Você está na página 1de 45

POLÍTICAS DE SAÚDE

Políticas de Saúde

1- Política de Saúde
É uma medida de Estado para intervir nas condições de morbi-morbidade de uma população, através de ações e
serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais.

2- Saúde
Até os anos 80, a comunidade cientifica definia saúde como sendo:
Um estado completo de bem estar físico, mental e social e não somente a ausência de doenças.

Com o movimento sanitário, que teve seu auge neste mesmo período e que será tratado com detalhes
posteriormente quando abordaremos as políticas que antecederam ao SUS, se fazia necessário ao conceituar saúde,
deixar bem claro quem iria garantir a saúde como também, os aspectos que envolvem a condição social e tais
pontes vitais deveriam estar contemplados nos principais documentos que daria o ponto de partida principal para o
início da mudança da história da saúde do nosso país: a constituição Federal de 1990 e a lei orgânica8080/90.

Então, Saúde é:
• Direito de todos e dever do estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação. ( constituição federal de 1988).

• A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a


moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o
laser e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a
organização social e economia do país (Lei orgânica 8080/90).

Doença
• É um distúrbio funcional, ou morfológico, ou ambos, que ocorre em um determinado organismo como resposta
a uma estimulação por fatores determinantes de enfermidades.
Fatores: físicos, sociais, químicos e biológicos.

Por exemplo: Doença do profissional


Doença do trabalho

2.1-Tipos de doenças

Quanto à origem:

1 - Hereditária - São doenças que tem a origem na fita genômica herdada dos genitores. Podendo se expressar nos
pais ou em apenas um dele ou só no filho.

2 - Adquiridas - São aquelas que são oriundas da herança genêtica e, portanto, obtidas da relação com o meio com
o qual se relaciona. As doenças adquiridas se subdividem em:

• Congênitas;
• Carenciais;
• Infecciosas;
• Degeneraticas.

Tipo de doença quanto à coletividade

Os índices de morbi-motalidade permitem conhecer as doenças existentes habitualmente na área, no período e na


população estudada (prevalência), e quais os novos casos das doenças na mesma área, período e população
(incidência).
Desta forma, a quantidade de casos de uma doença também permite estimar sua importância para aquela
população. Estão relacionados os termos:

-2-
Políticas de Saúde

1-Surto
É um aumento repentino do número de casos, dentro de limites muito restritos, como uma série de casos de
rubéola em uma creche, vários indivíduos com conjuntivite em um quartel ou vários bebês com infecção respiratória
em um berçário de hospital.
2-Endemia
É a ocorrência de certo número de casos controlados em uma determinada região
3- Epidemias:
É o aumento do número de casos de determinada doença muito acima do esperado e não delimitado a uma região
4-Pandemia:
Por sua vez, compreende um número de casos de doença acima do esperado, sem respeitar limites entre países ou
continentes.

-3-
Políticas de Saúde

1º- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Política de saúde é:
I. ( ) Uma medida apenas do governo do estado;
II. ( ) são ações para intervir nas condições de morbi-morbidade de uma população;
III. ( ) As ações e os serviços devem ser prestados por órgãos e instituições das três esferas do governo.

Está correta a seguinte sequência:


A. ( ) Apenas a alternativa I está correta;
B. ( ) Estão corretas as alternativas I e II;
C. ( ) Apenas a alternativa B está correta;
D. ( ) Estão corretas as Alternativas I, II e III;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

2- Assinale a alternativa correta no que se refere ao conceito de saúde segundo a constituição federal e a lei Orgânica
8.080/90.
A. ( ) Saúde é a ausência de doenças;
B. ( ) Saúde é um dever de cidadania;
C. ( ) A saúde deve ser garantida mediante políticas sociais e econômicas;
D. ( ) A saúde é um direito dos cidadãos de emprego formal;
E. ( ) Todas as alternativas estão incorretas.

3- Assinale a alternativa correta no que se refere ao conceito de saúde de acordo com a Lei orgânica 8.080/90.
I. ( ) A saúde tem fatores determinantes e condicionantes;
II. ( ) Para se ter saúde a população tem que ter acesso aos bens e serviços essenciais;
III. ( ) O nível de saúde de uma população expressa a organização social e econômica de um município, Estado e ou
um país.
Está correta a seguinte sequência:
A( ) Apenas a alternativa II está correta;
B( ) Estão corretas a alternativa I e III;
C( ) Todas as alternativas estão corretas;
D( ) Apenas a III alternativa está correta;
E( ) Todas as alternativas estão incorretas.

4- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa no que se refere aos tipos de doenças.


1. ( ) A doença é consequência apenas de um distúrbio funcional em resposta a uma estimulação a fatores
determinantes de enfermidades;
2. ( ) A doença quanto sua origem é dividida em hereditária e congênita;
3. ( ) A doença é conseqüência de um distúrbio funcional e morfológico ou ambos;
4. ( ) A doença quanto a coletividade é dividida em endemia,surto epidemia e pandemia;
5. ( ) A doença adquirida se divide em carêncial; infecciosa, degenerativa e congênita.

A-( ) VVVFF B-( ) FFVVV C-( ) FVFVV D-( ) FFFFV E-( ) VVFFF

5- No ano passado no município do Rio de Janeiro surgiu casos de dengue de forma repentina em alguns bairros o que
caracterizou um quadro de _________, porém as medidas adotadas pela vigilância epidemiológica não impediram que
surgissem novos casos e em pouco tempo a doença saiu do controle das autoridades e se espalhou por todo município
caracterizando um quadro de _____________. Hoje graças a reforços do governo federal a doença existe mais está
sobre controle o que caracteriza um quadro de ________. Diante desta descritiva assinale a alternativa correta.
A. ( ) Epidemia , surto e endemia;
B. ( ) Epidemia, epidemia e endemia;
C. ( ) Endemia, Epidemia e pandemia;
D. ( ) Surto, Epidemia e endemia;
E. ( ) Surto, surto e endemia.

-4-
Políticas de Saúde

3 - Atividades do Técnico de Radiologia

Todos os profissionais de saúde devem ter ciência dos diversos tipos de radiação com que lida ou que se relaciona no
seu dia-a-dia para que assim possa se proteger evitar os danos que possa causar a sua saúde.

Entende-se por radiação ionizante ou simplesmente radiação, qualquer partícula ou radiação eletromagnética que, ao
interagir com a matéria biológica, ioniza seus átomos ou moléculas. Os seres humanos estão expostos à radiação desde
a sua existência na terra. As fontes de radiação incluem o solo em que nós andamos o ar que respiramos a comida com
a qual nos alimentamos, enfim o sistema solar como um todo. Tudo em nosso mundo contém pequenas quantidades de
átomos radioativos. Esses elementos radioativos tiveram sua origem quando da origem do universo ou são formados
pela interação com a radiação cósmica.

O excesso de radiação ionizante absorvido pelo organismo humano pode levar a teratogenias, doenças agudas, crônicas,
câncer e até a morte. Como tudo que se utiliza na vida, os riscos e benefícios devem ser contrabalançados. O uso das
radiações é um risco que deve ser ajustado de acordo com os benefícios.

Risco
A probabilidade de ocorrer um acontecimento numa população ou com um indivíduo é definida como risco.
Para a epidemiologia é a probabilidade de ocorrência de uma enfermidade ou morte numa população.
Para fins de desenvolvimento profissional com saúde deve-se considerar risco uma definição aplicável a uma população.
Desta forma, podemos pensar em alguns conceitos como risco relativo, absoluto e fator de risco.
 Risco relativo:
É a razão entre a taxa de incidência numa população exposta a um agente e a taxa numa população não exposta.
 Risco absoluto
É a taxa de incidência em uma população de fato exposta a um agente.

 Fator de Risco
São aspectos de comportamento pessoal ou comunitário, integrante de um estilo de vida, ou numa condição de
exposição ambiental, ou ainda uma característica herdada que está associada a um aumento da ocorrência de doenças
ou de outros acontecimentos ou condição relacionada com a saúde.

4-Epidemiologia

Entende-se como vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento,


a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle
das doenças e dos agravos. (Lei Orgânica 8.080/90).

Através da epidemiologia tornou-se, então possível conhecer melhor as condições e fatores que favoreciam a
ocorrência de moléstias, faixa etária (infância, velhice), sexo, lugares ( meio urbano, proximidade com florestas),
épocas do ano( estações, meses), ocupações( profissionais do sexo, operários da construção civil) e outras
condições de interesse.

Então como saber que tipos de enfermidades transmissíveis estavam surgindo e quantos eram os
casos? Que doenças estariam sendo controladas com os procedimentos adotados?

Para que as informações necessárias à adoção de medidas pertinentes relacionadas ao controle e prevenção de
doenças pudessem ser atualizadas constantemente, sugiram os serviços de vigilância epidemiológica, cujo objetivo
era desenvolver atividades de coleta e análise de dados, determinando, assim, as medidas a serem aplicadas ao
ambiente e aos doentes ou às pessoas em risco de adoecer.

4.1 - Propósitos e função da vigilância epidemiológica

Para que a vigilância Epidemiológica possa propor ações de prevenção e controle a partir do estudo do
comportamento das doenças e agravos à população, é importante seguir algumas etapas:

-5-
Políticas de Saúde

 Coleta de Dados - Consiste em buscar junto às fontes de dados (população, imprensa, serviços de saúde,
escolas, creches, presídios e indústria) as informações relevantes que possam colaborar na identificação de
situações de risco. Os dados podem ser agrupados como demográficos e ambientais, de morbidade e
mortalidade. As informações obtidas sobre estes casos de doença, agravos e epidemias devem ser
consideradas somente após prévia investigação para confirmar ou descartar o caso, pois muitas vezes sua
divulgação, além de assustar a população tem origem duvidosa.
 Processamento de dados - Significa reunir todos os dados coletados e agrupa-los de acordo com o seu grau
de importância e relevância. Geralmente são ordenados em ordem de ocorrência e separados por mês, bairro
de moradia, unidade que notificou e suspeita do caso e região do município, estado e país.
 Análise dos dados - Busca interpretar as informações coletadas, procurando estabelecer as relações causais.
Sua realização permite que os responsáveis pela vigilância epidemiológica os determinantes de doenças e
agravos. Por exemplo, ao se estudar o número de casos de câncer nos profissionais técnicos em raio x, se
usam o EPI, se cumpre a jornada de trabalho previsto por lei, em que região do país mais acomete, entre
outros.
 Recomendações de medidas de controle e prevenção - Aponta que precauções podem ser recomendadas
no controle e prevenção da ocorrência da doença. Para o exemplo citado anteriormente podemos estabelecer
ações junto com a vigilância sanitária no local que está ocorrendo os casos, exigência do de EPIs, campanhas
educativas para os profissionais, punições para as empresas que não disponibilizar dos EPIs, fiscalização quanto
as jornadas do trabalho, entre outros.
 Promoção das ações de controle e prevenção – Consiste em planejar e executar ações como vacinação,
tratamento dos doentes, controle do ambiente, divulgação de informações sobre precauções para transmissão
de doenças. As campanhas de vacinação, as campanhas educativas disseminadas pala televisão entre outras.
 Avaliação da eficácia das medidas – è a análise dos resultados das ações, visando identificar se as metas
propostas alcançadas e avaliar seu impacto na saúde coletiva, por meio dos indicadores de saúde. Por exemplo:
O programa saúde da família planeja atender um quantitativo de famílias em determinado território e em um
dado período. Ao final do prazo estipulado, a equipe do PSF ( hoje denominada USF, por ter deixado de ser
programa e ser considerada questão de Estado) deve avaliar se conseguiu ou não atingir a meta proposta e
que foram responsáveis pelo alcance ou não.
 Divulgação da informação - Objetiva mostrar os resultados alcançados de forma simples e clara, de modo
que todos os interessados possam compreendê-los. Após a realização de uma campanha de vacinação, é
comum que as secretarias de saúde divulguem o número de dados de vacinas aplicadas e de pessoas
vacinadas, para que se tenha a noção do impacto das medidas adotadas.

4.2-Medidas de controle e prevenção em Vigilância Epidemiológica

As ações de vigilância epidemiológica são hierarquizadas, cada nível assume responsabilidades.

O nível central (Governo Federal/ Ministério da Saúde) é o grande responsável pela determinação e regulamentação
nacional das ações de vigilância epidemiológica.

Ao plano regional – Corresponde aos Estados da Federação (secretarias de Estado de saúde), cabe coordenar as
ações de vigilância desenvolvidas pelos municípios, procurando estabelecer prioridade de acordo com as informações
obtidas.

Ao nível local – Traduzindo na figura do município (Secretarias municipais de Saúde) e sua região administrativa
(Distritos sanitários), cabe executar as práticas de vigilância, desenvolvendo as ações mais diretamente relacionada aos
indivíduos por meio dos serviços assistenciais desenvolvidos.

Dentre estas ações destacamos:

 A investigação epidemiológica - processo que permite acompanhar em loco a ocorrência de uma doença ou
agravo. (preenchimento da ficha de investigação – inquérito administrativo)
 A busca de casos e visita domiciliar - quando os serviços de epidemiologia recebem a notificação, localiza o
caso suspeito e realizam a visita domiciliar.
 Apoio a procedimentos diagnósticos - verificar ou solicitar exames para suspeita ou confirmação
diagnóstica.
 Vacinação de Bloqueio – É a intensificação da administração de uma vacina, visando a impedir a transmissão
de uma doença de um indivíduo doente para aqueles que com ele convivem em espaço restrito.

-6-
Políticas de Saúde

 Intensificação de vacina – É uma estratégia utilizada para aumentar o número de pessoas protegidas contra
uma doença.
 Indicação de restrição de circulação – O objetivo não é isolar o cliente, mas sim garantir que outras
pessoas de seu convívio corram o risco de contrair a doença por ainda não estarem protegidas.
Quimioprofilaxia – Quando a vacina para prevenir a transmissão de determinada doença não está disponível ou
não é recomendada.

2º- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Diante da nossa exposição diária a radiação o risco em adquirirmos uma patologia é potencializada. Diante desta
afirmativa marque a alternativa correta.
A. ( ) O risco é a probabilidade de ocorrer um acontecimento numa população ou com um indivíduo;
B. ( ) Para a epidemiologia risco é a probabilidade de ocorrência de uma enfermidade ou morte numa
população;
C. ( ) Podemos dizer que quando adequadamente utilizamos, os raio-x diagnóstico oferecem menos risco
que a que estamos expostos diariamente;
D. ( ) O técnico de raio x deve prezar acima de tudo pela higiene e conduta ética, sem desconsiderar as
normas de segurança preditas na portaria 453 e nos ISSO aplicáveis à sua atividade para diminuir o risco;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

2- Assinale a alternativa correta no que se refere aos conceitos de risco.


I. ( ) Quando queremos obter o risco relativo de uma categoria profissional é necessário avaliar a razão da
categoria exposta em ralação a não exposta.
II. ( ) O risco absoluto é obtido pela população de fato exposta;
III. ( ) Os fatores de risco são relacionados apenas ao aspectos comportamentais.
Está correta a seguinte sequência:
A-( ) Estão corretas as alternativas I e II;
B-( ) Estão corretas as alternativas I, II e III;
C-( ) Apenas a alternativa I está correta;
D-( ) Apenas a alternativa II está correta;
E-( ) Estão corretas as alternativas II e III.

