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A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM

PRESTADOS EM TERAPIA INTENSIVA A PACIENTES


EM PROCESSOS HEMODIALÍTICOS VENOVENOSOS
CONTÍNUOS: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Verônica Jesus de Sousa*

Resumo
O enfermeiro da UTI se confronta diariamente com pacientes de diagnósticos diversos e graves,
susceptíveis de desenvolver Lesão Renal Aguda. Ele está diretamente relacionado a esse processo,
uma vez que o compromisso profissional vincula-se à assistência. A partir daí, foi realizada uma
revisão de literatura sobre a importância dos cuidados de enfermagem prestados a pacientes crí-
ticos em hemodiálise venovenosa contínua (CVVHD). Visando a demonstrar fatores que contri-
buam para a importância da assistência de enfermagem na CVVHD em UTI, bem como destacar
a atuação do enfermeiro nessa assistência, a pesquisa buscou na literatura, como referencial, o
posicionamento assistencial do enfermeiro em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) frente ao pa-
ciente em uso de CVVHD. Foi realizada pesquisa bibliográfica sobre Insuficiência Renal Aguda,
Insuficiência Renal Crônica e Hemodiálise, focalizando a Assistência de Enfermagem em Hemo-
diálise Contínua Venovenosa. Foram selecionados os artigos publicados entre os anos de 2000 e
2012. Para os livros encontrados, não houve limite de ano ou edição. Todo o material pesquisado
estava no idioma português e foi encontrado em bibliotecas públicas, nos acervos da biblioteca
virtual de saúde e biblioteca virtual da UFBA (Universidade Federal da Bahia). De acordo com
os autores analisados, o enfermeiro tem papel relevante em terapia intensiva no que se refere a
procedimentos hemodialíticos venovenosos contínuos. Foram também traçados fatores que con-
tribuem para a importância dessa assistência.

Palavras-chave
Insuficiência Renal Aguda e Crônica. Hemodiálise. Assistência de Enfermagem em Hemodiálise.

1. Introdução do avanço tecnológico nas diversas áreas do co-


A enfermagem, na qualidade de profissão da área nhecimento humano, sobretudo, os avanços que
de saúde que apresenta como essência e foco domi- proporcionam um prolongamento da expectativa
nante o cuidado ao ser humano, sofre a influência de vida da população. Com isso, o aumento dos

* Enfermeira. Especialista em Enfermagem em UTI pela Atualiza Cursos. E-mail: vsousanana@yahoo.com.br

