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RIO BRANCO – AC
2019
MARIA LIBERDADE DE SOUZA NASCIMENTO
SEMILLA CHAVES DE LIMA
VIVIAN PEREIRA DE SOUZA MATOS
RIO BRANCO – AC
2019
Dedicamos esse trabalho aos nossos pais que tem nos dado força durante todo esse tempo de
academia, aos nossos amigos que tem sido como nossa família, aos professores que nos
orientam e nos dão suporte e a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a
realização desse sonho tão almejado por nós e que está perto de se concretizar.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente, por nos sustentar e nos dar forças todos os dias, aos
nossos pais, amigos e esposos por serem nossa fortaleza e nosso apoio em todo o processo.
Ao professor e orientador Alexandre Cunha, por toda empatia exercida para conosco nesse
processo de estágio, por todo conhecimento nos passado a respeito da pratica em clínica
psicanalítica, por todas as orientações e por toda ajuda não somente dentro das supervisões,
mas também pelas orientações dadas a respeito do manejo prático, as quais foram de total
relevância para o desenvolvimento das tarefas, bem como pelas dicas e saberes a respeito das
técnicas que utilizamos e por todo carinho e apoio que tivemos durante todo o processo.
Agradecemos ainda a Fernanda como coordenadora institucional que sempre foi tão empática
e sempre se disponibilizou para nos ajudar, com as flexibilidades de horários e com o espaço
da clínica para os atendimentos. A nossa gratidão também as secretárias da clínica escola por
todo apoio e suporte desempenhado, aos nossos colegas e amigos da turma que nos auxiliam e
que proporcionam mais alegria e leveza a vida acadêmica. E por fim a nossa coordenadora de
curso professora Vera Alice, que tem dado suporte para que esse estágio continue sendo
desenvolvido. E cada um que contribuiu de forma direta e indiretamente para a realização do
processo de estágio da ênfase I.
“Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que
lutaste”
(Freud)
RESUMO
The present work concerns the internship process of emphasis I, developed in the clinical
school of psychology of the Uninorte University Center, with the academics who opted for
the field of clinical psychology, in the emphasis of psychoanalysis, where through the
knowledge acquired during the academy and supervised by the field advisor Alexandre
Cunha, these academics provide care to the population of Rio Branco Acre, promoting
orientation for resolution and serious situation mapping for punctual referrals and aiming to
offer mental health care and psychological care to the suffering subject through
psychotherapies and the use of psychoanalytic practices and techniques. In addition to the
reception of demands, psychological counseling, in view of the well-being and mental health
of the population that uses the services in the institution. With this, they are being prepared
for the labor market through the development of practical knowledge, and acquiring
knowledge of psychoanalytic techniques and practices, associating theory with the practice of
emphasis in question. The psychoanalytical clinic deals with the subject who suffers and for
whom there are no medicalizations, miracle drugs, any other order of resources that can
guarantee a support to this suffering. Where through qualified listening and empathic and
transferential relations the relief or cure of such suffering is given, that is, by the action of the
word, healing in psychoanalysis will extend between the range and the limit of its therapeutic
power.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 9
2 PROJETO DE ESTÁGIO .................................................................................................................. 10
2.1 IDENTIFICAÇÃO ...................................................................................................................... 10
2.2 PERÍODO DO ESTÁGIO ........................................................................................................... 10
2.3 CARACTERIZAÇÕES DA INSTITUIÇÃO ________________________________________________ 10
2.4 OBJETIVOS ............................................................................................................................... 11
2.5 CARACTERIZAÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES .................................................................... 12
2.5.1 Entrevista Inicial com o Paciente ________________________________________________________ 12
2.5.1.1 Adultos __________________________________________________________________________ 12
2.5.1.2 Crianças/Adolescentes _______________________________________________________________ 13
2.5.2 Entrevista Inicial com os Pais .................................................................................................. 13
2.5.3 Acompanhamento Psicológico ................................................................................................. 14
2.5.4Entrevistas Periódicas de Orientação com os Pais .................................................................... 14
2.5.5 Discussão dos Casos na Supervisão ......................................................................................... 16
2.5.6 Entrevista Devolutiva ............................................................................................................... 16
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................................... 18
3.1INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA CLÍNICA .............................................................................. 18
3.2 PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇÃO PSICANALÍTICA ........................................................ 20
3.3 MANEJO DA PSICOTERAPIA ................................................................................................. 21
3.3.1 Para Crianças ............................................................................................................................ 23
3.3.2 Para Adolescentes .................................................................................................................... 24
3.3.3 Para Adultos ............................................................................................................................. 26
3.4 HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS/ PSICOPATOLÓGICAS ........................................................ 27
3.5 DESAFIOS DA FORMAÇÃO EM PROCESSOS CLÍNICOS .................................................. 28
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E ESTUDO DE CASO ........................................................... 30
4.1 PACIENTES ATENDIDOS, NÚMERO DE SESSÕES E ATIVIDADES REALIZADAS ...... 30
4.2 SUPERVISÕES E OUTRAS ATIVIDADES REFERENTES AO ESTÁGIO .......................... 30
4.3 ESTUDOS E DISCUSSÕES DE CASOS CLÍNICOS ............................................................... 31
4.3.1 Caso 1 – Mª Liberdade ............................................................................................................. 31
4.3.2 Caso 2 - Semilla ...................................................................................................................... 34
4.3.3 Caso 3 – Vivian ........................................................................................................................ 40
5 AVALIAÇÕES .................................................................................................................................. 45
5.1 DO ESTÁGIO ............................................................................................................................. 45
5.2 SUGESTÕES PARA A INSTITUIÇÃO .................................................................................... 45
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 47
1 INTRODUÇÃO
2.1 IDENTIFICAÇÃO
2.4 OBJETIVOS
2.5.1.1 Adultos
2.5.1.2 Crianças/Adolescentes
A orientação aos pais vai ter como grande objetivo minimizar a angustia, não só dos
pais, mas também das crianças. A partir daí será suficiente à orientação com os pais para que
haja um bom processo de psicoterapia, sendo que nem todos os casos serão usados as mesmas
formas de intervenção, o profissional que se apropria de cada caso que vai se responsabilizar
pela intervenção que melhor se encaixa, para se ter o encaminhamento necessário. (ARRUDA
2008).
Segundo ABERASTURY (1982), e necessário que essa entrevista seja dirigida e
limitada de acordo com o plano previamente estabelecido, porque não sendo assim, os, pais
embora consciente venham falar do filho, têm a tendência de escapar do tema, fazendo
confidencias sobre sua própria vida. A entrevista tem como objetivo de que nos falem sobres
as crianças e da relação com ela, não podemos abandonar este critério durante todo o
tratamento.
Algumas autoras têm posições diferentes em relação ao papel dos pais no
atendimento. Para Melanie Klein o melhor a se fazer é evitar contatos com os pais das
crianças, para que não houvesse uma interferência no acompanhamento ao filho. Já Ana Freud
defende, apontando que o contato com os pais é uma necessidade, podendo ser usado como
um método pedagógico. Na contemporaneidade é considerada de extrema importância a
participação desses pais, sendo que dessa forma a analise se torna melhor. (GASTOUD,
1982).
