Você está na página 1de 5

Universidade Católica do Salvador

WELITON ROCHA ALVES

FICHAMENTO SOBRE A INTRODUÇÃO AO ESPÍRITO DA


LITURGIA – O RITO

SALVADOR
2023
WELITON ROCHA ALVES

FICHAMENTO SOBRE A INTRODUÇÃO AO ESPÍRITO DA


LITURGIA – O RITO

Exercício apresentado à disciplina Liturgia na


Igreja, referente ao terceiro semestre do Eixo
de Formação Básica da Universidade Católica
do Salvador, como requisito parcial de
avaliação da disciplina.

Professor: Jairo de Jesus Menezes

SALVADOR
2023
FICHAMENTO - O RITO

RARZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. In:________. O Rito. São Paulo:


Loyola, 2013, p. 147-186

“[...]o rito como ‘um costume comprovado na celebração dos sacrifícios’ [...]em uma fórmula
preciosa: o ser humano sempre procura a maneira correta de honrar a Deus, uma forma de
oração e de culto comum, que agrade a Deus e seja conforme à sua natureza”. (p. 133/147)

“[...]a liturgia refere tudo da Encarnação à Ressurreição, mas no caminho da cruz. O ‘rito’,
pois, é para os cristãos a forma concreta, que supera os tempos e os espaços, nos quais
comunitariamente se configurou o modelo fundamental da adoração que nos foi doado pela
fé”. (p. 134/148)

“[...]cada um dos ritos faz referência aos lugares de origem apostólica do cristianismo,
procurando, assim, um contato direto no espaço e no tempo com o evento da Revelação”. (p.
136/150)

“A Igreja não reza em uma temporalidade genérica e abstrata: ela não pode abandonar as suas
raízes; ela reconhece o verdadeiro falar de Deus exatamente na concretude de sua história, no
lugar e no tempo ao qual Ele nos liga, e que liga a nós entre si”. (p. 137/151)

“A liturgia, portanto, não é comparável a um equipamento técnico, a alguma coisa que se faz,
mas a uma planta, a algo orgânico, que cresce, e cujas leis de crescimento determinam as
chances de um posterior desenvolvimento. [...]Ela não é ‘feita’ por funcionários”. (p. 138/152)

“Se, pois, nos perguntarmos, mais uma vez, o que é o rito na liturgia cristã, a resposta é: o rito
é a expressão, tornada forma, da eclesialidade e da comunitariedade da oração e da ação
litúrgica, que supera a história”. (p. 139/153)

“A liturgia é [...] a vinda de Deus, é o deixar-se encontrar de Deus em nosso mundo, e opera
realmente a libertação”. (p. 140/154)

“A verdadeira ação litúrgica, o verdadeiro ato litúrgico, é a oratio: a grande oração, que
constitui o núcleo da celebração litúrgica e que, exatamente por isso, em seu conjunto, foi
chamada pelos Padres de oratio”. (p. 143/157)
“[...]Eucaristia como oratio [...] uma resposta fundamental tanto para os pagãos quanto para
os intelectuais de pesquisa. [...] os sacrifícios de animais e tudo mais [...]agora estão
liquidados. Em seu lugar entra o sacrifício-palavra”. (p. 144/158)

“Nessa ‘ação’, nesse aproximar-se orante na participação, não há nenhuma diferença entre o
sacerdote e o leigo. Indubitavelmente, dirigir ao Senhor a oratio em nome da Igreja e falar em
seu ápice com o Eu de Jesus Cristo é alguma coisa que só pode acontecer em virtude do
sacramento”. (p. 145/159)

“Do corpo se pretende muito mais que eu simples carregar aleatório de apetrechos ou coisas
semelhantes. Pretende-se o seu empenho pleno na cotidianidade da vida. Pede-se a ele que se
torne ‘capaz da Ressurreição’, que se oriente para a ressurreição, para o reino de Deus, tarefa
sintetizada na fórmula: seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. Onde acontece
a vontade de Deus, lá a terra se torna céu”. (p. 146/160;147/161)

“O sinal da crus é uma profissão de fé. [...]A profissão de fé é uma profissão de esperança.
[...]A cruz nos mostra o caminho da vida: o seguimento de Cristo”. (p. 148/162)