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recursos médicos tecnológicos, como a descoberta literatura sobre a importância dos cuidados de
de novos métodos diagnósticos e terapêuticos, e a enfermagem prestados a pacientes críticos em
melhoria das medidas preventivas e das condições hemodiálise venovenosa contínua (CVVHD). A
de vida impulsionam a exigência de uma enferma- pesquisa buscou na literatura, como referencial,
gem cada vez mais preparada e capacitada no de- o posicionamento assistencial do enfermeiro em
sempenho do cuidado. UTI frente ao paciente em uso de CVVHD. Vi-
sando a demonstrar fatores que contribuam para
Assim, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
a importância da assistência de enfermagem na
constitui-se uma unidade complexa, destinada a
CVVHD em UTI, bem como destacar a atua-
pacientes gravemente enfermos, susceptíveis, na
ção do enfermeiro nessa assistência, realizou-se
maioria das vezes, à falência de órgãos essenciais pesquisa bibliográfica sobre Insuficiência Renal
para a manutenção da vida, dentre eles, a perda da Aguda, Insuficiência Renal Crônica e Hemodiá-
função renal. Na UTI, encontramos uma enferma- lise, focalizando a Assistência de Enfermagem em
gem preparada e capacitada para a assistência pres- Hemodiálise Contínua Venovenosa.
tada a esses pacientes. Os rins desempenham um
papel importante na manutenção do volume ade- A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise
quado de líquido extracelular e de sua composição e interpretação de livros, periódicos, documentos
eletrolítica correta. Infelizmente, com frequência, mimeografados ou fotocopiados, mapas, imagens,
esse sistema apresenta mau funcionamento ao lidar manuscritos, etc. Ela constitui uma excelente téc-
com pacientes críticos. Está claro que a disfunção nica para fornecer ao pesquisador a bagagem teó-
renal, nesses pacientes, leva a um aumento acen- rica, de conhecimento e o treinamento científico
tuado da mortalidade, pois, geralmente, também que habilitam a produção de trabalhos originais e
apresenta comprometimento em múltiplos órgãos. pertinentes (LAKATOS, 1992). Foram seleciona-
dos os artigos publicados entre os anos de 2000 e
Os métodos dialíticos representam importante 2012. Para os livros encontrados, não houve limite
papel no tratamento da disfunção renal. Temos a de ano ou edição, mas todo o material estava no
diálise, que consiste em um processo de depura- idioma português, sendo encontrados em biblio-
ção do sangue, no qual a transferência de solutos tecas públicas, nos acervos da biblioteca virtual de
e líquidos ocorre através de uma membrana semi- saúde e biblioteca virtual da UFBA (Universidade
permeável que separa dois compartimentos. A he- Federal da Bahia). Na busca desses materiais, fo-
modiálise é um processo mecânico de terapia de ram estabelecidos os seguintes descritores: Insufi-
substituição renal, que tem por objetivo remover ciência Renal Aguda e Crônica, Hemodiálise e As-
as substâncias tóxicas e o excesso de líquido que sistência de Enfermagem em Hemodiálise.
se acumulam em virtude da falência renal, como
se fosse um rim artificial. Os métodos podem ser Para a análise dos dados obtidos, todo o material
contínuos ou intermitentes (MORTON; FONTAI- recolhido foi submetido a uma triagem, que le-
NE, 2011). vou a um plano de leitura, atenta e sistemática,
acompanhada de anotações e fichamentos. Foram
Porém, segundo Padilha et al (2010), os contínuos selecionados os que continham subsídios que
ganham destaque em relação aos intermitentes no correspondiam ao tema proposto, formando em-
emprego em pacientes críticos devido à vantagem basamento para compor a pesquisa, direcionando
de maior estabilidade hemodinâmica, requerendo os resultados, que foram analisados com relação
uma enfermagem capacitada no conhecimento aos objetivos propostos e apresentados na conclu-
para instalação e condução desse procedimen- são da pesquisa, em um texto redigido de forma
to. Nesse sentido, foi realizada uma revisão de concisa e clara.

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2. Desenvolvimento rins. Se não estão conseguindo eliminar a creatini-


