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APRESENTAÇÃO
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SUMÁRIO
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Parte 1
SER EMPREENDEDORA
Carga
Horária: 2 aulas de 3 horas
Roteiro:
Preparação:
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1a Sessão
Apresentação
Dinamica
Baú de viajante
Desenvolvimento: Dispor o grupo sentado em
círculo. Comece com a seguinte fala, tendo o
baú em mãos: “Na mala de um viajante há lugar
para muitas coisas... de tempo em tempo,
na viagem que se chama vida, precisamos Provocar as participantes a
Objetivo refletir sobre onde estão e o
decidir para onde vamos e o que de fato que querem para suas vidas.
queremos carregar em nossa mala, para assim
evitarmos itens desnecessários!” Em seguida, Um baú (ou caixa com tam-
pa de fácil abertura) dispor
anuncie que dentro do baú há vários itens que vários papéis que contenha
precisamos decidir levar ou não, e que, toda vez Material palavras-chave, como: felici-
dade, sonho, realização, ob-
que a música parar, alguém vai abri-lo e retirar Necessário
jetivo de vida, determinação,
um bilhete que contém uma palavra mágica. vitória, medo, coragem, pla-
no, desafio, criatividade, or-
Assim que a pessoa escolhida pelo baú ler a gulho, ameaça, ideia, desejo,
palavra mágica, deverá compartilhar com as etc. Música de fundo.
demais pessoas sentimentos e emoções que
vierem à tona. O importante é tentar traduzir Varia de acordo com a
disponibilidade do mediador
o que a palavra significa em sua vida, atual ou Tempo para a dinâmica, número
futura. Assim que a fala cessar, a música volta de pessoas e interesse do
grupo.
a tocar para que os demais possam passar
pela experiência.
Ao encerrar a atividade fazer uma breve reflexão sobre o fato de que, na vida
a felicidade só dependerá de nossas próprias escolhas, ou seja, daquilo que de
fato decidimos carregar em nossa mala durante nossa jornada!
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Começar o negócio com R$ 1 milhão se multiplicou. A família, que não
teria sido bem mais fácil, mas botava fé no negócio, passou a
Raimunda só tinha R$ 1. O que para acreditar. Ela, os filhos e o marido
muita gente é troco, para ela era montaram uma cozinha maior em
uma pequena fortuna. “Às vezes, casa para fazer as tapiocas. “Eu faço
eu tinha só o feijão, o arroz, não 350, 400, quase todo dia”, garante
tinha uma merenda para dar para Raimunda.
essas crianças comerem”,conta a Os valores ainda são pequenos. O
quituteira Raimunda Pereira. investimento que Raimunda fez no
Quando Raimunda se viu apenas começo (R$ 1,00) equivale hoje a
com R$ 1 na mão e muita necessidade três tapiocas menores. E foi assim,
em casa, resolveu apostar numa de moeda em moeda, de real em
receita que aprendeu com os pais. real, que ela conseguiu formar um
Com o dinheiro, comprou goma, pequeno patrimônio. Reformou a
que é a massa usada para fazer a casa onde mora e construiu outros
tapioca. Um vizinho deu os cocos. quatro imóveis para alugar, na
Ela preparou tudo. E com 25 periferia de Fortaleza. “Para mim
tapiocas começou um negócio. “Me é um castelo que eu tenho, é um
levantei de madrugada, caladinha, futuro para minha vida, um futuro
sozinha, quebrei uns coquinhos, fiz pros meus filhos mais tarde”, afirma
25 tapiocas e saí vendendo. Vendi ela.
tudinho”, lembra ela. Sete anos depois, Raimunda
Ela voltou para casa com menos sabe que deve manter o ritmo de
de R$ 10 e uma pergunta: O que trabalho. Levanta de madrugada,
fazer para esse dinheirinho render? todos os dias. ”A gente se levanta
“Primeiro eu tinha que comprar às 2h”, conta. Quando termina de
o material para trabalhar, porque fazer as centenas de tapiocas, ainda
se eu não comprasse, eu gastava tem fôlego para entregar o café da
o dinheiro todo em casa e como manhã. Ela vende nas ruas, de porta
era que eu ia trabalhar sem ter em porta. “O sabor do coco é muito
material?”, conta Raimunda. bom, bem macia, é ótima. Todo dia
A produção foi aumentando, as de manhã ela passa, já vem gritando
encomendas também. O primeiro e a gente já sabe que é ela e eu
grande cliente foi o dono da padaria compro”, aprova o cliente Sidnei da
do bairro, na periferia de Fortaleza. Silva.
“Comecei com dez tapiocas. Aí foi Histórias como a de Raimunda
aumentando. De dez passou para se refletem nas estatísticas. O
15, de 15 para 20, para 30, depois último levantamento feito no Brasil
passou para 50”, lembra ela. mostra que para cada homem que
“Ela deixa de manhã, a tarde passa começa um negócio, há também
cobrando e a gente paga. Nunca uma mulher. O país é o segundo
fiquei devendo, ela não deixa”, diz o no mundo em número de mulheres
dono da padaria Cristiano Marques. empreendedoras, atrás apenas da
Já não faltava mais comida em Hungria.
casa e Raimunda até pensou em No Ceará, a vida dessa mulher forte,
fazer uma pequena extravagância, batalhadora virou exemplo. Hoje,
comprar um vestido novo. “Quando Raimunda dá palestras, ensina como
eu cheguei na loja eu olhava para investir bem o dinheiro. Na plateia,
os tecidos, olhava para os vestidos médicas, psicólogas, assistentes
e fica pensando que não ia dar”, sociais que desenvolvem políticas
lembra ela. públicas no interior do Ceará.
Foi o espírito de empreendedora “A dificuldade, a humildade, a
que falou mais alto. “Andei em necessidade, que é demais. Você
muitas lojas, muitas. Não comprei passar fome de ter vontade de
o vestido, comprei foi as peças comer uma coisa e não ter o dinheiro
para eu trabalhar, forma para para comprar. Você saber poupar
fazer tapioca”, conta ela. Com os aquele dinheiro que você pegou,
novos equipamentos, a produção saber dividir aquele dinheiro que
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você conseguiu, é isso aí que me fez um só: “Tanto faz R$ 1 como R$ 1
isso”, explica Raimunda. milhão, você tem que saber valorizar
Raimunda não sabe mais onde as e usar”, ensina Raimunda.
tapiocas podem ajudá-la a chegar.
