Juízes 12:5, 6)
28. Adão não teve sogra.
29. A única idade de mulher que se menciona na Bíblia é a de Sara (Gên.
23:1)
30. A primeira cirurgia foi realizada por Deus, quando tirou uma costela
de Adão. (Gên. 2:21,22)
31. Além de Jesus, Elias e Moisés foram os únicos homens que jejuaram 40
dias e 40 noites. (I Reis 19:8 e Deut. 9:9)
32. A arca de Noé tinha três andares. (Gên. 6:16)
33. O Salmo 119 é o mais longo da Bíblia, é um acróstico. Os 176
versículos acham-se divididos em 22 seções de oito versos cada uma,
correspondendo a cada uma das letras do alfabeto hebraico.
34. Em Gate houve um homem de grande estatura, que tinha 6 dedos em
cada mão e em cada pé. (II Samuel 21:20)
35. Elias teve o privilégio de comer uma refeição preparada por um anjo.
36. Existem muitos dados curiosos relativos às estatísticas bíblicas. Um
dos números que mais aparece na Bíblia é o 7. Entre os Hebreus este
número era considerado sagrado e símbolo da perfeição.
37. Noé tinha 600 anos quando terminou a arca.
38. O sábio Salomão deixou mais de três mil provérbios.
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39. A operação matemática mais rendosa foi efetuada por Jesus quando
multiplicou 5 pães e 2 peixes para alimentar a mais de cinco mil
pessoas e ainda sobraram 12 cestos cheios.
40. Talento era uma moeda grega que valia o equivalente a uns mil e
quinhentos dólares.
41. Judas vendeu a Jesus por 30 moedas de prata, equivalentes a uns 20
dólares.
42. Calcula-se que o presente que Naamã ofereceu a Eliseu, do qual Geazi
finalmente se apropriou, equivalia a uns 48.000 dólares.
43. Tiago, filho de Zebedeu, foi o primeiro dos apóstolos a morrer por sua
fé. Foi decapitado a espada por ordem do rei Herodes Agripa I, por
volta do ano 44 de nossa era.
44. Paulo, o grande apóstolo dos gentios, foi decapitado em Roma por
ordem do tirano Nero.
45. Em I Samuel 17:18, o queijo é mencionado pela primeira vez na Bíblia.
46. Em juízes 14:18 encontramos um dos exemplos mais antigos de
enigma.
47. Dois reis dos Amorreus foram postos em fuga por vespões.
48. A última cidade mencionada na Bíblia é a cidade santa. (Apoc. 22:19)
49. Salmo 117 é o capítulo mais curto da Bíblia
50. Salmo 118 é o capítulo que está no centro da Bíblia. Há 594 capítulos
antes e depois do Salmo 118
51. O Versículo que se encontra no centro da Bíblia está em Salmo 118:8.