na produzida diariamente pelos músculos, os rins,
A Insuficiência Renal sobrevém quando os rins
provavelmente, também estarão tendo problemas
não conseguem remover os resíduos metabólicos
para eliminar diversas outras substâncias do nos-
do corpo nem realizar as funções reguladoras.
so metabolismo, incluindo toxinas. Portanto, um
As substâncias normalmente eliminadas na urina
aumento da concentração de creatinina no sangue
acumulam-se nos líquidos corporais em conse-
é um sinal de insuficiência renal (GALLO, 1994;
quência da excreção renal prejudicada, levando a
SMELTZER; BARE, 2008; PADILHA et al, 2010;
uma ruptura das funções metabólicas e endócri-
PONCE et al, 2011).
nas, bem como a distúrbios hídricos, eletrolíticos e
ácido-básico. (SMELTZE; BARE, 2008). Acrescentando outra definição, Sallium (2010)
relata a Insuficiência Renal Aguda como uma sín-
Ainda, delimitando a definição de Insuficiência Re-
drome de perda abrupta, na maioria dos casos re-
nal, pode-se analisá-la sob a ótica de Arone (1994)
versível, da função renal. Isso pode ocorrer dentro
como uma síndrome caracterizada pala redução da
velocidade de filtração glomerular, limitando a ca- de algumas horas ou levar dias, e manter-se por
pacidade renal de manutenção do ambiente inter- períodos variáveis, podendo desencadear um au-
no do organismo. Com isso, os rins são incapazes mento das escórias, entre elas, a ureia, creatinina
de remover água, eletrólitos e escórias metabólicas e outros resíduos de produtos nitrogenados e da
do organismo, consequentemente, essas substân- desregulação do volume extracelular e eletrólitos,
cias se acumulam nos líquidos corporais, preju- acompanhados ou não de diminuição da diurese.
dicando as funções homeostáticas, endócrinas e
metabólicas. A insuficiência renal pode ser aguda 2.1.1. Quadro clínico da IRA
ou crônica (uremia). A aguda tem início súbito e é, A IRA possui três categorias, de acordo com os fa-
com frequência, reversível. A crônica surge grada- tores precipitantes e os sintomas manifestados pela
tivamente, mas também pode ocorrer como resul- doença. Segundo Gallo (1994), podem ser causas
tado de um episódio agudo precedente. pré-renais quando incluem os acontecimentos fi-
siológicos que levam à circulação diminuída (is-
2.1. Insuficiência Renal Aguda (IRA) quemia) para os rins, mais comumente, incluem
A injúria renal aguda é caracterizada por uma rá- hipovolemia e insuficiência cardiovascular. Qual-
pida queda do ritmo de filtração glomerular, po- quer outro acontecimento, entretanto, que leve à
dendo ser acompanhada de retenção de produtos diminuição aguda da oxigenação dos rins pode
nitrogenados e distúrbios hidroeletrolíticos. É uma enquadrar-se nessa categoria. A causa intrarrenal,
síndrome complexa, de etiologias múltiplas e va- que inclui acontecimentos fisiológicos que afetam
riáveis e, como critérios diagnósticos, apresenta diretamente a estrutura e a função do tecido re-
alteração do débito urinário (diminuição inferior nal, abrange, frequentemente, acontecimentos que
a 0,5 ml/kg/min por mais de 6 horas - oligúria) ou causam dano para o interstício e para o tecido do
alterações agudas dos níveis séricos da creatinina nefro, e a causa pós-renal, que inclui qualquer obs-
(aumento absoluto de creatinina superior a 0,3 mg/ trução no fluxo urinário desde os canais coletores
dL ou relativo de 50% em relação ao valor basal). A no rim até o orifício uretral externo ou o fluxo san-
creatina fosfato é uma proteína sintetizada no fíga- guíneo venoso do rim.
do e, posteriormente, armazenada nos músculos.
Para Padilha et al (2010), a categoria pré-renal re-
Após a sua geração, a creatinina é lançada na cor- presenta 60% a 70% dos casos da lesão renal aguda,
rente sanguínea, sendo eliminada do corpo pelos constituindo-se uma resposta fisiológica diante da