3- Assinale a alternativa correta no que se refere ao que é definido como sendo vigilância epidemiológica de acordo com
a Lei 8.080/90.
I. ( ) A vigilância epidemiológica é um conjunto de ações que proporcionam apenas a detecção das causas que
vem influenciando para as mudanças dos fatores que determinam a saúde.
II. ( ) Através das ações desenvolvidas pela vigilância epidemiológica é possível conhecer, detecção ou prevenir
qualquer mudança nos fatores que determinam e condicionam a saúde;
III. ( ) As ações são voltadas apenas para a saúde do indivíduo;
IV. ( ) A finalidade das ações da vigilância epidemiológica é recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças e agravos da sociedade.
Esta correta a seguinte sequência:
A( ) Estão corretas as alternativas I e II;
B( ) Estão corretas as alternativa II e IV;
C-( ) Estão corretas as alternativas I, II e III;
D( ) Apenas a alternativa IV está correta;
E( ) Apenas a alternativa II está correta.

4-Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa no que se refere as condições e aos fatores que favorecem a
ocorrência de moléstia.

1. ( ) A idade é um dos fatores que favorecem a ocorrência de moléstia, principalmente na faixa da adolescência;
2. ( ) No que se refere aos lugares hoje se observa que a diferença comportamental entre a metrópole e as
cidades interioranas já não existem;
3. ( ) Dos aspectos relacionados as ocupações profissionais se destacam as doenças relacionadas a própria
atividade, tendo como exemplo a radiologia que se expõe diariamente a radiação;
4. ( ) A Faixa etária da infância quanto a da velhice representa grande preocupação para a sociedade organizada
que representa os grupos de maior vulnerabilidade;
5. ( ) O estudo relacionado as doenças e seu comportamento diante as época do ano hoje já não trazem
benefícios decorrente as alterações climáticas que dificultam sua definição.

-7-
Políticas de Saúde

A sequência correta é:

A-( ) VVVFF B-( ) VFVFV C-( ) FVVVF D-( ) FFFVV E-( ) VFFVV

5- Diante de uma doença que venha ameaçar a sociedade a vigilância epidemiológica tem por obrigação desempenhar
algumas atividades com o objetivo de impedir sua propagação. Diante desta descritiva assinale a alternativa correta.
I. ( ) Qualquer profissional que venha suspeitar de uma doença infecto contagiosa tem que de imediato realizar a
investigação epidemiológica ou seja preencher a ficha de investigação apara que assim possa investigar o caso;
II. ( ) O apoio ao procedimento diagnóstico é ação de localizar o caso suspeito e realizara a visita domiciliar;
III. ( ) Uma estratégia utilizada pelo governo para aumentar o número de pessoas protegidas contra uma doença é
a vacinação de bloqueio;
IV. ( ) Uma estratégia utilizada pelo governo que visa impedir a transmissão de uma doença de um indivíduo
doente para aqueles que com ele convivem em espaço restrito é a intensificação de vacina
V. ( ) Quando a vacina para prevenir a transmissão de determinada doença não está disponível ou não é
recomendada o governo utiliza uma estratégia que chamamos de quimioprofilaxia.
Está correta a seguinte sequência:
A-( ) Apenas a alternativa I está correta;
B-( ) As alternativas I e II estão corretas;
C-( ) Apenas a alternativa V está correta;
D-( ) Apenas as alternativas I e V estão corretas;
E Todas as alternativas estão incorretas.

6- Através de uma das ações da vigilância epidemiológica é possível realizar propostas para a prevenção e controle de
doenças e agravos sociais. Neste exercício seguiremos as etapas realizada pela vigilância epidemiológica tendo como
base o texto onde aborda o comportamento do mercado de trabalho segundo o Radar Social – 2006: Condições de vida
no Brasil. Brasília: IPEA, julho, 86p.

O mercado de Trabalho recebeu um tratamento especial por meio dos dados coletados pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD-2004). A principal constatação foi o aumento da ocupação total da força de trabalho e a
redução do desemprego em todo o território nacional, embora a taxa de desemprego tenha permanecido elevada, em
torno de 9%. Os dados apresentados revelam, entretanto, que o período entre 1995/2003 foi marcado por uma alta
taxa de desemprego e a mudança ocorreu apenas a partir de 2004, tanto em regiões metropolitanas, quanto para o
total das regiões não-metropolitanas. O novo cenário também foi
observado para todas as faixas etárias e grupos selecionados, como as mulheres e os negros.
O relatório aponta três fatores que contribuíram para a queda da taxa de desemprego no país: o primeiro é o reflexo da
expansão do comércio internacional e o conseqüente aumento do emprego do setor exportador. O segundo, representa
o crescimento do emprego, principalmente na indústria e os serviços, graças à ampliação do crédito pessoal para
consumo. O terceiro, destaca a presença direta do governo federal na fiscalização das condições e relações de trabalho.
Entretanto, é importante observar que nem todos os Estados tiveram o mesmo desempenho positivo. Houve aumento
do desemprego, principalmente, na região Nordeste (Maranhão,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia), na região Norte (Acre e Amapá) e no Distrito Federal.
Além disso, é importante ressaltar que as grandes regiões metropolitanas continuaram com altas taxas de desemprego
no ano de 2004, com destaque para São Paulo (11,2%), Rio de Janeiro (11,6%) e o Distrito Federal (14,2%). Outro
aspecto importante na análise do emprego foi o crescimento do nível de informalidade, representado pela soma dos
assalariados sem carteira assinada e dos trabalhadores por conta-própria. Nos últimos dez anos, o nível médio de
informalidade no país permaneceu alto, em torno de 45%.
A renda média real do trabalho, no período de 2001-2004, sofreu queda permanente na maioria dos Estados,
principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Entretanto, podemos constatar que a variação foi bem diferenciada, com
destaque para a região centro-oeste, em particular o Distrito Federal, cuja renda subiu nos últimos anos e representa
quase o dobro da média brasileira.

Etapas da vigilância epidemiológica

1- Coleta de dados: Radar Social – 2006: Condições de vida no Brasil. Brasília: IPEA, julho, 86p.

2- Agrupamento de dados: ( No agrupamento de dados o aluno deverá eleger 10 fatores que contribui
para que ocorra o agravo citado no texto).

-8-
Políticas de Saúde

3- Processamento de dados: ( no processamento de dados o aluno deverá eleger 5 fatores dos 10 já


apontados que expressam maior relevância para o agravo citado).

4- Análise dos dados: ( Na análise dos dados o aluno deverá procurar o que causa para que aqueles
fatores ocorram).

5- Recomendações das medidas de controle e prevenção: ( O aluno deverá encontrar as soluções para
resolver cada causa ou seja traçar medidas políticas que iram ser recomendadas e posteriormente
implantadas em todo território nacional)

6- promoção das ações de controle e prevenção: ( O aluno avaliará e definirá quanto tempo é
necessário para realizar planejamento e quanto tempo é necessário para sua execução).

7- Avaliação da eficácia das medidas não será abordada por só ser possível obtê-la se de fato colocar
em prática.

8- Divulgação das informações; ( O aluno avaliará e definirá em quais os meios de comunicação ele
utilizará para divulgar seu projeto atingindo todas as classes sociais).

5-Vigilância sanitária

Uma das principais características das sociedades modernas é a produção e consumo crescente de bens, mercadorias e
serviços, entre os quais uma grande variedade tecnologias médicas, produtos e serviços direta ou indiretamente
relacionados à saúde.
Da dinâmica complexa desses processos resulta incessante demanda do segmento produtivo pelos serviços de vigilância
sanitária para a legislação de produtos e serviços ofertados ao consumo. Também são gerados riscos e danos à saúde
individual e coletiva, e igualmente à economia do consumidor e ao ambiente, firmando-se uma necessidade em saúde
referente à regulação das relações produção-consumo.

5.1-Objetivos e funções da Vigilância sanitária;


As práticas de vigilância sanitária se estabelecem com base no conceito de risco com possibilidade, perigo potencial ou
ameaça de dano ou agravo.

Objetivos:

Cuidar da qualidade e segurança dos diferentes serviços ou produtos terapêutico, diagnósticos, alimentício,
cosméticos, higiênicos, saneamento, ETC;
Exigir a observância do princípio biomédico do benefício;
Punir a ilicitude;
Aferir ou destinar a aferição e avaliação de produtos e serviços.

Quanto ás suas funções, no Brasil, as competências dos serviços de VS são abrangentes, podendo se descrever as
seguintes:
1. Normatização controle sanitário de bens, da produção, armazenamento, guarda, circulação,
transporte, comercialização e consumo de substâncias e produtos de interesse da saúde, sua matéria-
prima , coadjuvantes de tecnologia, processos, equipamentos e embalagens.
2. Normatização e controle sanitário de tecnologias médicas, sangue, tecidos e órgãos, além de
procedimentos, equipamentos e aspectos de pesquisa em saúde.
3. Normatização e controle sanitário de serviços direta ou indiretamente relacionados com a saúde,
prestados pelo estado e setor privado.
4. Normatização e controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras, contemplando meios de
transporte, cargas e pessoas.
5. Normatização e controle sanitário de aspectos do meio ambiente, ambiente e processos de trabalho, e
saúde do trabalhador.

As ações da vigilância sanitária têm natureza eminentemente preventiva, não só de danos, mas dos próprios riscos,
perpassam todas as práticas sanitárias, da promoção à proteção, recuperação e reabilitação da saúde, ao atuar sobre
produtos, serviços, processos, tecnologias, meio ambiente de trabalho, e circulação internacional de transporte, carga e

-9-
Políticas de Saúde

pessoas. A natureza da proteção da saúde insere a Vigilância sanitária numa lógica normativa e ética internacional e
confere às suas ações um caráter universal.

Atividades : → Inspeção sanitária;


→ políticas de saúde, cadastramento dos estabelecimento;
→ Elaboração dos relatórios técnicos;
→ Análise de projetos;
→Avaliação qualitativa e quantitativa das ações;
→Envio de carta convite;
→ Doação;
→ Educação Sanitária;
→ Programas especiais de inspeção;
→ Coleta de amostra para análise;
→ Registro de produtos;
→ Atendimento de denúncias;
→ Licenciamento de estabelecimento e produtos.

6 –Sistema de informação de saúde- Notificação compulsória.

A Notificação compulsória é um instrumento utilizado pelo Ministério da Saúde para que possa realizar
esta estratégia. A notificação é entendida como “a comunicação da ocorrência de determinada doença ou
agravo à saúde, feitas à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão”

A notificação é essencial para o efetivo conhecimento da realidade vivida pela população assistida, bem
como para adoção de medidas pertinentes, sendo importante seu registro e divulgação. Apesar deste fato,
muitos profissionais desprezam a importância dessa prática na determinação das condições sanitárias
populacionais, provocando, assim, uma subnotificação ( quando o número de registro de ocorrência de
casos de doenças é menor que o realmente ocorrido), o que impede o poder público atuar no atendimento
às reais necessidades da população.

No Brasil, além do Sistema Nacional de Notificação (SISNAN) - que reúne todas as informações relativas aos agravos de
notificação, alimentado pelas notificações compulsórias, existem outros sistemas de informações de interesse para a
vigilância epidemiológica, dentre outros destacam:

 Sistema de Informação de mortalidade (SIM) – Reúne os dados relativos aos óbitos ocorridos.
Alimentados pelos atestados de óbitos emitidos, possibilita o conhecimento da distribuição dos óbitos por faixa
etária, sexo, causas e outras informações.
 Sistema de Informação Sobre Nascidos Vivos (SINASC) – Permite conhecer quantas crianças nascem
por ano e por região bem como as características legadas a saúde da mãe e do recém nascido, apontando
necessidades assistenciais devem ser atendidas na região dos nascimentos para melhorar a qualidade de
assistência Pré-natal e à criança.
 Sistema de Informação Hospitalares (SIH) – Reúne informações sobre a assistência prestada pelos
hospitais. È alimentado principalmente pelos dados contidos nas autorizações de internações hospitalares e
pelos relatos contidos nos prontuários dos pacientes. É importantíssimo para a definição do perfil
epidemiológico da população assistida, pois muitos doentes hospitalizados não chegam a ser assistidos as
unidades básicas de saúde.
 Sistema de Informação Ambulatorial (SAI) – Reúne as informações obtidas com os atendimentos
ambulatoriais, seja em unidades básicas de saúde, seja em hospitais. Permite entre outros, verificar se todos os
atendidos são moradores daquela região, indicando a falta de serviços levando o usuário a deslocar-se para
outra área de abrangência.
 Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) – Permite conhecer o perfil das condições
nutricionais. As informações disponíveis possibilitam constatar a ocorrência de desnutrição e sua distribuição,
permitindo, assim, a determinação de medidas que controlem e previnam sua ocorrência.
 Sistema de Informação Sobre Ações Básicas (SIAB) – Criado mais recentemente, esse sistema destina-
se a reunir informações acerca das atividades desempenhadas em nível de atenção básica. É utilizado para
medir o impacto das ações básicas desenvolvidas, auxiliando na determinação das prioridades e avaliação do
que já foi feito pelas equipes das unidades de saúde da família.

- 10 -
Políticas de Saúde

INDICADORES DE SAUDE

Indicadores são medidas usadas para ajudar a descrever uma situação existente e para avaliar mudanças ou tendências
durante um período de tempo. A maioria dos indicadores de saúde são de natureza quantitativa mas há alguns que são
qualitativos.
A EDS precisa utilizar indicadores de saúde para analisar o grau de comprometimento do município com as políticas de
desenvolvimento econômico e de Atenção Primária em Saúde (APS), para monitorizar o progresso na
implementação dos programas de saúde, e para avaliar o seu impacto no nível de saúde da população.
Indicadores de saúde são necessários para:

 Analisar a situação atual


 · Fazer comparações
 · Avaliar mudanças ao longo do tempo.

Os indicadores oferecem um instrumento para :

 comparar diferentes municípios no país ou estado,


 e medir os seus avanços para a melhoria dos níveis de saúde.

Indicadores podem desvendar diferentes nos níveis de saúde entre subgrupos específicos da população, tais como os
ricos e pobres, ou entre áreas urbanas e rurais. Indicadores de saúde e nutricionais são também medidas indiretas do
nível geral de desenvolvimento e indicadores diretos da qualidade de vida. Na verdade, planejadores e economistas
estão cada vez mais utilizando indicadores sociais e de saúde como instrumentos para monitorizar o progresso obtido
com diferentes estratégias de desenvolvimento.
, sendo vedada a reprodução no todo ou em parte sem prévia autorização.
O NÍVEL DE SAÚDE É UM INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO.

Os indicadores de saúde podem medir diretamente uma situação ou podem ser usados como medidas indiretas.
Por exemplo: A taxa ou coeficiente de mortalidade infantil (CMI) é uma medida direta do risco real de morte que
enfrentam as crianças no primeiro ano de vida, mas o CMI é também para monitorizar o progresso obtido com
diferentes estratégias de desenvolvimento socioeconômico global.

Mas quão validos e precisos devem ser os dados para que o indicador possa ser útil?

Isto varia com o indicador e com a maneira com que será utilizado, como por exemplo para estabelecer políticas e
para executar programas de saúde, os indicadores escolhidos não necessitam ser altamente precisos. Por exemplo,
em geral é suficiente saber que o CMI está entre 40 e 60 por 1 000 nascidos vivos ou entre 100 e 120, ou acima de 150.

No entanto, quando se está medindo mudanças no nível de saúde em períodos de tempo relativamente curtos, como
cinco anos, é necessário uma precisão muito maior.
Por exemplo: O CMI precisa ser calculado cuidadosamente se o objetivo for usá-lo como medida da melhoria do nível de
saúde do município. O estudo de tendências ao longo do tempo provê a melhor indicação de que uma situação esteja
melhorando, piorando ou mantendo-se inalterada.