Para quem pensa em seguir o Fonte texto: Ideias e negócios
mesmo caminho, o conselho é (2008, web)
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Dica Distribua folhas em branco e peça aos
Pedagógica: participantes que escrevam no alto da página a
frase: “NO QUE SOU BOM”. A seguir, provoque
o grupo a refletir ações simples que já realizaram,
no convívio com a família, com amigos, na
comunidade... Experiências do tipo “Nossa,
como isso é bom, porque você não faz para
vender?” “Puxa, como você é talentosa!” Enfim,
qualquer exemplo pequeno pode ser resgatado
e contribuirá para auto estima empreendedora.
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Características empreendedoras
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● Assumir riscos calculados;
● Criar valor para a sociedade;
De modo geral, empreendedoras de sucesso acumulam habilidades,
experiências, contatos, visão e capacidade de perseguir oportunidades com o
passar do tempo.
Tenha sempre em mente que empreender não é fácil e que você irá precisar de:
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7. Rede de contatos: É importante interagir com a família, amigos, vizinhos e
outras pessoas da cidade, do bairro, da comunidade. Assim, você irá formar
bons contatos, divulgando seus produtos e/ou serviços.
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O perfil das pessoas empreendedoras
Sugestão de Título:
Vídeo: Sonho Grande | Leila Velez –
História de Beleza Natural
superação de
Leila Velez, do
Beleza Natural
Título:
Sodiê Doces | Sua História
Nossa História
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2a Sessão
Estabeleça seus objetivos
Os objetivos funcionam como uma mola propulsora, e são capazes de
impulsionar o negócio e as pessoas que a ele se dedicam. Sem essa força
orientadora dificilmente a empreendedora se locomoverá na direção certa.
r?
Alice: Você pode me ajuda
Gato: Sim, pois não?
Alice: Para onde vai essa
estrada?
er ir?
Gato: Para onde você qu
Alice: Eu não sei, estou
perdida.
Gato: Para quem não sabe
para onde vai, qualquer
caminho serve
das Maravilhas
Lewis Carol - Alice no País
“Aonde irei, qual é o meu negócio, quais são os meus objetivos?”. Sem essas
respostas adequadas, não se pode planejar o futuro. É como andar na escuridão,
sem qualquer noção de direção. Sem planejamento sequer existem parâmetros
para medir e avaliar o próprio desempenho do negócio.
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para o nosso negócio, identificando e tirando proveito das oportunidades que
constantemente vão surgindo.
● Estabelecer objetivos;
● Prever atividades a serem realizadas para atingir os objetivos;
● Elaborar um cronograma de atividades;
● Determinar o grau de responsabilidade das pessoas envolvidas, incumbidas
em realizar as atividades.
Exemplo 1
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Exemplo 2
Atividade jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Quem
Locação x Bia
da sala
Verificar x Paula
licenças
prefeitura
Comprar x Lia
móveis
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Dica Inicie uma discussão com o grupo refletindo
Pedagógica: como é a sociedade hoje. Que alternativas há
para o mundo do trabalho? Há colaboração? As
pessoas se unem para buscar alternativas que
garantem o sustento de suas famílias?
Tempo: 5 min.
O que é cooperação?
Cooperação é uma relação baseada na colaboração entre pessoas ou
organizações, no sentido de alcançar objetivos comuns. Assim sendo, é possível
afirmar que a cooperação é uma forma de ação que tem de ser praticada em grupo
por não existir meios de alguém se auto-cooperar, visto que, essa ação expressa
o agir coletivamente.
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O que é empreendedorismo em rede de cooperação?
A união entre pessoas, com interesses comuns, é um caminho para promover
o empreendedorismo em rede de cooperação. Assim, cada uma colabora com a
ideia de negócio da outra formando alianças empreendedoras que visa o bem de
todas.
Martinelli e Joyal (2004, apud Galvão, s.n.d) comentam que, nas estruturas
de redes, todos os atores têm aproximadamente o mesmo poder, pois cada
um decide sobre a sua ação, e seu nível de responsabilidade é próximo, sendo,
portanto, corresponsabilidade sobre as ações do grupo como um todo. A rede
então é também um conjunto dinâmico de elementos, que mantém relações de
empoderamento entre si, onde, todos têm o mesmo grau de poder e ela existe
somente porque este poder é diluído entre os participantes.
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Dinamica
“A rede”
Desenvolvimento: em círculo, de pé e com
as mãos dadas, uma pessoa fica de fora. O
instrutor direciona os participantes para que
um passe por baixo do braço do outro, um
vire de costas, outro de lado, enfim, até que se
forme uma rede embaralhada. Então, chama
se a pessoa que ficou de fora e diz que eles Perceber a importância do
Objetivo próximo para a construção
tem dois minutos para desenrolar e voltar ao de um objetivo comum.
círculo, sem soltar as mãos.
A tendência é que a pessoa vá direcionando Material Um grupo de 6 ou mais pes-
soas.
cada individuo à girar novamente ou passar Necessário
Dinamica
Auxílio mútuo
Desenvolvimento: em círculo, de pé. É dado um
pirulito para cada participante e os seguintes
comandos: todos devem segurar o pirulito
com a mão direita, com o braço estendido.
Não pode ser dobrado, apenas levado para a
direita ou esquerda, mas sem dobrá-lo. A mão
esquerda fica livre. Primeiro solicita-se que Para reflexão da importância
Objetivo do próximo em nossa vida.
desembrulhem o pirulito, já na posição correta
(braço estendido, segurando o pirulito e de pé, Material Pirulito para cada partici-
em círculo). Para isso, pode-se utilizar a mão Necessário pante.
esquerda.