A orientação aos pais vai ter como grande objetivo minimizar a angustia, não só dos
pais, mas também das crianças. A partir daí será suficiente à orientação com os pais para que
haja um bom processo de psicoterapia, sendo que nem todos os casos serão usados as mesmas
formas de intervenção, o profissional que se apropria de cada caso que vai se responsabilizar
pela intervenção que melhor se encaixa, para se ter o encaminhamento necessário.
Segundo Aberastury (1982), e necessário que essa entrevista seja dirigida e limitada
de acordo com o plano previamente estabelecido, porque não sendo assim, os pais embora
consciente venham falar do filho, têm a tendência de escapar do tema, fazendo confidencias
sobre sua própria vida. A entrevista tem como objetivo de que nos falem sobre as crianças e
da relação com ela, não podemos abandonar este critério durante todo o tratamento.
Algumas autoras têm posições diferentes em relação ao papel dos pais no
atendimento. Para Melanie Klein o melhor a se fazer é evitar contatos com os pais das
crianças, para que não houvesse uma interferência no acompanhamento ao filho. Já Ana Freud
defende, apontando que o contato com os pais é uma necessidade, podendo ser usado como
um método pedagógico. Na contemporaneidade é considerada de extrema importância a
participação desses pais, sendo que dessa forma a analise se torna melhor. (GASTOUD,
1982).
Em 1932, Melanie Klein, falando do ponto de vista de uma análise infantil, escreveu
sobre o dilema dos pais.
De acordo com a citação acima, há uma grande necessidade em deixar que a criança
seja espontânea sem a interferência dos pais, para que facilidade na procura da melhor
intervenção, esses pais também merecem uma atenção, fazendo com que não se sintam
julgados e nem substituídos pelo analista.
A entrevista devolutiva é o momento em que o terapeuta utiliza para dar alta para o
paciente ou fazer o desligamento por um período de tempo, essa sessão é exclusiva para dar
um feedback para o paciente, outra finalidade da entrevista devolutiva segundo Tavares
(2002) “é consentir ao entrevistado exprimir seus pensamentos e sentimentos em relação às
conclusões e recomendações do entrevistador”. O terapeuta em questão precisa informar o
paciente uma sessão antes que é a penúltima sessão dele e que na próxima sessão ele vai
encerrar o atendimento terapêutico com o paciente é importante avisar para que o paciente
possa elaborar o luto dele em relação ao período que eles não vão ter mais a relação paciente-
terapeuta. Pois o paciente pode reagir de forma positiva ou de forma negativa a essa
informação, então ele vai ter tempo suficiente (sete dias) para elaborar essa “perda”, apesar de
que muitos pacientes aceitam esse período de desligamento/alta terapêutica.
Segundo Cordioli (2008), a psicoterapia investiga a queixa do paciente e histórico de
vida o terapeuta faz as devidas interpretações para o paciente após a transferência, aos poucos
o paciente vai acessando o seu inconsciente e liberando-o para que o terapeuta acesse as suas
fantasias, angustias e possa estar trabalhando durante várias sessões, quando chega o
momento de dar o feedback, durante a sessão de devolução, é o momento em que terapeuta
vai informá-lo o quanto esse/essa paciente evoluiu, exaltando sempre os pontos positivos
durante todo o processo em que, os dois estiveram caminhando juntos, portanto o paciente
precisa incluir em suas atividades diárias algo que goste de fazer para que esse período que
ele/ela não estiver em análise não entre em crise/conflitos/angustia, o terapeuta precisa deixar
claro que vai estar à disposição quando ele precisar retornar para terapia ou do desligamento
que acontece por um período curto de tempo.
De acordo com Trinca, (2005) a entrevista devolutiva possibilita a forma que o
paciente vai lidar com o processo de separação entre paciente-terapeuta, como citado
anteriormente. A entrevista devolutiva é de suma importância para o processo terapêutico,
pois além de fechar um ciclo na relação paciente-terapeuta, é nesta etapa que se deve colocar
as impressões do terapeuta com relação ao paciente frente ao processo, como também a do
próprio paciente em relação ao processo psicoterápico. Cabe ao terapeuta ainda o papel de
disponibilizar ao paciente os mecanismos necessários para que este possa lidar com seus
próprios conteúdo, reafirmando a este os pontos funcionais e os disfuncionais diante de suas
relações psíquicas e emocionais.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A psicologia possui um vasto campo de atuação, que vai desde a área escolar,
jurídica, social e comunitária, organizacional, do esporte e clínica. Neste trabalho, o foco
principal torna-se a psicologia clínica, visto que é o campo de atuação que se faz pertinente
para realização deste estágio. Retornando a história da psicologia clínica, pela primeira vez
em 1980 que falaram de psicologia clinica, pois do mesmo jeito em existiam as doenças
físicas existiam as doenças mentais, a partir de então o a ciência começou a estudar a mente
do ser humano, anteriormente à igreja em geral considerava doenças mentais como castigos
por parte de Deus, ou que espíritos do mal estavam fazendo parte do corpo do sujeito. Foi a
partir de então que surgiu a psicopatologia para estudar, definir e compreender a questão de
comportamento e anormalidade. (TRINCA, 2005)
Acrescenta-se ainda que os cientistas daquela época começaram a fazer seus estudos
a partir de psicodiagnósticos que segundo Cunha, (2007) “é uma avaliação psicológica feita
com propósitos clínicos... é um processo que visa identificar forças e fraquezas no
funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia”. Partindo
desse pressuposto para avaliar uma pessoa é necessário não apenas testes psicológicos e sim
que o sujeito seja ao todo analisado, como verificar se existe alguma psicopatologia e
identificar a estrutura de personalidade do paciente. No final do século XIX, que foi quando a
psicologia começou a ter espaço na ciência. No entanto foi no século XX, que houve uma
grande mudança na ciência psicológica se tratando de descobertas cientificas, para a partir de
então começar a entender as patologias, classificá-las e assim descrever o funcionamento de
cada doença mental.
Nesse ínterim nasce à psicologia clínica como forma de tratamento de traumas, alivio
do sofrimento psíquico e também profilaxia. Contando que os profissionais da época ainda
percebiam dificuldades em trabalhar com alguns pacientes, pois não existiam abordagens para
que esses profissionais tivessem um norte para seguir foi então que surgiu os modelos
psicrométricos que foram: modelo médico; modelo psicrométrico e o modelo behaviorista.
Não desmerecendo os modelos anteriores, e enfatizando o modelo behaviorista que foi o
momento marcante em que começaram a estudar o homem como fenômeno da natureza, e que
a partir de então, precisariam de um objeto de estudo observável que posteriormente seria a
análise do comportamento, pois eles viram o déficit que o homem precisava ser observado,
analisado e assim modelar o comportamento do individuo para que ele pudesse modificar o
comportamento posteriormente (TRINCA, 2005).
Conseqüentemente essas teorias apresentadas até o memento não eram
suficientemente boas para que o profissional pudesse trabalhar as demandas de diferentes
pacientes e personalidades, os filósofos também perceberam que o homem não poderia ser
estudado apenas como objeto de estudo e sim que precisava ser estudado e analisado por meio
de sua subjetividade, foi a partir desse momento que várias escolas surgiram (Humanismo, a
psicologia Fenomenológica-Existêncial e a psicanálise) que mesmo com pontos de vista
diferente, tiveram um novo olhar sobre o homem pois o corpo e mente não poderiam ser
estudados separadamente, pois a subjetividade de cada indivíduo é única e é construída a
partir de suas vivências socialmente no meio em que ele vive, partindo desse pressuposto a
subjetividade não é inata pois o homem está em constante construção e evolução, até o
momento de sua morte (TRINCA, 2005).