As informações para o calculo destes indicadores provêm de:


· Registros de nascimentos, mortes e de doenças (morbidade)
· Censos populacionais
· Sistemas rotineiros de informação de saúde
· Vigilância epidemiológica
· Investigações de epidemias
· Inquéritos e pesquisas em amostras da população

TIPOS DE INDICADORES

É útil para a EDS classificar os indicadores de saúde entre aqueles que são dirigidos para:

 · Políticas de saúde
 · Desenvolvimento social e econômico
 · População do distrito

- 11 -
Políticas de Saúde

 · Oferta de serviços de saúde


 · Nível de saúde

1- Indicadores para política de saúde


Pode envolver um grau considerável de julgamento por parte da EDS, uma vez que são difíceis de quantificar ao nível de
distrito.

Exemplo destes indicadores são :


1. O grau de comprometimento político com a APS e a existência de projetos explícitos de políticas públicas, ou
planos de saúde;
2. A distribuição do total de recursos humanos e financeiros dentro do distrito;
3. O grau de equidade na distribuição dos recursos e de locais de atendimento no distrito;
4. Existência de descentralização do planejamento e gerenciamento das ações para a saúde;
5. Mecanismos para a participação entre organizações de saúde estatais e não-governamentais.

2- Os indicadores sociais e econômicos


São úteis na analise das condições de infra-estrutura que afetam a saúde.

Estas incluem indicadores como:


1. O nível e a distribuição de recursos econômicos;
2. Tipo de emprego e grau de desemprego;
3. Matricula escolar e analfabetismo em adultos;
4. Disponibilidade de habitações adequadas e número de pessoas por cômodo para dormir;
5. Disponibilidade e distribuição de alimentos por domicilio e por estações do ano.
reprodução no todo ou em parte sem prévia autorização.
3- Indicadores populacionais
Compreendem fatores como estrutura por sexo e idade, densidade e distribuição da população e migração. Outros
indicadores se referem ao crescimento populacional, tais como taxas de nascimento e de mortalidade, fertilidade e taxa
de crescimento natural.

Os indicadores de oferta de serviços de saúde referem-se principalmente ao


acesso a programas e serviços de saúde, em especial a agentes de saúde comunitária, postos de saúde, centros de
saúde, hospitais de primeiro nível de referencia e nível de cobertura pelos oito elementos essenciais da APS:
1. Educação para a saúde,
2. Disponibilidade de alimentos e nutrição adequada,
3. Água potável e saneamento;
4. Saúde materno-infantil: incluindo planejamento familiar, imunização; prevenção e controle de doenças
endêmicas;
5. Acesso a tratamento apropriado; e
6. Disponibilidade de medicamentos e equipamentos essenciais.

Além disso, outros indicadores se referem aos recursos disponíveis, como:


1. O número de instalações e de trabalhadores de saúde no distrito sanitário
2. E o financiamento disponível para a APS.

4- Indicadores do nível de saúde


Referem-se principalmente ao estado nutricional, morbidade e mortalidade. Estes são considerados em maior detalhes a
seguir.

INDICADORES DO NÍVEL DE SAÚDE

Os indicadores mais úteis do nível de saúde podem ser agrupados em três categorias:

 · Estado nutricional
 · Morbidade
 · Mortalidade

O estado nutricional
Pode ser estimado de várias maneiras.:

- 12 -
Políticas de Saúde

 A percentagem de crianças recém-nascidas que tem baixo peso ao nascer (BPN) – MENOS DE 2500 GRAMAS –
É AMPLAMENTE UTILIZADA.
 Medidas antropométricas, tais como peso para a idade, altura para idade, peso para altura e circunferência
braquial são também usadas comumente na avaliação do estado nutricional de crianças.

Os indicadores de morbidade
são geralmente baseados nas taxas de incidência ou de prevalência de doenças comuns e de doenças graves, como
malária, diarréia ou hanseníase. Um método simples para avaliar a morbidade e analisar o padrão de doenças para todas
as idades, e identificar as dez doenças mais freqüentes. Um método mais preciso é a análise separada de cada grupo de
idade.

Os principais indicadores de mortalidade são:


1. O coeficiente geral de mortalidade para todas as idades mortalidade infantil,
2. Mortalidade de crianças de 1 a 4 anos,
3. Mortalidade materna,
4. Expectativa de vida ao nascer
5. E coeficiente de mortalidade por doenças especificas.

Uma lista dos indicadores de saúde mais básicos poderia ser a seguinte:
· Taxa de fecundidade
· Estado nutricional
· Coeficiente de mortalidade infantil
· Coeficiente de mortalidade em crianças de 1 a 4 anos
· Coeficiente de mortalidade materna
· Expectativa de vida ao nascer

- 13 -
Políticas de Saúde

3º- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Assinale a alternativa correta no que se refere aos objetivos da vigilância sanitária.


I. ( ) Um dos objetivos é cuidar da qualidade e segurança dos bens de consumo geral da
sociedade;
II. ( ) Outro princípio é exigir a observância do princípio biomédico do benefício;
III. ( ) Apesar de cuidar da qualidade não tem como objetivo punir a ilicitude;
IV. ( ) A avaliação de produtos e serviços é uma dos principais objetivos da vigilância sanitária.
Está correta a seguinte alternativa:
A-( ) Apenas a alternativa I está correta;
B-( ) As alternativas I e II estão corretas;
C-( ) As alternativas II,III e IV estão corretas;
D-( ) Apenas a alternativa IV está correta;
E-( ) As alternativas I,II e IV estão corretas.

2- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa no que se refere a funções da vigilância sanitária no Brasil.

1. ( ) Normatização e controle sanitário de produtos de interesse a saúde;


2. ( ) Normatização e controle sanitário de procedimentos, equipamentos e aspectos de pesquisa em saúde;
3. ( ) Normatização e controle sanitário de serviços direta ou indiretamente relacionados com a saúde, prestados
apenas pelo estado e setor privado;
4. ( ) Normatização e controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras, porém não é contemplando meios de
transporte, cargas e pessoas o que justifica as complicações nesta área;
5. ( ) Normatização e controle sanitário de aspectos do meio ambiente, ambiente porém o processos de trabalho
e a saúde do trabalhador é atribuição da vigilância epidemiológica.

Está correta a seguinte sequência:


A-( ) VVFFF B-( ) VFFFF C-( ) FFVVV D-( ) FFFFF E-( ) VVVVV

3- Assinale a alternativa correta no que se refere as atividades da vigilância sanitária.


A. ( ) Realizar inspeção sanitária;
B. ( ) realizar avaliação quantitativa e qualitativa das ações;
C. ( ) Realizar análise de projetos;
D. ( ) Realizar atividades de educação sanitária;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

4- Assinale a alternativa correta no que se refere aos sistemas de informação de interesse para a vigilância sanitária.
I. ( ) O Sistema de Informação de Mortalidade- SIM, contêm as informações referentes apenas aos
óbitos maternos( grupo de risco);
II. ( ) O Sistema de Informação dos nascidos vivos – SINASC, è utilizado pela vigilância para controle
apenas dos nascidos vivos e as condições no parto;
III. ( ) O Sistema de informação da atenção básica- SIAB- è utilizado principalmente para avaliar como
está sendo desenvolvidas as atividades na atenção básica.
IV. ( ) O Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional- SISVAM- é utilizado para detectar apenas os casos
de anemia entre crianças, o que justifica a distribuição de sulfato ferroso nas unidades de saúde;
V. ( ) O Sistema de Informação Ambulatorial- SAI- è utilizado principalmente para avaliar o
atendimento nas unidades básicas através da monitorização da localização da moradia do usuário,
se ele está tendo que se deslocar para outras áreas é porque o serviço não está funcionando.
Assinale a sequência correta:
A-( ) FFVFV B-( ) FVFVF C-( ) VVFVF D-( ) FFFFF E-( ) VVVFV

5- Assinale a alternativa correta no que se refere aos indicadores de saúde.

I. ( ) Os indicadores de saúde é utilizado pra avaliar a situação atual de uma região, estado, país ou
do mundo;
II. ( ) Através dos resultados obtidos com os indicadores é possível realizar comparações entre
regiões, os estados ,os países; ou
III. ( ) Através dos indicadores também é possível avaliar as mudanças ocorridas ao logo do tempo;

- 14 -
Políticas de Saúde

Está correta a seguinte sequência:


A-( ) Esta correta apenas a alternativa I;
B-( ) Está correta apenas a alternativa II;
C-( ) Estão corretas as alternativas I e II;
D-( ) Estão corretas as alternativas I,II e III;
E-( ) Está correta apenas a alternativa III.

6- Assinale alternativa correta no que se refere as fontes de informações que alimentam o banco de dados dos
indicadores.
A. ( ) As informações provém dos registros de nascimentos, mortes e de doenças (morbidade);
B. ( ) As informações provém dos sistemas rotineiros de informação de saúde;
C. ( ) As informações provêm dos censos populacionais;
D. ( ) As informações provêm dos dados da vigilância epidemiológica;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

7- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa no que se aos indicadores para política de saúde.
1. ( ) existência de projetos explícitos de políticas públicas, ou planos de saúde;
2. ( ) O grau de equidade na distribuição dos recursos não tem grande representação;
3. ( ) O grau de equidade na distribuição de locais de atendimento;
4. ( ) Existência de centralização no planejamento;
5. ( ) Mecanismos para a participação entre organizações de saúde estatais e não-governamentais
Está correta a seguinte sequência:
A-( ) FFVFF B-( ) VFVFV C-( ) VFVFF D-( ) VVVFF E-( ) FVFVF.

8- Assinale a alternativa correta no que se refere aos indicadores sociais e econômicos.


A. ( ) O nível e a distribuição de recursos econômicos é de grande importância;
B. ( ) O grau de desemprego é importante porém o tipo de emprego não trás muita contribuição para essa
avaliação;
C. ( ) Indisponibilidade de habitações adequadas e número de pessoas por cômodo;
D. ( ) Indisponibilidade e distribuição de alimentos por domicilio;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas

9- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa no que se refere aos indicadores de oferta de serviços
1. ( ) Nível de cobertura de Educação em saúde;
2. ( ) Acesso a programas e serviços de saúde;
3. ( ) Nível de água potável e saneamento;
4. ( ) Saúde materno-infantil: incluindo planejamento familiar, imunização;
5. ( ) Acesso a postos de saúde, centros de saúde, hospitais de primeiro nível de referencia.
A sequência correta é:
A-( ) VFVFV B-( ) VVVFF C-( ) VVVVV D-( ) FVFVV E-( ) FFFVV

10- Correlacione a 2º coluna de acordo com a 1º no que se refere as três categorias dos indicadores do nível de saúde.

1- Estado nutricional ( ) Crianças com peso menor que 2500 gramas ao nascer
2- Morbidade ( ) taxa de incidência de doenças comuns;
3- Mortalidade ( ) Coeficiente geral de mortalidade para todas as idades;
( ) Medidas antropométrica, peso, altura para a idade. Peso para a
Altura;
( ) Taxa de prevalência de doenças comuns e de doenças graves;
( ) Expectativa de vida ao nascer.
( ) Avaliação do estado nutricional da criança;
( ) Identificar as dez doenças mais freqüentes;
( ) Mortalidade materna;
Assinale a sequência correta:
A-( ) 1,2,3,1,2,3,1,2,4 B-( ) 1,2,3,2,2,3,1,2,3 C-( ) 2,1,3,1,2,3,2,1,3 D-( ) 2,1,3,3,2,1,1,2,3
E-( ) 1,2,3,3,1,2,1,2,3

- 15 -
Políticas de Saúde

• DO SÉCULO 19 ATÉ OS ANOS 90 SÓ EXISTIA 2 MODELOS DE SAÚDE NO PAÍS


• 1- Sanitarista-campanhista 2- Médico-assistencial
• 1920-Osvaldo cruz-DGSP 1923-Lei eloi chaves
• 1953-MS,FSEP,SUCAM 1941- Expansão hosp.,
• modelo hospitalocêntrico tem
• haver com as CAPS,IAPS e INPS
proteção Recuperação

• SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE- SUS


Para facilitar o estudo vamos relembrar os pontos principais entre o SUS e o SUDS.
• SUDS SUS
• * Centralizado Descentralização
• * Incentivo ao setor privado -Incentivo aos serviços Públicos
• * financiamento a fundo perdido -Convênios e Contratos
• * Modelo assistencial meritocrático Modelo voltado a igualdade
• equidade
• *Assistência médica curativa Integralidade

10. Constituição federal de 1988.

Art.196- A saúde é direito de todos e dever do Estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a
redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e com equidade dos serviços e as ações de
proteção, prevenção e recuperação

Art. 197- São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público, dispor, nos termos da lei,
sobre sua regulação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e,
também por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Art. 198- As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizadas e hierarquizada e constituem um
sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
• descentralização, com direção única em cada esfera do governo;
• atendimento integral, com prioridade para atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais:
• participação da comunidade.
• Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento
da seguridade social, da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios, além de outras fontes.

Art. 199- À assistência a saúde é livre à iniciativa privada.


• As instituições privadas deverão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas
e as sem fins lucrativos.
• È vedada a destinação de recursos públicos para auxilio ou subvenções às instituições privadas com fins
lucrativos.
• È vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência a saúde no país,
salvo nos casos previstos em lei.
Inciso 4- A lei disporá sobre as condições e requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substância humana
para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus
derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art.200- Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
• Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substância de interesse para a saúde e participar da produção
de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
• Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica bem como as de saúde do trabalhador;
• ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
• participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
• incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
• fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas
para o consumo humano;
• Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e psicoativos,
tóxicos e radioativos;
• colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho

- 16 -
Políticas de Saúde

10.1- ABC DO SUS – Doutrinas e Princípios


© Grupo no todo ou em parte sem prévia autorização.
I – O QUE HÁ DE NOVO NA SAÚDE?

Entre as diretrizes políticas consolidadas pela nova Constituição, no cenário nacional, estão os
fundamentos de uma radical transformação do sistema de saúde brasileiro.
O que levou os constituintes a proporem essa transformação foi o consenso, na sociedade, quando à total inadequação
do sistema de saúde caracterizado pelos seguintes aspectos, entre outros:
 · Um quadro de doenças de todos os tipos condicionais pelo tipo de desenvolvimento social e
econômico do país e que o sistema de saúde não conseguia enfrentar com decisão; · Completa irracionalidade e
desintegração das unidades de saúde, com sobre-oferta de serviços em alguns lugares e ausência em outros;
 · Excessiva centralização implicando por vezes em impropriedades das decisões, pela distancia
dos locais onde ocorrem os problemas; · Recursos financeiros insuficientes em relação às necessidades de
atendimento e em comparação com outros países;
 · Desperdício dos recursos alocados para a saúde, estimado nacionalmente em pelo menos 30%;
 · Baixa cobertura assistencial da população, com segmentos populacionais excluídos do atendimento,
especialmente os mais pobres e nas regiões mais carentes;
 · Falta de definição clara das competências dos vários órgãos e instâncias político-administrativa
do sistema, acarretando fragmentação do processo decisório e descompromisso com as ações de sua
responsabilidade;
 · Desempenho descoordenado dos órgãos públicos e privados conveniados e contratados,
acarretando conflito entre os setores públicos e privado, superposição de ações, desperdícios de recursos e mau
atendimento a população;
 · Insatisfação dos profissionais da área da saúde que vêm sofrendo as conseqüências da
ausência de uma política de recursos humanos justa e coerente;
 · Baixa qualidade dos serviços oferecidos em termos de equipamentos e serviços profissionais;
 · Ausência de critérios e de transparência dos gastos públicos, bem como de participação da
população na formulação e gestão das políticas de saúde;
 * Falta de mecanismo de acompanhamento, controle e avaliação dos serviços;
*Imensa preocupação e insatisfação da população com o atendimento a sua saúde .

s A partir desse diagnostico e de experiências isoladas ou parcial acumuladas ao longo dos ultimo 10 anos, e
especialmente baseando-se nas propostas da 8ª Conferência Nacional de Saúde realizada em 1986, a Constituição de
1988 estabeleceu pela primeira vez, de forma relevante, uma seção sobre a saúde que trata de três aspectos principais:

1. Em primeiro lugar incorpora o conceito mais abragente de que a saúde tem como fatores
determinantes e condicionantes:
· Meio físico (condições geográficas, água, alimentação, habitação, etc.);
· O meio sócio-econômico e cultural (ocupação, renda, educação, etc.);
· Os fatores biológicos (idade, sexo, herança genética, etc.);
· E a oportunidade de acesso aos serviços que visem à promoção, proteção e recuperação da
saúde. Isso implica que, para se ter saúde, são necessárias ações em vários setores, o que só uma política
governamental integrada pode assegurar.

