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Uma dessas verdades foi a respeito virtude, sobretudo a virtude política, que deixa de ser inata ou
natural e passa a ser considerada como adquirida. E se é adquirida, resta agora saber como? Se
será por uma única via ou várias (e daí relativismo)
0s Sofistas souberam captar de modo perfeito essas instâncias da época conturbada em que viveram,
sabendo explicita-las e dar-lhes forma e voz. E tiveram boa recepção sobretudo entre os jovens que
encontravam neles as respostas para as suas inquietações.
Tudo isso permite compreender melhor certos aspectos dos Sofistas, pouco aprecia dos no passado ou até
julgados negativa mente, em particular seu modo de difundir cultura, o fato de tornar esta difusão uma
profissão, de percorrer varias cidades-Estado, sua liberdade de espírito e a crítica em relação à tradição.
Grupos de sofistas
Aristóteles irá destacar o caráter educativo que a erística possui, especialmente para as pessoas
que desejavam falar em público, como por exemplo nas assembleias e nos tribunais. É neste
contexto da educação que a erística aparece como um ponto forte e positivo (inclusive nos dias
atuais). Uma pessoa educada eristicamente torna-se habilidosa em formular argumentos plausíveis
e com alto valor de convencimento, assim, consequentemente torna-se hábil em debater sobre
qualquer assunto com qualquer pessoa, sempre conseguindo sucesso ou aparente sucesso no
debate.
c) os Sofistas políticos, que utilizaram idéias sofistas em sentido "ideológico", como diriamos hoje, ou
seja, com finalidades politicas, caindo em excessos de vários tipos e chegando até a teorização do
imoralismo;
d) um grupo de Sofistas ligados aos mestres da primeira geração que constitui a Escola
"naturalista", assim chamada porque, como veremos a seguir, contrapunha a lei natural (da
natureza) à positiva (dos homens), privilegiando a úiltima e relativizando a primeira.
Protógoras de Abdera (nascido entre 491 e 481 a.C.) foi o fundador do "relativismo"
ocidental, que ele expressou na celebre formula "o homem e medida de todas as coisas",
com isso entendendo que não existe critério absoluto para julgar o verdadeiro e o falso, o
bem e o mal, o ser e o não ser. Mas que cada homem julga conforme o próprio modo de
ver as coisas.
Antilogias: Para cada tese e portanto possível trazer a baila argumentos a favor e contra
(antilogia) e, por conseguinte, é possivel, com técnica apropriada, da qual Protágoras se
dizia mestre, tornar mais forte o argument0 mais fraco: nisso justamente consistia a
"virtude", ou seja, a habilidade do homem. Assim, o "verdadeiro" e o "falso", e o " bem" e o
"mal" perdem qualquer determinação absoluta.
conveniente e, portanto, mais oportuno. 0 sábio é aquele que conhece esse relativo mais útil, mais
conveniente e mais oportuno, sabendo convencer também os outros a reconhece-lo e pô-lo em pratica.
1) "0 nada existe": isto se deduz do fato de que do ser (do principio) os filósofos
precedentes deram definições diversas e opostas, demonstrando, com isso, que ele não
existe (Exemplo: para Parménides o ser é limitado e finito, com figura esférica, e para
Melisso, seu discípulo, o ser é ilimitado e incorpóreo). O ser não podendo ser "nem uno, nem
mútiplo, nem incriado, nem gerado" só pode ser, portanto, nada.
2) "Mesmo que (o ser) existisse, não seria cognoscível": o pensamento, com efeito, não
se refere necessariamente ao ser e apenas ao ser - como queria Parménides -, pois
existem coisas pensadas que são não existentes (corno, por exemplo, a Quimera, fantasia,
imaginação). Pelo que o não-ser é tão pensável (ex. homem voador) tanto quanto o
pensável é não-existente (a fantasia). Logo, não há nenhuma relação entre ser e
pensamento. Portanto, há divórcio e ruptura entre ser e pensamento.
3) "Mesmo que fosse pensável, o ser não seria exprimível": a palavra, sendo
um som, significa quando muito um som, mas não aquilo que deriva dos outros
sentidos, como por exemplo uma cor ou um odor.
Esta doutrina toma o nome de "niilismo", enquanto põe o nada como fundamento de tudo.
A palavra, perdendo qualquer relação com o ser ( que não existe), não é mais veiculo de
verdade, mas torna-se portadora de persuasão e sugestão: se esta acção tem propósito
prático (por exemplo, convencer o público em uma assembleia, os juizes em um processo),
temos a retórica (oratoria); se, ao inves, tem proposito puramente estético, temos a
artecircunstâncias e situações da vida dos homens e das cidades na sua concretitude e
na sua situagio contingente, sem chegar a dar a estes um fundamento adequado.
Igualmente aconteceu com a cocepção de homem que antes era tido como logos, agora é
considerado na sua dimensão meramente biológica e animal, esquecendo-se a sua
dimensão espiritual.
Sócrates
Natureza do homem, ética e liberdade e Felicidade
o intelectualismo ético