Ferenzi (1928 1993) define a empatia como o constituinte essencial da observação de
fenômenos psicológicos. A importância da empatia no processo clínico é crucial para
estabelecer uma função válida nesse processo. Ela acaba por melhorar as relações e aumentar
ao nível de satisfação de todos os elementos integrantes, envolvendo-a, pode haver
congruência que facilite a confiança e aceitação entre os vínculos terapêuticos. Kohut (1959)
refere-se à Breuer e a Freud como pioneiros no emprego científico da empatia onde é
conceituada como um processo de comunicação que, por si só, já apresenta efeito terapêutico
qualificado.
A ética tem um papel fundamental, já que o profissional com essa característica
ganha maior credibilidade na profissão. O alvo principal nesse âmbito primeiramente
compreender as demandas apresentadas e solidarizar com os pacientes se cumprida de forma
correta, à ética proporciona benefícios tanto para quem pratica quanto para quem recebe.
(DUTRA apud NEUBERN 2008). Abrange que o aprendizado de ser terapeuta seria tanto
através do ensino das teorias e das técnicas, quando da ética como valores morais. Destaca-se
também a importância do respeitar os valores como (liberdade, dignidade e integridade)
usando-a apenas para promover o bem. E como parte do processo ético é fundamental no
âmbito clínico a cotação do sigilo é inerente no processo, pois é guardando-o que ele protege
a integridade e a confidencialidade daqueles para os quais presta seus serviços.
3.2 PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇÃO PSICANALÍTICA
O manejo dentro da clínica psicanalítica são voltadas para as estruturas clínicas que
são: neurose, psicose e a perversão. O terapeuta vai trabalhar com o paciente desde a sua
infância pois é onde começa o desenvolvimento da psique e o papel da infância nesse período
é primordial por que a partir do complexo de Édipo ou complexo de Electra apesar de que
Freud nunca aceitou esse termo, e a interação entre mãe-filho-pai que é formada
personalidade do indivíduo, a família tem um papel fundamental nesse ínterim, a criança não
nasce com essa personalidade pré-definida e sim é formada a partir de dessa relação, a partir
do momento em que o sujeito tem a personalidade formada ela nunca mudará. O individuo
pode apresentar sintomas de outras estruturas no entanto uma sempre será predominante
(ZIMERMAN, 2008)
A neurose, é a mais comum de todas, e a neurose se subdivide em três histeria,
obsessiva e fóbica pois ela age no sujeito com o recalque dos desejos proibidos e o seu
mecanismos de defesa é recalque. A psicose, opera a foraclusão, ao conflitar com a realidade.
Reconstrói para o sujeito uma realidade delirante ou alucinatória. Por outro lado, a perversão,
mantida através da negação da castração “denegação ou desmentindo” faz com que o sujeito,
ao mesmo tempo, aceite e negue a realidade, com uma fixação na sexualidade infantil. Isso
não quer dizer que as estruturas são uma forma de enquadrar doenças, mas o resultado do
agravamento dos sintomas, que resulta da relação com que cada sujeito faz em suas vivencias
é que se podem produzir os adoecimentos (ZIMERMAN, 2008).
Segundo Freud por volta dos 12 anos de idade e vai durar até a vida adulta do
individuo, da-se-a o inicio a fase final, que é a (fase genital), os órgãos genitais voltam a ser o
foco do prazer, nesse período os adolescentes tentem a ter pulsões, que estão envolvidos com
redefinição da imagem corporal, ressignificações identificatórias e atividades masturbatórias
que vão dar início a vida sexual. Segundo Erikson nessa fase os adolescentes são acometidos
pela crise da identidade vs isolamento, pois eles estão em constante procura para saber quem
eles são, os jovens procuram sempre estar em companhia de alguém ou o ter o amor do outros
e se isolam por temerem a rejeição do outro. Essa fase da adolescência é o período mais
conturbado da vida do ser humano, pois existem as mudanças biológicas como por exemplo a
chegada da puberdade tanto para meninos quanto para meninas, e o corpo começa a se
modificar. Todos nesse período da adolescência para a idade adulta se esforçam para alcançar
a maturidade emocional e independência financeira, essa mudança pode ocasionar sofrimento
psíquico, angústia, medo do futuro entre outros (BERGER, 2016).
Segundo Castro (2009), “As idéias de Aberastury, juntamente com Eduardo Kalina e
Mauricio Knobel, tiveram forte influência sobre a psicoterapia de crianças e adolescentes na
década de 1970 no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul”. A
partir de um trabalho que foi publicado na época, intitulado como “o mundo adolescente”,
iniciou-se os estudos em relação à forma de manejar os adolescentes na clínica psicanalítica.
Esses estudos surgiram na década de 1970 em meio a ditadura militar onde os jovens não
podiam expressar suas angustias, medos e sofrimentos. Esses jovens estavam encontrando
apoio nas drogas e na sexualidade pois não havia outros meios para que eles expressassem as
suas angustias.
Os adolescentes ao contrário das crianças, possui iniciativa pessoal, pedem para os
pais ou responsável para que o levem para a terapia, esse movimento começou a ocorrer a
partir de 1990, nas décadas anteriores os pacientes adolescentes eram mais resistentes quanto
a fazer psicoterapia. Essa mudança se dá pelo avanço da tecnologia e até mesmo pelo que foi
citado anteriormente sofrimento psíquico, angustias e o medo, pois atualmente a
individualidade das pessoas está em alta e isso faz com que esses adolescentes se isolem e
como eles possuem o acesso a informação procuram ajuda profissional. Para fazer manejar a
psicoterapia é necessário conhecer a dinâmica do processo com adolescente para perceber o
que está acontecendo, em que momento do desenvolvimento o jovem se encontra, e se os
sinais que estão se apresentando são típicos fase, é necessário diferenciar o que é próprio da
fase , se esses sintomas já se tornaram uma psicopatologia e a intensidade que ocorrem esses
sintomas (CASTRO, 2009).
Nos atendimentos com adolescentes, que pode-se considerar como a fase mais difícil
e a mais complicada para manejar. No setting terapêutico será trabalhado as ressignificaçõese
a identidade do adolescente em todos os âmbitos. A psicoterapia se inicia com a Anamnese
com os pais, os pais devem ser ouvidos com atenção e se sintam acolhidos para que se sintam
à vontade no consultório, da mesma forma deve ocorrer com o adolescente. Após é necessário
fazer um contrato com normas pois eles precisam se responsabilizar e cooperar para que o
adolescente possa melhorar de seus sofrimentos/angustias e aprender a elaborar seus
conteúdos de uma melhor forma, os pais precisam levar o adolescente, buscar, cumprir o
horários das sessões e estarem disponíveis sempre que solicitado, salvo aqueles adolescentes
que possuem autonomia para ir sozinha para a psicoterapia. Após serão estabelecidos normas
com o adolescente que são: os dias de psicoterapia serão sempre no mesmo dia da semana,
horário e sempre ocorreram no mesmo consultório, tudo isso vai gerar no paciente o vínculo
terapêutico após algumas sessões. Durante as sessões serão trabalhadas com esse adolescente
a associação livre e será interpretado para ele todos os conteúdos que ele for trazendo através
de insights para que ele possa se aceitar e se tornar um ser biopsicossocial (CASTRO, 2009).