2. Em segundo lugar, a Constituição também legitima o direito de todos, sem qualquer discriminação, às ações de saúde
em todos os níveis, assim como explicita que o dever de prover o pleno gozo desse direito é responsabilidade do
Governo, isto é, do poder público.
Isso significa que, a partir da nova Constituição, a única condição para se ter direito de acesso aos serviços e ações de
saúde é precisar deles.

3. Por último, a Constituição estabelece o Sistema Único de Saúde – SUS, de caráter público,
formada por uma rede de serviços regionalizada, hierarquizada e descentralizada, com direção única em cada esfera de
governo, e sob controle dos seus usuários.
Os serviços particulares conveniados e contratados passam a ser complementares e sob diretrizes do Sistema de Saúde.
sem prévia autorização.
Ainda que esse conjunto de idéias, direitos, deveres e estratégias não possam ser implantados
automaticamente e de imediato, o que deve ser compreendido é que a implantação do SUS tem por objetivo melhorar a
qualidade da atenção à saúde do país, rompendo com um passado de descompromisso social e irracionalidade técnico-

- 17 -
Políticas de Saúde

administrativa, e é a imagem ideal que norteará o trabalho do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e
municipais de saúde. Para isso, é necessário que se entenda a lógica do SUS, como ele deve ser planejado e funcionar
para cumprir esse novo compromisso que é assegurar a todos, indiscriminadamente, serviços e ações de saúde de forma
equânime, adequada e progressiva.

II - O QUE É O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS?

É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde estabelecida pela
Constituição de 1988. O SUS não é o sucessor do INAMPS e nem tampouco do SUDS. O SUS é o novo sistema de saúde
que está em construção.
Este sistema é único, ou seja, deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de organização em todo o país. Mas, é
preciso compreender bem esta idéia de unicidade. Num país com tamanha diversidade cultural, econômica e social como
o Brasil, pensar em organizar um sistema sem levar em conta estas diferenças seria uma temeridade. O que é definido
como único na Constituição é um conjunto de elementos doutrinários e de organização de sistema de saúde, os
princípios da universalização, da equidade, da integralidade, da descentralização e da participação popular. Estes
elementos se relacionam com as peculiaridades e determinações locais, através de formas previstas de aproximação da
gerencia aos cidadãos, seja com a descentralização político-administrativa, seja através do controle social do sistema.

Por que sistema único?


Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território
nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo: federal, estadual e municipal. Assim, o SUS
não é um serviço ou uma instituição, mas um sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que
interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema referem-se, ao mesmo tempo, as atividades de
promoção, proteção e recuperação da saúde.

Qual é a doutrina do SUS?


Baseado nos preceitos constitucionais a construção do SUS se norteia pelos seguintes princípios
doutrinários:

· Universalidade – É a garantia de atenção à saúde, por parte do sistema, a todo e qualquer


cidadão. Com a universalidade, o individuo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim
como aqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e
federal.
Historicamente que tinha direito à saúde no Brasil eram apenas os trabalhadores segurados do INPS e depois do
INAMPS. Com o SUS isto é diferente, a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar
este direito. Neste sentido, o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de
sexo, raça, renda, ocupação ou outras características sócias ou pessoais. O SUS foi implantado com a responsabilidade
de tornar realidade este principio.

· Equidade –
É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão
onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas
necessidades até o limite do que o sistema pode oferecer para todos.
O objetivo da eqüidade é diminuir desigualdades. Mas isso não significa que a eqüidade seja sinônimo de igualdade.
Apesar de todos terem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades diferentes.
Eqüidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. Para isso, a rede de
serviços deve estar atenta às necessidades reais da população a ser atendida. A eqüidade é um principio de justiça
social.

· Integralidade – É o reconhecimento na pratica dos serviços de que:


a) Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;
b) As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e
não podem ser compartimentalizadas;
c) As unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, foram também
um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral;
d) O homem é um ser integral, bio-psico-social, deverá ser atendido com esta visão integral por um
sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.

- 18 -
Políticas de Saúde

O principio da integralidade significa considerar a pessoa como um todo a todas as suas necessidades. Para isso, é
importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a
reabilitação. Ao mesmo tempo, o principio da integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas
públicas, como forma de assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na
saúde e qualidade de vida dos indivíduos.

Quais são os princípios que regem a organizações do SUS?


.
· Regionalização e hierarquização

Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica
delimitada e com a definição da população a ser atendida. Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a uma
determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível,
possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas).
O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção que devem estar
qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais deverão
ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológico.

A regionalização e a hierarquização de serviços significa que os serviços devem ser organizados em níveis
crescentes de complexidade, e com definição e conhecimento da clientela a ser atendida. Como se trata aqui de
“princípios”, de indicativos, este conhecimento é muito mais uma perspectiva de atuação do que uma delimitação rígida
de regiões, clientelas e serviços.
A regionalização é, na maioria das vezes, um processo de articulação entre os serviços já existentes, buscando o
comando unificado dos mesmos. A hierarquização deve, além de proceder a divisão de níveis de atenção, garantir
formas de acesso a serviços que componham toda a complexidade requerida para o caso, no limite dos recursos
disponíveis numa dada região. Deve ainda incorporar-se à rotina do acompanhamento dos serviços, com fluxos de
encaminhamento (referência) e de retorno de informações do nível básico do serviço (contra-referência). Estes caminhos
somam a integridade da atenção com o controle e a racionalidade dos gastos no sistema.

· Resolubilidade
É a exigência de que, quando um individuo busca o atendimento ou quando
surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e
resolve-lo até o nível da sua competência.

· Descentralização
É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quando às ações e serviços de saúde entre os vários níveis
de governo, a partir da idéia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto.
Assim, o que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo municipal; o que abrange um
estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do governo estadual; e, o que for de abrangência
nacional será de responsabilidade federal.
Devera haver uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo com um nítido reforço do poder
municipal sobre a saúde – é o que se chama municipalização da saúde. Aos municípios cabe, portanto, a maior
responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos.

Descentralização e Comando Único


Descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Na saúde, a
descentralização tem como objetivo prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a
fiscalização pelos cidadãos. Quanto mais perto estiver a decisão, maior a chance de acerto. No SUS a responsabilidade
pela saúde deve ser descentralizada até o município. Isto significa dotar o município de condições gerenciais, técnicas,
administrativas e financeiras para exercer esta função.
A decisão deve ser de quem executa, que deve ser o que está mais perto do problema. A descentralização, ou
municipalização, é uma forma de aproximar o cidadão das decisões do setor e significa a responsabilização do município
pela saúde de seus cidadãos. É também uma forma de intervir na qualidade dos serviços prestados.
Para fazer valer o principio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único.
Cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a
participação da sociedade. Assim, a autoridade sanitária do SUS é exercida na União pelo ministro da saúde. Eles são
também conhecidos como “gestores” do sistema de saúde.

- 19 -
Políticas de Saúde

· Participação dos cidadãos


É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de
formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local.
Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de usuários,
governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outras formas de participação são as Conferencias de saúde,
periódicas, para definir prioridade e linhas de ação sobre a saúde.
Deve ser também considerado como elemento do processo participativo o dever das instituições
oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que
dizem respeito à sua saúde.
m O SUS foi fruto de um amplo debate democrático. Mas a participação da sociedade não se esgotou nas discussões
que deram origem ao SUS. Esta democratização também deve estar presente no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem
ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que têm como função formular estratégias, controlar e avaliar a
execução da política de saúde.
Os Conselhos de Saúde, que devem existir nos três níveis de governo, são órgãos deliberativos, de caráter permanente,
compostos com a representatividade de toda a sociedade. Sua composição deve ser paritária, com metade de seus
membros representando os usuários e outra metade, o conjunto composto por governo, trabalhadores da saúde e
prestadores privados. Os conselhos devem ser criados por lei do respectivo âmbito de governo, onde serão definidas a
composição do colegiado e outras normas de seu funcionamento.
As Conferências de Saúde são fóruns com representação de vários segmentos sociais que se reúnem para propor
diretrizes, avaliar a situação da saúde e ajudar na definição da política de saúde. Devem ser realizadas em todos os
níveis de governo.
Um último aspecto que merece destaque é o da complementaridade do setor privado. Este princípio se traduz nas
condições sob as quais o setor privado deve ser contratado, caso o setor público se mostre incapaz de atender a
demanda programada. Em primeiro lugar, entre os serviços privados devem ter prioridade os não lucrativo ou
filantrópicos. Para a celebração dos contratos deverão ser seguidas as regras do direito público. Em suma, trata-se de
fazer valer, na contratação destes serviços, a lógica do público e as diretrizes do SUS. Todo serviço privado contratado
passa a seguir as determinações do sistema público, em termos de regras de funcionamento, organização e articulação
com o restante da rede. Para a contratação de serviços, os gestores deverão proceder a licitação, de acordo com a Lei
Federal nº 8666/93.
A criação do SUS, feita pela Constituição Federal, foi posteriormente regulamentada através das Leis 8080/90, conhecida
como Lei Orgânica da Saúde, e 8142/90. estas leis definem as atribuições dos diferentes níveis de governo com a saúde;
estabelecem responsabilidades nas áreas de vigilância sanitária, epidemiológica e saúde do trabalhador; regulamentam o
financiamento e os espaços de participação popular; formalizam o entendimento da saúde como área de “relevância
pública” e a relação do poder público com as entidades privadas com base nas normas do direito público; dentre outros
vários princípios fundamentais do SUS. Outros instrumentos têm sido utilizados para possibilitar a operacionalização do
Sistema, dentre eles as Normas Operacionais Básicas do Sistema Único de Saúde, publicadas pelo Ministério da Saúde,
sob forma de portaria.

· Complementaridade do setor privado –


A Constituição definiu que, quando, por insuficiência do setor público, for necessária a contratação de serviços privados,
isso deve se dar sob três condições:

1ª – a celebração de contrato, conforme as normas de público prevalecendo sobre o particular;

2ª - a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecem,
assim, os princípios da universalidade, equidade, etc., como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando
contratado, atua em nome deste;

3ª – a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, em termos de posição
definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em cada região, deverá estar claramente
estabelecido, considerando-se os serviços públicos e os privados contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em
que lugar.
Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços não lucrativos, conforme determina a Constituição.
Assim, cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e, na seqüência, complementar a rede assistencial com o
setor privado, com os mesmos conceitos de regionalização, hierarquização e universalização.
Torna-se fundamental o estabelecimento de normas e procedimentos a serem cumpridos pelos conveniados e
contratados, os quais devem constar, em anexo, dos convênios e contratos.

- 20 -
Políticas de Saúde

III – PAPEL DOS GESTORES DO SUS

O que são gestores?


Gestores são entidades encarregadas de fazer com que o SUS seja implantado e funcione
adequadamente dentro das diretrizes doutrinárias da lógica organizacional e seja operacionalizado dentro dos princípios
anteriormente esclarecidos. Haverá gestores nas três esferas de governo, isto é, no nível municipal, estadual e federal.

Quem são os gestores?


Nos municípios, os gestores são as secretarias municipais de saúde ou as prefeituras, sendo
responsáveis pelas mesmas, os respectivos secretários municipais, ou equivalentes, e prefeitos.
Nos estados, os gestores são os secretários estaduais de saúde e, no nível federal, o Ministério da
Saúde. A responsabilidade sobre as ações e serviços de saúde em cada esfera de governo portanto, é do titular da
secretaria respectiva, e do Ministério da Saúde no nível federal.

Quais são as principais responsabilidades dos gestores?


No nível municipal, cabe aos gestores programar, executar e avaliar as ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde. Isto significa que o município deve ser o primeiro e o maior responsável pelo planejamento, execução e controle
das ações de saúde na sua área de abrangência.
Todos os direitos reservados, sendo vedada a reprodução no todo ou em parte sem prévia autorização.
Como os serviços devem ser oferecidos em quantidade adequada às necessidades de saúde da
população, ninguém melhor que os gestores municipais para avaliar e programar as ações de saúde em função da
problemática da população do seu município.
O secretário estadual de saúde, como gestor estadual, é o responsável pela coordenação das ações de saúde do seu
estado. Seu plano diretor será a consolidação das necessidades propostas de cada município, através de planos
municipais, ajustados entre si. O estado deverá corrigir distorções existentes e induzir os municípios ao desenvolvimento
das ações. Assim, cabe também aos estados planejar e controlar o SUS em seu nível de responsabilidade e executar
apenas as ações de saúde que os municípios não forem capazes e/ou que lhes couber executar.

A nível federal, o gestor è o Ministério da Saúde, e sua missão é liderar o conjunto de ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde, identificando riscos e necessidades nas diferentes regiões para a melhoria
da qualidade de vida do povo brasileiro, contribuindo para o desenvolvimento. Ou seja, ele é o responsável pela
formulação, coordenação e controle da política nacional de saúde. Tem importantes funções no planejamento,
financiamento, cooperação técnica e controle do SUS.
Em cada esfera de governo, o gestor deverá se articular os demais setores da sociedade que tem
interferência direta ou indireta na área da saúde, formentando sua integração e participação no processo. Ainda que a
saúde seja um direito e um dever do Estado, isto não dispensa cada individuo da responsabilidade por seu auto-cuidado,
nem as empresas, escolas, sindicatos, imprensa e associações, de sua participação no processo.
Nas três esferas deverão participar, também, representantes da população, que garantirão, através de entidades
representativas, envolvimento responsável no processo de formulação das políticas de saúde e no controle da sua
execução.

Quem é o responsável pelo atendimento ao doente e pela saúde da população?


O principal responsável deve ser o município, através das suas instituições próprias ou de instituições contratadas.
Sempre que a complexidade do problema extrapolar a capacidade do município resolve-lo, o próprio serviço municipal de
saúde deve enviar o paciente para o município mais próximo, capaz de fornecer a assistência adequada, ou encaminhar
o problema para suportes regionais nas áreas de alimentação, saneamento básico, vigilância epidemiológica e vigilância
sanitária. Devera haver, sempre que possível, uma integração entre os municípios de uma determinada região para que
sejam resolvidos os problemas de saúde da população. Conforme o grau de complexidade do problema, entram em ação
o nível estadual e/ou o nível federal.

Quem deve controlar se o SUS está funcionando bem?


Quem deve controlar é a população, o poder legislativo e cada gestor na sua esfera de governo. A
população deve ter conhecimento de seus direitos e reivindicá-los ao gestor local do SUS, sempre que os mesmos não
forem respeitados. O sistema deve criar mecanismo através dos quais a população possa fazer essas reivindicações. Os
gestores devem, também, dispor de mecanismo formais de avaliação e controle e democratizar as informações.

De onde vem o dinheiro para pagar tudo isso?


