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1 INTRODUÇÃO

A Injúria Renal Aguda (IRA) caracteriza-se “pela deterioração abrupta e persistente da


função renal, que resulta na incapacidade dos rins em excretar escórias nitrogenadas e em
manter a homeostase hidroeletrolítica” (TITAN, 2013, p. 139).
Afeta quaisquer indivíduos, independentemente da idade, gênero ou raça. Todavia, é
mais comum em pessoas com idade mais avançada e com histórico de outras doenças renais ou
sistêmicas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e entre
outras, segundo Barcellos e Araújo (2019).
A sua etiologia resulta de diversas causas, como traumas, infecções, medicamentos
nefrotóxicos, doenças autoimunes e outras, podendo levar à necessidade de hospitalização ou
até a morte. Diante da diversidade de condições passíveis de causar a IRA, a sua classificação
é organizada em pré-renal, relacionada as condições que tem efeito direto na a diminuição da
volemia no organismo (hipovolemia absoluta e hipovolemia relativa), renal, no qual implica
em alterações na funcionalidade dos rins (vascular, glomerular, nefrite instersticial e necrose
tubular aguda) e pós-renal, relacionado a problemas que envolve obstruções da estrutura renal
e demais componentes do sistema urinário (TITAN, 2013).
A evolução da injúria renal pode ocorrer em um período de dias a semanas, podendo ou
não ser manifestada com redução do débito urinário, sendo acompanhada de outros sintomas
como a anorexia, náuseas e vômito, e sintomas de maior gravidade, como convulsões e coma
(MALKINA, 2022).
A utilização preferencial do termo Injúria Renal Aguda permite abordar de forma
completa a etiologia multifatorial da condição, como explica Reis et al (2022, p. 435):
“Uma vantagem adicional da utilização do termo “injúria” é que abrange desde os
casos de iniciais com alterações funcionais celular e tecidual até os casos de lesão
anatômica estabelecida. Por isso sugere-se evitar o termo lesão renal aguda (LRA),
que se restringiria aos casos de lesão anatômica renal. Deve-se também evitar o uso
do termo “insuficiência”, pois denota um estágio mais avançado de falência renal”.

A recorrência das condições que afetam a viabilidade e funcionamento adequado dos


rins pode aumentar o risco de desenvolvimento da Insuficiência Renal Crônica (IRC),
caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal e do parênquima renal devido
desenvolvimento de fibrose no tecido do órgão. A IRA pode ser um fator de risco importante
para o desenvolvimento da IRC, especialmente em pacientes com fatores de risco adicionais,
como diabetes, hipertensão arterial e idade avançada, conforme Santos (2022).
Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de terapia renal substitutiva, como a
hemodiálise, procedimento que consiste na remoção de excesso de líquidos e substâncias
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tóxicas do sangue, realizando a função renal prejudicada pela injúria. No entanto, a hemodiálise
é um tratamento invasivo e caro, que realizam a regulação que os rins não conseguem fazer
durante o período de crise renal.
A permanência da IRA e seu agravamento pode gerar consequências como mortalidade
excessiva, aumento da permanência hospitalar e diante da sobrevivência pode ocorrer a
dependência da diálise, trazendo altos custos e mudanças drásticas na rotina do paciente para
manutenção da vida, conforme explica Johnson, Feehally e Floege (2016).
Pela manifestação insidiosa da IRA e pela mesma ter a capacidade de gerar resultados
que podem levar a dependência de cuidado até o final da vida ou ao óbito, torna-se importante
identificar as principais causas e fatores de risco associados à IRA para atuar num contexto
preventivo diante das condições mais passíveis da condição.
Diante do exposto, a presente pesquisa visa identificar a principal classificação
diagnóstica relacionada aos casos de Injúria Renal Aguda em uma unidade de nefrologia no
município de Santana, visando compreender de que forma a IRA é classificada, entender quais
condições levam a pessoa com injúria renal aguda a necessitar de terapia hemodialítica e qual
a principal prevalência da classificação fisiopatológica identificada.
Para o desenvolvimento da pesquisa foi selecionado a metodologia descritiva,
retrospectiva, documental, de natureza quantitativa, visando avaliar as motivações que levaram
os pacientes diagnosticados injúria renal aguda a necessitarem realizar tratamento
hemodialítico em uma clínica de nefrologia no estado do Amapá.