O manejo com adolescentes na abordagem psicanalítica é uma das mais difíceis áreas
de atuação dentro da clinica para o terapeuta, pois em alguns casos o problema em questão
não está no adolescente que está sendo analisado e sim na família do adolescente pois ainda
existem adolescentes que não tem a autonomia para impor suas idéias, seus gostos, vontades,
mostrar sua própria personalidade e até mesmo buscar ajuda profissional como foi citado no
parágrafo anterior. Percebe-se então que o terapeuta precisa ter o cuidado na hora da escuta
para que ele de a devida importância para a demanda do adolescente que de tal forma se
desvincule sua demanda dos pais ou responsável pelo encaminhamento, se houver
necessidade é possível trabalhar juntamente com a família para que possa ter uma aceitação
desse adolescente da maneira que ele é, e com o adolescente será trabalhado a auto-aceitação,
elaboração de conteúdos através da associação livre, quanto à demanda que foi trago pela
família ou responsável durante as sessões o terapeuta faz questionamentos sobre o tema para
que o adolescente possa produzir seus próprios conteúdos e expressar sua opinião a respeito.
Maria Liberdade
Quantidade de
Paciente Atividades Realizadas
Sessões
Anamnese, escuta qualificada e
L.V. S 10ª
devolutiva.
Anamnese, escuta qualificada, ludo
K.R.S. S 11ª
terapia, DF-E e devolutiva.
V.D. S 3ª Anamnese
Semilla
Quantidade de
Paciente Atividades Realizadas
Sessões
J.V.S.A 1ª Anamnese
M.E.O.S 3ª Anamnese e sala de ludo
Anamnese e Escuta qualificada e
M.V.G.S 6ª
devolutiva.
G.T.C.V.R 4ª Anamnese e devolutiva.
P.P.C 1ª Anamnese
Vivian
Quantidade de
Paciente Atividades Realizadas
Sessões
Anamnese e Escuta qualificada e
C. R. C. V. 9ª
devolutiva.
E. C. N. B. 6ª Escuta qualificada e devolutiva.
T.S.M 3ª Anamnese e Escuta qualificada.
Paciente: L.V.S.
Queixa: tentativa de suicídio, engordou 20 kg, mordendo os dentes durante todo dia,
ansiedade, tristeza, acha que não pertence a esse mundo, não consegue sentir nada, nem afeto
apelas pessoas do trabalho, ver as pessoas se abraçando e não entende, acha que é fria, não ver
sentido na vida, sem esperança e sem sonhos e objetivos para o futuro.
Caso clínico:L.V.S tem 30 anos de idade, sexo feminino, se encontra em uma união instável,
tem um filho de 12 anos, fruto de seu primeiro casamento, está na terceira graduaçãosuperior,
sendo que as duas primeiras trancou por fata de afinidade e a terceira está trancada por falta
de recursos financeiros. atualmente reside com o esposo e o filho em apartamento nos fundos
da casa da mãe adotiva. E avó paterna. Após uma tentativa de suicídio e consequentemente
uma internação no pronto socorro de Rio Branco- Acre, a paciente foi direcionada pela chefe
do setor onde trabalha a buscar atendimento psicológico, A paciente chegou ao consultório,
dizendo não pertencer a esse mundo e que tudo deu errado na vida inteira, diz ter sida
abandonada pelos pais biológicos desde criança e foi criada pela avó materna, está no terceiro
casamento e diz que os dois casamento anteriores a traíram e que todos a decepcionam, que
não faz sentido viver, e que mesmo amando muito o filho, crer que a única solução é tentar
suicídio, pois diz não haver esperança.
Zetzel (1968), propõe quatro subtipos de pacientes com traços histéricos. Entre esses
encontram-se aquelas pacientes que manifestam sintomas histéricos,que embora transmitam
uma fachada de pessoa histérica, na verdade, encobre uma condição latente, bastante
depressiva, sendo que essas pessoasnão se completam em nenhuma área da vida.
A paciente relata, que o filho é tudo que tem na vida e que é por ele que ela faz tudo,
mesmo continuar num casamento que não a faz feliz, traz ainda que a pior coisa que
aconteceu na sua vida foi o abuso do filho que na época tinha sete anos e hoje se encontra
com 12, o abuso levou a brigas familiares por o suporto abusador ser sobrinho da paciente,
além disso o abuso fez com que a paciente sentisse ódio por todos os homoafetivos, sendo que
o suporto abusador é homossexual. Conforme postulou Freud, sobre seus estudos sobre
histeria, dentre outras sequencias a mulher procuraria satisfazer-se pormeio de algum filho;
além de outros aspectos afins, como a procura do esposo sendo segundo seu ideal do eu, além
de sua preferência sem ser amada ou invés de amar. A paciente diz está com o casamento
ameaçado, pois traiu o esposo por ele não correspondia seus desejos sexuais, que a traição foi
culpa do esposo por ele não a satisfazer sexualmente, e que o amante a fazia se sentir
desejada, além de corresponder as suas fantasias sexuais, e que nos últimos dois casamentos
foi traída então sente que mais cedo ou mais tarde o esposo irá trai-la ou abandona-la, assim
como fez a pai e mãe.
Zimerman (2007), afirma que a sexualidade da pessoa histérica quase sempre está
prejudicada e apresenta algum tipode transtorno podendo ser caracterizado, por uma mulher
“frígida” ou inverso, ou seja, pode ser uma pessoa hipersexualizada, promíscua ou até
plenamenteorgástica, porémainda assim está sempre insatisfeitacom os seus relacionamentos
sexuais. Podendo assim usa o mecanismo de defesa da negação afim, de negar suas próprias
debilidades, projetando no outro, seus desejos inconscientes, e mantendo assim suas fantasias,
livres de faltas e falhas.
A paciente expõe, que sua infância foi a única fez que foi feliz e que sua adolescência foi a
pior fase da vida, pois foi expulsa de casa, as tias a espancaram e jogaram na rua com roupas
intimas, uma vizinha a acolheu, porem começou a beber e usar drogas, e iria ser entregue ao
conselho tutelar então voltou a morar com avó. Durante as sessões a paciente trazia questões
familiares nas quais se sentia traída e abandonada por todos, sentia está só e por isso pensava
em se matar por não sentir esperança, tal como o abandono do pai, que conheceu aos 4 anos e
que em seguida, foi embora e nunca quis manter um relacionamento, trouxe ainda que o pai
foi suspeito de matar algumas pessoas, e que a mesma não se importa, o que importa é que ele
não se fez presente. Para isso as impressões de Freud sobre a formação da personalidade da
criança são, de um pai que costuma ser sedutor e frustrador, ao mesmo tempo,erotizando-a e
permanentemente rejeitando-a. Negando a criança o processo da castração. o que na vida
adulta resulta em ansiedades, sendo que além da clássica angústia de castração das histéricas,
podem se juntara outras angústias levando o indivíduo a um estado de desamparo e de baixa
autoestima.
