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Histórico-Literária
ao Novo Testamento
Guia de Estudos
1a Edição
A2 Editorial – São Paulo – 2016
PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL DA IPIB:
Áureo Rodrigues de Oliveira
PRESIDENTE DA FECP:
Heitor Pires Barbosa Júnior
DIRETOR DA EAD-FECP:
Reginaldo von Zuben
AUTOR:
Ricardo de Oliveira Souza
DIAGRAMAÇÃO:
Daniel Vega
REVISÃO:
Dorothy Maia e Gerson Correia de Lacerda
EDIÇÃO:
Reginaldo von Zuben e César Marques Lopes
Conclusão................................................................................. 108
Bibliografia.............................................................................. 109
MÓDULO 1
Tema: O período do segundo templo
Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
Caro estudante,
Seja bem-vindo aos estudos referentes à “Introdução his-
tórico-literária do Novo Testamento”. Você gosta de história?
Alguma vez já pensou ou teve curiosidade em saber quais os
principais acontecimentos históricos que precederam a vinda
de Jesus a este mundo? Ou então em saber por que o Novo
Testamento foi escrito na língua grega? Estas e outras questões
serão respondidas neste módulo.
Iniciaremos esta disciplina dando destaque para um período
histórico que culmina com o mundo, a realidade e a teologia
do Novo Testamento. Por que é necessário estudar um perío-
do histórico que atribuíamos aos tempos do Antigo Testamento
para compreender o mundo do Novo Testamento?
O Novo Testamento não é fruto de situações históricas e so-
ciais isoladas, ao contrário, ele é fruto de diversas confluências
históricas, religiosas e sociais. Pensamentos, ideias, teologias e
diversos acontecimentos são muitas vezes reflexos de anos de
experiência histórica. Por isso a nossa disciplina tem por obje-
tivo: 1) introduzir você no “mundo” em que os textos do Novo
Testamento foram produzidos; 2) tratar da literatura e de as-
pectos teológicos relevantes dos textos que compõem o Novo
Testamento; 3) conhecer alguns dos critérios que foram funda-
mentais para a definição do Cânon neotestamentário.
A teologia sempre afirmou que Jesus era totalmente divino
e totalmente humano, portanto, não podemos excluir de nosso
horizonte tanto o impacto espiritual do Filho de Deus no mun-
do, quanto o impacto histórico da presença do homem Jesus e
os reflexos do seu tempo.
Vamos retroceder para avançar! Vamos mergulhar no mun-
do do Novo Testamento!
Desejo-lhe bons estudos!
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
JJ 2. PERÍODO HELENÍSTICO
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IMPORTANTE CONSIDERAR:
Nesse período houve uma grande diáspora,
o que gerou comunidades judaicas em quase
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
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IMPORTANTE CONSIDERAR:
A Judeia tinha laços culturais antigos com o
Oriente, mas no período helenístico ela come-
çou a criar laços no Mediterrâneo (Ocidente).
A questão “grego x judeu” que aparece no
Novo Testamento precisa ser entendida à luz
dos eventos desse período.
A língua do Novo Testamento é o grego, que
evoluiu e se impôs durante essa época.
O tenso ambiente político do Novo Testa-
mento só faz sentido quando observamos a as-
censão do reino dos asmoneus.
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Introdução Histórico-Literária
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JJ 4. PERÍODO ROMANO
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
ram com que ficasse apenas nove anos no poder como etnarca,
até ser banido por Cesar. Assim, a região da Judeia passou a
ser dirigida diretamente por governadores romanos nomeados
como “prefeitos”, entre eles o mais destacado, segundo o Novo
Testamento, foi Pôncio Pilatos, que governou entre 26 e 36 d.C.,
período em que ocorreu a crucificação e a morte de Jesus.
CARACTERÍSTICAS POLÍTICAS,
ECONÔMICAS E IDEOLÓGICAS
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CURIOSIDADE:
Livro importante para os judeus, o Talmude é
uma reunião de várias impressões rabínicas sobre
a lei oral, ética, moral e costumes de diversas tra-
dições e ramos do judaísmo. O judaísmo nos tem-
pos de Jesus era o mesmo descrito no Talmude.
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
PENSE NISTO:
“Por canonicidade entendemos o processo de
seleção operado pelas tradições judaica e cristã,
dentro do seu patrimônio documental e escritural,
até a formação de um corpo fechado e consolida-
do de livros, aceitos como verdadeiros e revela-
dos” (SCHIAVO, 2006, p. 22).
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CURIOSIDADE:
Veja as primeiras listas de livros canônicos no
século II:
- Marcião (144): Evangelho de Lucas e 10 cartas
paulinas (sem as cartas Pastorais);
- Taciano na Síria (170): somente os quatro
Evangelhos canônicos;
- Fragmento Muratoriano ou Cânones de
Muratori (Muratori era um bibliotecário que
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
CURIOSIDADE:
Além da definição do cânon, a Igreja apresen-
tou outras duas respostas contra o movimento
marcionita e o gnosticismo: os Credos Niceno-
Constantinopolitano e o Apostólico; o Ministério
Episcopado monárquico.
