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A política pública e a degradação do meio Ambiente

Segundo Cumbane, J.J. (2004), Políticas públicas são ações pontuais adotadas pelo
governo federal, estadual, municipal e instituições públicas estatais, com ou sem
participação da sociedade, para resguardar os direitos sociais e coletivos previstos
em lei.

A Constituição da República de Moçambique

A Constituição, em primeiro lugar, eleva o ambiente à categoria de bem jurídico


fundamental da comunidade, ao lado de outros bens clássicos, como a vida, a
integridade física, as diferentes liberdades, entre outros. A protecção constitucional
do bem jurídico ambiente foi significativamente reforçada na Lei Fundamental de
2004, a qual não só sublinhou o direito fundamental de todo o cidadão ao ambiente
equilibrado e respectivo dever de o defender, como ainda maximizou o interesse
público de protecção do ambiente, criou uma norma geral prevendo deveres do
cidadão para com a comunidade, incluindo o de defender o ambiente, consagrou o
direito de acção popular como garantia para defender bens jurídicos de natureza
difusa ou colectiva, entre os quais o ambiente, e consubstanciou como um dos
princípios estruturantes o princípio do desenvolvimento sustentável.

A Lei do Ambiente A Lei do Ambiente configura-se actualmente como uma espécie


de Lei-quadro, fixando os pilares do regime de protecção jurídico-legal do ambiente.
Segundo o respectivo artigo 2, esta Lei “tem como objecto a definição das bases
legais para uma utilização e gestão correctas do ambiente e seus componentes,
com vista à materialização de um sistema de desenvolvimento sustentável no país”.
Está estruturada em nove capítulos a saber, dado que tem implicação relativamente
ao respectivo processo de regulamentação:

Degradação do meio ambiente

É chamada de degradação ambiental qualquer processo, seja ele natural ou


provocado por ações humanas, que suprima do ambiente características próprias e
condições favoráveis à renovação da vida. A degradação ambiental natural pode ser
consequência de mudanças climáticas bruscas ou ausência prolongada de chuvas
que leva à desertificação.
No caso da degradação ambiental resultante da ação humana, desmatamento e
queimada de florestas são exemplos de processos que destroem as condições do
ambiente, fazendo com que diversas espécies de animais não encontrem mais
meios de sobreviver e migrem para outros territórios.

De acordo com Moyo et al. (1993) e Cumbane (2003), os problemas ambientais em


Moçambique, embora localmente relevantes em sítios específicos, não são
significativos a nível nacional e incluem a pressão populacional sobre os recursos,
cultivo excessivo em certas áreas, sobre pastoreio, exploração excessiva de pesca,
conflito entre pastores e agricultores, erosão, seca devido à massiva degradação do
solo, desmatamento, baixa qualidade de água, poluição transfronteiriça poluição
industrial.

Referencias Bibliogafias

Moio, S.; O'keefe, P.; Sill, M. (1993). A África Austral Ambiente. Perfis dos Países da
SADC. Publicações Earthscan Ltda.: Londres, 364p.

Cumbane, J.J. (2004). Air pollution management in Southern African cities. