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O que é a DIT?
A DIT (Divisão Internacional do Trabalho) é uma divisão produtiva em âmbito internacional. Os países
emergentes ou em desenvolvimento que obtiveram uma industrialização tardia e que possuem economias
ainda frágeis e passíveis de crises econômicas oferecem aos países industrializados um leque de benefícios
e incentivos para a instalação de indústrias, tais como a isenção parcial ou total de impostos, mão-de-obra
abundante, entre outros.

Como surgiu as três DIT's?


A descolonização da África e da Ásia, o surgimento dos países subdesenvolvidos industrializados e a
expansão das transnacionais estabeleceram três DIT’s bem diferentes, que se sucederam durante a fase do
capitalismo financeiro.

Quais são as três DIT's?


>DIT do Imperialismo: Entre o período que vai do final da Primeira Guerra Mundial, (1918) até o final da
Segunda Guerra Mundial, (1945) - algumas potências ocidentais (Inglaterra, França e Holanda) ainda
mantinham suas colônias na Ásia e na África. Portanto, a divisão internacional do trabalho permanece a mesma
da fase do imperialismo ou do capitalismo industrial. As excolônias da América Latina mantinham esse mesmo
relacionamento com as potências da época, apesar de já estarem independentes politicamente.
>DIT Clássica: Com a descolonização da Ásia e da África (1947-1975), os novos países surgidos nesses
continentes passaram a fazer parte, ao lado das antigas colônias da América, do conjunto dos países
subdesenvolvidos. Estabeleceu-se, então, o que foi denominado DIT clássica, que caracteriza as relações entre
os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos não industrializados.
 >DIT da Nova Ordem Mundial: Nesse mesmo período, com a industrialização de alguns países
subdesenvolvidos, outra DIT passou a conviver com a DIT clássica. É a que expressa o relacionamento entre os
países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos industrializados. Essa nova divisão internacional do
trabalho é muito mais complexa, envolvendo o fluxo de mercadorias e de capitais, de ambos os lados. Esses
países subdesenvolvidos deixaram de ser unicamente fornecedores de matéria-prima para os países
desenvolvidos.

O que é a globalização e quais suas características?


A globalização é um processo histórico de crescimento da interdependência de todos os povos e países da
superfície terrestre.  A globalização pode ser descrita como um processo de difusão de ideias e valores, de
formas de produção e de trocas comerciais que atravessam e rompem as fronteiras nacionais.

Como ficaram as desigualdades internacionais com a globalização?


Para um grupo de países elas aumentaram, e para outros elas diminuíram.
Alguns países continuam a ficar para trás sem se modernizarem, permanecendo com baixíssimas rendas per
capita e também baixo IDH, tais como Bangladesh, Gana, Camarões, e outros. 
Graças à Globalização, houve uma diminuição das distâncias culturais, econômicas e
tecnológicas entre os países, causando uma hegemonia nos bens de consumo. Visto que a Divisão
Internacional de Trabalho (DIT) se resume a repartir as atividades e serviços entre inúmeros países do
mundo, a globalização se torna extremamente essencial a partir do momento em que os países
subdesenvolvidos fazem a abertura do mercado financeiro e instalam empresas multinacionais (ou globais),
provenientes, na maioria dos casos, de países desenvolvidos.
Primeira DIT - Durante o final do século XV e ao longo do século XVI, período de início das grandes
navegações e de expansão da civilização europeia pelo mundo, o capitalismo encontrava-se em sua fase
inicial, chamada de capitalismo comercial. Esse período era caracterizado pela manufatura (produção
manual) a partir da extração de matérias-primas e pelo acúmulo de minérios e metais preciosos por parte das
nações (metalismo).

Segunda DIT- Durante o século XVI – mas principalmente a partir do século XVII – essa divisão do trabalho
sofreu algumas poucas e sensíveis alterações. Com a Primeira e a Segunda Revolução Industrial, as colônias
e os países subdesenvolvidos passaram a fornecer também produtos agrícolas, assim como vários tipos de
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minerais e especiarias. Nesse período, por exemplo, o Brasil se viu marcado pela monocultura da cana-de-
açúcar (século XVI) e exploração de ouro (século XVII).

Terceira DIT ou “Nova DIT” - A partir do século XX, com a Revolução Técnico-Científica-Informacional e
a consolidação do Capitalismo Financeiro, temos a expansão das grandes multinacionais pelo mundo. Isso
acarretou na mudança da Divisão Internacional do Trabalho, que passou a ser conhecida também por Nova
DIT.
O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo e, principalmente, os países
desenvolvidos; de modo que pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno
encontrava-se saturado.
A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o sistema
capitalista tornou-se predominante no mundo. A consolidação do capitalismo iniciou a era da globalização,
principalmente, econômica e comercial.

As inovações tecnológicas - As inovações tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na


informática, promoveram o processo de globalização. A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa e
móvel, internet, televisão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difusão de informações entre as
empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo.
O incremento no fluxo comercial mundial tem como principal fator a modernização dos
transportes, especialmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações comerciais (importação
e exportação). O transporte marítimo possui uma elevada capacidade de carga, que permite também a
mundialização das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é encontrado em diferentes pontos do planeta.
Atualmente a globalização está em uma etapa de interações avançadas entre os países, o que está evidente
nas crises cíclicas do sistema capitalista, que estão alcançando cada vez mais rapidamente as nações mais
industrializadas. Outro fato marcante é que os países considerados emergentes estão começando a participar
mais ativamente do sistema econômico-financeiro mundial, posto que a inserção desses países, até duas
décadas atrás, estava limitada à periferia do capitalismo mundial e ao fornecimento de matérias-primas.
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