1.1 PROBLEMA DA PESQUISA

A Injúria Renal Aguda (IRA) é uma condição clínica complexa que muitas vezes
apresenta um desenvolvimento silencioso, sendo detectada somente quando ocorre a crise renal.
Esse fato evidencia a importância de estudar e compreender os fatores de risco e as condições
que podem levar ao surgimento da IRA. Diversos fatores, como desidratação, hipovolemia, uso
de medicamentos nefrotóxicos, doenças renais pré-existentes e eventos como sepse, podem
contribuir para o desenvolvimento dessa condição.
Nesse contexto, é essencial buscar formas de prevenir as condições que podem levar à
IRA. A identificação precoce e o gerenciamento adequado dos fatores de risco podem
desempenhar um papel crucial na redução da incidência e da gravidade da IRA. Além disso, a
conscientização sobre os fatores de risco pode permitir intervenções oportunas para evitar o
surgimento da crise renal.
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As consequências da IRA podem ser significativas e impactar negativamente a


qualidade de vida dos pacientes, representando uma condição de grande relevância clínica.
Compreender os desfechos associados à IRA e os fatores que contribuem para seu surgimento
é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes.
Diante desse contexto, a pergunta problema desta pesquisa é: "Quais são a prevalência
dos casos de Injúria Renal Aguda (IRA) no Centro de Nefrologia no Estado do Amapá-AP e os
principais fatores de risco associados ao desenvolvimento dessa condição?". Esta pergunta
orienta a investigação sobre a incidência da IRA nessa região específica e busca identificar os
fatores de risco que estão mais diretamente relacionados ao surgimento da doença, contribuindo
assim para uma melhor compreensão e abordagem clínica da IRA.

1.2 HIPOTESE

A Injúria Renal Aguda é uma doença que pode ser causada por diversas condições
classificadas em pré-renais, renais e pós-renais.
H1: A prevalência de paciente encaminhados para hemodiálise são decorrentes de condições
pré-renais, que são causadas por alterações no fluxo sanguíneo para os rins devido a fatores
como hipovolemia, hipotensão arterial, insuficiência cardíaca ou choque.
H2: A principal causa de realização de hemodiálise em paciente com IRA está relacionada a
patologias classificadas como renais, causada por danos diretos aos rins devido a condições
como glomerulonefrite, pielonefrite, necrose tubular aguda ou nefropatia intersticial.
H3: A prevalência de sessões de terapia hemodialítica de paciente com IRA relacionado à
condições fisiopatológicas pós-renais, geradas pela obstruções no fluxo de urina devido a
condições como cálculos renais, tumores ou doenças prostáticas.

1.3 OBJETIVO GERAL

Identificar a principal classificação diagnóstica relacionada aos casos de Injúria Renal


Aguda (IRA) na Clínica da Vida, no Município de Santana-AP.

1.4 OBJETIVO ESPECIFICO

 Compreender a classificação fisiopatológica da Injúria Renal Aguda;


 Entender as condições que levam o paciente com IRA a realizar tratamento
hemodialítico.
 Identificar as condições patológicas mais recorrentes para realização de hemodiálise e
identificar a classificação fisiopatológica no qual é agrupada.
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1.5 JUSTIFICATIVA

A Injuria Renal Aguda é uma condição clínica de grande impacto na saúde pública,
porém sua abordagem na literatura científica visa condições específicas associada ao
desenvolvimento da IRA, sendo vaga a abordagem de estudos que avaliem as condições causas
da condição em uma população. Diante da relevância científica desse tema, a presente pesquisa
busca preencher essa lacuna, fornecendo dados sobre a prevalência das diferentes classificações
diagnósticas relacionadas aos casos de IRA em uma Clínica de Nefrologia no Município de
Santana-AP.
Além da relevância científica, a pesquisa também apresenta relevância acadêmica, uma
vez que possibilita a compreensão do processo de pesquisa e da construção de novos saberes,
bem como para o fortalecimento da produção científica local. Assim como contribui para a
formação dos acadêmicos envolvidos na pesquisa, permitindo compreender o perfil da condição
na população local, fortalecendo a importância de desenvolver uma assistência de enfermagem
preventiva ao atuar profissionalmente.
A relevância profissional do estudo também é significativa, pois permite a identificação
dos fatores de risco associados à IRA e, assim, contribui para a prevenção e tratamento da
doença. Com a compreensão desses fatores, os profissionais da saúde poderão atuar de forma
mais efetiva na prevenção e tratamento da IRA, evitando a recorrência da condição e seu
agravamento que leva ao aumento da necessidade de cuidados relacionados a atenção terciária
e reduzindo os custos com tratamentos.
Por fim, a pesquisa também apresenta relevância social, uma vez que possibilita a
compreensão do comportamento da sociedade local em relação à IRA e, portanto, permite o
desenvolvimento de cuidados específicos para essa população.