O mediador da dinâmica recolhe os papéis e em seguida, dá a seguinte orientação:
sem sair do lugar em que estão, todos devem chupar o pirulito! Aguardar até
que alguém tenha a iniciativa de imaginar como executar esta tarefa, que só há
uma: oferecer o pirulito para a pessoa ao lado!!! Assim, automaticamente, os
demais irão oferecer e todos poderão experimentar o pirulito. Todos se sentam.
Inicia-se uma breve reflexão de quanto precisamos uns dos outros para chegar
a um objetivo comum.
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O que é a Colaboração Solidária?
De acordo com Mance (1999) a palavra colaboração deriva do verbo latino
collaborare, que significa trabalhar juntos. O termo solidário, por sua vez, deriva
da palavra solidu, significando algo forte, que dificilmente se deixa destruir por
uma força externa. Esse modo de pensar indica uma relação de responsabilidade
entre pessoas unidas por interesses comuns, de maneira tal que cada elemento
do grupo se sinta na obrigação moral de apoiar os demais. Colaboração Solidária
significa, portanto, trabalho e consumo compartilhados cujo vínculo recíproco entre
as pessoas advém, primeiramente, de um sentido moral de corresponsabilidade
pelo bem-viver de todos e de cada um em particular.
Sugestão de Título:
Vídeo: O Valor da Iniciativa
Trabalho em
conjunto,
Cooperativismo
e Economia
Solidária
Título:
Globo Repórter: Vale
Europeu, 19/02/2016
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Título:
Cooperativismo, economia
solidária.
Título:
Cidade Solidária: Consumo
Solidário “Cadeias Produtivas
na Economia Solidária”
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Parte 2
MULHER, TRABALHO E AUTONOMIA
Carga
Horária 1 aula de 3 horas
Roteiro:
● Questionamentos do cotidiano;
● Leitura de histórias e análise;
● A mulher e o trabalho;
● A mulher e o dinheiro;
● Eu mereço!
Preparação:
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Sessão Única
Iniciar a sessão com a discussão sobre o filme “Alice no país das maravilhas”.
Perguntar o que cada uma entendeu do filme e sobre o desfecho dele.
O que é Gênero?
A identidade biológica é definida pelo sexo
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Em cada lugar há uma relação
diferente entre homens e mulheres. Na
religião muçulmana, por exemplo, as
mulheres não podem mostrar em público
praticamente nenhuma parte de seu
corpo. Já no Brasil, as mulheres podem
vestir-se bem à vontade, principalmente
nas praias de nosso litoral.
Leitura
A Princesa Sabichona
Desenvolvimento: reunir as mulheres em
círculo. Contar a história e deixá-las imaginar.
Em seguida, passar o livro para que elas vejam
as ilustrações. Abrir uma roda de conversa
guiada pelas seguintes perguntas:
Discutir o “comportamento
O que essa princesa tinha de diferente das diferente” de uma princesa e
Objetivo questões acerca da obriga-
outras? O que ela gostava de fazer? Como ela toriedade do casamento para
se comportava? O que ela não queria fazer? a mulher.
Por quê? Como a história termina? Vocês
acham que é possível ser feliz para sempre
Tempo 20 a 30 minutos
sem se casar? Por quê?
Neste momento, é importante que o educador problematize a naturalização
do casamento como algo que pode ser vivido tanto por mulheres quanto por
homens ou não, se for uma escolha. Que quebre também o paradigma dos
comportamentos de delicadeza, dependência e obediência como características
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das mulheres. É importante promover a reflexão das empreendedoras no
sentido de entender que podemos escolher e descobrir, experimentando, o que
gostamos de fazer e como queremos que nossa vida seja.
Leitura
Ceci tem pipi
Desenvolvimento: reunir as mulheres em
círculo. Contar a história. Abrir uma roda de
conversa guiada pelas seguintes perguntas:
Porque o Max achava que os “com pipi” são
mais fortes? O que a Ceci tinha de diferente
das outras meninas? O que ela não queria
fazer? Todas as meninas brincam de boneca Discutir masculinidades e
e desenham florzinha? Por quê? As meninas feminilidades. Porque os
homens são considerados
não são boas nos esportes? mais fortes, mais racio-
nais, melhores para as
Como a história termina? Vocês acham que a Objetivo matemáticas e exatas ou
para os esportes do que
mulher pode fazer tudo o que o homem faz se as mulheres. Apontar as
ela quiser? Por quê? E o homem, pode fazer diferenças que são físicas
e as que são só conceituais
tudo o que a mulher faz? Porque? (gênero).
A mulher e o trabalho
Na nossa sociedade, homens e mulheres fazem trabalhos diferentes.
Normalmente os trabalhos de empregada doméstica, manicure, babá, professora
de escola e outros que têm a ver com o CUIDADO e CARINHO, são realizados por
mulheres. Enquanto os trabalhos de pedreiro, motorista, policial, ser político ou
pilotar um avião, que tem a ver com FORÇA e ESTRATÉGIA são realizados pelos
homens.
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certo? Mas será que os homens são mais inteligentes que as mulheres? Ou mais
esforçados para ganhar mais?
A mulher e o dinheiro
Geralmente, ao homem cabe o papel de ser provedor da família e trazer
“dinheiro para casa”. Mas precisa ser assim mesmo? Foi um papel que a sociedade
construiu ao longo do tempo e que pode ser mudado. A cada ano cresce o número
de desempregados. Homens que se viam chefes de família têm hoje que contar
com a renda de suas companheiras.
E você sabia que mesmo trabalhando nos mesmos cargos que os homens,
as mulheres recebem, em média, 30% a menos que eles? Isso quer dizer que se
um homem que é juiz de futebol ganha por mês R$ 1.000,00, uma mulher que é
juíza de futebol, ganha por mês R$ 700,00, no máximo.
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No Brasil, as donas de casa iniciaram a luta pelo direito à aposentadoria, mas
ainda não têm o seu trabalho reconhecido e não são remuneradas. Além disso,
muitas trabalhadoras que vivem de atividades informais em casa, como a venda
de artesanato e alimentos, não dão aos seus produtos o valor real, que inclui sua
valiosa mão-de-obra. Às vezes acham até que seu produto não vale nada, que nem
é tão bom assim.