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MÓDULO 2
Tema: Os Evangelhos e Atos dos Apóstolos
Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
Caro estudante,
Seja bem-vindo ao segundo módulo da nossa disciplina.
Aqui, trataremos da formação literária dos textos sagrados
do Novo Testamento sob a ótica dos acontecimentos e das
influências históricas já tratadas no Módulo anterior. Após
considerarmos o ambiente histórico e social do Novo Testa-
mento, chegou a hora de falarmos dos textos que o compõe.
Nossos objetivos neste Módulo, considerando do que você
será capaz depois de estudá-lo, são: 1) Conhecer a literatura
do Novo Testamento, considerando o gênero, a formação e a
identidade social e teológica do texto sagrado; 2) Discernir o
conteúdo e a profundidade dos Evangelhos sinóticos, joanino
e Atos dos Apóstolos.
A primeira literatura que será apresentada é justamente
aquela que abre o texto cristão: os Evangelhos.
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IMPORTANTE CONSIDERAR:
O gênero literário “evangelho” como concebi-
do nos textos cristãos é uma espécie de ENFREN-
TAMENTO CRISTÃO AO EVANGELHO DE CESAR. O
Evangelho de Marcos (primeira literatura cristã do
gênero) foi escrito provavelmente durante a Guer-
ra Judaica (66 d.C.). Durante a rebelião, o que mais
se ouvia na Galileia era que Cesar (Nero) ia trazer a
boa notícia (evangelho), anunciando a paz por meio
das armas. Marcos se opõe a essa pregação e afir-
ma que a paz verdadeira é anunciada pelo evange-
lho que vem de Jesus Cristo, o Filho de Deus, por
intermédio da autodoação, não pela violência.
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
IMPORTANTE CONSIDERAR:
Cada Evangelho foi elaborado com critérios
teológicos próprios, conforme intentou seu autor.
Eles foram destinados a comunidades (igrejas) es-
pecíficas, que tinham também suas necessidades e
expectativas de fé. Assim, todo material foi selecio-
nado e organizado de acordo com a visão do autor
e das expectativas dos destinatários (situação social
e problemas internos da igreja-comunidade).
JJ 2. EVANGELHOS SINÓTICOS
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Tradições orais
Tradições escritas
Q Mc
Mt Lc
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EVANGELHO DE MARCOS
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EVANGELHO DE MATEUS
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Lucas-Atos
– Encomendada ou financiada por Teófilo (influente e de po-
der econômico);
– Uma grande obra “em ordem” (Lc 1.3) que pudesse superar
as outras já escritas (Marcos, Q, Mateus?);
– Seu herói, Jesus Cristo, começa o ministério na Galileia e
termina em Jerusalém; seus seguidores continuam a partir de
Jerusalém e chegam a Roma, com Paulo;
– A obra demonstra movimento – viagens e missões;
– Em todos os momentos o Espírito Santo orienta e dirige os
personagens;
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
PALAVRA MT MC LC JO
Amor 9 6 14 44
Verdade 2 4 4 46
Conhecer 20 13 28 57
Vida 7 4 5 35
Mundo 8 2 3 67
Testemunha 4 6 5 47
Luz 7 1 7 23
Crer 11 10 9 102
Reino 57 20 46 5
Arrependimento 7 3 14 0
Oração 19 13 22 0
Evangelho 14 19 19 0
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MÓDULO 3
Tema: A Obra Paulina e o
Cristianismo Mediterrâneo
Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
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Introdução Histórico-Literária
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CURIOSIDADE:
A organização do Novo Testamento apresenta-
-nos uma ordem lógica: Evangelhos, que tratam da
vida de Jesus; Atos dos Apóstolos, que trata do sur-
gimento e da expansão da Igreja; Cartas Apostóli-
cas, que significam a consolidação do cristianismo
e sua doutrina, e Apocalipse, que remete a igreja
à esperança futura. Mas é importante dizer que
essa ordem não é cronológica , mas sim orienta-
ção “no tempo” para a fé.
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
IMPORTANTE CONSIDERAR:
As principais comunidades cristãs foram es-
tabelecidas em cidades estratégicas de grande
afluxo de pessoas, como Éfeso, Corinto, Filipos
e Tessalônica.
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1TESSALONICENSES
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GÁLATAS
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IMPORTANTE CONSIDERAR:
Para Paulo, a fé não é adesão a uma dou-
trina, série de verdades ou rituais (Gl 4.8-11),
mas adesão voluntária a Jesus, sendo incorpo-
rado a Ele pela fé. A justificação do ser huma-
no se dá “não por obras da lei”, mas “mediante
a fé em Cristo Jesus”.