“[...]o Crucificado ‘é ele próprio a palavra do Deus onipotente, que penetra o nosso universo
com a sua presença invisível. Por isso, ele abraça o mundo inteiro: a sua amplitude e a sua
largura, a sua altura e a sua profundidade, visto que, por meio da Palavra de Deus, todas as
coisas foram conduzidas à ordem”. (p. 151/165)

“quando ajoelhar-se vira pura exteriorização, simples ato corporal, se torna sem sentido; e
quando a adoração se reduz unicamente à dimensão espiritual sem encarnação, o ato de
adoração se esvai, porque a espiritualidade pura não exprime a essência do ser humano. A
adoração é um daquele atos fundamentais quem envolvem o ser humano por inteiro. Por isso,
dobrar os joelhos na presença do Deus vivo é indispensável”. (p. 158/172)

“O gesto humilde com que caímos aos pés do Senhor nos coloca no verdadeiro caminho da
vida, em harmonia com todo o cosmos”. (p. 160/174)

“Quem aprende a crer aprende a ajoelhar-se; uma fé ou uma liturgia que não conhece mais o
ato de ajoelhar-se estão doentes no ponto primordial. Lá onde esse gesto se perdeu, é preciso
reaprendê-lo, para poder permanecer com a nossa oração em comunhão com os apóstolos e
mártires, com todo o cosmos, em unidade com Jesus Cristo”. (p. 161/175)

“No ato de ajoelhar-se o ser humano se curva, porém o seu olhar se mantém adiante e para o
alto, do mesmo modo que, quando estava de pé, vai para aquilo que está à sua frente. É
dirigido para aquele que nos olha e para qual procuramos olhar, segundo a palavra da carta
aos Hebreus: ‘Tenhamos bem diante dos olhos o exemplo de Jesus, o autor e o aperfeiçoador
da nossa fé’ (12,2; cf. 3,1)” (p. 163/177)

“[...]se pode dizer que o ajoelhar-se e o ficar de pé são, de maneira única e insubstituível, as
atitudes de oração propriamente cristãs, através das quais se exprime o voltar-se para a face de
Deus, para o olhar de Jesus Cristo, porque vendo a Ele podemos ver o Pai (Jo 14,9)”. (p.
164/178)

“Quando, ao rezar, estendemos nossas mãos para o alto, exprimimos estre propósito:
colocamos as nossas mãos nas Suas, colocamos pelas nossas mãos o nosso destino em Suas
mãos; confiando-nos à Sua fidelidade, prometemos a Ele a nossa”. (p. 169/183)

“Quem quer chegar perto de Deus tem que olhar para o alto – é essencial. Mas também tem
que aprender a inclinar-se, porque o próprio Deus se inclinou: é no gesto do amor humilde,
lava-pés, em que ele se inclina aos nossos pés, que O encontramos”. (p. 170/184)

“Estamos cada vez mais conscientes de que a liturgia também ligar o calar-se. Ao Deus que
fala respondemos cantando e rezando, mas o mistério maior, que vai além de todas as
palavras, também nos convida a calar. Deve ser, sem dúvida alguma, um silêncio pleno, mas
que uma ausência de palavras e de ação”. (p. 172/186)

“Quem vivenciou pessoalmente a unidade da igreja no silêncio da oração eucarística


experimentou o que é que de fato o silêncio pleno, que representa o mesmo tempo um forte e
penetrante grito dirigido a Deus, uma oração cheia de espírito”. (p. 177/191)

“O corpo é mais que um revestimento exterior da pessoa humana, pertence ao próprio ser do
homem, ao seu patrimônio essencial. Todavia, esse corpo será destruído. É apenas uma tenda.
É provisório, mas ao mesmo tempo, é antecipação do corpo definitivo, da forma definitiva da
existência humana. Os paramentos litúrgicos trazem consigo essa mensagem. São
‘superabundância de vestes’, não um ‘estar despido’, e a liturgia nos conduz para a via dessa
‘superabundância de vestes’, a via da salvação do corpo no corpo ressuscitado de Jesus Cristo,
a nova ‘casa que dura eternamente, nos céus, não construídas por mãos humanas’ (2Cor 5,1)”.
(p. 179-180/193-194)

“A liturgia católica é liturgia da palavra tornada carne – que se fez carne após a ressurreição.
É liturgia cósmica[...]. É claro, pois, que nela não só o corpo do homem e os sinais do cosmos
possuem uma parte decisiva, mas também, a matéria desse mundo lhe pertence”. (p. 181/195)

Você também pode gostar