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redução de perfusão renal, que pode ser decorren- de eliminarem os produtos residuais e manterem
te de uma diminuição da volemia ou de uma isque- o equilíbrio hidroeletrolítico. Por fim, ela leva à
mia renal. A categoria intrarrenal representa 20% doença renal em estágio terminal e à necessidade
a 40% dos casos da lesão renal aguda e é determi- de terapia de reposição renal ou transplante renal
nada por fatores intrínsecos ao rim. E a categoria para sustentar a vida. As condições que causam a
pós-renal representa 5% a 10% dos casos de lesão lesão terminal renal incluem as doenças sistêmi-
renal aguda, caracterizando-se pela obstrução do cas, como diabetes mellitus, hipertensão, glomé-
fluxo urinário desde os canais coletores do rim até rulo, nefrite crônica, pielonefrite (inflamação da
o orifício uretral externo. pelve renal), obstrução do trato urinário, lesões
hereditárias como na doença do rim policístico,
Sallium (2010) descreve a categoria pré-renal distúrbios vasculares, infecções, medicamentos ou
como a redução do fluxo plasmático renal e do rit- agentes tóxicos (MORTON; FONTAINE, 2011).
mo de filtração glomerular, causado por hipovole-
mia, diminuição do débito cardíaco, vasodilatação 2.2.1. Quadro Clínico da IRC
periférica, vasoconstricção renal. A categoria in-
A insuficiência renal crônica afeta quase todo o sis-
trarrenal decorre de lesões ao parênquima renal,
tema orgânico, com isso, os pacientes exibem inú-
causadas por nefrotóxicos, metais pesados, sol-
meros sinais e sintomas. A gravidade desses sinais
ventes orgânicos, entre outros. E a categoria pós
e sintomas depende, em parte, do grau do compro-
-renal, secundária à obstrução intra ou extrarrenal
metimento renal, de outras condições subjacentes
por cálculos, traumas, coágulos, tumores e fibrose
e da idade do paciente. Podem ocorrer alterações
retro-peritoneal.
cardiovasculares, como hipertensão, devido à re-
tenção de sódio e água; alterações dermatológi-
2. 2. Insuficiência Renal Crônica (IRC) cas, como o depósito de cristais de ureia na pele;
Segundo Fermi (2003) e Smeltzer e Bare (2008), alterações gastrointestinais, como anorexia, náu-
a IRC é uma deterioração progressiva na função seas, vômito, soluços e hálito com odor de urina;
renal, em que os mecanismos homeostáticos do alterações neurológicas, como nível de consciência
organismo – que são o controle das condições es- alterado, contratura muscular, agitação, confusão,
táveis no meio interno, através das quais fatores podendo chegar a convulsões (SMELTZER; BARE,
como a manutenção das concentrações normais 2008; ARONE, 1994).
dos elementos sanguíneos, temperatura, pressão O quadro clínico da IRC também é relatado por
arterial e outras substâncias são, a todo instante, Sallium (2010) como manifestações clínicas inco-
equilibradas no organismo – entram em falência, muns, mas o paciente pode apresentar febre, mal
resultando, fatalmente, em uremia (excesso de -estar, problemas cutâneos e sintomas musculares
ureia e outras escórias nitrogenadas no sangue), a e articulares que podem estar associados a nefrites
menos que seja feita a hemodiálise ou um trans- intersticiais, vasculites ou gromerulonefrites, dor
plante de rim. lombar ou suprapúbica, dificuldade de micção, có-
lica nefrética e hematúria.
Pode ser causada por glomerulonefrite crônica,
pielonefrite, hipertensão não controlada, depleção
de sódio e água, distúrbios vasculares, uropatia 2.3. Tratamento das
obstrutiva, doença renal secundária a drogas ou
disfunções renais IRA e IRC
agentes tóxicos e infecções, podendo levar a uma O tratamento da lesão renal consiste na prevenção
deterioração irreversível, progressiva e lenta da e na limitação de sua extensão, com o intuito de
função renal, que resulta na incapacidade dos rins evitar complicações decorrentes da disfunção or-

