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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 1° VARA CRIMINAL

DA COMARCA DE PORTO FELIZ.

JOSÉ, já qualificado nos autos que lhe move a justiça publica n°..., por seu advogado
que a esta subscreve (procuração anexo) vem perante vossa excelência apresentar

RESPOSTA A ACUSAÇÃO

Com fundamento nos artigos 396 e 396-A ambos do código de processo penal, pelos
motivos de fato e direito a seguir expostos.

DA TEMPESTIVIDADE:

Conforme o artigo 396 CPP, o prazo para apresentar resposta a acusação é de 10 dias
contados da devida citação, peticiona dentro do prazo legal no dia 13/02/2023 segunda
feira.

DOS FATOS:

Narra os fatos que José, gerente do banco ABC teria efetuado uma transferência
bancaria no valor de R$ 100.000.00 para um casal que segundo ele o coagiram a realizar
tal ato, ameaçando matar sua família, o mesmo foi denunciado pelo parquet pela
infração do artigo 155, §4-B, pois utilizou seu computador para realizar a transferência.

DO DIREITO

Excelência, a inicial não merece ser progredir pela violação do disposto no


artigo 41 do código de processo penal, que diz “a denuncia ou a queixa conterá a
exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do
acusado ou esclarecimentos pelos quais possa identificá-lo, a classificação do crime, e
quando necessário, o rol de testemunhas”.

Ora, o parquet ofereceu denuncia em face de José sem ter os requisitos mínimos
como a exposição do fato criminoso previsto no artigo 41 CPP acima citado, levando a
ação a REJEIÇÃO POE INEPCIA, conforme o artigo 395, I, CPP.
Caso vossa excelência não rejeite, a de se destacar a excludente de culpabilidade
de José na referida ação, devendo ser absolvido sumariamente conforme os artigos 22
CP e 397, II, CPP respectivamente.

Conforme narra o artigo 22 do Código penal, “ se o fato é cometido por coação


irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem”.

José, assim como nas filmagens foram comprovadas estava muito nervoso
quando o casal sentou em sua mesa, sendo ameaçado e coagido a realizar tal
transferência sobe a promessa de ver mortos seu filho e sua esposa caso não fizesse,
realizou a mesma por pura coação irresistível sem que tivesse outro meio de impedir a
situação.

Conforme o artigo 397, II, do CPP o juiz devera absolver sumariamente em


causas de excludentes de culpabilidade. Entende-se então pela absolvição sumaria de
José.

DOS PEDIDOS

Ante ao exposto requer seja rejeitado a denuncia do parquet contra José, pela
inépcia descrita no artigo 395, I, do CPP, pede ainda caso não seja rejeitado que absolva
sumariamente conforme o artigo 397, II do CPP, pela excludente de culpabilidade
gerada por coação moral irresistível.

Caso não entenda nenhum dos pontos, pede então que intime as seguintes
testemunhas para prosseguimento do feito.

1 nome, qualificação, endereço

2 nome, qualificação, endereço

...

8 nome, qualificação, endereço

Termos em que

Pede deferimento

Porto Feliz, 13/02/2023 segunda-feira.


Advogado/OAB n°
QUESTÕES

1) A- A medida cabível para impugnar a decisão condenatória é a APELAÇÃO,


prevista no artigo 593 I, CPP, o seu prazo para interposição é de 5 dias conforme
o artigo 593 caput CPP, a mesma devera ser endereçada na interposição para o
juiz da 9° vara criminal da comarca da barra funda/SP e as razoes endereçadas
para o Tribunal de justiça de São Paulo.

B- Pode se alegar o princípio da insignificância, pela atipicidade material


objetiva, mesmo não tendo tipificação penal o mesmo já tem entendimento
pacificado pelos tribunais, que entendem que quando uma ação delituosa tenha
mínima ofensividade de conduta, ausência de periculosidade social, reduzido
grau de reprovabilidade e inexpressividade da lesão jurídica, será aplicado o
principio da insignificância, no caso o furto no valor de R$ 15, atende a tais
requisitos.

2) A- A medida cabível contra decisão que denegar RESE é a CARTA


TESTEMUNHAVEL prevista no artigo 639 II, do CPP.

B- Não poderia ser considerado como antecedente criminal, pois mediante o


artigo 28-A §12° do CPP “ A celebração do acordo de não persecução penal, não
constarão na certidão de antecedentes criminais...”

3) A-

4) A- SIM, mediante a Lei 9.296/96 a decisão que autorizou está correta mediante
o art 3 I, que diz que pode ser determinado pelo juiz ou a reuqerimento de
autoridade policial, sendo a mesma também fundamentada como também o
prazo previsto no Art. 5 da mesma lei.

B) Poderia ser alegado Nulidade do artigo 564, V, em decorrência de decisão


carente de fundamentação.

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