Os investimentos e o custeio do SUS são feitos com recursos das três esferas de governo: federal,
estadual e municipal. Os recursos federais para o SUS provém do orçamento da Seguridade Social (que também financia
a Previdência Social e Assistencial Social) acrescidos de outros recursos da União, constantes na lei de Diretrizes

- 21 -
Políticas de Saúde

Orçamentárias, aprovada anualmente pelo Congresso Nacional. Esses recursos, geridos pelo Ministério da Saúde, são
divididos em duas partes: uma é retida para o investimento e custeio das ações federais; a outra é repassada às
secretarias de saúde, estaduais e municipais, de acordo com critérios previamente definidos em função da população,
necessidades de saúde e de rede assistencial.
Em cada estado, os recursos repassados pelo Ministério da Saúde são somados aos alocados pelo próprio governo
estadual, e de suas receitas, e geridos pela respectiva secretaria de saúde, através de um fundo estadual de saúde.
Desse montante, uma parte fica retida para as ações e os serviços estaduais, enquanto outra parte é repassada aos
municípios, de acordo,
também, com critérios específicos. via autorização.

Finalmente, cabe aos próprios municípios destinar parte adequada de seu próprio orçamento para as ações e serviços de
saúde de sua população. Assim, cada município irá gerir os recursos federais e estaduais repassados a ele e os seus
próprios recursos alocados pelo governo municipal para o investimento e custeio das ações e serviços de saúde de
âmbito municipal. Os municípios administrarão os recursos para a saúde através de fundos municipais de saúde.
A criação dos fundos é essencial pois asseguram que os recursos da saúde sejam geridos pelo setor saúde e não pelas
secretarias de fazenda, em caixas único, estadual ou municipal, sobre qual a saúde tem pouco acesso.
Hoje, a maior parte dos recursos aplicados em saúde tem origem na Previdência Social. Essa tendência deverá alterar-se
até que se chegue a um equilíbrio das três esferas de governo em relação ao funcionamento da saúde. Para tanto, os
estados e municípios deverão aumentar os seus gastos com saúde, atingindo em torno de 10% de seus respectivos
orçamentos, e a União deverá elevar a participação do seu orçamento próprio, de acordo com as necessidades do
financiamento, a serem indicados pelo processo de planejamento orçamentário ascendente.

IV – QUAIS AS AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS?


Historicamente, a atenção à saúde no Brasil vem sendo desenvolvida com ênfase na prestação de
serviços médicos individuais, de enfoque curativo, a partir da procura espontânea aos serviços.
odos os direitos reservados, sendo vedada a reprodução no todo ou em parte sem prévia autorização.
O conceito abrangente de saúde, definido na nova Constituição, deverá nortear a mudança progressiva dos serviços, a
serem desenvolvidas prioritariamente, é necessário conhecer as principais características do perfil epidemiológico da
população, não só em termos de doenças mais freqüentes, como também em termos das condições sócio-econômicas
da comunidade, dos seus hábitos e estilo de vida, e de suas necessidades de saúde, sentidas ou não-sentidas, aí
incluída, por extensão, a infra-estrutura de serviços disponíveis.

Ações de promoção e proteção de saúde:


esses grupos de ações podem ser desenvolvidos por instituições governamentais, empresas, associações comunitárias e
indivíduos. Tais ações visam à redução de fatores de risco, que constituem ameaça a saúde das pessoas, podendo
provocar-lhes incapacidades e doenças. Esses grupos compreendem um elenco bastante vasto e diversificado de ações,
de natureza eminentemente preventiva, que, seu conjunto, constituem o campo de ampliação precípua do que se
convencionou chamar, tradicionalmente, de Saúde Pública, ou seja: o diagnostico e o tratamento cientifico da
comunidade.

No campo da promoção
são exemplos de ações: educação em saúde, bons padrões de alimentação e nutrição, adoção de estilos de vida
saudáveis, uso adequado e desenvolvimento de aptidões e capacidades, aconselhamentos específicos, como os de
cunho genético e sexual. Através dessas ações, são estimuladas as praticas da ginástica e outros exercícios físicos, os
hábitos de higiene pessoas, domiciliar e ambiental e, em contrapartida, desestimulados o sedentarismo, o tabagismo, o
alcoolismo, o consumo de drogas, a promiscuidade sexual. No desenvolvimento dessas ações devem ser utilizadas, de
forma programada e sistemática, com emprego de linguagem adequada ao público-alvo, os diferentes meios de veículos
disponíveis de comunicação ao alcance da comunidade: cartazes, radio, jornal, televisão, alto-falantes, palestras e
debates em escola, associações de bairro, igrejas, empresas, clubes de serviço e lazer, dentre
outros.

No campo da proteção
são exemplos de ações: vigilância epidemiológica, vacinações, saneamento básico, vigilância sanitária, exames médicos
e odontológicos periódicos, entre outros. Através da vigilância epidemiológica são obtidas as informações para conhecer
e acompanhar, a todo momento, o estado de saúde da comunidade e para desencadear, oportunamente, as medidas
dirigidas à prevenção e ao controle das doenças e agravos à saúde. A vigilância sanitária busca garantir a qualidade de
serviços, meio ambiente de trabalho e produtos

Ações de recuperação da Saúde

- 22 -
Políticas de Saúde

Esse grupo de ações envolve o diagnostico e o tratamento dedoenças, acidentes e danos de toda natureza, a limitação
da invalidez e a reabilitação. Essas ações são exercidas, fundamentalmente, pelos serviços públicos de saúde
(ambulatoriais e hospitalares) e, de forma complementar, pelos serviços particulares, contratados ou conveniados, que
integram a rede do SUS, nos níveis federal, estadual e municipal, particularmente nos dois últimos, onde deve estar
concentrada a maior parte dessas atividades.
De todo modo, nesses serviços, as ações típicas são: consultas médicas e odontológicas, a vacinação, o atendimento de
enfermagem, exames diagnósticos e o tratamento, inclusive em regime de internação, e em todos os níveis de
complexidade. A realização de todas essas ações para a população deve corresponder às suas necessidades básicas e
estas transparecem tanto pela procura aos serviços (demanda), como pelos estudos epidemiológicos e sociais de cada
região (planejamento da produção de serviços).
O diagnostico deve ser feito o mais precocemente possível, assim como o tratamento deve ser instituído de imediato, de
modo a deter a progressão da doença. Por isso, os serviços de saúde, especialmente os de nível primário de assistência,
devem buscar o adequado desempenho dessas duas ações fundamentais da saúde – o diagnostico e o tratamento –
visto que tais serviços representam a porta de entrada do sistema de saúde, onde a população toma os seus primeiros
contatos com a rede assistencial.
O tratamento deve ser prestado ao paciente portador de qualquer alteração de sua saúde, desde uma afecção
corriqueira, cujo atendimento pode ser efetuado por pessoal de nível elementar, até uma doença mais complexa, que
exige a atenção por profissionais especializados e tecnologia avançada. O tratamento deve ser conduzido, desde o inicio,
com a preocupação de impedir o surgimento de eventuais incapacidades decorrentes das diferentes doenças e danos.
A reabilitação consiste na recuperação parcial ou total das capacidades perdidas no processo de
doença e na reintegração do individuo ao seu ambiente social e sua atividade profissional. Com essa finalidade, são
utilizados não só os serviços hospitalares como os comunitários, visando à reeducação e treinamento, ao reemprego de
reabilitado ou à sua colocação seletiva, através de programas específicos junto às indústrias e ao comercio, para a
absorção dessa mão-de-obra.
ou em parte sem prévia autorização.
As ações de recuperação da saúde
Na maior parte das vezes podem e devem ser previstas e planejadas, através de estudos epidemiológicos, definição de
cobertura e concentração das ações ambulatoriais e hospitalares, aplicando-se parâmetros de atendimento. No caso da
atenção a grupos de risco, a previsão e planejamento destas ações de recuperação da saúde devem ser também
geradas no diagnósticos e tratamento cientifico da comunidade, integrando, junto ás ações promotoras e protetoras, o
que podemos chamar de moderna Saúde Pública.

Programas de Saúde
Existem grupos populacionais que estão mais expostos a riscos na sua saúde. Isto é evidenciado pelos registros
disponíveis de morbi-mortalidade, como por exemplo, menores de um ano, gestantes, idosos, trabalhadores urbanos e
rurais sob certas condições de trabalho, etc. a intensidade e a peculiaridade dessa exposição variam bastante com os
níveis sociais e características epidemiológicas de cada região e, muitas vezes, da microrregião. Será abordado
posteriormente.

- 23 -
Políticas de Saúde

4º- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Assinale a alternativa correta referente ao art.196 da Constituição Federal de 1988.


A. ( ) A saúde é direito de cidadania;
B. ( ) A saúde deve ser garantida mediante políticas sociais e econômicas;
C. ( ) A população tem direito ao acesso universal e com equidade dos serviços e ações;
D. ( ) A população tem direito a serviços e ações de proteção, prevenção e recuperação;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

2- Assinale a alternativa correta referente ao art.197 da constituição de 1988.


I. ( )É de relevância pública as ações e serviços de saúde;
II. ( ) Cabe a população o dever de manter a saúde;
III. ( ) Com o SUS o poder público além de regulamentar as ações e serviços deve fiscalizar, controlar e
executar;
IV. ( ) A Execução só deve ser feita de forma direta;
V. ( ) A execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também por pessoa física ou jurídica de
direito privado.

Assinale a sequência correta.


A-( ) Apenas a alternativa I está correta;
B-( ) As alternativas I e II estão corretas;
C-( ) As alternativas II e III estão corretas;
D-( ) As alternativas I, III e V estão corretas;
E-( ) As alternativas I,II,III,IV e V estão corretas.

3- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente ao art. 198 da Constituição federal de 1988.
1. ( ) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede centralizada e hierarquizada;
2. ( ) As ações e serviços públicos de saúde constituem um sistema único;
3. ( ) O sistema deve ser descentralizado, com gestão única em cada esfera do governo;
4. ( ) O atendimento deve ser integral, com prioridade aos serviços assistenciais, sem prejuízo as atividades
preventivas;
5. ( ) Uma das diretrizes organizativas é a participação da comunidade.
Assinale a sequência correta.
A-( ) VVVFF B-( ) VFVFV C-( ) FVVFV D-( ) FVFVF E-( ) VVVVV

4- Assinale a alternativa correta no que se refere ao art. 199 da constituição federal.


A. ( ) As instituições privadas deverão participar de forma direta da gestão do SUS;
B. ( ) Não é vedada a destinação de recursos públicos para auxilio ou subvenções às instituições privadas com
fins lucrativos;
C. ( ) È vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência a saúde no
país, salvo nos casos previstos em lei.
D. ( ) As instituições não poderá participar do SUS mediante contrato de direito público ou convênio;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

5- Assinale a alternativa correta referente ao art. 200 da constituição Federal de 1988.


I. ( ) Ao SUS compete controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substância de interesse para a
saúde ;
II. ( ) Ao SUS compete Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica bem como as de saúde
do trabalhador;
III. ( ) Ao SUS compete participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico;
IV. ( ) Ao SUS compete realizar a formação de recursos humanos na área de saúde;
V. ( ) Ao SUS compete colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho
Assinale a sequência correta:
A-( ) Apenas a alternativa IV está correta;
B-( ) Todas as alternativas estão corretas;
C-( ) As alternativas I,II,II e V estão corretas;
D-( ) Apenas a alternativa III está correta;
E-( ) As alternativas I,II,III e IV estão corretas.

- 24 -
Políticas de Saúde

6- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente aos aspectos de consenso e transformação das diretrizes
políticas que consolidaram a nova constituição Federal no cenário nacional.
1. ( ) · Completa irracionalidade e desintegração das unidades de saúde, com sobre-oferta de serviços em alguns
lugares e ausência em outros;
2. ( ) · Excessiva centralização implicando por vezes em impropriedades das decisões, pela distancia dos locais
onde ocorrem os problemas;
3. ( ) · Baixa cobertura assistencial da população, com segmentos populacionais excluídos do atendimento,
especialmente os mais pobres e nas regiões mais carentes;
4. ( ) · Desempenho descoordenado dos órgãos públicos e privados conveniados e contratados, acarretando
conflito entre os setores públicos e privado, superposição de ações, desperdícios de recursos e mau
atendimento a população;
5. ( ) Um quadro de doenças de todos os tipos condicionais pelo tipo de desenvolvimento social e
econômico do país e que o sistema de saúde não conseguia enfrentar com decisão;
Assinale a sequência correta:
A-( ) VFVFV B-( ) FFFVV C-( ) FVFVF D-( ) VVVVV E-( ) FFFFF

7-Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente aos aspectos de consenso e transformação das diretrizes
políticas que consolidaram a nova constituição Federal no cenário nacional
A-( ) Insatisfação dos profissionais da área da saúde que vêm sofrendo as conseqüências da ausência de uma política
de recursos humanos justa e coerente;
B-( ) Baixa qualidade dos serviços oferecidos em termos de equipamentos e serviços profissionais;
C-( ) Ausência de critérios e de transparência dos gastos públicos, bem como de participação da população na
formulação e gestão das políticas de saúde;
D-( ) Falta de mecanismo de acompanhamento, controle e avaliação dos serviços e imensa preocupação e insatisfação
da população com o atendimento a sua saúde ;;E.
E-( ) Todas as alternativas estão corretas.

4- Assinale a alternativa correta referente aos aspectos estabelecidos pela primeira vez na seção saúde da
constituição Federal.
I. ( ) Incorporar um conceito mais abrangente de saúde ( fatores determinante e condicionante);
II. ( ) Oportunidade de acesso aos serviços que visem à promoção, proteção e recuperação da saúde;
III. ( ) A única condição para se ter direito de acesso aos serviços e ações de saúde é precisar deles;
IV. ( ) Sistema Único de Saúde – SUS, de caráter público, formada por uma rede de serviços regionalizada,
hierarquizada e descentralizada;
V. ( ) a implantação do SUS tem por objetivo melhorar a qualidade da atenção à saúde do país, rompendo com
um passado de descompromisso social e irracionalidade técnico-administrativa, e é a imagem ideal que
norteará o trabalho do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de saúde.
Assinale a sequência correta:
A-( ) As alternativas I e III estão corretas;
B-( ) Apenas a alternativa IV está correta;
C-( ) As alternativas II,III e V estão corretas;
D-( ) Apenas a alternativa V está correta;
E-( ) As alternativas I,II,III,IV e V estão corretas.

9- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente ao Sistema Único de Saúde.


1. ( ) O SUS é o sucessor do INAMPS e SUDS;
2. ( ) O SUS é uma nova formulação política e organizacional;
3. ( ) O SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de organização em todo o país;
4. ( ) O que é definido como único na Constituição é um conjunto de elementos doutrinários e de organização de
sistema de saúde;
5. ( ) O SUS deve seguir formas previstas de aproximação da gerencia aos cidadãos, seja com a descentralização
político-administrativa, seja através do controle social do sistema.
.Assinale a sequência correta:
A-( ) FVVVV B-( ) FFVVV C-( ) VVFFF D-( ) FVFVF E-( ) VVVVV

10- Assinale a alternativa correta referente aos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde.
I. ( ) A universalidade é a garantia de atenção à saúde, por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão;
II. ( ) Não significa que a eqüidade seja sinônimo de igualdade;
III. ( ) O principio da integralidade significa considerar a pessoa como um todo a todas as suas necessidades;

- 25 -
Políticas de Saúde

IV. ( ) . Com a universalidade, o individuo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, mas
não aqueles contratados pelo poder público;
V. ( ) Apesar de ser um princípio importante a eqüidade não diminuir desigualdades.
Assinale a sequência correta:
A-( ) Apenas a alternativa V está correta;
B-( ) As alternativas I,II e III estão corretas;
C-( ) As alternativas I,IV e V estão corretas;
D-( ) Apenas a alternativa Iv está correta;
E-( ) As alternativas I,II,III,IV e V estão corretas.