L.V.S queixava se de sua aparência, dizia se sentir feia, principalmente depois de
engordar 20 kg e que não sentia mais vontade de cuidar de sí mesma, apresentou-se as
primeiras sessões com cabelos desarrumados e sujos, unhas mau cuidadas e roupas largas, não
fazia uso de maquiagens e nem de acessórios. Ao que Zimerman (2007), postula que a
aparência externa do indivíduo tambémé levada a extremos, sendo por vezes desfaçado por
enorme desleixo, à medida que são tão marcantes o desamparo dos legítimos valores internos,
do sujeito, lhe restao recurso da aparência externa como garantiade reconhecimento e
valorização.
Dentro do processo terapêutico foram feitos os acolhimentos as demandas trazidas
pela paciente por meio da relação empática e assim a possibilitando as funções do ego da
paciente, para que a mesma produzisse insight, com isso por meio das interpretações pontuais,
foi possível o desenvolvimento do caso, ao qual a paciente apresentou mudança na forma
como percebia os seus conteúdos emocionais, se desfazendo dos pensamentos de suicídio, e
tomando uma postura de autoconhecimento e auto confiança, por meio disso a paciente
perdeu 6kg em 9 semanas e trouxe melhorias ,a aparência na forma de vestir, e também nos
relacionamentos interpessoais, seja com os esposo, o filho, as pessoas do trabalho ou outros
familiares. Diante da entrevista devolutiva a paciente demostrou insegurança, porém dizia
sentir que conseguirá esperar o recesso para dar continuidade ao processo terapêutico.
É indispensável dentro da prática psicanalítica, a interpretação do terapeuta diante das
demandas conscientes e inconscientes do sujeito e tratando-se da histeria,
ZIMERMAN(2007), pontua alguns aspectos inerentes a essa atividade interpretativa como:
levar o paciente a confrontar sehá semelhança em como ele se vê, e como os outros o vêem.
No qual o paciente troca de lugar, papel e função com outras pessoas que esse trás por
discurso, podendo algumas vezes haver transferências com próprio analista, e com isso o
terapeuta pode trabalhar as funções conscientes do ego do paciente, em como ele se percebe
,pensa, julga, se descreve como transmite os seussentimentos de ódio e de amor. O
terapeutater por funçãojuntar os conteúdos desassociados do paciente histérico,afim de
agrupar, possibilitando que o paciente assuma a responsabilidade pelo que acontece nassuas
inter-relações humana, sem deixar de se atentar aos mecanismos de defesa que englobam
psiquismo do paciente histérico.
Nome:João (fictício)
Idade: 21
Sexo: Masculino
Escolaridade: Ensino médio completo
O Paciente informou que havia procurado a clinica há um ano e que na época estava
mais tranquilo, hoje diz ter certeza que precisa de ajuda. Relatou que na semana que decidiu
procurar ajuda a questão era ansiedade, que sempre foi bastante ansioso, mas que o motivo
não era somente a ansiedade e sim outras preocupações, o referido disse ainda quenão estava
conseguindo resolver quase nada da sua vida, como alguns assuntos particulares, situações na
igreja e em relação ao seu filho, disse que às vezes quando está sozinho fica deprimido e tem
medo de depressão.
Ao todo, esta terapeuta em formação realizou com o mesmo o total de quatro
atendimentos clínicos, haja vista queem duas oportunidades o mesmo não compareceu, mas
justificou sua ausência, todas as sessões o paciente chegou no horário marcado e se mostrou
empenhado a dar continuidade as sessões. Nos atendimentos foram investigados aspectos da
personalidade e dos relacionamentos do mesmo. E motivos que o levaram procurar ajuda
além da ansiedade, que sempre foi bastante ansioso mas que o motivo não era somente a
ansiedade e sim vários outros acontecimentos. Ao ser questionado sobre quais são os
acontecimentos o mesmo relata que está no final da faculdade e tem muitas preocupações, e
não estava conseguindo resolver quase nada da sua vida, como alguns assuntos particulares,
situações na igreja e em relação ao seu filhofruto de um relacionamento passado, que vem
causando conflito com a ex, que entrou com uma ação para restringir as visitações ao seu
filho, quando questionado sobre seus sentimentos, ressaltaesta em conflito entre a raiva e a
tristeza pelo ano difícil que vem passando. Afim de conhecer mais sobre a personalidades são
feitas perguntas sobre sua infância, para que o mesmo discorra de suas lembranças.
Quando questionado sobre seu comportamento desde a infância, o mesmo relata em
suas palavras “ estou ansioso desde sempre ”,não conseguia ficar parado, mas sempre tirava
boas notas, os professores diziam que o mesmo tinha hiperatividade, “Eu tenho bastante
dificuldade, por exemplo, em assistir filme com meus amigos, quando percebo que vou
atrapalhar me retiro do local”. Salientasse por parte do terapeuta que as lembranças o deixa
inquieto e balança as pernas na cadeira. Ao questioná-lo do relacionamentos com os
familiares, João faz uma pausa e sorri com os olhos paralisados relatou não ter mantido muito
contato com sua mãe ao decorrer da vida, completa “ ela é usuária de drogas” no máximo viu
ela seis vezes em toda sua vida, mas que tem contato com ela e com seu irmão que mora com
ela em Brasília pelo Facebook, disse que ela teve depressão pós-parto e tentou mata-lo e a
guarda do mesmo ficou com seu pai, que provavelmente seu pai se separou da sua mãe por
conta da depressão, ressaltou que nunca morou com seu pai, e no momento seu pai mora em
outro estado e foi criado pela sua tia e avó paterna.Ao ser questionado sobre seus sentimentos
com relação a sua mãe, o mesmo relata com a voz engasgada “abusou de mim quando tinha
10 ou 9 anos”. João relatou ainda que sua mãe teve depressão pós-parto e tentou mata-lo e a
guarda do mesmo ficou com seu pai, mas que nunca morou com seu pai, foi criado pela sua
tia e pela sua avó paterna.
Pergunta para o mesmo o que o deixava com raiva, o mesmo responde “pessoas que
não se controlam, por exemplo, se você está tendo um dia ruim eu vou ser vítima do seu dia
ruim” a terapeuta em formação pergunta se o paciente é uma pessoa controlada, o mesmo
responde que já foi uma pessoa muito descontrolada, hoje em dia é bem mais controlado, diz
ainda “depois você que vai dizer, por enquanto é o que eu digo”. A terapeuta pergunta para o
paciente o que deixava ele preocupado ou ansioso o mesmo responde que várias situações o
deixava ansioso, no momento era a segunda fase da prova da OAB, e que antigamente ele se
preocupava em encontrar uma pessoa certa , “esse ano viajei para visitar meu pai, que mora
em Curitiba, foi quando percebi que o mundo não se resume aqui nessa cidade, nem na
faculdade, e nem na igreja, em Curitiba tem muita gente bonita, tudo bem que aqui também
tem”.
A terapeuta pergunta para o paciente o que o deixava feliz, o mesmo responde que
gosta muito de escrever, que escrevia muito no ensino médio. A terapeuta pergunta o que o
deixava com medo, o mesmo diz que não tinha medo de nada, que não tinha medo demorrer,
“ eu acho que tenho de ter que lidar com algumas perdas, penso muito na minha vó eu não sei
como seria, não sei como seria minha reação, penso também no meu pai, uma hora vai
acontecer é algo muito assustador para se pensar.” A terapeuta pergunta se o mesmo tinha
algo para acrescentar, ou se queria falar de algo que não foi perguntado, o mesmo disse que
não estava lembrando, mas no momento que a terapeuta perguntou se imaginou no lugar da
terapeuta fazendo perguntas para a mesma, “do tipo do que você tem medo?” a terapeuta
responde que isso era completamente impossível pois ele era o paciente. O mesmo responde
que era muito paciente, que tinha muita paciência.