Sugestão de Título:
Vídeo: The Unfair Menu
Ilustração da
diferença salarial
entre homens e
mulheres
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Você merece fazer aquilo que deseja, que acredita ser importante,
independente de ser homem ou mulher e das escolhas e limites que a sociedade
possa ter imposto para você. Você também merece ser remunerada de maneira
justa pelo trabalho que você realiza! Você merece ter o seu dinheiro e decidir quais
sonhos vai realizar com ele.
Mas isso só vai acontecer se você souber se dar o valor que tem! Sendo assim,
daqui em diante se alguém disser: “Nossa que bolo gostoso!” Você vai responder
“Obrigada, fiz com carinho” ou ainda “Obrigada, deu bastante trabalho” e não “Ah,
está mais ou menos” ou “Poderia estar melhor”.
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Parte 3
DESENHAR O SEU MODELO DE NEGÓCIO
Carga
Horária 3 aulas de 3 horas
Roteiro:
Preparação:
Traga uma tela para pintura e giz á óleo além de jornais, revistas,
cola, tesoura, canetas e canetinhas coloridas e post-its, para serem
usados ao longo da sessão.
Peça a ajuda de outros educadores / coordenadores para as
próximas sessões uma vez que cada empreendedora fará o seu
próprio CANVAS e precisarão de auxílio.
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1ª Sessão
CANVAS e o modelo de negócio
CANVAS é uma palavra usada por pintores e artistas para falar de um quadro
ou pintura. Neste exercício, a proposta é que vocês façam um quadro, uma pintura,
do negócio de vocês.
Todos nós sabemos que para que um quadro seja
vendido ele tem que ser bem bonito ou ter um estilo de
arte muito diferente, inovador. É com este pensamento
em mente que vocês vão pintar o quadro do negócio de
vocês!
As empreendedoras do Quitanda
Sabor Caseiro, que fica lá em Feira
Grande, no interior de Alagoas,
achavam que o negócio delas ia
muito bem, obrigada. Elas tinham
começado já faziam 3 anos, eram a
única lanchonete de pastel e coxinha
em frente à igreja, no miolinho do
povoado e todo mês elas levaram um
dinheirinho para casa. caseiro, de qualidade e muito barato;
Até que elas tiveram a oportunidade também tinham na ponta da língua
de utilizar o CANVAS para pensar no outras coisas a respeito do negócio.
seu modelo de negócio. Elas tinham Mas quando pararam para avaliar os
muita certeza de quem eram os custos que tinham e comparar com
seus clientes: o pessoal da vila que as receitas (dinheiro) que estavam
ia passar tempo na praça, quem ia recebendo elas tomaram um susto...
à missa ou outro evento na igreja e Não sabiam que era tanto gasto!
alguns homens que se reuniam em Foi então que elas resolveram refazer
frente à igreja para beber juntos; todos os preços dos produtos
sabiam muito bem qual o valor que e perceberam que não estavam
entregavam em seu produto: ele era tendo lucro nem prejuízo. O que elas
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gastavam, ganhavam de volta, mas fez diferença para elas na retirada do
ninguém consegue sobreviver assim. fim do mês.
Então, aumentaram um pouquinho Ainda bem que elas tiveram a
os preços, nada que pesasse no bolso oportunidade de pensar juntas no seu
do cliente, mas uma quantidade que modelo de negócio!
1. Use sempre blocos adesivos coloridos (tipo post-it), jornais e revistas para
recorte, lápis de cor e canetinha colorida;
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Modelo de Negócios Elaborado para: Elaborado por: Data: Versão:
Recursos-chave Canais
Sugestão de Título:
Vídeo: Papo Online #07 - Business
Modelo de Model Canvas - Parte II - com
Negócio Prof. Sergio Seloti.Jr
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Título:
O Mapa do Modelo de
Negócio
Uma vez que definindo o perfil do seu cliente e em qual segmento ele está fica
mais fácil de visualizar todo o restante das informações do seu negócio.
● Para quem estou criando valor? (Mulher x Homem? Que idade? Que perfil
de consumo?);
● Qual necessidade destes clientes o meu produto atende? Que problema ele
resolve?
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2. Proposta de Valor
É o motivo pelo qual os clientes escolhem uma empresa ou outra. Ela resolve
um problema ou satisfaz uma necessidade do consumidor. Deve ser o segundo
bloco a ser preenchido.
Definir valor vai muito além de definir produto ou serviços. É definir a razão
pela qual o cliente vai consumir estes produtos ou serviços.
3. Canais
Nesta seção você vai pensar como a sua empresa se comunica e alcança o
segmento de clientes que definiu acima. Vamos pensar nas formas de comunicar,
distribuir e vender o produto.
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4. Relacionamento com o cliente
Neste ponto você deve criar uma estratégia para se relacionar com o seu
segmento de clientes. Por exemplo, as operadoras de celulares, no começo,
utilizavam como estratégia doar o aparelho para que o cliente comprasse a linha.
Agora com o mercado tão cheio de celulares, eles não fazem mais isso, mudaram
a estratégia de relacionamento.
5. Fontes de Receita
É o dinheiro que uma empresa gera a partir da venda para o seu segmento de
cliente. A primeira coisa a saber é: que valor o seu cliente está realmente disposto
a pagar pelo seu produto?
41
2a Sessão
Bloco da Razão
3. Outros custos: levando em consideração que ela leva 8 horas para produzir
uma receita de coxinhas, a soma dos itens abaixo dá R$ 34,34
42
Somando-se os conjuntos de custos chega-se ao seguinte resultado:
43
3a Sessão
Finalização do CANVAS
6. Recursos Principais
Os recursos principais podem ser físicos, financeiros, intelectuais ou humanos.
Tudo vai depender do seu modelo de negócio. Por exemplo, um fabricante de chip
de celular precisa de maquinário muito especifico, mas o criador do chip precisa de
recursos humanos especializados.