11- Assinale a alternativa correta referente aos princípios organizativos do Sistema Único de Saúde.
A. ( ) A regionalização e a hierarquização de serviços significa que os serviços devem ser organizados em níveis
crescentes de complexidade, e com definição e conhecimento da clientela a ser atendida;
B. ( ) Resolubilidade é a exigência de que, quando um individuo busca o atendimento o serviço correspondente
esteja capacitado para enfrentá-lo e resolve-lo até o nível da sua competência.
C. ( ) descentralização é entendida como uma redistribuição das responsabilidades quando às ações e serviços
de saúde entre os vários níveis de governo;
D. ( ) A participação popular considerado como elemento do processo participativo o dever das instituições
oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões
que dizem respeito à sua saúde.
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

12- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente ao Sistema Único de Saúde.


1. ( ) A Constituição definiu que independente da insuficiência do setor público o SUS pode realizar a contratação
de serviços privados;
2. ( ) No SUS a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o Estado;
3. ( ) O SUS foi fruto de um amplo debate democrático. Mas a participação da sociedade não se esgotou nas
discussões que deram origem ao SUS;
4. ( ) A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS;
5. ( ) A descentralização, ou municipalização, é uma forma de aproximar o cidadão das decisões do setor e
significa a responsabilização do município pela saúde de seus cidadãos.
Assinale a sequência correta
A-( ) FVFVF B-( ) VVVFF C-( ) FFVVV D-( ) FFFVV E-( ) VVVVV

13- Assinale a alternativa correta referente aos gestores do Sistema Único de saúde.
I. ( ) Gestores são entidades encarregadas de fazer com que o SUS seja implantado e funcione adequadamente;
II. ( ) O gestor do Sistema único de saúde é o ministro da saúde;
III. ( ) A responsabilidade sobre as ações e serviços de saúde em cada esfera de governo portanto, é do titular da
secretaria respectiva, e do Ministério da Saúde no nível federal.
IV. ( ) Os gestores do SUS são secretários de saúde e o presidente da república.
V. ( ) Os gestores devem seguir as diretrizes doutrinárias da lógica organizacional e seja operacionalizado dentro
dos princípios anteriormente esclarecidos.
Assinale a sequência correta:
A-( ) Apenas a alternativa I está correta;
B-( ) As alternativas I,III e V estão corretas;
C-( ) Apenas a alternativa Iv está correta;
D-( ) As alternativas II e IV estão corretas;
E-( ) As alternativas I,II,III,IV e V estão corretas.

14- Assinale a alternativa correta referente as principais responsabilidades dos gestores.


1. ( ) O município deve ser o primeiro e o maior responsável pelo planejamento, execução e controle das ações
de saúde na sua área de abrangência;
2. ( ) O plano diretor do Estado será a consolidação das necessidades propostas de cada município, através de
planos municipais, ajustados entre si;
3. ( ) Ao nível municipal cabe apenas executar as ações de promoção proteção e recuperação da saúde;
4. ( ) O gestor federal é o responsável pela formulação, coordenação e controle da política nacional de saúde;
5. ( ) Conforme o grau de complexidade do problema, entram em ação o nível estadual e/ou o nível federal.
Assinale a sequência correta:
A-( ) VVFVV B-( ) FFVFF C-( ) FVFVF D-( ) VFVVV E-( ) VVVVV

- 26 -
Políticas de Saúde

15-Assinale a alternativa correta referente ao controle e financiamento do SUS.


I. ( ) Quem deve controlar o SUS é o poder legislativo;
II. ( ) Os investimentos e o custeio do SUS são feitos com recursos das três esferas de governo: federal,estadual
e municipal;
III. ( ) Quem deve controlar é a população, o poder legislativo e cada gestor na sua esfera de governo;
IV. ( ) A criação dos fundos é essencial pois asseguram que os recursos da saúde sejam geridos pelo setor saúde
e não pelas secretarias de fazenda, em caixas único, estadual ou municipal, sobre qual a saúde tem pouco
acesso;
V. ( ) Os recursos federais para o SUS provém do orçamento da Seguridade Social (que também financia a
Previdência Social e Assistencial Social) acrescidos de outros recursos da União, constantes na lei de Diretrizes
Orçamentárias, aprovada anualmente pelo Congresso Nacional.
Assinale a sequência correta:
A-( ) Apenas a alternativa II está correta;
B-( ) As Alternativas I e III estão corretas;
C-( ) Apenas a alternativa Iv estão corretas;
D-( ) As alternativas II,III,IV e V estão corretas;
E-( ) As alternativas I,II,III,IV e V estão corretas.

16- Assinale a alternativa correta referente as ações a serem desenvolvidas pelo sistema único de saúde.
A. ( ) São exemplos de ações de promoção: vigilância epidemiológica, vacinações, saneamento básico entre
outros;
B. ( ) São exemplos de ações de proteção: educação em saúde, bons padrões de alimentação e nutrição, adoção
de estilos de vida saudáveis entre outros;
C. ( ) As ações de recuperação envolve o diagnostico e o tratamento de doenças, acidentes e danos de toda
natureza;
D. ( ) A reabilitação consiste na recuperação parcial das capacidades perdidas no processo de doença e na
reintegração do individuo ao seu ambiente social e sua atividade profissional;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

- 27 -
Políticas de Saúde

8.2- Lei 8080

Art 1º Esta lei regula em todo território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente,
em caráter permanente ou eventual por pessoa naturais ou jurídicas de direito público ou privado.

 Entre outros aspectos vem definir as competência comuns aos três níveis as competência e atribuições da
união, dos estados, municípios onde destacamos :

Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de
saúde;

II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada em articulação com


sua direção estadual;

III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho;

IV - executar serviços:

a) de vigilância epidemiológica;

b) vigilância sanitária;

c) de alimentação e nutrição;

d) de saneamento básico; e

e) de saúde do trabalhador;

VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar,
junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;

VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;

VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;

IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;

X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços
privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;

XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;

 Destaca as outras fontes de recursos(art.32):


1- serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência;
2- ajuda, contribuições e donativos;
3- alienações patrimoniais e rendimento capital;
4- taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do SUS, e
5- rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais

- 28 -
Políticas de Saúde

 Destaca a respeito da redistribuição de receita e seguridade social, onde a receita arrecadada serão transferida
automaticamente ao fundo nacional de saúde e o valor a ser transferido obedecerá aos seguintes critérios:
1- Perfil demográfico da região;
2- Perfil epidemiológico da população a ser coberta;
3- Características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
4- Desenvolvimento técnico, econômico, financeiro no período anterior;
5- Níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
6- Previsão do plano qüinqüenal de investimento da rede;
7- Ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo

8.3- Lei 8.142

Esta lei foi implantada para poder ser aprovado os artigos vetados no governo Collor na lei 8.080/90.E dispõe sobre a
participação da comunidade na gestão do sistema único de saúde.

Cada esfera do governo contará com duas instâncias colegiadas:

I- conferência de saúde, que se reunirá a cada 4 anos, com representação social de vários seguimentos para
avaliar e propor as diretrizes que irão formular a política de saúde e será convocada pelo poder executivo,
extraordinariamente pelo conselho de saúde;
II- conselho de saúde, reúne-se mensalmente, tem caráter permanente e deliberativo, composta por
representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, atuam na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros e suas decisões deverão ser acatadas pelo gestor.
Semelhança entre conselhos e conferência.
Composição:
50% do total são representantes dos usuários, 25% dos trabalhadores da saúde e 25% representantes de gestores e
prestadores de serviços.
Diferença:
1. O número ( quantidade) de representantes;
2. O conselho avalia a execução do SUS em determinado período de tempo.
( periódico).
3. A conferência Propõe as propostas para um período seguinte.( proposição).
4. O conselho avalia o processo da execução das respostas de uma conferência em um encontro mensal
permanente. Propõe medidas políticas para o cotidiano ou seja para a execução do SUS.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde
(Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.

Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:

I. despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e
indireta;
II. investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso
Nacional;
III. investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde;
IV. cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.

Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços,
à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.

- 29 -
Políticas de Saúde

Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para
os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990.

1. § 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do
mesmo artigo.
2. § 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municípios,
afetando-se o restante aos Estados.
3. § 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde, remanejando,
entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.

Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal
deverão contar com:

I. Fundo de Saúde;
II. Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de
1990;
III. plano de saúde;
IV. relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
V. contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI. Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos
para sua implantação.

Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos
estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos
Estados ou pela União.

- 30 -
Políticas de Saúde

5º- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1-Assinale a alternativa correta referente a Lei 8.080/90.

A. ( ) É uma lei orgânica criou o SUS;


B. ( ) Ela regula em todo território nacional as ações de serviços de saúde;
C. ( ) As ações e serviços serão executadas apenas de forma isolada;
D. ( ) Está lei tem caráter eventual por pessoa natural ou jurídica de direito público ou privado;
E. ( ) todas as alternativas estão corretas.

2-Assinale a alternativa correta referente a competência do Sistema Municipal de acordo com a Lei 8.080/90.

I. ( ) É de competência do Sistema Municipal apenas gerir e executar os serviços públicos de saúde;


II. ( ) É de competência do Sistema Municipal participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às
condições e aos ambientes de trabalho;
III. ( ) É de competência do Sistema Municipal executar serviços de vigilância sanitária e Epidemiológica;
IV. ( ) É de competência do Sistema Municipal criar políticas de saneamento básico;
V. ( ) Não é de competência do Sistema Municipal gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros, isto é
fincão do Estado;

Assinale a sequência correta:

A-( ) Apenas a alternativa III está correta;

B-( ) As alternativa I e II estão corretas;

C-( ) As alternativas II e III estão corretas;

D-( ) Apenas a alternativa II está correta;

E-( ) As alternativas I,II,III,IV e V estão corretas.

3- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa no que se refere as fontes de recurso do Art.32 da Lei 8.080/90.

1. ( ) Os serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência são considerados fontes de recursos;
2. ( ) As ajudas, contribuições e donativos não são considerados fontes de recursos;
3. ( ) Não é mais permitido realizar alienações patrimoniais e rendimentos capitais para utilizar como fonte de
recursos;
4. ( ) As taxas, multas,emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do SUS são considerados fontes de
recursos;
5. ( ) As rendas eventuais, inclusive as comerciais e industriais são consideradas fontes de recursos.

Assinale a sequência correta:

A-( ) VVVFF B-( ) VVVVF C-( ) VFFVV D-( ) FVFVF E-( ) FFFVV.

4-Assinale a alternativa correta referente aos critérios adotados para que os Municípios possam receber os recursos de
acordo com a Lei 8.080/90.

A. ( ) Deve ser avaliado o perfil demográfico e epidemiológico da população a ser coberta;


B. ( ) Deve ser avaliada as características qualitativas e quantitativas da rede de saúde;
C. ( ) Deve ser observado o desenvolvimento técnico, econômico, financeiro no período anterior obtido pelo
município;

- 31 -
Políticas de Saúde

D. ( ) Deve ser observado o ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

5- Assinale a alternativa correta referente a Lei 8.142/90.

I. ( ) Esta Lei dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS;


II. ( ) A participação da população deve ser feita através das conferências e fundos municipais de saúde;
III. ( ) Esta Lei dispões sobre os recursos do Fundo Municipal de saúde;
IV. ( ) Está Lei aponta sobre as exigências para o recebimento dos recursos do Fundo nacional de saúde;
V. ( ) Está Lei aponta da forma como deve ser realizada a transferência dos recursos.

Assinale a sequência correta:

A-( ) Apenas a alternativa I está correta;

B-( ) As alternativas I,III, e V estão corretas;

C-( ) Apenas a alternativa V está correta;

D-( ) As alternativas I,II e IV estão corretas;

E-( ) As alternativas I,II,III,IV e V estão corretas.

6- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente as instâncias colegiadas apontadas na Lei 8.142/90.

1. ( ) Cada esfera do governo contará com duas instâncias colegiadas, conselho e fundo de saúde;
2. ( ) Uma das instâncias colegiadas é a conferência de saúde que reúne-se mensalmente;
3. ( ) Uma das instâncias colegiadas é o conselho de saúde que tem caráter permanente e deliberativo;
4. ( ) Nas conferências de saúde são realizadas as avaliações,e propostas de diretrizes que irão formular a
política de saúde;
5. ( ) As decisões resultantes da reunião dos conselhos de saúde poderão ou não ser acatadas pelos gestores;

Assinale a sequência correta:

A-( ) VVVVV B-( ) VFFFV C-( ) FFVVF D-( ) FFFVV E-( ) FVVVF.

7-Assinale a alternativa correta referente as instâncias colegiadas citadas na Lei Orgânica 8.142/90.

A. ( ) O conselhos de saúde atua na formulação de estratégias e n controle da execução da política de saúde


inclusive nos aspectos econômicos e financeiros;
B. ( ) As conferências de saúde se reúnem a cada 4 anos;
C. ( ) Os conselhos de saúde tem composição de representantes do governo, prestadores de serviços,
profissionais de saúde e usuários;
D. ( ) As conferências de saúde só poderão ser convocadas pelo poder executivo, extraordinariamente pelo
conselho de saúde;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

- 32 -
Políticas de Saúde

8-Assinale a alternativa correta referente a diferença e semelhança existente entre as instâncias colegiadas citadas na
Lei Orgânica 8.142/90.

I. ( ) Uma semelhança entre as instâncias colegiadas é a composição dos representantes que sempre
será de 50% de usuários , 25% de trabalhadores e 25% de representantes dos gestores e prestadores
de serviço;
II. ( ) Uma semelhança entre as instâncias colegiadas é a composição dos representantes que sempre
será de 50% de gestores , 25% de usuários e 25% de trabalhadores e prestadores de serviço;
III. ( ) Uma diferença entre as instâncias colegiadas é que o conselho propõe as propostas para um
período seguinte;
IV. ( ) Uma diferença entre as instâncias colegiadas é que as conferências avalia a execução do SUS em
determinado período de tempo;
V. ( ) Uma diferença é que o conselho avalia o processo da execução das respostas de uma conferência
em um encontro mensal permanente.

Assinale a sequência correta.

A-( ) Apenas a alternativa V está correta;

B-( ) As alternativas I e II estão corretas;

C-( ) As alternativas II,III e IV estão incorretas;

D-( ) Apenas a alternativa I está correta;

E-( ) As alternativas I,II,III,IV e V estão corretas.

9-Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente a alocação dos recursos do fundo nacional de saúde (FNS)
citado na Lei Orgânica 8.142/90.
A. ( ) Os recursos do FNS servirão para custear os investimentos previstos na Lei orçamentária de iniciativa do
poder legislativo e aprovados pelo congresso nacional;
B. ( ) Os recursos do FNS servirão para custear cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados
pelos Municípios, Estados e Distrito Federal;
C. ( ) Os recursos referidos destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial
ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde;
D. ( ) Os recursos referidos nesta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados
e Distrito Federal;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

10- Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente a alocação dos recursos do fundo nacional de saúde (FNS)
citado na Lei Orgânica 8.142/90.

1. ( ) Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como despesas de custeio e de capital do
Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta;
2. ( ) Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como investimentos previstos no Plano
Qüinqüenal do Ministério da Saúde;
3. ( ) Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos na Lei 8.080/90 será utilizado o critério
desta Lei;
4. ( ) Os recursos serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos
Estados;
5. ( ) Os Municípios não poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde,
remanejando, entre si, parcelas de recursos.