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gânica. As terapias de substituição da função re- sante com o sangue do paciente. Esse contato é fei-
nal têm por objetivo manter a homeostase do pa- to através de uma circulação extracorpórea (CEC)
ciente até que os fatores clínicos que propiciam a a um dialisador (rim artificial).
doença sejam eliminados (PADILHA et al., 2010;
Para realizar uma hemodiálise, é necessário o im-
ARONE, 1994).
plante de um acesso venoso através da punção de
As indicações de diálise são absolutas, quando o uma veia, que pode ser jugular, subclávia ou femo-
paciente tem risco de morte iminente, ou relativas, ral, para uso temporário. É introduzido um cateter
quando não há risco de morte. O indivíduo com de luz dupla ou múltipla nessas veias. Poderá ser
insuficiência renal perde sua capacidade de remo- usado durante várias semanas e é removido quan-
ver as escórias metabólicas do corpo, comprome- do não é mais necessário, seja porque outro tipo de
tendo sua excreção e levando ao comprometimen- acesso foi estabelecido ou pela melhora nas condi-
to das funções vitais (SCALA; HILÁRIO, 2000). ções do paciente (GALLO, 1994; PADILHA et al.,
2010; SALLIUM, 2010).
São diversos os métodos dialíticos utilizados no
tratamento da IRA, entre eles, estão incluídas a Para Knobel (1998), a introdução de uma máqui-
hemodiálise, diálise peritoneal intermitente e diá- na moderna, operando de forma ininterrupta, tem
lise peritoneal automatizada. O estudo, entretanto, a vantagem de garantir um fluxo constante usan-
deter-se-á em hemodiálise venovenosa contínua do um fácil acesso venoso. Um dos equipamentos
(CVVHD), pois é a que vem sendo mais frequente- extracorpóreos em hemodiálise, mais comumente
mente utilizada em UTI, devido à hemodinâmica usado em UTI, chama-se Prisma. Segundo Gram-
instável do paciente (PADILHA et al., 2010). bro (2005), consiste em um sistema indicado para
a remoção contínua de solutos e/ou líquidos em
2.3.1. Hemodiálise pacientes com insuficiência renal ou sobrecarga de
líquidos, sendo todo o tratamento administrado
Segundo Smeltzer e Bare (1998), a hemodiálise ba-
por meio desse sistema prescrito por um médico.
seia-se na transferência de solutos e líquidos por
meio de uma membrana semipermeável pelos se- Para pacientes em tratamento prolongado é neces-
guintes processos: difusão (é o transporte de solu- sário um tipo de acesso permanente, que diminui
tos de um compartimento líquido para outro, por o índice de infecção e melhora a qualidade de vida
meio de uma membrana semipermeável, do local do paciente. Denomina-se fístula arteriovenosa
de maior concentração para o de menor concen- (FAV). Geralmente, essa cirurgia é de pequeno
tração), osmose (passagem do solvente de uma so- porte, realizada no braço não dominante do pa-
lução através de uma membrana impermeável ao ciente, onde ocorre uma anastomose da artéria e
soluto) e ultrafiltração (é o processo de remoção de a veia. É fundamental que o vaso evolua com boa
líquido por um gradiente de pressão hidrostática dilatação para permitir a punção de duas agulhas
ou osmótica, por meio de uma membrana semi- bastante calibrosas, isto significa que, após confec-
permeável). As toxinas e os resíduos no sangue são cionada, deve-se aguardar um tempo de matura-
removidos por difusão, isto é, eles são retirados de ção, para posterior uso (SMELTZER; BARE, 1998).
uma área de maior concentração no sangue para
Em UTI, preferencialmente, devido à maioria dos
uma área de menor concentração no dialisado.
casos serem em caráter emergencial, a opção de es-
Outro conceito de hemodiálise é relatado por colha é pelo cateter venoso, com um procedimento
Arone (1994): é um processo empregado para a de hemodiálise contínuo, por causa da hemodinâ-
depuração do sangue, no qual é utilizado um equi- mica instável do paciente (PADILHA et al., 2010).
pamento que possibilita o contato da solução diali- A hemodiálise convencional intermitente é, com

