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Após suas pequenas análises Gombrich apresenta alguns artistas e como eles agem
perante a arte, nesse momento os artistas se encontram cheios de “alma”,
independências e expressões em suas obras. Paris se torna a nova capital artística da
Europa no século XIX, “Paris tornara-se a capital artística da Europa no século XIX, tal
como Florença tinha sido no século XV e Roma no século XVII. Artistas de todo o
mundo afluíam a Paris para estudar com os grandes mestres e, sobretudo, para se juntar
ao debate sobre a natureza da arte que nunca terminava nos cafés de Montmartre, onde a
nova concepção de arte era laboriosamente preparada.”. Em seguida Gombrich
apresenta alguns artistas e suas características encontradas nas suas obras, como: Jean-
Aguste Dominique Ingres (1780-1867) um artista que admirava a arte heroica, porém
desprezava o improviso e confusão “tal como ele, admirava a arte heroica da
antiguidade clássica. Em seus ensinamentos, insistiu sobre a disciplina de absoluta
precisão na classe vital e desprezava as improvisações e a confusão” “É fácil
compreender por que tantos artistas invejavam Ingres por sua segurança técnica e
respeitavam sua autoridade mesmo quando discordavam de seus pontos de vista. Mas
também se compreende facilmente por que os seus contemporâneos mais veementes
achavam insuportável essa perfeição fluente.” Eugene Delacroix (1798-1863) acreditava
que a cor era mais importante que o desenho, assim como a imaginação era mais
importante que o saber, “Se lhe atribuíam esse papel era porque ele não aceitava os
padrões da Academia. Não tinha paciência para conversar sobre gregos e romanos, com
a insistência no desenho correto e a constante imitação de estátuas clássicas. Acreditava
que, em pintura, a cor era muito mais importante do que o desenho, a imaginação mais
do que o saber. Enquanto que Ingres e sua escola cultivavam o Estilo Grandiloqüente e
admiravam Poussin e Rafael, Delacroix chocava os entendidos ao preferir Rubens e os
venezianos.”. Jean-Baptiste Camille Corot em suas pinturas mostrava verdade com
menos detalhes e tons mais quentes, já Jean-François Millet (1814-75) pintava cenas
sobre a vida no campo, ou seja realmente pintava homens e mulheres trabalhando no
campo “Quis pintar cenas da vida camponesa tal como realmente era, pintar homens e
mulheres trabalhando no campo. É curioso refletir que isso deveria ser considerado
revolucionário, mas, na arte do passado, os camponeses eram geralmente vistos como
labregos cômicos, conforme Bruegel os pintara”. Por sua vez Gustave Coubert (1819-
77) buscava a verdade e queria que seus quadros fossem protestos que chocassem a
burguesia “O seu "realismo" iria marcar uma revolução na arte. Courbet queria ser
unicamente discípulo da natureza. Ele não queria formosura, mas verdade... Pretendia
que seus quadros fossem um protesto contra as convenções aceitas do seu tempo,
"chocassem a burguesia" para fazê-la sair de sua complacência, e proclamassem o valor
da intransigente sinceridade artística contra a manipulação hábil de clichês tradicionais”
Em seguida o autor dedica sua escrita a outros artistas que representam melhor a ruptura
na arte, “A terceira onda de revolução na França (após a primeira onda de Delacroix e a
segunda onda de Courbet) foi iniciada por Edouard Manet (1832-83) e seus amigos.
Esses artistas levaram muito a sério o programa de Courbet. Procuraram convenções na
pintura que se tinham tornado cediças e destituídas de significado. Concluíram que toda
a pretensão da arte tradicional de que descobrira o modo de representar a natureza, tal
como a vemos, se baseava numa concepção errônea... No máximo, admitiriam que a
arte tradicional encontrara um meio de representar homens ou objetos sob condições
muito artificiais” Manet e seus seguidores buscam na reprodução de cores uma
revolução quase comparada a revolução grega, “Os objetos retirados das condições
artificiais do estúdio do artista não parecem tão redondos nem tão modelados quanto os
moldes em gesso de uma escultura antiga. As partes que estão iluminadas parecem
muito mais brilhantes do que no estúdio, e até as sombras não são uniformemente
cinzentas ou negras, porque os reflexos de luz dos objetos circundantes afetam a cor
dessas partes não-iluminadas.” Manet abandona o método tradicional por conta dos
contrates, e tem com sua inspiração Goya, indo ate mais longe que ele, pois cria
impressões de corpo sólidos através de um jogo de luz e sombra, gerando uma sensação
de profundidade. “Manet quer que ganhemos à impressão de luz, velocidade e
movimento, dando-nos nada mais do que uma escassa sugestão das formas que
emergem da confusão.”
Claude Monet (1840-1926) foi quem insistiu com seus amigos para que abandonassem
completamente o estúdio e jamais pintassem uma só pincelada que fosse, exceto em
frente do "motivo". Monet pretendia explorar a natureza e seus movimentos como a
nuvem, o sol, ou vento, captava um aspecto característico para combinar suas cores com
pinceladas rápidas, sem muitos detalhes. O termo “impressionista surgi por conta de
uma obra do Monet “Monet ainda tinham dificuldade em conseguir que suas telas não-
ortodoxas fossem aceitas pelo Salão. Assim, resolveram reunir-se em 1874 e organizar
uma exposição no estúdio de um fotógrafo. Continha uma teta de Monet que o catálogo
descrevia como "Impressão: Nascer do Sol"; era a pintura de um porto visto através das
névoas matinais. Um dos críticos achou esse título particularmente ridículo e referiu-se
a todo o grupo de artistas como "os impressionistas"”
Por fim Auguste Rodin (1840-1917) foi um grande escultor e se tornou um mestre
consagrado da sua época, “Rodin desprezava a aparência externa de “acabamento”. Tal
como eles, preferia deixar algo para a imaginação do espectador. Por vezes, deixava até
parte da pedra em bruto para dar a impressão de que a sua figura estava emergindo e
ganhando forma nesse preciso momento”