- 33 -
Políticas de Saúde

Assinale a sequência correta:

A-( ) VVVVF B-( ) VVVVV C-( ) FFFFV D-( ) VFVFV E-( ) FVVVV

11- Assinale a alternativa correta referente aos critérios estabelecidos na Lei 8.142/90 para que os recursos possam ser
recebidos.

I. ( ) Para receberem os recursos Os Estados, Municípios e Distrito federal deveram contar com um fundo de
saúde;
II. ( ) É exigência apenas para os municípios a existência de conselho de saúde como critério para o recebimento
de recurso;
III. ( ) Para receberem os recursos Os Estados, Municípios e Distrito federal devem ter um plano de saúde;
IV. ( ) O envio do relatório de gestão para o controle das ações não é exigência de critério para os Estados, só
para os Municípios e o Distrito Federal;
V. ( ) A contra partida de recursos é uma exigência apenas para as regiões onde a capacidade financeira é
maior,.

Assinale a sequência correta:

A-( ) Apenas a alternativa II está correta;

B-( ) As alternativas I e III estão corretas;

C-( ) As alternativas II,IV e V estão corretas;

D-( ) Apenas a alternativa V está correta;

E-( ) As alternativas I,II,III,IV e V estão corretas.

8.4- NORMA OPERACIONAL BÁSICA- NOB/ 96

Em 1998 entra em vigor a NOB 96, sendo esta a primeira NOB a traduzir de forma clara o que está na constituição e nas
leis orgânicas, principalmente nos termos de gestão e modelo de atenção à saúde.
 A NOB possibilita para que nenhum município e estado seja prestador de serviço. ( NOB 96, tópicos 3,4,e9.) e
ainda tem como finalidade:
1. Promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público Municipal e do distrito
Federal, da função de gestor da atenção à saúde de seu Município, com redefinição das
responsabilidades dos Estados e União.
2. Buscar dar plena responsabilidade ao poder Municipal
3. O Estado e a união serão co-responsáveis.
4. Não há exclusão do papel da família, comunidade ou dos indivíduos, na promoção, proteção e
recuperação da saúde.

 Quanto a viabilização da integração entre os três níveis é feita através:


1. Comissão Intergestora tripartite ( CIT) – Municipal
Estadual
Federal
2. Comissão Intergestora Bipartite ( CIB) – Municipal
Estado
Estas comissões são responsáveis, principalmente, pelas definições do “Teto financeiro” e pelo algorítimo de viabilização
do SUS.
 Reordena e aperfeiçoa a gestão do SUS
1. Direciona de forma única os papes de cada esfera do governo.
2. Dá instrumentos gerenciais aos municípios e estado para assumir o papel de gestores.

- 34 -
Políticas de Saúde

3. redefine os mecanismos e fluxo de financiamento.


4. Valoriza o controle e avaliação do SUS através dos resultados provenientes de programas com
critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade.
5. Privilegia os núcleos familiares e comunitários para controle/participação social.

 Gestão Municipal
O modelo de gestão não é engessado podendo e devendo evoluir com a constante implantação e transferência da
responsabilidade da esfera estatal para o município e pode ser de dois tipos, em ordem de importância e meta
alcançada:
1. Gestão plena da Atenção Básica;
2. Gestão Plena do Sistema Municipal.

 Programação Pactuada e Integrada – P.P.I


1. O processo que envolve as atividades de assistência ambulatorial, hospitalares, da visita e
epidemiologia e controle de doenças.
2. Instrumento para reorganização do modelo de atenção, além de alocação de recursos e de
explicitação do pacto entre as três esferas;
3. Define oferta de : Assistência do próprio município e da necessidade de encaminhamento a outros
municípios.

 Recursos de custeio
1. Transferência regular e automática( fundo a fundo): do fundo nacional de saúde para estado e
município.
2. Remuneração por serviços produzidos.

 A NOB 96 definiu o chamado modelo de vigilância a saúde destacando a PSF que será exigência da
NOAS para garantir o novo modelo em relação a atenção básica.

 Se o PSF é um modelo de vigilância , ele vai ter que se basear em 4 eixos:


1-Ações de saúde pública(Ações de vigilância),
2- Clinica (assistência),
3-Educação em saúde e
4- Articulação comunitária.

 Mecanismo de financiamento do SUS: Piso Assistencial Básico- PAB :


1. PAB fixo- montante que é pago pelo MS para os municípios por habitantes.
2. PAB variável- que é pago pelo aumento pela cobertura da atenção básica.

Se o município, dentro do PSF no caso o Gestor que é o secretário de saúde, cria programas para a melhoria a
saúde da criança, indígena e etc. recebe mais incentivo ou seja é contemplado pelo PAB. variável. Porém, a
odontologia não é associada ao incentivo.
Em 2001, Portaria 267/01, normas e diretrizes que enfocava, o que é e como se deve ttrabalhar. Em 2004 na
administração de Humberto costa, regulamenta as diretrizes da política nacional de saúde bucal, hoje os municípios tem
que ter saúde bucal.

8.5- NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE- NOAS/01

A publicação da Norma da assistência à saúde, NOAS 01/2001, foi um importante passo no processo de implantação do
SUS, pois orienta a estratégia de regionalização, pactuada de tripartite e prevista na Lei Orgânica da saúde.

A NOAS- SUS 01/2001 aponta três grupos de estratégias prioritárias, que de forma articulada visam contribuir para a
organização dos sistemas de saúde:

1. Elaboração do plano diretor de regionalização, coordenado pelas secretarias Estaduais de saúde, envolvendo
o conjunto dos municípios como forma de organização de sistemas funcionais e resolutivos em seus diversos
níveis.
2. Fortalecimento da capacidade gestora do SUS voltada para consolidação do caráter público da gestão do
sistema.

- 35 -
Políticas de Saúde

3. Atualização dos critérios e do processo de habilitação de estados e municípios, passando do caráter


meramente cartorial para um processo de responsabilidade real, com pactuação de compromissos e metas
pelos gestores.

A Proposta de ampliação da Atenção Básica trazida pela NOAS/01 busca definir inequivocamente as
responsabilidades e ações estratégicas mínimas que todos os municípios brasileiros devem desenvolver. São elas:

1. Controle da Tuberculose;
2. Eliminação da Hanseníase;
3. Controle da hipertensão;
4. Controle da Diabetes mélittus;
5. Ações de saúde Bucal;
6. Ações de saúde da criança;
7. Ações de saúde da Mulher.

Parâmetros assistenciais

 É importante ressaltar que essas são ações mínimas, e que os Estados e Municípios poderão definir com base:

1. Perfil demográfico e epidemiológico da região


2. prioridades políticas

 E devem assumir o compromisso da qualidade da atenção básica, ou seja:

1. Melhoria da qualidade;
2. melhoria da resolutividade;

Estas ações deverão estar de acordo com as agendas de saúde, definidas por Estados e municípios e regulamentadas
pela portaria GM/393 que dispõe sobre a agenda nacional de saúde.

 A atenção básica deve ser trabalhada dentro e um contexto articulado com toda rede de serviços( média e alta
complexidade), como parte indissolúvel desta.
 Nos casos de rede de serviços extrapolar o território de um município deverá ser articulado
intermunicipal,participado da Programação Pactuação e Integrada (PPI) independente da forma de gestão em
que o município se encontra:
1. Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada( GPABA);
2. Gestão Plena do Sistema municipal ( GPSM).

De forma a garantir o acesso de sua população aos níveis mais complexos do sistema. O ministério de saúde põe a
disposição dos municípios o instrumento eletrônico da programação pactuada e integrada, software que faz a
programação numérica das ações e que já foi encaminhadas a todas as secretarias Estaduais de saúde.

A PPI inclui os parâmetros assistenciais recomendados para atenção básica, que permitem a adaptação à realidade dos
municípios e estados, quando necessário, e que poderão servir de suporte para avaliação da suficiência da população de
serviços na atenção básica.

Unidades de referência

 O ministério da saúde orienta a implantação de Unidades de saúde da família( Apontada na NOB), como
estratégia de reorganização da atenção básica, independente do porte do município.
 As unidades de saúde devem ser localizadas o mais próximo possível do usuário, proporcionando facilidade de
acesso para a população e para a equipe que mantém o conato constante com o espaço territorial a ela
adscrita.
 Em espaços de cobertura de saúde da família deverá ocorrer um processo substitutivo da rede de serviços, não
se deve manter unidades tradicionais em funcionamento, concorrendo no atendimento á mesma clientela
adscrita, já que isto significa uma duplicação e serviços, com custo insustentável.

- 36 -
Políticas de Saúde

 A mesma lógica e adscrição de clientela e avaliação da capacidade operacional deve ser utilizada para
retaguarda de leitos hospitalares e serviços de urgência e emergência com discrição clara do fluxo de referência
e contra-referência.

Reflexão e avaliação

 O impacto das ações deverá ser acompanhado por meio dos indicadores do pacto a atenção básica e também
pelas informações que poderão ser fornecidas pelos bancos de abrangência nacional.
 A alimentação regular esses bancos de dados é uma exigência para manutenção da habilitação dos municípios;
todos os dados disponíveis nesses bancos são de responsabilidade dos municípios

9- Responsabilidades mínimas da atenção básica/ Programas de saúde no Brasil

Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto( PAISA).

Considerando a importância de novas linhas de estratégias a fim de Promover, Proteger e recuperar a saúde entre os
adultos, foram criadas novas ações de caráter individual e coletivo, poupadas no perfil epidemiológico da população.

Hoje, o PAISA prioriza alguns agravos:

I- Controle da tuberculosa

Neste programa o município tem responsabilidade de realizar:

1. Busca ativa de casos dos sintomáticos respiratórios;


2. diagnóstico clínico de casos;
3. acesso a exames laboratoriais e radiológicos;cadastramento de portadores;
4. tratamento dos caos confirmados;
5. medidas preventivas.

II- Eliminação da Hanseníase ( pactuada para o ano de 2009)

Neste programa o município tem a responsabilidade de realizar:

1. Busca ativa dos casos sintomáticos dermatológicos;


2. Diagnóstico clínico dos casos;
3. Cadastramento dos portadores;
4. tratamento supervisionado dos casos ( DOTS);
5. controle das incapacidades físicas;
6. medidas preventivas.

III- Controle da hipertensão

Neste programa o município tem a responsabilidade de realizar:


1. Diagnostico clínico dos casos;
2. Busca ativa dos casos;
3. tratamento dos casos;
4. diagnóstico precoce de complicações;
5. 1º atendimento de urgência;
6. medidas preventivas e de promoção da saúde.

IV-Controle da Diabetes Melittus

Neste programa o município tem a responsabilidade de realizar:


1. Diagnostico clínico dos casos;
2. Busca ativa dos casos;

- 37 -
Políticas de Saúde

3. tratamento dos casos;


4. monitorização dos níveis de glicose do paciente;
5. diagnóstico precoce de complicações
6. 1º atendimento de urgência
7. encaminhamento de casos graves para outro nível de complexidade
8. medidas preventivas e de promoção da saúde.

V- Ações de saúde Bucal

Neste programa o município tem a responsabilidade de realizar:


1. Prevenção dos problemas odontológicos, prioritariamente, na população de 0 a 14 anos e gestantes.
2. Cadastramento de usuários;
3. Tratamento dos problemas odontológicos, prioritariamente, na população de 0 a 14 anos e gestantes;
4. Atendimento a urgência odontológica.

Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança ( PAISC)

Este programa, também da década de 1980, está voltado para maximização do alcance da assistência à saúde infantil.

VI- Ações de saúde da criança

Neste programa o município tem a responsabilidade de realizar:


1. Vigilância Nutricional onde inclui ações para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, incentivo
ao aleitamento materno, implantação e alimentação regular do SISVAM, entre outros;
2. Imunização;
3. Assistência às doenças prevalentes na infância onde inclui assistência às IRAs, doenças diarréicas, garantia de
exames laboratoriais, entre outras.

Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher ( PAISM).

A aliança entre o movimento feminista e o setor envolvido na reforma sanitária resulta na elaboração do PAISM em
1983, porém suas bases, objetivos e diretrizes são editadas pelo M.S. em 1984.

Este programa contempla as diversas etapas do ciclo vital da mulher e os aspectos de prevenção e da atenção curativa,
englobando várias ações.

VII- Ações de saúde da mulher

Neste programa o município tem a responsabilidade de realizar:


1. Pré-natal onde inclui diagnóstico precoce, cadastramento na 1º consulta, classificação de risco, vacinação, entre
outros;
2. prevenção do câncer de colo e de mama onde inclui coleta de citologia oncótica, exame clinico da mama,
realização de referência para exames, entre outros;
3. Planejamento familiar onde inclui a consulta enfermagem, fornecimento de medicamentos e anticoncepcionais,
preservativos, entre outros.

Alogarítimo em casos de violência Sexual

 Profilaxia da gestação até 72 horas. Uso da pílula do dia seguinte. Deve-se orientar que quanto mais próximo
do ocorrido mais garantido é a eficácia.
 Sensibilização para a coleta de material sorológico de DST/AIDS e início de profilaxia s/n;
 Agendamento para coleta BHCG;
 Encaminhamento para acompanhamento psicológico e médico.

Programa Saúde do Adolescente (PROSAD).

Este programa é justificado pelos elevados de mortalidade na adolescência, cujas as causas externas mais freqüentes
são agregadas em três áreas: Acidentes, homicídios e suicídio.

- 38 -
Políticas de Saúde

Para que o adolescente seja incluído neste programa é necessário que ele seja atendido na rede de atenção básica e
deste seja encaminhado.Mediante contínua observação da família, da escola, do trabalho e da comunidade em que
pratica seus hábitos de vida.

VIII- Ações da saúde do adolescente

1. Acompanhamento do desenvolvimento;
2. Sexualidade;
3. Saúde Mental;
4. Saúde reprodutiva;
5. Saúde escolar;
6. Prevenção de acidentes;
7. Prevenção de violência e maus tratos.

Programa de Atenção à Saúde do Trabalhador ( PAST)

No Artigo 200 da Constituição Federal coloca a saúde do trabalhador como uma atribuição do SUS.

De acordo com a Lei 8.080/90 a saúde do trabalhador é um conjunto de atividades que se destinam à promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores.

A NOB/96 Oriente os princípios e diretrizes do Sistema, tendo a saúde do trabalhador, como um campo de atuação na
atenção à saúde. A partir desta NOB, criou-se a Norma Operacional de Saúde do Trabalhador ( NOST) pela portaria nº
3.120 de julho de 1998.

IX- Ações de saúde do trabalhador.


1. Ações de vigilância epidemiológica;
2. Ações de vigilância Sanitária;
3. Ações de Recuperação;
4. Ações de Reabilitação.

Programa de Assistência Integral à saúde do Idoso ( PAISI).

Com o PAISI pretendi-se conseguir a manutenção de um estado de saúde a fim de atingir um máximo de vida ativa na
comunidade, junto a família e com o maior grau possível de independência funcional e autonomia.

A Lei 8.842 de 4 de janeiro de 1994, dispõe sobre a política nacional do idoso e cria o conselho nacional do idoso.
O decreto 1948 de 3 de julho de 1996 que regula a lei 8842.

X- Ações de Saúde do Idoso

1. Orientação quanto as condutas terapêuticas prescritas;


2. Estimular o auto-cuidado;
3. Orientar a identificar situações de risco, como também modificar o ambiente se possível ( retirada de tapetes,
iluminação mais adequada, banheiros mais acessíveis, camas etc.)
4. Encaminha-lo para a vacinação;
5. Incentivar a prática de atividades físicas.