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frequência, difícil de ser realizada como tratamen- Outra descrição para CVVHD também é relata-
to para corrigir os desequilíbrios metabólicos da da por Smeltzer e Bare (2008), quando o sangue
IRA em pacientes críticos, pois, como estão hemo- é bombeado a partir de um cateter venoso com
dinamicamente instáveis, necessitam mais do que luz dupla, através de um hemofiltro, e devolvido
as 3 a 4 horas habituais. Assim, os tratamentos de ao paciente através do mesmo cateter. Utiliza um
reposição renal contínua oferecem uma alternativa gradiente de concentração para facilitar a remoção
para a hemodiálise no ambiente de cuidados inten- das toxinas urêmicas e do líquido. Os efeitos he-
sivos (GALLO, 1994). modinâmicos são brandos, as enfermeiras de cui-
dados intensivos necessitarão de alguma instrução
A CVVHD é um procedimento que utiliza fluxo para operar o equipamento, mas, uma vez apren-
sanguíneo de, aproximadamente, 100 ml/min, por dida, é facilmente manuseável pela equipe de en-
um cateter venoso, e obtido com uma bomba de fermagem. Contudo, a capacidade de observação
sangue no sistema extracorpóreo e com reduzido do enfermeiro, a avaliação de sintomas e as ações
fluxo de solução dialisadora (15 a 30 ml/min de adequadas podem fazer a diferença entre uma he-
solução). O banho circula no sentido contrário ao modiálise suave, com problemas mínimos, e um
sangue e é coletado em um sistema fechado, sen- temível procedimento, com uma série de crises
do este volume medido a cada troca da solução. A para o paciente e o enfermeiro.
diferença entre o volume infundido e o drenado
equivale à ultrafiltração obtida (SALLIUM, 2010). 2. 3.1.1. Cuidados de enfermagem
em hemodiálise (CVVHD)
Segundo Yako (2000), na CVVHD, o sangue flui
através de um dos lumens do cateter, dito lúmen a | Quanto à manipulação
arterial, que se encontra conectado à linha arte- da Máquina Extracorpórea
rial do sistema, sendo “puxado” ou “impulsio- Para Morton e Fntaine (2011), a enfermeira preci-
nado” através de um sistema por uma bomba de sa ter treinamento teórico e prático em ambiente
sangue, própria para hemodiálise, passando pelo clínico antes de manipular a máquina, com refe-
hemofiltro (dialisador) e retornando ao cliente rência aos manuais de instrução do fabricante, que
pela linha venosa, que se encontra conectada ao propiciam diretrizes para uma operação segura do
lúmen venoso do cateter duplo lúmen. A veloci- equipamento.
dade com que o sangue “passa” pelo circuito, ou
Em se tratando da Prisma, ligar a máquina; cali-
seja, o fluxo de sangue, é comandada pela bomba
brar as balanças antes do uso; preparar circuito,
de sangue em ml∕ min, sendo determinada pelo
conforme programação; preparar as soluções de
estado geral do cliente e sua necessidade de remo- dialisante e reposição; preparar seringa com an-
ção de líquido e escórias nitrogenadas e eletróli- ticoagulante quando indicado; se não indicado,
tos. A anticoagulação é quase sempre necessária, preparar seringa com soro fisiológico a 0,9%; mon-
para evitar a coagulação do sistema extracorpó- tar o circuito na máquina, conforme instrução do
reo, e a dose varia de acordo com a membrana e mesmo; programar priming do circuito na máqui-
o fluxo de sangue empregado e o estado clínico na, isto é, escovar o sistema, preenchê-lo com lí-
do paciente, sendo a heparina o mais utilizado. quido, geralmente soro fisiológico a 0,9%; preparar
Também é possível realizar procedimento dialí- um equipo conectado a um frasco de 500 ml de
tico com CEC sem o emprego de anticoagulan- soro fisiológico a 0,9%, que servirá para os flesh,
tes, neste caso, utilizam-se frequentes lavagens do isto é, lavagem do sistema durante o procedimen-
circuito da CEC com solução fisiológica a 0,9%, to, conforme orientação médica; programar pro-
conforme prescrição médica. cedimento, conforme prescrição médica; conectar