2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DA INJÚRIA RENAL AGUDA (IRA)
A IRA é caracterizada como uma “redução abrupta da função renal, que se mantém por
períodos variáveis, resultando na inabilidade dos rins para exercer suas funções de excreção e
manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo” (SANTOS et al, 2015, p. 1).
Por ser uma condição que apresenta muitas e variadas etiologias, a classificação da IRA
envolve a condição causal do problema em relação ao rim, ou seja, se a problemática é externa
ao rim mas interfere na sua funcionalidade (pré-renal), se a fonte do problema é intrínseca ao
órgão (renal) ou é ocasionada pelas estruturas adjacentes ao rim (pós-renal). Todas são passíveis
de correção que afetem a função renal quando a causa é rapidamente identificada e corrigida.
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As condições classificadas como pré-renais resultam de forma geral na perfusão renal


prejudicada, resultante da queda na pressão de filtração capilar glomerular. Conforme explica
Johnson, Feehally e Floege (2016, p. 2217):
“A IRA pode ser precipitada por agentes que prejudicam a vasodilatação arteriolar
aferente (agentes anti-inflamatórios não esteroidais [AINES]) ou a vasoconstrição
eferente (inibidores da enzima de conversão da angiotensina [ECA] e bloqueadores
do receptor de angiotensina [BRA]) ”.

Os autores também relacionam que a perda de volume extracelular está associada como
causa secundária da IRA pré-renal, ocorrendo por desordens relacionadas ao trato
gastrintestinal (diarreia, vômito), perdas renais (diuréticos), perdas pela pele (queimaduras,
sudorese abundante). Esses fatores provocam a diminuição da volemia, caracterizando-se pela
redução da excreção urinária de sódio e água e elevação da osmolaridade urinária, entretanto,
no momento que os fatores condicionantes são corrigidos a condição é revertida.
As causas classificadas como renal estão relacionadas a problema diretamente ligado
aos rins, podendo ser classificado mais especificamente de acordo com a estrutura renal afetada,
como os glomérulos, túbulos, interstício e vasos renais, destas, a lesão tubular ser a condição
que mais apresenta problemas recorrentes, sendo afetada por problemas isquêmicos
(complicações obstétricas e síndrome hemolítico-urêmico) ou agentes tóxicos (antibióticos
aminoglicosídios, contrastes radiológicos e quimioterápicos, assim como pigmentos
[mioglobina] e venenos ofídicos) (SANTOS, MATSUI e SCHOR, 2018).
Titan (2013) ressalta a etiologia pós-renal é caracterizada pela obstrução do fluxo
urinário, sendo divididas em intratubular e extratubular, prejudicando a eliminação de urina dos
rins. Essa obstrução pode ser causada por cálculos renais, tumores, estenose uretral ou obstrução
do trato urinário superior. A retenção de urina leva ao aumento da pressão intraluminal,
causando lesões nos tecidos renais e comprometendo a função renal, o tempo de duração da
obstrução determinará o grau da lesão.
Cardoso (2019) enfatiza que compreender a etiologia e fisiopatologia da injúria renal
aguda é fundamental para o diagnóstico precoce, tratamento adequado e prevenção de
complicações. O conhecimento desses mecanismos patológicos nos permite identificar
potenciais alvos terapêuticos e estratégias de intervenção. Além disso, uma melhor
compreensão dos processos fisiopatológicos subjacentes pode contribuir para o
desenvolvimento de abordagens preventivas e terapêuticas mais eficazes no manejo da IRA.
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2.2 TERAPIA HEMODIALÍTICA AOS PACIENTE COM IRA

