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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

VITOR DE LIMA ALVES - 21104805

APS 2
FRATURA FRÁGIL E ENSAIO DE IMPACTO

RIO DE JANEIRO
2023
O Problema da Fratura Frágil

Os Aços doces, que tem como principal característica o comportamento dúctil,


acabam tornando-se frágeis, tendo assim, os seguintes fatores básicos que contribuem
para uma fratura frágil por clivagem:

• Estado triaxial de tensões;


• Baixa temperatura;
• Taxa de deformação elevada, ou a taxa de carregamento rápida.

Não ocorre deformação plástica, requerendo menos energia que a fratura dúctil que
consome energia para o movimento de discordâncias e imperfeições no material.

Principais responsáveis pela maioria das falhas do tipo frágil são a presença de
um estado triaxial de tensões, como existente em um entalhe, e uma baixa temperatura.
No entanto, estes efeitos são acentuados quando uma taxa de carregamento elevada está
presente no material.
Ensaio de Impacto com Barra Entalhada

Para este tipo de ensaio são utilizados dois tipos de corpos de prova entalhados,
tendo desenhos diferentes. O corpo de prova “Charpy” (reta quadrada (10 x 10 mm) e
tem um entalhe em V de 45º de abertura e 2 mm de profundidade), e o outro “Izod”
possuindo uma seção quadrada ou circular com um entalhe em V próximo à
extremidade fixa.
O corpo de prova Charpy é submetido a um impacto por um pêndulo pesado a
cerca de 5 m/s, resultando em fratura com alta taxa de deformação. Esse padrão
proporciona um teste rigoroso para avaliar a fragilidade, e corpos de prova não
padronizados devem ser usados com cautela.

É importante frisar que essa energia medida no ensaio Charpy é relativa, e não
pode ser diretamente aplicada em projetos. Neste ensaio a superfície da fratura é
observada para determinar o modo de falha: fibroso (cisalhante), granular (por
clivagem) ou uma mistura dos dois. Esses modos de falha são facilmente distinguíveis a
olho nu. A fratura por clivagem tem uma superfície facetada e brilhante, enquanto a
fratura fibrosa é escura e possui pequenas cavidades chamadas de simples. A
percentagem de fratura fibrosa ou por clivagem é estimada visualmente. A aparência da
fratura muda com a temperatura de ensaio, com a fratura fibrosa aparecendo primeiro na
superfície externa do corpo de prova. Além disso, a ductilidade é medida através da
contração do corpo de prova no entalhe.
Significado da Curva de Temperatura de Transição

A curva tem como comportamento da temperatura de transição de uma gama


extensa de materiais, onde três categorias são:
• Materiais de Resistência Baixa e Média: Não apresentam problemas de fratura
frágil;

• Materiais de Resistência Elevada: Tendem à fratura frágil em todas as


temperaturas;
• Metais de Resistência Baixa e Média: “materiais cerâmicos” Tem uma
transição de comportamento de fratura frágil para dúctil com o aumento da
temperatura.

A temperatura de transição, em termos simples, é a temperatura abaixo da qual a


fratura do material é frágil. O critério á considerar é a temperatura em que a fratura é
totalmente fibrosa como a temperatura de transição. Essa temperatura marca a mudança
da fratura dúctil para uma fratura significativamente frágil.

As diferenças na temperatura de transição dos aços doces podem ser causadas por
mudanças na composição química e na estrutura do material.

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