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o circuito ao paciente, iniciando o procedimento; te que necessite da terapia renal substitutiva, man-
conhecer os principais alarmes e saber solucionar tendo um fluxo adequado e prevenindo qualquer
o problema ou direcionar a manutenção clínica causa que possa levar à infecção, avaliando o pro-
(GAMBRO, 2005). gresso do paciente e sua resposta ao tratamento,
além de proporcionar suporte físico e emocional
b | Quanto ao acesso vascular para pacientes e familiares (SALLIUM, 2010).
A passagem do acesso é realizada pelo médico,
A equipe de enfermagem deve atentar para que o
mas a enfermeira deve prover um procedimento
cuidado com o paciente, na hemodiálise, não se
asséptico, uso de paramentação completa, más-
torne um ato mecânico de apenas mexer na má-
caras, gorro, luva estéril, aventais estéreis, campos
quina; deve dar importância aos sentimentos do
amplos e estéreis; lavar as mãos com clorexidina
paciente, deve praticar um atendimento humani-
degermante; limpeza da pele com clorexidina al-
zado, tratando-o de forma holística e atendendo
coólica a 0,5%; heparenizar vias conforme indica-
às suas necessidades humanas básicas (SOUZA et
do no cateter; realizar curativo oclusivo com gaze
al, 2010).
seca no dia da passagem (SALLIUM, 2010).
Para Sallium (2010), o enfermeiro deve orientar
Na manutenção do acesso, lavar as mãos sempre
a família e o paciente em relação ao tratamento,
que manipular o cateter, realizar curativo diário ou
quando possível; observar a tolerância do pacien-
sempre que necessário, procedimento asséptico,
te durante a terapia renal substitutiva; prover an-
uso de clorexidina alcoólica a 0,5% para limpeza
ticoagulação do sistema, quando necessário; fazer
da inserção e do cateter, manter extremidades do
reposição correta das soluções; realizar balanço hí-
cateter protegidas, retirar heparina quando iniciar
drico contínuo e rigoroso; atentar para a permea-
o procedimento e, após a hemodiálise, lavar com
bilidade da via de acesso e a presença de sinais e
soro fisiológico a 0,9% as duas vias do cateter e he-
sintomas de infecção; manipular o acesso venoso
parenizar, conforme descrito no mesmo, e uso ex-
somente para procedimentos hemodialíticos; ob-
clusivo para hemodiálise (SALLIUM, 2010).
servar, atuar e anotar possíveis intercorrências e
Deve-se verificar radiograficamente a posição do complicações no procedimento; prover conforto
cateter antes do uso, exceto na região femoral; físico e psíquico em ambiente calmo e acolhedor,
não injetar líquidos nem medicamentos endove- administrar as medicações prescritas e interpretar
nosos dentro do cateter, uso exclusivo para hemo- os exames laboratoriais.
diálise; ambas as luzes do cateter são usualmente
preenchidas com heparina concentrada; manter O enfermeiro é o melhor cuidador e educador do
técnica estéril no manuseio do acesso vascular; doente renal, uma vez que é o profissional que as-
observar o sítio de saída do cateter para os sinais siste mais de perto o paciente nas sessões de he-
de inflamação ou dobra do cateter (MORTON; modiálise, além de reter conhecimento a respeito
FONTAINE, 2011). da situação que vive o indivíduo (BRASILEIRO
et al., 2010).
c | Quanto ao paciente Padilha et al. (2010) informam que, no Brasil, há
Quanto ao procedimento hemodialítico, o enfer- discussões entre a Sociedade Brasileira de Enfer-
meiro tem que ser capaz de instalar, manter e des- magem em Nefrologia e o Ministério da Saúde no
ligar o procedimento de forma segura. Deve reco- sentido de regulamentar a atuação do enfermeiro
nhecer possíveis complicações que possam ocorrer nos métodos dialíticos em UTI, pois faz-se neces-
durante o procedimento, bem como é responsável sário um treinamento teórico e prático para que os
pela manutenção do acesso venoso de todo pacien- enfermeiros atuem com segurança, reconhecendo