Questionado sobre por que, o mesmo repete o que a terapeuta disse “você disse que
eu sou o paciente, e eu disse que eu sou paciente e tenho paciência” logo em seguida diz que
estava nervoso,a terapeuta pergunta por que o paciente estava nervoso o mesmo diz que não
sabia, mas que se recordou de uma vez que ficou muito nervoso que chegou a chorar, foi
quando discutiu com sua ex namorada que na época não estava mais com a mesma, se recorda
que discutiu e ficou muito nervoso, lembrou que não deu certo com ela pois mentia e traia.
Mas depois ficou pensando que podia ser diferente, disse também que não tem contato com a
mesma, inclusive ela está namorando e que não tem nenhum tipo de contato pois acho que o
namorado dela é muito ciumento. A terapeuta pergunta se o mesmo é ciumento, ele responde
que sim, que tem muito ciúme, que se achava doente, que tinha ciúme até da família, mas
acreditava que tinha melhorado no seu último relacionamento.
A cada minuto, acontece dentro de nós um conflito incessante entre o id e o
superego. Na medida em que essa luta se desenvolve, que inicia na infância vai se verificando
o surgimento do nosso Ego, vamos sentindo que nosso Eu está se formando, começamos a
perceber que temos uma personalidade própria e passamos a usar a palavra Eu todas as vezes
que queremos nos referir a nós mesmos. Nosso Ego é o nosso Id disciplinado, melhorado,
educado, civilizado, graças à ação do superego.
Para Adultos
Diversos estudos têm enfatizado diferentes habilidades terapêuticas necessárias ao
psicólogo clínico. Feldman e Miranda (2002) se referem a acolher, estimular, escutar,
compreender, ser empático. Torres (1997) acrescenta a assertividade, a expressividade
emocional e a habilidade de perceber aspectos de si durante o atendimento, descritas em
termos de auto sensação, auto percepção, auto-observação e autoconhecimento.
A Psicoterapia Breve de adulto na abordagem psicanalítica tem grande diferença em
relação s sua técnica, buscando compreender como funciona a dinâmica de vida do paciente,
as diferentes técnicas utilizadas que vão decidir se a psicoterapia será bem aplicada e eficaz a
ponto de estabelecer ou não mudanças, assim respondendo as demandas trazidas pelos
pacientes, a psicoterapia vai ter critérios assim como as técnicas utilizadas. A avaliação inicial
sendo bem orientada e conduzida vai ser um passaporte para o planejamento do restante das
sessões. Todos os estágios de mudanças e a forma como esse paciente se adapta tem que ser
percebido. Dessa forma iremos saber como se estabeleceu a aliança terapêutica e se a relação
é de qualidade, podendo direcionar o foco e os objetivos principais da psicoterapia.
(KOUYOUMDJIAN et al., 2009).
Violência sexual
A violência sexual é um tema que está cada dia mais presente na realidade de muitos
lares, embora seja um assunto com um vasto campo de pesquisa, quando exposto a esse
acontecimento muitas das vezes a vítima e a família não sabemcomo lidar com tal
acontecimento e nem tem o conhecimento das diversas áreas que serão afetadas e
prejudicadas por conta disto. De acordo com (HABIGZANG ET AL 2006) A experiência de
abuso sexual pode afetar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social de crianças e
adolescentes de diferentes formas e intensidade.
Crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual podem apresentar alterações
comportamentais, cognitivas e emocionais. Entre as alterações comportamentais destacam-se:
conduta hipersexualizada, abuso de substâncias, fugas do lar, furtos, isolamento social,
agressividade, mudanças nos padrões de sono e alimentação, comportamentos
autodestrutivos, tais como se machucar e tentativas de suicídio. As alterações cognitivas
incluem: baixa concentração e atenção, dissociação, refúgio na fantasia, baixo rendimento
escolar e crenças distorcidas, tais como percepção de que é culpada pelo abuso, diferença em
relação aos pares, desconfiança e percepção de inferioridade e inadequação. As alterações
emocionais referem-se aos sentimentos de medo, vergonha, culpa, ansiedade, tristeza, raiva e
irritabilidade (Cohen &Mannarino, 2000b; Cohen et al., 2001; Habigzang&Koller, 2006;
Haugaard, 2003; Jonzon&Lindblad, 2004).
Com a presença deste acontecimento a vítima e a família tem sua realidade alterada e
com isso toda a estrutura de segurança, tanto no quesito afetivo, socialé rompida abrindo
espaços para muitas dúvidas e vulnerabilidade em diversos aspectos, sendo estes segundo:
Segundo Habigzanget al 2006, o impacto da violência sexual está relacionado a três
conjuntos de fatores: fatores intrínsecos à criança, tais como vulnerabilidade e resiliência
pessoal; fatores extrínsecos, envolvendo a rede de apoio social e afetiva da vítima; e, fatores
relacionados com a violência sexual em si, como por exemplo, duração, grau de
parentesco/confiança entre vítima e agressor, reação dos cuidadores não-abusivos na
revelação e presença de outras formas de violência.
E dentre todos estes aspectos existe as possibilidades de desenvolvimento de
transtornos que surgem decorrentes ao abuso sexual e suas consequências, todos os fatores
que ocorrem e como são tratados esses fatos são questões determinantes para o aparecimento
de possíveis transtornos: Crianças e adolescentes podem desenvolver quadros de depressão,
transtornos de ansiedade, alimentares e dissociativos, enurese, encorpe-se, hiperatividade e
déficit de atenção e transtorno do estresse pós-traumático.
Dentro da possibilidade do surgimento dessas patologias, e necessário se atentar para
as possíveis alterações do comportamento da pessoa vítima do abuso além disso alteração nas
emoções e cognição são passiveis de acontecer consequente da violência sofrida .
AGRESSIVIDADE
Conceitualmente, a violência pode ser considerada toda ação danosa à vida e à saúde
do indivíduo, caracterizada por maus-tratos, cerceamento da liberdade ou imposição da força.
A criança e o adolescente, por sua maior vulnerabilidade e dependência, são vítimas
frequentes de atos abusivos (Eisenstein & Souza, 1993). Agressão é qualquer forma de
conduta direcionada visando prejudicar ou ferir outra pessoa (Kaplan &Sadock, 1993).
A agressividade faz parte do processo de conhecer, pode mediatizar-se, está dentro do
nível simbólico, ao passo que a agressão não está mediatizada e, muitas vezes, encontra-se a
serviço da destruição do pensamento (Fernandez, 1992).
Os conceitos de agressão e agressividade, assim como o de violência, envolvem
múltiplos enfoques e direcionamentos. Podem estar inseridos dentro de marcos referenciais
biologistas, comportamentalistas, dentro de modelos exclusivamente psiquiátricos ou de
abordagens mais amplas, como a da violência estrutural, proporcionada pelo próprio sistema
social com suas iniquidades.