7. Atividades-Chave
São as ações mais importantes que uma empresa deve executar para
funcionar com sucesso. Necessárias para oferecer a proposta de valor, alcançar
mercados, manter o relacionamento com o cliente e gerar renda.
São diferentes para cada tipo de negócio. Para uma empresa de computador,
fazer a montagem do equipamento é uma atividade chave, para uma empresa de
consultoria, resolver problemas é mais importante, e assim por diante.
8. Parcerias Principais
Descreve a rede de fornecedores e parceiros que o seu negócio precisa para
funcionar. Cada dia mais as parcerias vêm se tornando uma peça fundamental em
muitos modelos de negócio. As empresas criam alianças para otimizar, reduzir
risco ou adquirir recursos.
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● Quem são os principais fornecedores?
● Que recursos principais estamos adquirindo dos parceiros?
● Que atividades-chave os parceiros executam?
9. Estrutura de Custo
São todos os custos envolvidos na operação de um modelo de negócios.
Custos para criar e oferecer valor, custos para manter o relacionamento com o
cliente, custo das atividades chave, etc.
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Parte 4
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Carga
Horária 4 aulas de 4 horas
Roteiro:
Preparação:
47
1a Sessão
O que é Planejamento Estratégico?
Todos os dias nós temos ideias para melhorar nossas vidas. Exemplos
de outras pessoas, histórias transmitidas na mídia e uma mera conversa com
alguém podem nos motivar a melhorar. E então os desejos começam: desejamos
emagrecer, adquirir hábitos mais saudáveis, pagar um plano de saúde melhor,
poupar para velhice, empreender, comprar um carro novo, passar férias em algum
lugar lindo...
Algumas dessas ideias são muito fáceis de fazer acontecer, outras nem tanto.
Mas o fato é que a maior parte delas morre em segundos. Outras resistem por
horas. Algumas passam a habitar o fundo da nossa mente e de vez em quando
aparecem do nada em momentos de insatisfação “E se... Por que não... Não está
na hora...”.
Dá para imaginar isso na nossa vida quando nos lembramos daquela nossa
listinha de metas de ano novo. Quantas metas dela você cumpriu?
?
Alice: Você pode me ajudar
Gato: Sim, pois não?
Alice: Para onde vai essa
estrada?
r ir?
Gato: Para onde você que
Alice: Eu não sei , estou
perdida.
e
Gato: Para quem não sab
para onde vai, qua lqu er
caminho serve
das Maravilhas
Lewis Carol - Alice no País
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Dinamica
O barquinho
Desenvolvimento: Distribua uma folha de
papel dobradura para cada empreendedora.
A seguir, faça com elas barquinhos de papel.
Que cada empreendedora escreva o nome
do seu empreendimentos no barquinho.
Para reflexão da importância
Leve uma bacia com água e coloque os Objetivo de ter um objetivo.
barquinhos na água e comece a narrar o
texto a seguir, instigando a imaginação das
empreendedoras ao longo da narração. Material Bacia com água e folhas para
Necessário dobrar em formato de barco.
Pergunte: O que você faria para que o
barquinho possa chegar ao outro lado? (Ouvir
o que elas poderiam fazer: assoprar, empurrar com a mão, esperar o vento
soprar, puxar com uma linha?).
Guiá-lo com as mãos seria uma boa resposta. Dessa forma você tem o controle do
seu negócio, observa ele de perto e consegue ajudá-lo a superar os obstáculos.
Assoprar não permite que você controle o seu negócio, você o impulsiona, mas
sem uma direção definida. Esperar o vento soprar pode tanto levar o barco a
destinos indesejáveis como ele pode não sair do lugar caso não haja vento. E
puxar com uma linha pode proporcionar uma direção retilínea, mas que força a
passar por cima dos obstáculos forçadamente, sem planejamento ou mudança
de direção.
OBS: para dicas de como dobrar o papel para que fique em forma de barco,
verifique o complemento II no final do material
Suponhamos que você goste de viajar e que seu sonho é dar a volta no
mundo.
Você deve definir sua rota, prever tempestades e outros fenômenos sobre
os quais você não tem controle. Ao mesmo tempo, outros barcos podem ter o
mesmo sonho que o seu, os quais você deve conhecê-los e compará-los com o
seu barco, para descobrir o que ele tem de bom que deve ser alavancado e o que
precisa melhorar.
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Dica No momento em que estiver narrando a história
Pedagógica: utilize um quadro branco e uma cartolina para
trazer à realidade elementos da história. Assim,
se a história do barquinho de papel fosse a
história do seu negócio, se poderia dizer que dar
a volta ao mundo era o objetivo do barquinho, o
mar e o clima representam o cenário econômico
e situação do mercado, os outros barcos eram
os concorrentes e as tempestades e ilhas eram
os desafios e oportunidades da viagem.
Dinamica
Planejamento Estratégico:
A receita que dá certo
Desenvolvimento: Inicie descrevendo os
elementos do Planejamento Estratégico.
Bolo de Cenoura – O nome da receita é o
OBJETIVO ESTRATÉGICO ou a MISSÃO da
Apresentar e descrever
empresa em questão. É o porque dela existir Objetivo os elementos de um
e o caminho que deve trilhar. É necessário Planejamento Estratégico.
fazer entender que o resultado final, Ingredientes de plástico, sal,
Material
obrigatoriamente tem que ser este, se o bolo Necessário açúcar, farinha, frutas, le-
é de cenoura, de nada adiantará conseguirem gumes etc.
50
Ingredientes – Os ingredientes são os recursos que o empreendimento
dispõe para a realização do objetivo. Como recursos entende-se pessoas do
empreendimento (habilidades e conhecimentos), fundo de investimento,
equipamentos e utensílios, espaço de produção/venda, fornecedores,
comunicação interna. Cada item, ou ingrediente, deve ser discutido para que
consigam entender como cada um contribui dentro do empreendimento. Será
que alguns ingredientes poderiam ser substituídos por outros? Essa pergunta é
uma oportunidade de abrir o leque para novas ideias e formas de concretizá-las.