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alterações fisiológicas, os sinais e os sintomas apre- através do exame físico do cliente, controle do
sentados pelos pacientes e, assim, implementar peso, verificação da pressão arterial, pulso e do
ações adequadas para um tratamento hemodialíti- acesso vascular, a fim de avaliar a circulação, hi-
co com mínimos riscos. dratação, retenção de líquidos, uremia, estabele-
cendo padrões de procedimento para prevenção,
A equipe de enfermagem tem importância muito
medidas de controle das intercorrências mais co-
grande na observação contínua dos pacientes du-
muns, assim como atentar para o funcionamento
rante a sessão de hemodiálise, podendo ajudar a
do equipamento da hemodiálise seguindo os pa-
salvar muitas vidas e evitar muitas complicações ao
drões de segurança.
fazer o diagnóstico precoce de intercorrências. O
paciente deve ter extrema confiança nos profissio- A equipe de enfermagem precisa estar devida-
nais prestativos, atenciosos e que estão sempre em mente treinada e atenta para a prevenção de in-
alerta para intervir quando necessário. A atuação tercorrências durante a hemodiálise e saber atuar
do enfermeiro diante do procedimento dialítico, corretamente em cada circunstância, visto que
desde a monitorização do paciente, a detecção de essas complicações podem determinar o óbito do
anormalidades e a rápida intervenção, é essencial paciente (ARONE, 1994).
para a garantia de um procedimento seguro e efi-
ciente para o paciente. Como o enfermeiro é o pro-
fissional que assiste mais de perto o paciente nas 3. Conclusão
sessões de hemodiálise, ele deve estar apto a pron- De acordo com os autores analisados, o enfermei-
tamente intervir e, assim, evitar outras potenciais ro tem papel relevante em terapia intensiva no
complicações (MARQUES, 2005). que se refere a procedimentos hemodialíticos ve-
novenosos contínuos (CVVHD). Buscando como
Para Knobel (2006), é papel do enfermeiro de UTI
fundamental importância a qualidade da assistên-
garantir que a dose de diálise prescrita será forne-
cia hospitalar, no sentido de oferecer ao paciente
cida e que o método será realizado com total segu-
um serviço de menor risco e maior eficácia, ocupa
rança, minimizando os riscos inerentes, detectan-
papel importante na assistência aos doentes, de
do, atuando e notificando precocemente possíveis
forma efetiva, no desempenho de suas atividades,
complicações como: febre e calafrios, embolia ga-
para que, de modo diferenciado, a sua função possa
sosa, hemólise, hipotensão, câimbras musculares,
contribuir com benefícios para o cliente, prestan-
entre outras.
do uma assistência sistematizada e humanizada,
Botti e Rodrigues (2009) relatam a ideia de ser tornando suas ações as mais científicas possíveis,
cuidado para os pacientes em tratamento hemo- sem desvincular o apoio emocional aos familiares
dialítico, como estabelecer relacionamento in- e, quando possível, aos pacientes.
terpessoal. Partindo-se do pressuposto de que o
Com isso, foram traçados fatores que contribuem
relacionamento interpessoal faz parte do cuidado
para a importância da assistência de enfermagem
humanizado, entendemos a importância dos pro-
em CVVHD em UTI, como conhecimento científi-
fissionais em propiciar condições favoráveis para a
co e embasamento teórico sobre hemodiálise e pos-
humanização do cuidado.
síveis complicações do procedimento, com preparo
Carpenito (1999) descreve que as intervenções de para atuar quando necessário; treinamento e capa-
enfermagem necessárias ao gerenciamento da he- citação para instalar, manter e desligar a máquina
modiálise possuem importância para a assistência extracorpórea; consciência do seu papel e postura,
adequada, sendo imprescindíveis a observação e como agente transformador e direcionador de uma
o monitoramento durante todo o procedimento, assistência especializada em terapia hemodialítica

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contínua; atuação regulamentada na assistência es- capacitação para o desempenho profissional, bus-
pecializada ao paciente hemodialítico crítico. cando a qualidade da assistência, aprimorando
seus conhecimentos, direcionando suas ações o
A enfermagem, através dos tempos, conquista
seu espaço, com assistência e responsabilidades mais cientificamente possível, para prestar o cui-
no cuidado ao ser humano, influenciando e ad- dado em sua totalidade do modo mais individual
quirindo respeito como profissão direcionada ao possível, respeitando os limites dos pacientes críti-
trabalho especializado. Exige de seus profissionais cos e o direito à vida.

THE IMPORTANCE OF NURSING CARE PROVIDED IN INTENSIVE CARE PATIENTS


IN A CONTINUOUS PROCESS HEMODIALYSIS VENOVENOSOS: LITERATURE SEARCH

Abstract
The ICU nurse is confronted daily with patients of different diagnoses and severe, likely to de-
velop acute kidney injury, and is directly related to this process, since the professional commit-
ment is bound to assist. Thus, we conducted a literature review on the importance of nursing
care provided to critically ill patients in continuous venovenous hemodialysis (CVVHD). The
research sought in the literature as a reference, which the positioning of the attending nurse in
the ICU (Intensive Care Unit) compared to patients using CVVHD. Aiming to demonstrate
factors that contribute to the importance of nursing care in the ICU CVVHD and highlight per-
formance of nurses that care. We performed a literature search on Acute Renal Failure, Chronic
Renal Failure and Hemodialysis, focusing Nursing Care Hemodialysis Continuous venovenous.
We selected articles published between the years 2000-2012, for the books found there was no
year limit or editing, but all material in Portuguese, these were found in public libraries, in the
collections of virtual health library, virtual library UFBA (Federal University of Bahia). Accor-
ding to the authors analyzed the nurse has an important role in intensive care with regard to
hemodyalisis venovenosos continuous, and have been traced factors that contribute to the im-
portance of such assistance.

Keywords
Acute and Chronic Renal Failure. Hemodialysis. Nursing Care Hemodialysis

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