Autores adeptos das doutrinas biologistas e comportamentalistas da agressão
percebem-na como “instintiva à natureza humana, tão natural e irresistível como a fome e o
instinto sexual. Eles tendem a transferir as regularidades do nível biológico para o social e a
extrapolar os dados referentes aos animais para as relações humanas em sociedade” (Minayo,
1990a:19).
Assim, a agressividade humana seria mediada geneticamente, resultante da natureza
instintiva do homem que teria uma tendência irreprimível à violência e ao domínio dos outros,
numa analogia à teoria da seleção natural. Autores da linha psicanalítica (Chess&Hassibi,
1982; Osório, 1982) tentaram identificar aspectos determinantes da agressividade na
adolescência.
Alguns consideram que o problema acontece devido a uma carência emocional
experimentada pela criança que se sente ferida; outros acreditam que a criança não teve
fixados os seus limites. Perceberam que crianças e adolescentes desvantajosos, expostos ao
abandono, morte ou doença dos pais, ou submetidos à intensa ansiedade gerada pelo ambiente
das ruas, podem apresentar conduta agressiva (Fagan&Wexler, 1987)
DESFECHO DO CASO
Foi realizado a entrevista com o paciente Joãono qual pode-se observar que o mesmo
possui algumas características de traumas com possíveis diagnósticos conclusivos a longo
prazo, devido a clínica escola de psicologia encerrar os atendimentos previamente, sendo
necessário fazer o encaminhamento para continuar a terapia.
Paciente: C. R. C. V.
Profissão: Atualmente desempregada, está concluindo o ensino superior de História.
Queixa: C. R. C. V., 22 anos e sexo feminino, chega ao consultório relatando que o pai
faleceu há 4 meses, e a partir da perca recente do pai assumiu a responsabilidade de cuidar da
irmã mais nova de 14 anos, a paciente relatou ainda que a mãe faleceu a 9 anos por causa de
uma parada cardíaca, e o pai faleceu em decorrência de pneumonia e por ele ser portador de
HIV, o sistema imunológico dele estava fraco. Atualmente a irmã enfrenta problemas na
escola e por diversas vezes a irmã da paciente automutilou-se e ingeriu medicamentos para se
suicidar. A paciente não consegue lidar com todos esses acontecimentos que vem ocorrendo
em sua vida e com a responsabilidade que ela precisa lidar por ser tão jovem.
Caso Clínico: C. R. C. V. nasceu em Rio Branco, no entanto na infância ela foi para Porto
Velho – RO, residir com sua família, após o falecimento da mãe a família voltou novamente
para Rio Branco onde é a sua residência juntamente com a irmã mais nova. Ela tem três
irmãos sendo uma mais velha de 31 anos, que é fruto de outro relacionamento com o pai dela,
ela é a segunda filha de uma prole de três, que são frutos do mesmo relacionamento, o irmão
de C. R. C. V. tem 28 anos, e ainda reside na cidade de Porto Velho com sua esposa e filho, a
irmã mais nova tem 14 anos, ela informou durante os primeiros atendimentos que a irmã é a
sua maior preocupação no momento por conta de uma possível depressão que a paciente
desconfia que a irmã tem. Durante 3 sessões trabalhamos para que ela pudesse ver a gravidade
de orientar a irmã para que pudesse procurar ajuda profissional, 1 mês antes de desligar a
paciente para as férias ela trouxe a informação que a irmã procurou ajuda profissional no
pronto socorro de Rio Branco e dela a encaminharam pra o CAPS.
Durante a anamnese a paciente relata que teve uma infância muito boa no entanto
nunca teve um bom relacionamento com a mãe pois ela era autoritária segundo a paciente,
percebe-se que a mãe era quem sempre impôs regras dentro de casa então a genitora fazia o
papel do objeto de autoridade, então a paciente escolheu o pai para que ele fosse o seu objeto
de amor, segundo a paciente ele nunca bateu nela, e ele sempre foi mais amoroso, o pai após
um período trabalhando fora de casa precisou se afastar e se aposentou por um problema na
coluna que a paciente não soube especificar, sendo assim ele quem cuidava da casa e dos
filhos, e a mãe era quem levava o sustento da casa.
Após o falecimento da mãe, C. R. C. V. se retraiu por conta do luto e assim
permaneceu por um longo período na sua adolescência, ela relata ainda que durante esse
período ela tinha problemas com o corpo e com a alimentação, pois segundo a paciente ela
comia mais do que o normal, e isso fazia com que as pessoas não se aproximassem tanto
dela, por estar com sobrepeso. Percebe-se então que a paciente já apresentava a estrutura de
personalidade histérica que segundo Zimerman (2007), a Histeria esta ramificada dentro das
três estruturas clínicas (neurose, psicose e perversão), mais precisamente dentro da neurose
que se divide em neurose obsessiva, fóbica e a histérica, no entanto percebe-se que a paciente
se encaixa na histeria, como citado anteriormente, pelo fato de que a libido é investida no
corpo e para a paciente nesse período da adolescência se apresentava pela fase oral, isso se da,
por conta da triage que é a psicodinâmica que acontece entre o ID – EGO – SUPEREGO, o
ID na paciente era representado pelo pai, pois ele sempre foi o objeto de amor, e o
SUPEREGO sempre foi representado pelo mãe, pelo fato dela ser o falo da relação, ela quem
possuía a autoridade e não o pai que na maioria das vezes é a autoridade na relação entre mãe
e filha/o. Após o falecimento da mãe de C. R. C. V. o pai em nenhum momento nunca as
repreendeu e isso é um dos motivos que a paciente pensa que sua irmã é tão rebelde porque
seu pai nunca impôs limites nelas.
Ao fim da anamnese a paciente trouxe uma informação que segundo ela nunca
conseguiu falar com ninguém pois era algo proibido, a paciente relata “quando eu era pequena
e morava com meu irmão que é mais velho que eu uns 5 anos eu acho. Nós dormíamos juntos
no mesmo quarto, só que em cama separada, sabe, a gente cresceu tomando banho juntos,
nossos pais que colocavam para gente adiantar e ficar logo pronto e ai fomos crescendo. Um
dia ele me chamou para tomar banho com ele, eu fui à inocência e ai quando cheguei ele tava
com o “negócio dele duro”, eu me assustei”(SIC), ela informa que esse episódio aconteceu
durante a sua adolescência e que fora esse momento do banho, as vezes o irmão a pegava no
colo, isso ainda na infância, porem nunca aconteceu nenhum tipo de penetração segundo ela.
Nessa fala da paciente percebe-se que ela se sentia culpada e como medo de julgamentos por
ser uma menina que cresceu em lar cristão e esse episódio ocorreu com seu irmão, para a
sociedade e principalmente para a religião o incesto é algo errado, e principalmente é pecado
essa prática. Além desse episódio a paciente relata que não era mais virgem e isso a
incomodava bastante, ela é uma mulher que se culpa por tudo que ela ja práticou e gostou no
entanto se preocupa com a opnião das pessoas e ela necessita de aceitação para se colocar
perante os outros.