ROMANOS
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CURIOSIDADE:
Há grandes variedades de formas literárias
nesse grande documento paulino.
Gênero hínico: Rm 8.31-39 (Se Deus é por
nós...), Rm 11.33-36 (Ó profundidade das rique-
zas...) e Rm 16.25-24 (Àquele que é poderoso...).
Homilético: Rm 6 parece ser uma homilia
batismal.
Argumentos escriturísticos (discussões com
“escolas de pensamentos”): várias citações bíbli-
cas, diálogos com pensamentos rabínicos.
Parênse (exortação moral e ética): Rm 12-15.
Diatribe (gênero literário típico dos filóso-
fos estoicos que consiste em dialogar com um
interlocutor fictício: pede explicações, faz per-
guntas e responde): “Que diremos?” (Rm 3.5;
4.1; 6.1; 7.7; 8.3; 9.14 e 30); “Eu pergunto” (Rm
10.18- 19); “De modo algum” (Rm 3.6; 6.2; 7.7;
9.14); “Ó homem” (Rm 2.3); “Me dirás?” (Rm
9.19; 11.19; “Ignorais?” (Rm 6.3; 7.1); “Não sa-
beis?” (Rm 6.16; 11.2).
1CORÍNTIOS
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
CURIOSIDADE:
Cidades portuárias sempre foram conheci-
das como locais de grande degradação moral.
A vida desregrada dos habitantes da cidade de
Corinto era muito conhecida na época, o que
gerou a expressão pejorativa “viver à moda de
Corinto”, ou “corintizar”.
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2CORÍNTIOS
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CURIOSIDADE:
Sobre a carta das lágrimas, mencionada
em 2Co 2.4, Heltmut Koester entende estar
preservada em parte nos capítulos 10-13: “Ela
é uma apologia do ministério apostólico de
Paulo que vai aos extremos do bom gosto na
escolha dos métodos literários e retóricos. Sá-
tira e ironia andam lado a lado com escárnio
e ameaças abertas. Evidentemente, Paulo es-
tava sem saber o que fazer, e nessa situação,
recorreu a ferramentas mais eficazes da retó-
rica, inclusive a invectiva e à ironia” (H. Koes-
ter, 2005, p. 143).
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FILIPENSES
FILEMON
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Introdução Histórico-Literária
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Paulo ainda diz que pagaria o que Onésimo roubou, mas não
deixou de lembrar que Filemon devia a própria vida a Paulo (v.18).
CURIOSIDADE:
Os títulos usados por Paulo na carta não
são aleatórios, mas mostram igualdade nas
relações e na luta pelo evangelho:
Irmão/Irmã: Timóteo e Afia
Amado: Filemon e Onésimo
Cooperador: Filemon, Marcos, Aristarco,
Demas e Lucas
“Coprisioneiro”: Epafras e Paulo
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MÓDULO 4
Tema: Tradição Paulina e Cartas Universais
Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
Caro estudante,
Espero que os estudos que estamos fazendo sobre o Novo
Testamento estejam contribuindo significativamente para o
seu conhecimento bíblico, principalmente para o seu cresci-
mento na fé em Cristo.
Neste módulo verificaremos as demais cartas da tradição
paulina e outras que refletem, na verdade, temas e formas tí-
picas dos fins do século I. Mesmo após a morte, os apóstolos
continuavam vivos na memória de seus discípulos e de toda a
comunidade cristã naqueles tempos complexos e inseguros.
Por isso, os textos do Novo Testamento não se limitam ape-
nas ao espaço de tempo de vida dos apóstolos, mas estendem-
-se até gerações posteriores. Não somente a pregação, o tes-
temunho e os documentos produzidos da “pena” dos apósto-
los foram importantes, também a firme tradição daqueles que
os viram, ouviram e leram suas palavras foram fundamentais
à propagação e defesa da fé. Isso é maravilhoso, visto que a
ação do Espírito Santo se deu não apenas num tempo limitado,
mas impactou outras gerações que se atreveram a preservar e
atualizar a mensagem daqueles que foram colunas da igreja e
testemunhas reais do nosso Senhor Jesus Cristo.
Considerando estes aspectos, nossos objetivos, no final
deste módulo, seguem a perspectiva de que você será capaz
de: 1) Conhecer a teoria bastante difundida e fundamentada
de que as cartas deuteropaulinas e as chamadas cartas uni-
versais são frutos das tradições apostólicas que foram preser-
vadas e atualizadas por cristãos fiéis; 2) Observar a evolução
da Igreja no século I em direção à necessária organização de
sua liderança e ao estabelecimento de doutrinas que deveriam
ser confessadas para diferenciar os verdadeiros cristãos dos
falsos mestres.
