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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 12ª

VARA CRIMINAL DA COMARCA DE RIO DE JANEIRO

Processo n°xxx.xxx.xxx

PEDRO, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu


advogado infra-assinado que esta subscreve (procuração anexa), vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência com fulcro no art. 396-A, apresentar RESPOSTA À
ACUSAÇÃO, pelo motivos de fatos e de direito a seguir expostos:

I- DOS FATOS

O requerente está sendo acusado, no crime tipificado no art. 163, parágrafo único,
I, do código penal, porque teria supostamente, juntamente com outros tantos rapazes,
danificado um telefone publico que existe na rua em que vivem. A denúncia, embora
alcance outro rapaz e faça menção a vários outros que estavam no local participando
da mesma conduta, é lacônica, pois foi baseada em fatos indefinidos, tais como: "eles
fizeram" ou "eles agiram dolosamente contra o bem público". Limitando-se a afirma,
quanto a Pedro que sua personalidade desajustada está devidamente comprovada pelo
fato de ser reincidente (devidamente comprovado pela certidão cartoraria). E os
demais rapazes foram excluídos da acusação sem qualquer razão justificada .

II- DO DIREITO

A denuncia é lacônica diante dos fatos explanados acima, e incorre a nulidade


por omissão da formalidade que constitui elemento essencial do ato, de acordo com o
art. 564, IV, do código de processo penal.
O fato de ter a personalidade desajustada e por ser reincidente não lhe incumbe a
tipificação de um determinado crime. E contraria o dispositivo constante do art. 41 do
CPP, em que diz que: "a denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso,
com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos
quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol de
testemunhas".
Ademais, Pedro foi denunciado como incurso no art. 163, parágrafo único, inciso
I, do Código Penal. Entretanto, o parágrafo único, inciso I do referido dispositivo
prevê Dano qualificado na qualidade de "Se o crime é cometido com violência à
pessoa ou grave ameaça.". Acontece que o suposto crime não foi cometido contra
pessoa e nem com grave ameaça.

III- DOS PEDIDOS

Diante do exposto, consoante os fatos narrados, que norteiam e fundamentam a


presente resposta a acusação, estando devidamente demonstrado os seus reais
interesses e legitimidade, requer de Vossa Excelência:

a) Requer que seja declarada a nulidade ab initio do processo, com fulcro no art. 564,
IV do CPP.

b) Requer a desclassificação do crime previsto no art. 163, parágrafo único, inciso I


do CPB para o crime previsto no art. 163, caput, remetendo os autos ao Juizado
Especial Criminal, em razão da competência, com fulcro no art. 564, I, do CPP.

c) Caso não seja esse o entendimento, requer que sejam ouvidas as testemunhas
arroladas pela defesa em audiência de instrução e julgamento conforme prevê o
art. 41 do CPP.

Nesses termos pede deferimento.

Januária-MG, 30 de setembro de 2022

Advogado
OAB

ROL DE TESTEMUNHAS

Testemunha 1: XXXXXXXXX
Testemunha 2: XXXXXXXXX
Testemunha 3: XXXXXXXXX

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