Algumas sessões após ela volta a falar sobre o irmão e que sentava em seu colo pois
ele pedia e ficava se “esfregando”, em um primeiro momento ela não afirma gostar daqueles
movimentos em que fazia com o irmão. A paciente sempre trazia para a sessão esses
conteúdos sexuais com o irmão nos últimos minutos da sessão próvavelmente essa era uma
forma de reprimir os conteúdos. Após alguns dias a paciente acessa novamente os conteúdos e
diz que gostava dos movimentos que fazia com o irmão e que por muitas vezes nunca gostou
nem de pensar sobre, pois para ela sempre foi algo proibido, quando indaguei a paciente se
aconteceu algo mais entre os dois ela fala que “não lembro e se aconteceu algo provavelmente
eu bloqueei pelo fato dos serem serem irmãos”(Sic), a partir dessa fala da paciente
começamos a trabalhar com a associação livre para que ela pudesse acessar esses conteúdos
livremente e assim começar a elaborar esses conteúdos através das interpretações, e nessa
mesma sessão a paciente fala que desde pequena ela se masturbava e que era algo
incontrolável, e ela se sentia culpada em relação a masturbação, pois ela sempre foi
evangélica e para a religião e sociedade existe um tabu em relação a sentir prazer, segundo a
paciente isso era algo que ela nunca conseguiu se controlar mesmo sabendo ser errado. Pode-
se observar que a paciente está parada na base da pirâmide de maslow que é onde estão as
necessidades mais urgentes, relacionadas às nossas necessidades fisiológicas, de segurança,
amor e autoestima, e por ela não conseguir elaborar suas questões internas, não consegue se
sentir realizada em nenhuma área de sua vida e será possível após ela resolver todos esses
conflitos internos (FERREIRA e DEMUTTI, 2010).
Posteriormente ela trazer todos esses conteúdos para o setting terapêutico, pode-se
observar uma grande evolução na paciente na sessão seguinte pois ela sempre aparecia com a
aparência desleixada, e nesse dia ela veio totalmente diferente, apareceu maquiada, unhas
feitas, cabelo arrumado e com salto alto, nesta sessão ela estava muito comunicativa e assim
permaneceu por 2 semanas, sendo que nesse intervalo ela chegou à terapia faltando 5 minutos
para o fim do atendimento, não foi possível realizá-lo e ela foi informada, na sessão seguinte a
paciente regrediu, e ela indagou o porquê dela sempre quando está melhorando, dar dois
passos para trás, porém essa fala foi fora do consultório e após esse atendimento aconteceram
imprevistos que a impediram de voltar a sessão por 2 semanas. Atualmente a paciente está
passando por problemas financeiros pois está desempregada e recebe ajuda de outras pessoas,
ela e a irmã estão aguardando um processo que está em andamento na justiça para que a irmã
receba uma pensão do pai que faleceu.
Sintomas que chamaram bastante atenção na paciente é que segundo ela durante o
período menstrual a aproximadamente 4 meses, ela se sente triste durante o periodo, tem
insônia, não sente fome, fica estremamente nervosa com a irmã, perde a paciência fácil, não
sente vontade de fazer nenhum tipo de atividade, segundo esses sintomas que ela relatou pedi
para que procurasse ajuda profissional, pois no último atendimento ela faltou por que quando
estava a caminho desmaiou por não se alimentar direito. A paciente tem todos os sintomas
para se encaixar em um transtorno do DSM-V. No entanto para a psicanalise ela é uma
paciente histérica, pois reprime o seus desejos por conta da culpa que ela carrega de um
possivel trauma sexual infantil que até o momento a paciente não acessou esse conteúdo em
detalhes, porém ela demonstra sentir ciumes do irmão com a esposa e com a irmã mais nova,
quando a questionei em relação a uma possível paixão ela não aceita em um primeiro
momento porém após uma tentativa de negação, ela assume essa paixão e ai posteriormente
falta as 2 sessões seguintes ela retornou apenas na devolutiva, e segundo ela o relacionamento
com o irmão melhorou nesse período, pois anteriormente ele era agressivo e ela não o
considerava como irmão, ela percebeu que não pode mudar o que aconteceu no passado.
Segundo Zimerman (2007), quando falamos em sintoma, estamos nos referindo a
um estado de sofrimento que o paciente está sentindo e ao mesmo tempo tempo quer se livrar
desse sentimento, esse parte que o autor cita trás exatamente a parte em que a paciente relata
que se sente desconfortavél falando sobre o trauma dela e ela acaba projetando tudo no
periodo menstrual que faz com que os sintomas dela fiquem mais visíveis, pois ela não sente
cólicas menstruais e muito menos os sintomas mais comuns de um periodo menstrual
considerado normal, os sintomas dela vão além ao ponto dela desmaiar, segundo C. R. C. V.
esses desmaios ocorreram 3 vezes em toda sua vida e sempre ocorre no periodo menstrual.
Zimerman (2007) cita que, Freud Freud descreveu dois tipos de neurose atual: a
neurose de angústia e a neurastenia que é uma excessiva descarga de substâncias sexuais, que
é o que acontece com a paciente, ela relata em uma das sessões que não consegue se controlar
quanto a prática da masturbação, e ela se culpa por isso por conta da religião, foi trabalhado
com a paciente por meio de interpretações uma forma dela deixar de se culpar pelos seus
desejos internos e começar a colocar-los em prática e assim a paciente começou a se arrumar,
usar maquiagem, colocar um salto alto que era algo que ela não conseguiria antes de começar
a psicoterapia, no dia da devolutiva ela informou ainda que tinha eliminado 4 KG e estava
conhecendo uma pessoa, que nesse momento estava apoiando ela. Anteriormente a paciente
meio que fazia algumas atividades estereotipadas, só ia para a igreja, faculdade e voltava para
casa, ela evoluiu nessa parte também nessa parte pois tinha vontade de sair com amigas para
lugares diferentes porém se culpava antecipadamente por apenas pensar em ir, atualmente ela
sai com as amigas sem culpas e se diverte. A paciente preocupou-se em relação a ela não ter
os encontros semanais portanto falou que vai procurar fazer alguma atividade fisica para
manter o corpo e se aproximar mais da irmã mais nova e que no periodo que vem ela retorna
para o atendimento, pois ela entendeu que ela é a única responsavel pelo que pode acontecer
em sua vida.
5 AVALIAÇÕES
5.1 DO ESTÁGIO
Freud S. Sobre o início do tratamento In: Freud S. Novas recomendações sobre a t écnica da
psicanálise I . Rio de Janeiro : Imago; 1970. p.164-187. ( Obras psicológicas completas de
Sigmund Freud; vol 12)
KAPLAN, H. & SADOCK, B., 1993. Condições não atribuíveis a um transtorno mental.
In: Compêndio de Psiquiatria (H. Kaplan & B. Sadock, eds.), 6a ed., pp. 577-587. Porto
Alegre: Artes Médicas. Acesso em <http://www.scielo.br/pdf/csp/v14n2/0110.pdf> Em: 14 de
Nov. de 2019.
PINHEIRO. Nadja Barbosa. Psicanálise, teoria e clínica: reflexões sobre sua proposta
terapêutica. REVISTA; Psicol. cienc. prof. vol.19 no.2 Brasília 1999. Disponível
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141498931999000200004.>
Acesso em 17 de nov. 2019.
SILVA, Julia Montazzolli; REIS, Maria Elizabeth Barreto Tavares dos. Psicoterapia
psicanalítica infantil: o lugar dos pais. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 25, n. 1, p. 235-
250, mar. 2017 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2017000100015&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 17 de Nov. de 2019.
TRINCA