Estas comissões são responsáveis, principalmente, pelas definições do “Teto financeiro” e pelo algorítimo de viabilização
do SUS.
 Reordena e aperfeiçoa a gestão do SUS
1. Direciona de forma única os papes de cada esfera do governo.
2. Dá instrumentos gerenciais aos municípios e estado para assumir o papel de gestores.
3. redefine os mecanismos e fluxo de financiamento.
4. Valoriza o controle e avaliação do SUS através dos resultados provenientes de programas com
critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade.
5. Privilegia os núcleos familiares e comunitários para controle/participação social.

- 39 -
Políticas de Saúde

 Gestão Municipal

O modelo de gestão não é engessado podendo e devendo evoluir com a constante implantação e transferência da
responsabilidade da esfera estatal para o município e pode ser de dois tipos, em ordem de importância e meta
alcançada:
1. Gestão plena da Atenção Básica;
2. Gestão Plena do Sistema Municipal.

 Programação Pactuada e Integrada – P.P.I


1. O processo que envolve as atividades de assistência ambulatorial, hospitalares, da visita e
epidemiologia e controle de doenças.
2. Instrumento para reorganização do modelo de atenção, além de alocação de recursos e de
explicitação do pacto entre as três esferas;
3. Define oferta de : Assistência do próprio município e da necessidade de encaminhamento a outros
municípios.

 Recursos de custeio
1. Transferência regular e automática( fundo a fundo): do fundo nacional de saúde para estado e
município.
2. Remuneração por serviços produzidos.

 A NOB 96 definiu o chamado modelo de vigilância a saúde destacando a PSF que será exigência da
NOAS para garantir o novo modelo em relação a atenção básica.

 Se o PSF é um modelo de vigilância , ele vai ter que se basear em 4 eixos:


1-Ações de saúde pública(Ações de vigilância),
2- Clinica (assistência),
3-Educação em saúde e
4- Articulação comunitária.

 Mecanismo de financiamento do SUS: Piso Assistencial Básico- PAB :


3. PAB fixo- montante que é pago pelo MS para os municípios por habitantes.
4. PAB variável- que é pago pelo aumento pela cobertura da atenção básica.

Se o município, dentro do PSF no caso o Gestor que é o secretário de saúde, cria programas para a melhoria a
saúde da criança, indígena e etc. recebe mais incentivo ou seja é contemplado pelo PAB. variável. Porém, a
odontologia não é associada ao incentivo.
Em 2001, Portaria 267/01, normas e diretrizes que enfocava, o que é e como se deve ttrabalhar. Em 2004 na
administração de Humberto costa, regulamenta as diretrizes da política nacional de saúde bucal, hoje os municípios
tem que ter saúde bucal.

- 40 -
Políticas de Saúde

6º- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Assinale a alternativa correta referente a Norma Operacional Básica.


A. ( ) A NOB 96 traduziu principalmente os termos de gestão e modelo de atenção à saúde.
B. ( ) A NOB possibilitou que nenhum município e estado seja prestador de serviços;
C. ( ) A NOB também possibilitou que o Município e o distrito federal possa assumir o pleno exercício da
função de gestor da atenção à saúde em seu território;
D. ( ) A NOB redefiniu as responsabilidades dos Estados e União;
E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

2-Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente a Norma Operacional Básica/96.


1. ( ) A NOB definiu que o Estado e a União são co-responsáveis;
2. ( ) A NOB definiu que não há exclusão do papel da família, comunidade ou dos indivíduos, na promoção,
proteção e recuperação da saúde;
3. ( ) A NOB defini como deve ser realizada a integração entre as três esferas;
4. ( ) A NOB reordena e aperfeiçoa a gestão do SUS;
5. ( ) A NOB define como deve ser feita a transferência de recursos.
Assinale a sequência correta:
A-( ) VFVFV B-( ) VVFFF C-( ) FVFVV D-( ) VVVVV E-( ) FFFVV.

3-Assinale a alternativa correta referente a forma como deve ser realizada a integração entre os três níveis de acordo
com a NOB/96.
I. ( ) A integração deve serve ser feita na Comissão Intergestores distritais- CID( Estados e Municípios);
II. ( ) A integração deve ser feita na Comissão Intergestores Tripartite -CIT ( Estados e Municípios);
III. ( ) A integração deve ser feita na Comissão Intergestores Central – CIC ( Federal,Estado e Município);
IV. ( ) A Integração deve ser feita na Comissão Intergestores Bipartite – CIB- (Estado e Município);
V. ( ) A integração deve ser feita na Comissão Intergestores Tripartite – CIT – ( Federal,Estado e Município);
Assinale a sequência correta:
A-( ) Apenas a alternativa I está correta;
B-( ) As alternativas I e III estão corretas;
C-( ) As alternativas IV e V estão corretas;
D-( ) Apenas a alternativa V está correta;
E-( ) As alternativas I e V estão corretas.

4-Assinale se a alternativa é verdadeira ou falsa referente a forma de reordenação e aperfeiçoamento de gestão do SUS
citada pela NOB/96.
1. ( ) Uma forma de reordenar e aperfeiçoar a gestão é direcionar de forma única os papes de cada esfera do
governo;
2. ( )Uma forma de reordenar e aperfeiçoar a gestão é dá instrumentos gerenciais aos municípios e estado para
assumir o papel de gestores;
3. ( ) Uma forma de reordenar e aperfeiçoar a gestão é redefine os mecanismos e fluxo de financiamento.
4. ( ) Uma forma de reordenar e aperfeiçoar a gestão é valoriza o controle e avaliação do SUS através dos
resultados provenientes de programas com critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade.
5. ( ) Uma forma de reordenar e aperfeiçoar a gestão é Privilegiar os núcleos familiares e comunitários para
controle/participação social.
Assinale a sequência correta:
A-( )

5- A política de atenção básica, o bloco é constituído por dois componentes- Piso de Atenção Básica -PAB fixo e Piso de
Atenção Básica Variável – PAB Variável. A transferência dos recursos financeiros para o critério do PAB fixo é feita:

A. ( ) mensalmente
B. ( ) bimestralmente
C. ( ) trimestralmente
D. ( ) semestralmente
E. ( ) anualmente.

- 41 -
Políticas de Saúde

6- De acordo com a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde –NOB-SUS/1996:

A) a transferência regular e automática fundo a fundo (Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais)
ocorrerá mediante convênio ou instrumento congênere.
B) o Piso Assistencial Básico (PAB) consiste em um montante de recursos financeiros destinado ao custeio de
procedimentos e ações de assistência básica, de responsabilidade tipicamente municipal.
C) a transferência total do PAB não poderá ser suspensa, ainda que em caso da não-alimentação, pela SMS junto à SES,
dos bancos de dados de interesse nacional.
D) o Incentivo ao Programa de Saúde da Família (PSF) sofrerá acréscimo de 3% sobre o valor do PAB para cada 5% da
população coberta, até atingir 100% da população do município.
E) a definição do elenco de procedimentos custeados pelo PAB deve observar o perfil de serviços disponíveis na maioria
dos estados, mantendo seus valores, até que a atenção integral à saúde esteja plenamente organizada em todo o país.

7 A Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2001 tem por finalidade

A) ampliar as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica e definir o processo de regionalização da assistência.
B) ampliar as responsabilidades dos Estados na Atenção Hospitalar e definir o processo de regionalização da assistência.
C) ampliar as responsabilidades do nível federal na Atenção Hospitalar e definir o processo de centralização da
assistênciahospitalar de alta complexidade.
D) instituir a estratégia de saúde da família no nível estadual.
E) desestimular os consórcios intermunicipais de saúde.

8-Constitui ação da vigilância à saúde:

A) participar da formulação e implementação das políticas de atenção especializada.


B) regular e coordenar as atividades do Sistema Nacional de Transplantes de Órgãos.
C) combater doenças transmitidas por vetores.
D) elaborar a política de regulação assistencial.
E) manter e atualizar cadastro nacional de estabelecimentos de saúde.

27. Correlacione a esfera gestora em Atenção Básica na primeira coluna à respectiva responsabilidade na
segunda coluna.

1. Federal ( ) Manter as bases de dados nacionais.


2. Estadual ( ) Acompanhar a implantação e a execução das ações de
Atenção básica em seu território
3. Municipal ( ) Contratualizar o trabalho em atenção básica.
( ) Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da
Atenção básica em seu território.
( ) Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica
Sob sua supervisão.

Assinale a alternativa que contém a seqüência CORRETA.


A) 1,2,3,1,2. B) 3,2,1,2,1. C) 2,3,2,3,1. D) 3,2,3,2,1. E) 1,2,3,2,3.

9- Os municípios poderão constituir ______________ para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde
que lhes correspondam.¨ Marque a alternativa abaixo que completa corretamente o artigo citado anteriormente;
A. ( ) Organizações
B. ( ) Consórcios
C. ( ) departamentos
D. ( ) distritos
E. ( ) serviços

10- Em relação ao Piso da Atenção Básica – PAB, assinale a alternativa incorreta:


A) O Ministério da Saúde suspenderá automaticamente o repasse dos recursos do PAB aos municípios caso não haja
alimentação do Sistema de Informações da Atenção Básica por dois meses consecutivos ou três meses alternados no
período de um ano.
B) São estabelecidas duas modalidades de financiamento para as Equipes de Saúde da Família e duas pra as Equipes de
Saúde Bucal.

- 42 -
Políticas de Saúde

C) É composto por uma parte fixa e uma parte variável que são destinadas a todos os municípios brasileiros.
D) O número máximo de Equipes de Saúde da Família pelas quais os municípios podem fazer jus ao recebimento de
recursos financeiros específicos será calculado pela fórmula: população / 2400.
E) Constitui-se em um montante de recursos financeiros federais destinados à viabilização de ações de Atenção Básica
de Saúde.

11- Tendo por base a NOB-SUS, 1996, assinale a assertiva FALSA.


A) Tem por finalidade primordial promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do
DistritoFederal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes.
B) Dentre outras coisas, redefine os mecanismos e os fluxos de financiamento, reduzindo progressiva e continuamente a
remuneração por produção de serviços e ampliando as transferências de caráter global, Fundo a Fundo, com base em
programações ascendentes, pactuadas e integradas.
C) Nela, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) é constituída dos gestores federal e estadual.
D) Nela, a gerência é conceituada como sendo a administração de uma unidade ou de um órgão de saúde que se
caracteriza como prestador de serviços ao Sistema.
E) Estabelece que o gestor do sistema municipal é responsável pelo controle, pela avaliação e pela auditoria dos
prestadores de serviços de saúde (estatais ou privados) situados em seu município.

12. Com base na NOAS 01/2001, é FALSO afirmar que


A) a elaboração e a aprovação do Plano Diretor de Regionalização cabem às Secretarias de Estado da Saúde e do
DistritoFederal.
B) o processo de regionalização constitui estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior
eqüidade.
C) o Plano Diretor de Regionalização deve garantir, dentre outras coisas, o acesso dos cidadãos a um conjunto de ações
e serviços o mais próximo possível de sua residência.
D) a região de saúde entendida como a base territorial de planejamento da atenção à saúde é definida pela Secretaria
de Estado da Saúde.
E) uma região ou uma microrregião de saúde pode compreender um ou mais módulos assistenciais.

13- A NOB aponta a Unidade de Saúde da Família – USF como o modelo de vigilância em saúde. De acordo com esta
descritiva cite os 4 eixos que baseai a USF como este modelo.

14- Um dos grandes problemas enfrentados nas políticas que antecederam o SUS era a falta de fiscalização. Diante
desta afirmativa cite quem são s três grandes responsáveis pelo controle e fiscalização do SUS.

15- A organização dos serviços de acordo como o SUS deve seguir uma ordem crescente, integral de acordo com a sua
complexidade de ações. Diante desta descritiva cite esta seqüência e a capacidade de resolução de cada um dos níveis.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A operacionalização das diretrizes aqui representadas tem sido uma tarefa cotidiana de vários dos
municípios brasileiros. Esta não tem sido uma tarefa fácil e enfrenta obstáculos de toda ordem: dificuldades de
financiamento, disputa de grupos com interesses divergentes, insuficiência de capacidade gerencial, excessiva burocracia
nas formas de administrar a coisa pública, experiência ainda recente com os processos de descentralização e
democratização, insuficiência de mecanismos jurídicos para a regulação da rede privada, formação de recursos humanos
com perfil diferente daquele demandado pelo novo sistema, e uma lista interminável de outros problemas. Apesar disso,
varias experiências bem sucedidas têm sido implementadas. O SUS se constrói no cotidiano de todos aqueles
interessados na mudança da saúde no Brasil.
Entendê-lo é uma boa forma de fortalecer a luta pala sua construção.

- 43 -
Políticas de Saúde

REFERÊNCIAS

ACURCIO, F.A., SANTOS, M.A., FERREIRA, S.M.G. O planejamento local de serviços de saúde. In: MENDES, E.V. a
organização da saúde no nível local. São Paulo: HUCITEC, 1998. CAP. 4, P. 111-132
BARROS, E. Política de saúde no Brasil: a universalização tardia como possibilidade de construção do novo.
Ciência & Saúde Coletiva, Rio de janeiro, v.1, n.1, p. 5-17, 1996.
Brasil. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil: Senado federal, 1988.
Brasil. Lei 8.080/90 – Lei 8.142/90 Brasília: Diário Oficial da União, 1990.
Brasil. Ministério da Saúde. Incentivo à participação popular e controle social no SUS. Brasília: IEC, 1994.
Brasil. Ministério da Saúde. Relatório final da VII Conferência Nacional de Saúde. Brasília, 1986.
BERTOLLI FILHO, C. Historia da saúde pública no Brasil. São Paulo: Ática, 1996. 71p.
CEFOR. Breve historia das políticas de saúde no Brasil. São Paulo, s.d. (mimeo)
CUNHA, J.P.P.,CUNHA,R.E. Sistema Único de Saúde – SUS: princípios. In: CAMPOS, F.E., OLIVEIRA JÚNIOR, M.,
TONON, L.M. Cadernos de Saúde Planejamento e Gestão em Saúde. Belo Horizonte: COOPMED, 1998. Cap.2, p. 11-26.
FRANÇA, S.B. A presença do Estado no setor saúde no Brasil. Revista do Serviço Público, v. 49, n.3, p.85-
100,1998.
LEITE,M.S.P. Política sociais e cidadania. Physis, Rio de Janeiro, 1, n. 1,p. 117-131, 1991
Luz, m.t. Notas sobre as políticas de saúde no Brasil de “transição democrática” – anos 80. Physis, Rio de
Janeiro, v.1, n. 1, p. 77-96, 1991.
MATTOS, R.A. Sobre os limites e as possibilidades dos estados acerca dos impactos das políticas publicas
relativas à epidemia de HIV/aids: algumas reflexões metodológicas feitas a partir do caso brasileiro. In:
PARKER, R., GALVÃO, J., BESSA, M.S. (orgs.) Saúde, desenvolvimento e política. Resposta frente à aids no Brasil.
Rio de Janeiro/São Paulo: ABIA/Ed. 34, 1999. Cap. 1, p. 29-90.
MINISTERIO DA SAUDE. Saúde no Brasil: desafio e perspectiva. Brasília: MS,1998.45p.
Rio de Janeiro; FIOCRUZ, 2001,150p
MINISTÈRIO DA SAÙDE, Saúde no Brasil: Projeto de profissionalização dos trabalhadores da área de enfermagem (
PROFAE).
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO/ FENSG, Atualização do programa de saúde da família, Recife, 2006.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, WWW.Datasus.com.br, perfil epidemiológico, 2006.

- 44 -

Você também pode gostar