Os ingredientes são parte fundamental do Planejamento Estratégico. Afinal de
contas, a escolha de ingredientes errados compromete toda execução da tarefa.
Dica: Leve os desenhos dos equipamentos anexos ao material (anexo III) para
que as empreendedoras imaginem o processo de produção do bolo e onde deve
ir cada ingrediente.
Mão na massa – Traga uma foto de um bolo pronto e faça com elas uma reflexão
sobre todo o processo, comparando com o planejamento estratégico do
empreendimento delas.
51
Dica Ao falar de cada item do Planejamento Estra-
Pedagógica: tégico já vá parando para que elas possam ir
realizando os exercícios (Anexo IV) e construindo
o delas.
Histórico do Empreendimento
Quando alguém pergunta a você: “Qual é a sua história?” ou então “Qual é a
história do seu empreendimento?”, estas perguntas são fáceis de responder? Ou
você leva um tempo para reconstruir as memórias e selecionar aquelas que melhor
representam a sua vida e a do empreendimento?
52
Você Sabia? Em um estudo realizado pelo Yahoo! E BBDO com mais de
mil pessoas, descobriu-se que:
Contar a história não é tão difícil quanto parece. Podemos seguir algumas
dicas:
● Saiba quem é você: Para que você conte uma história, você deve
primeiramente conhecer os personagens, o cenário e o contexto da história. Isso
quer dizer que você precisa conhecer a sua história. E acredito que ninguém melhor
do que você mesma não é?
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melhor: “Uma empresa pode contar que o seu produto foi criado 120 anos atrás e
que o produto é muito bom”. Isso não causaria nenhum impacto ou interesse no
público. Porém, a empresa poderia fazer da seguinte forma: “Uma empresa vende
brigadeiros com mais de 15 sabores diferentes, e foram inventados pela Beatriz G.
uma confeiteira vinda de uma pequena cidade no interior”. Essa é uma história que
chama a atenção, ela conta quem é a personagem, o que ela fez e de onde veio.
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2a Sessão
Preparação:
Identidade do Empreendimento
Imagine se você fosse convidada para entrar em um veículo que a levaria a
qualquer lugar. Como você se sentiria se não soubesse qual seria o veículo, o local,
o momento de chegada ao destino e nem as condições de viagem? Trazendo
para o mundo dos negócios... Você já trabalhou em algum lugar assim? Muitas
empresas são assim. Com o passar do tempo as donas, fundadoras e até mesmo
os funcionários esquecem ou não sabem o propósito da empresa existir, aonde ela
quer chegar e quando querem chegar. A empresa que fica dessa forma, quando
cresce e chega a uma situação de sucesso, não sabem o que fizeram para chegar
a isso. É triste, não é?
Definindo a Missão
Aliás, você sabe o que é missão?
Se o seu empreendimento não souber por que ele existe, não conseguirá
definir um Planejamento Estratégico de crescimento, porque os objetivos não serão
claros. A declaração da missão serve como base para a construção da estratégia
(com objetivos, indicadores e metas).
Uma boa definição de missão deve esclarecer o benefício gerado pela empresa
para o seu público-alvo. Em outras palavras:
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“Uma empresa deve existir não para produzir o produto ou prestar o serviço
que consta em seu contrato social (regimento ou estatuto), mas sim, para levar o
benefício (serviço ou produto) ao seu público-alvo. Além disso, uma boa definição de
missão deve ser inspiradora e desafiadora, para que todas as pessoas envolvidas
no empreendimento estejam comprometidas em levar um benefício cada vez
melhor para um (maior) público-alvo.” (NAKAGAWA, M. Movimento Empreenda)
Veja alguns exemplos de missões de empresas brasileiras:
Friboi
Sermos os melhores naquilo que nos propusermos
a fazer, com foco absoluto em nossas atividades,
garantindo os melhores produtos e serviços aos clientes,
solidez aos fornecedores, rentabilidade aos acionistas
e a oportunidade de um futuro melhor a todos os
colaboradores.
Montando a Missão
Como já vimos, a missão deve responder ao que o empreendimento se
propõe a fazer, e para quem. O enunciado da missão é uma declaração concisa do
propósito e das responsabilidades da sua empresa perante os seus clientes:
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O objetivo da empresa é focar em clientes pontuais, ou na massa em geral?
Pensar sobre este assunto e saber precisamente a resposta para estas perguntas
pode fazer toda a diferença. Dentro do contexto da administração, é a missão
corporativa que determina o que a empresa vai ser.
Resultados do Empreendimento
Você lembra do Plano de negócio que elaborou com o CANVAS? Neste pedaço
do Planejamento Estratégico vamos usar muito as informações que você colocou
no painel.
Agora você já sabe contar a sua história. Seu empreendimento tem uma
missão. Mas, você sabe dizer os resultados do seu empreendimento? No Canvas
aprendemos a observar de onde vêm as nossas receitas (aquilo que entra) e em
que temos despesas. No entanto, muitas vezes temos dificuldade de colocar
números e contabilizar estes resultados, não é mesmo? Mas como melhorar o
resultado da empresa se não se conhece os seus resultados? Como saber o que
fazer, ou, por onde começar? É necessário saber medir, para saber melhorar um
resultado.
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O que são custos variáveis?
Os custos variáveis, por sua vez, estão diretamente ligados à produção
do empreendimento, sofrendo alterações de um período para outro. O melhor
exemplo deste tipo de custo vem das matérias-primas: quanto mais se produz,
mais material é utilizado e, portanto, maior é o gasto.
Receitas do empreendimento
O empreendimento não vive só de custos, certo? Que bom! Então vamos
colocar no papel toda renda gerada no seu empreendimento, porque as receitas são
todos os recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma prestação de
serviços. Assim, quando você vende seus produtos, independente da quantidade
e quando você presta um serviço, seja servindo uma festa ou um café da manhã
ou da tarde, você está gerando receita.
