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DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
São Luís
2021
“Aquilo a que chamei a ruptura na tradição, a qual marca o período da Grande
Revolução na França, iria mudar toda a situação em que os artistas viviam e
trabalhavam. Academias e exposições, críticos e entendidos, tinham-se empenhado ao
máximo para introduzir uma distinção entre Arte com A maiúsculo e o mero exercício
de um ofício, fosse ele o de pintor ou de construtor.” (P.1)
“Agora, os alicerces em que a arte assentara durante toda a sua existência estavam
sendo abalados de outro lado. A Revolução Industrial começou a destruir as próprias
tradições do sólido artesanato; o trabalho manual cedia lugar à produção mecânica, a
oficina à fábrica” (P.1)
“Seria injusto supor que não houve arquitetos talentosos no século XIX. Houve, sem
dúvida. Mas a situação de sua arte era toda contra eles. Quanto mais
conscienciosamente estudavam para imitar estilos passados, menos provável era que
seus projetos fossem adaptados às finalidades a que se destinavam.” (P.1)
“...Paris tornara-se a capital artística da Europa no século XIX, tal como Florença tinha
sido no século XV e Roma no século XVII. Artistas de todo o mundo afluíam a Paris
para estudar com os grandes mestres e, sobretudo, para se juntar ao debate sobre a
natureza da arte que nunca terminava nos cafés de Montmartre, onde a nova concepção
de arte era laboriosamente preparada.” (P.3)
“Os estudantes de arte nas academias eram treinados desde o começo para basear seus
quadros na interação de luz e sombra.” (P.9)
“Vimos ao longo desta história da arte como todos somos propensos a julgar pinturas
mais pelo que sabemos do que pelo que vemos.” (P.9)
“Os grandes artistas de períodos subsequentes tinham feito descoberta sobre descoberta,
o que lhes permitiu criar um quadro convincente do mundo visível, mas nenhum deles
desafiara seriamente a convicção de que cada objeto na natureza tem sua forma e cor
fixadas definitivamente e reconhecíveis com facilidade numa pintura.” (P.10)
“Os pintores desse jovem grupo de impressionistas aplicaram seus novos princípios não
só à paisagem, mas a qualquer cena da vida real.” (P.14)
“Levou algum tempo até o público aprender que para apreciar um quadro impressionista
tem que recuar alguns metros e desfrutar o milagre de ver essas manchas intrigantes
organizarem-se de súbito e ganharem vida ante os nossos olhos. Realizar esse milagre e
transferir a experiência visual do pintor para o espectador era a verdadeira finalidade
dos impressionistas”. (P.15)
“Pois, embora a batalha fosse acirrada e tão dura para os artistas envolvidos, o triunfo
final do impressionismo foi completo.” (P.18)
“Alguns desses jovens rebeldes, pelo menos, notadamente Monet e Renoir, viveram o
tempo bastante para gozarem os frutos dessa vitória e tornarem-se famosos e respeitados
em toda a Europa. Presenciaram o ingresso de suas obras em coleções públicas e a sua
conversão em bens cobiçados pelos ricos.” (P.18)
“Talvez essa vitória não tivesse sido tão rápida nem tão completa se não fosse por dois
aliados que ajudaram as pessoas do século XIX a verem o mundo com olhos diferentes.
Um desses aliados foi a fotografia.” (P.18)