Diante do diagnóstico de IRA, a expectativa visa corrigir a condição causal de desordem,


para isso “o manejo terapêutico apropriado requer o diagnóstico oportuno da condição clínica.
[...] O objetivo principal inclui a manutenção da estabilidade hemodinâmica adequada para
assegurar a perfusão renal e evitar mais injúria renal (JOHNSON, FEEHALLY e FLOEGE,
2016, p. 2340).
O grau da injúria renal pode resultar em desfechos adversos, como a necessidade do
tempo de permanência em internação, assim como a realização de terapia renal substitutiva
(TSR) para diminuição do agravamento da injúria.
De acordo com as diretrizes clínicas da Sociedade Brasileira de Nefrologia, os fatores
indicativos para realização de hemodiálise nos casos injúria aguda são hiperpotassemia,
hipervolemia manifestados por meio de edema periférico, derrame pleural e pericárdico, ascite,
hipertensão arterial e insuficiência cardíaca congestiva, uremia, acidose metabólica grave (YU
et al., 2007).
Andrade et al. (2018) ressalta que ao realizar a terapia hemodialítica em pacientes com
IRA, é importante considerar aspectos clínicos adicionais. Isso inclui a escolha adequada do
acesso vascular, que pode ser feito por meio de um cateter venoso central temporário ou um
acesso vascular permanente, como uma fístula arteriovenosa. O monitoramento regular dos
parâmetros clínicos e laboratoriais é essencial para ajustar o tratamento de acordo com as
necessidades individuais de cada paciente.
Para Silva e Matos (2019) a terapia hemodialítica não apenas desempenha um papel
crucial na correção das alterações metabólicas e na remoção de toxinas, mas também está
associada a desafios e complicações potenciais. Questões como hipotensão, complicações
relacionadas ao acesso vascular e distúrbios eletrolíticos devem ser cuidadosamente
monitorados e gerenciados durante a terapia.
Em resumo, a terapia hemodialítica é um componente fundamental no tratamento da
Insuficiência Renal Aguda, especialmente nos casos em que a função renal está severamente
comprometida. Compreender os princípios básicos, indicações e aspectos clínicos dessa terapia
é essencial para fornecer o cuidado adequado aos pacientes com IRA, melhorando sua sobrevida
e qualidade de vida.
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3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Trata-se de um estudo descritivo, com análise retrospectiva, documental com abordagem
quantitativa, com vista a uma abordagem mais focalizada, pontual e estruturada.
Segundo Gil (2017) a abordagem quantitativa é aplicada para quantificar e mensurar as
informações coletadas, utilizando métodos estatísticos e análises numéricas. Essa metodologia
permite uma análise objetiva dos dados, possibilitando a identificação de padrões
estatisticamente significativos e a obtenção de resultados mais precisos. A análise quantitativa
também facilita a comparação de dados e a elaboração de conclusões baseadas em evidências
concretas.

3.2 CENÁRIO DA PESQUISA


Unidade de Nefrologia Clínica da Vida Lourival Duarte Brandão, pertencente ao
complexo hospitalar de Santana, localizado na Rua Pastor Sozinho, Nova Brasília, Santana,
CEP: 68927-110.
A clínica foi inaugurada no dia 30 de junho de 2017, composta por 14 máquinas de
hemodiálise que realizam o tratamento hemodialítico nas terças, quintas-feiras e sábados nos
turnos da manhã e tarde, permitindo atender a capacidade de 80 pacientes. A clínica atua equipe
multidisciplinar composta de dois médicos nefrologistas, cinco enfermeiros, 25 técnicos de
enfermagem com especialização ou treinamento na área, psicólogo e assistente social
(GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ, 2017)

3.3 SUJEITO DA PESQUISA


Os sujeitos da pesquisa serão as pessoas diagnosticadas com Injúria Renal Aguda que
estão atualmente passando por tratamento de hemodiálise ou que já passaram pelo tratamento
desde o funcionamento da clínica.

3.3.1 Critério de Inclusão


 Prontuário de pacientes com diagnóstico confirmado de Injúria Renal Aguda;
 Pacientes que passaram pelo processo de hemodiálise decorrente de IRA;
 Pacientes que realizaram hemodiálise na clínica da vida ou em outra unidade do
complexo hospitalar de Santana.
 Prontuário apresentar diagnóstico confirmado de IRA.
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3.3.2 Critérios de Exclusão