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JJ 1. AS CARTAS DEUTEROPAULINAS
2TESSALONICENSES
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COLOSSENSES
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EFÉSIOS
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EFÉSIOS COLOSSENSES
Ef 1.15 Cl 1.3
Ef 1.17 Cl 1.9
Ef 2.5-6 Cl 2.12-13
Ef 4.21-23 Cl 3.9-10
Ef 5.19-20 Cl 3.16-17
Ef 6.18-20 Cl 4.2-4
Ef 6.21-22 Cl 4.7-8
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cular. Era por isso que Marcião suspeitava que “Efésios” fosse
a carta aos “Laodicences” que Paulo informa que teria enviado
por intermédio de Tíquico na carta aos Colossenses ( Cl 7.16).
Por ter caráter bastante geral sobre a fé, a soberania de
Deus e principalmente sobre o caráter universal da Igreja, a
maioria dos estudiosos entende que a carta fora produzida
para circulação. É praticamente certo que chegou à comuni-
dade de Éfeso, afinal a cidade representava o ponto central da
Ásia Menor. A comunidade cristã ali instalada a copiou e sen-
tiu-se legítima destinatária da carta. Por não haver nenhum
outro manuscrito que apresente um destinatário específico,
a Igreja aceitou a versão “aos efésios” como destinatários da
carta de Paulo, e assim é até hoje.
No que diz respeito ao tema teológico da eclesiologia, não ape-
nas em Efésios, mas também em Colossenses, é possível enxergar
mudança na visão da ekklesia (igreja). Nas cartas que considera-
mos autenticamente paulinas, a igreja é uma comunidade local. Já
nas cartas deuteropaulinas, a Igreja é uma comunidade universal.
Assim como na carta aos Colossenses, Efésios apresenta a
Igreja como corpo de Cristo, e Cristo como a cabeça do corpo.
Tal ligação espiritual garante poder e autoridade para a Igreja
graças à cabeça dela, que é Cristo. Através da Igreja é que se dá
a presença real da história da salvação, já que no corpo habita o
Espírito de Deus que selou a todos para a salvação.
CARTAS PASTORAIS
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Paulo (apóstolo)
Timóteo (pastor)
Comunidade atual
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
IMPORTANTE CONSIDERAR:
A Igreja na perspectiva das cartas pastorais
não era mais a “comunidade dos novos tem-
pos” (escatológica), mas a “sociedade” que tinha
obrigações na sua relação no mundo e precisa-
va cumprir as normas e as exigências morais e
gerais de modo exemplar e lutar para defender
seus interesses e doutrinas.
JJ 2. AS CARTAS UNIVERSAIS
HEBREUS
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Introdução Histórico-Literária
ao Novo Testamento
CURIOSIDADE:
Carta: de cunho pessoal, dirigida a uma pes-
soa ou comunidade com fins específicos, tendo
como objetivo algo determinado.
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TIAGO
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1PEDRO
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ao Novo Testamento
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ao Novo Testamento
2PEDRO
CURIOSIDADE:
2Pedro suscitou dúvidas na Igreja durante
muitos séculos, chegando até mesmo ao perío-
do da Reforma no século XVI: “Esta Epístola tem
passado pelos séculos em meio a tempestades.
Sua entrada no Cânon foi extremamente pre-
cária. Na Reforma, foi considerada por Lutero
como Escritura de segunda classe, foi rejeitada
por Erasmo e olhada com hesitação por Calvino”
(GREEN, 1983, p. 12).
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JUDAS
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1, 2 E 3JOÃO
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MÓDULO 5
Tema: Literatura Apocalíptica
e o Apocalipse de João
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JJ 1. LITERATURA APOCALÍPTICA
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CURIOSIDADE:
Sobre o contexto social da literatura apoca-
líptica e do apocalipsismo de uma maneira ge-
ral, o estudioso Martinus de Bôer afirma que: “O
contexto social do apocalipsismo é então a ‘experi-
ência grupal de alienação’ frente às estruturas do-
minantes da sociedade (políticas, econômicas, cul-
turais) e de um decorrente senso de ‘impotência’”
(DE BOER, 2000, p. 12). Em razão desse contexto
o movimento que se sente excluído e é alienado
cria um novo universo simbólico que pretende
substituir a situação social anterior, responsável
pela alienação.
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SIMBOLOGIAS DO APOCALIPSE
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PARA PENSAR:
O livro do Apocalipse encerra o cânon da Bí-
blia cristã. Olhando a Bíblia como um grande
conjunto de livros, de forma sincrônica, o Apoca-
lipse (que encerra) tem o papel inverso ao Gêne-
sis (que inicia). Enquanto este abre todo o proje-
to salvífico com a criação dos céus e da terra, o
Apocalipse revela o ápice da redenção, com os
novos céus e nova terra.
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
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ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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