Produtos e Serviços
Como boa empreendedora você sabe muito bem os produtos que vende e os
serviços que oferece, não é mesmo? Você se lembra que no CANVAS definimos as
propostas de valor do seu empreendimento? Vamos resgatá-la agora.
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Dica Converse com as empreendedoras sobre os
Pedagógica: produtos e serviços que oferecem. É importante
que elas avaliem os prós e contras em relação
a eles. Depois, auxilie-as no preenchimento do
quadrinho de Produtos e Serviços (Anexo IV).
Tudo o que fazemos no dia a dia poderia ser desenhado num fluxograma.
Até mesmo a sequência do nosso dia. Pense bem: você acorda, escova os dentes,
toma café, se arruma, vai trabalhar, almoça, trabalha de novo, toma um café da
tarde, vai embora para casa, janta e dorme novamente. Esse poderia ser o exemplo
de um dia normal.
Você concorda que nós temos uma sequência de tarefas que realizamos
todos os dias da mesma forma? Pelo menos, dormir e comer várias vezes ao dia
é um padrão, não é mesmo?
Compra Guarda no
Vai ao mercado
ingredientes estoque
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Este é um exemplo bem simples de fluxograma de processo (Anexo IV).
Dá para perceber que para que todas as etapas/tarefas sejam executadas são
necessários materiais ou equipamentos. Conhecer o seu processo é bom por
conta disso também. Você consegue perceber as suas necessidades e caso lhe
falte alguma coisa, pode se planejar e providenciar o que falta antes de iniciar o
processo. Você não vai querer lembrar-se de comprar o fermento do bolo no
momento em que já tenha batido a massa, ou vai?
60
3a Sessão
Análise de Mercado
1. Posicionamento Estratégico
2. Perfil do Consumidor
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Dica de O objetivo principal da pesquisa é o de coletar
Pesquisa: informações sobre seus resultados de vendas e
do quanto as pessoas conhecem e consumiriam
o seu produto.
A pesquisa primária também avalia o plano
de seus concorrentes, buscando lhe dar mais
informações sobre suas ações e movimentos
no mercado.
Algumas questões importantes ainda podem
ser incluídas nessa pesquisa, por exemplo:
1. Que fatores você considera ao comprar
este produto ou serviço?
2. O que você gostou e o que não gostou
sobre produtos ou serviços atuais existentes
no mercado?
3. Que áreas você sugere melhorar na
empresa?
4. Qual é o preço mais adequado para este
produto ou serviço?
3. Canais de vendas
Fazer uma análise dos meus canais de vendas levantados no CANVAS (quais
são, quantos são, são suficientes, eu domino todos eles, etc).
4. Concorrentes
5. Matéria-prima e Fornecedores
Do que preciso para fazer o meu produto? Quem fornece para mim?
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6. Outros
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4a Sessão
Avaliação
Com estas informações todas preenchidas e pensadas, agora é o momento de
começar a avaliar tudo o que foi levantado. Para avaliar, vamos utilizar uma técnica
chamada de matriz FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças).
É um instrumento simples e valioso
de análise de negócio. Sua finalidade é
detectar pontos fortes e fracos de uma
empresa, com o objetivo de torná-la mais
eficiente e competitiva, corrigindo assim
suas deficiências (SEBRAE).
Exemplo 1
Se você acredita que o objetivo da sua empresa está muito forte você vai
colocar nas Fortalezas. Se ele está forte, mas você acredita que ainda há muito que
desenvolver para ele se tornar realidade, pode colocá-lo nas Oportunidades.
Exemplo 2
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Plano de Ação
Esta é a ultima parte do seu planejamento estratégico!
Fazer
cartões de Ampliar Encomen- Gráfica Jessica 15-08-2015
visita e divulgação dar
panfleto
65
ANEXOS
ANEXO I
69
ANEXO II
Projeto de Vida
Relembrando o aprendizado compartilhado até o momento, estabeleça
alguns desafios que te impulsionem a superá-los nos próximos 6 meses (180 dias).
Assim, você estará firmando um compromisso com seu crescimento pessoal e
profissional.
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POTENCIAIS QUE RECONHEÇO EM MIM E QUE USAREI PARA VENCER
DESAFIOS:
1. ______________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________
3. ______________________________________________________________________
4. ______________________________________________________________________
5. ______________________________________________________________________
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ANEXO III
Fermento
Água morna Biológico Óleo
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Baunilha Chocolate Manteiga
Batedeira
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Histórico do Empreendimento
Identidade do Empreendimento
Conte aqui a história do seu empreendimento.
Qual é o nome do seu empreendimento?
Quem faz parte dele?
Definição de Missão
1. Defina qual é o principal benefício que sua empresa leva
a seu público-alvo.
2. Defina qual é a principal vantagem (diferencial)
competitiva que distingue seu empreendimento da
concorrência.
3. Defina se há algum interesse especial que deveria estar
na missão da sua empresa.
4. Elabore uma frase curta que apresente o benefício, a
vantagem competitiva e o interesse da empreendedora.
ANEXO IV
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Resultados do empreendimento
Produtos e Serviços
Cutos fixos do empreendimento:
Quais são os produtos que o seu empreendimento
produz?
Qual o produto que vende mais?
Custos variáveis do empreendimento:
Qual o produto que vende menos?
Receita gerada num período:
Quais os serviços prestados pelo seu empre-
endimento?
76
FLUXOGRAMA DE PROCESSO
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Posicionamento Estratégico
Perfil do Consumidor
Qual a área do seu negócio? O nicho de mercado
em que está inserido? Espaço para apresentação do resultado da pes-
quisa realizada:
Como é este mercado?
O que eu ofereço neste mercado?
O que me diferencia?
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Canais de Vendas Concorrentes
Fazer aqui uma análise dos canais levantados no Quem são os meus concorrentes diretos e indi-
CANVAS: retos?
Quais as vantagens competitivas que eles tem?
Porque alguns consumidores escolhem comprar
com eles?
O que eles entregam de melhor ou diferente?