 Prontuários de pacientes que fazem hemodiálise decorrente de Insuficiência Renal
Crônica (IRC).
 Pacientes que foram diagnosticados com IRA e evoluíram para IRC;
 Pacientes transferidos para outra clínica de hemodiálise
 Prontuários que não indiquem diagnóstico imprecisos, não apresentem alteração renal
aguda associável a IRA, incompletos e ilegíveis.
 Prontuários de pacientes com históricos de doenças renais crônicas pré-existente

3.3.3 Riscos e Benefícios


Dentre os fatores de risco, podem ser listados a possibilidade de dificuldade de acesso
aos prontuários de pacientes que fizeram apenas uma sessão de hemodiálise na clínica devido
o paciente não realizar tratamento contínuo na clínica, os prontuários de pacientes que fizeram
hemodiálise não apresentarem um diagnóstico fechado de IRA, as alterações agudas da função
renal serem mais recorrentes em pacientes hospitalizados e o processo de hemodiálise ser feito
em outra clínica, como na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), necessitando assim direcionar
a pesquisa para esse outro cenário.
Outras condições podem implicar na pesquisa, como o tempo para a aprovação da
pesquisa para que seja realizado a coleta de campo, tornando inviável a avaliação do perfil da
população local em relação à Injúria Renal Aguda.
Os benefícios esperados incluem o avanço do conhecimento científico sobre a
prevalência das diferentes classificações diagnósticas relacionadas à Injúria Renal Aguda, bem
como a identificação dos fatores de risco associados. Isso pode contribuir para a melhoria do
diagnóstico, tratamento e prevenção dessa condição clínica, permitindo entender de que forma
a condição prevalece na população.

3.4 INSTRUMENTO E PROCEDIMENTOS DE COLETAS DE DADOS


Os instrumentos de pesquisa serão os prontuários das pessoas que foram diagnosticadas
com IRA e realizaram processo de hemodiálise para correção da injúria no período de 2020 à
2023. O dado coletado do prontuário será o diagnóstico do paciente, visando identificar as
tendências relativas à complicação causadora da injúria renal.
Os dados serão organizados em planilha no programa Microsoft Excel para que seja
identificada as tendências dos dados obtidos como a categoria que mais prevaleceu em cada
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ano do período estudado, principal condição patológica que geou a desordem do organismo,
assim como a classificação da IRA prevalente no período de estudo.

3.5 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS


Este estudo seguirá rigorosamente os princípios éticos e legais para a condução de
pesquisa envolvendo seres humanos. Serão observadas as normas estabelecidas na Resolução
nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, que regulamenta as pesquisas envolvendo seres
humanos no Brasil.
Antes de iniciar a coleta de dados, o projeto de pesquisa será submetido à apreciação e
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) local ou de uma instituição credenciada,
garantindo a conformidade com as diretrizes éticas estabelecidas. Todos os procedimentos
adotados neste estudo serão realizados em conformidade com os princípios da autonomia,
beneficência, não maleficência e justiça.
Após aprovação pelo CEP para realização da pesquisa, serão obtidas as autorizações
pertinentes para o acesso aos prontuários e documentos médicos dos pacientes através da Escola
de Saúde Pública (ESP), seguindo os trâmites legais e as políticas institucionais de acesso a
informações médicas.
Será assegurado o anonimato e a confidencialidade dos dados coletados. Todas as
informações serão tratadas de forma sigilosa e serão utilizadas exclusivamente para fins de
pesquisa. Não será solicitado o consentimento informado dos pacientes, uma vez que este é um
estudo retrospectivo, utilizando dados já existentes nos prontuários médicos. No entanto, os
dados serão utilizados de forma agregada e anonimizada, sem identificação direta dos pacientes.
Os pesquisadores se comprometem a utilizar os dados exclusivamente para fins
científicos e acadêmicos, não divulgando informações pessoais ou sensíveis dos participantes.
Este estudo respeitará todas as leis e regulamentos pertinentes relacionados à proteção de dados
e privacidade, assegurando que todas as atividades de pesquisa sejam conduzidas de maneira
ética e legal.
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4 CRONOGRAMA

Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
ATIVIDADE
2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023
Elaboração do
Projeto de X X X X X
Pesquisa
Revisão de X X X X X X X X X X X
literatura
Pré- X
qualificação
Qualificação X
do Projeto
Submissão ao X
CEP
Coleta de X X X X X
Dados
Análise de X X X X X
dados
Entrega do X
artigo à Banca
Defesa do X
Artigo
Fonte: Dados das Autoras
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REFERÊNCIAS
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