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Outros Fatores
Matéria-Prima e Fornecedores
Como a situação econômica do país pode se
A partir da lista de recursos necessários levantada relacionar com o seu empreendimento?
no CANVAS, liste aqui as principais matérias-prima
que você precisa para fazer o seu produto :
Quais são as tendências de consumo para o seu
nicho de mercado?
Quem são os seus fornecedores? Você depende só
deles ou poderia trocar? Como é seu relacionamento Você enfrenta algum tipo de barreira fiscal ou legal?
com eles? É possível barganhar por preço?
Você poderia usar a tecnologia para te ajudar com
o negócio? Como?
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ANEXO V
Suma*
Bardiya, Nepal
[Imagem 1]
[Imagem 2] Ela compõe canções para lembrar que as suas lembranças são
reais. E, muitas vezes, com tanta tristeza ao seu redor, o que sai reflete tristeza.
Seus pais fizeram trabalho forçado, quando eram crianças. Kamlar e kamlari
eram como eram chamados. É assim que fazem as coisas por onde ela vive. É
assim que tem sido para os pobres. Era necessário que ela se submetesse a um
senhor, se não, como ela sobreviveria?
[Imagem 3] Esta era a casa de seu primeiro senhor. O pai e a mãe de Suma
a venderam para que ela tivesse um lugar onde morar, e comida suficiente para
comer. [Imagem 4] Ela tinha apenas seis anos de idade.
Fagundes Tharu, seu senhor, era senhorio e moleiro. Ele fazia Suma trabalhar
das 4h da manhã até de tarde da noite. [Imagem 5] Suma tinha que limpar a casa,
lavar a louça e ir para a floresta buscar lenha. [Imagem 6] Quando não cuidava de
cabras, Suma cuidava de crianças.
Para Suma as cabras eram mais boazinhas. As filhas zombavam dela, porque
suas roupas eram rasgadas. Elas provocavam Suma. Batiam nela.
[Imagem 8] Esta era a casa de seu segundo senhor. Janak Malla usava
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uniforme para trabalhar. Ele e a patroa eram muito duros. [Imagem 9] “Garota sem
sorte”, é como costumavam chamá-la. “Ei garota sem sorte, faça isso”, gritavam.
[Imagem 10] Eles faziam Suma dormir no galpão das cabras, vestindo trapos, e
comendo restos de seus pratos sujos.
[Imagem 11] Suma não pôde falar sobre tudo o que aconteceu naquele lugar,
mas ela nunca esquecera o que passara por lá. Foi neste lugar que começou a
escrever suas canções. Só as canções eram capazes de fazê-la suportar.
[Imagem 12] Esta era a casa do seu terceiro senhor. Ela tinha 11 anos quando
chegou à casa de Chaitey Tharu. Ela era uma kamlari há cinco anos. Não era tão
ruim nesta casa. [Imagem 13] Na verdade, era ruim porque havia muito trabalho,
mas havia um inquilino na casa, um professor chamado Bimal Sir. [Imagem 14]
Ele mudou a sua vida. Bimal Sir convenceu seus mestres a matricula-la no curso
noturno. [Imagem 15] Suma e outras alunas se reuniam no final do dia de trabalho
e aprendiam a ler e escrever. Suma amava essa aula à noite. A aula era ministrada
por assistentes sociais, para meninas como Suma, kamlaris. [Imagem 16] Nestas
aulas também conversavam com os professores sobre o que era ser uma kamlari.
E quando falavam sobre isso, começavam a perceber que trabalho forçado era
escravidão. E não é?
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[Imagem 21] “Eu sou senhora da minha vida agora”, disse Suma. “Eu não
tenho patroa. Eu fui a última da família a fazer trabalho forçado. Depois de mim,
todos serão livres. [Imagem 22] Eu sinto como se tivesse poder, como se pudesse
fazer qualquer coisa. E eu tenho tantas coisas importantes a fazer”.
[Imagem 23] Dentro desta casa está uma menina como Suma. Longe de
seus pais, trabalhando dia à noite, querendo tanto ser livre. [Imagem 24] Suma e
outras mulheres e meninas foram até esta casa, à casa do senhor dela, para dizer:
“Sabemos que você tem uma kamlari trabalhando para você. Você deve libertá-la”.
[Imagem 28] “Eu vi de onde vem a mudança. Ela vem como uma canção que
não dá pra segurar. De repente, é como um suspiro percorrendo seu corpo, e você
está cantando! E outros pegam a melodia e começam a cantar também. É uma
doce melodia ecoa para o mundo, e toca o coração de uma pessoa. E depois de
outra. E de outra”.
[Imagem 29] Para Suma não é suficiente estar livre. Ela usa a educação que
teve para garantir que todas as meninas possam ir para a escola.
83
ANEXO VI
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COMPLEMENTOS
COMPLEMENTO I
Utilize com as participantes a análise SWOT/FOFA Pessoal e Profissional.
Analisando pontos fortes, oportunidades, pontos fracos e ameaças.
Pontos Pontos
fortes Oportunidades fortes Oportunidades
Pontos Pontos
fracos Ameaças fracos Ameaças
EU AMBIENTE EU AMBIENTE
EXTERNO EXTERNO
Análise Pessoal
EU: avaliar pontos fortes e fracos da minha personalidade, habilidades e
conhecimentos: “no que realmente sou boa e me difere – pontos fortes” e “no que
não sou boa e que impede meu crescimento pessoal –fraquezas”.
AMBIENTE EXTERNO: avaliar a força que o mundo exerce sobre mim.
Oportunidades que vislumbro e ameaças que podem fazer com que as
oportunidades não se concretizem na minha vida.
Análise Profissional
EU: avaliar pontos fortes e fracos (características empreendedoras e
comportamentais) que percebo em mim e que ajudam ou impedem de tornar real
minha ideia de negócio.
AMBIENTE EXTERNO: avaliar a força que o mundo exerce sobre minha ideia
de negócio. Oportunidades que vislumbro e ameaças que podem fazer com que
as oportunidades não se concretizem na minha vida profissional.
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COMPLEMENTO II
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REFERÊNCIAS
*As imagens desse material foram retiradas dos bancos de imagem freepik.com e pexels.com.
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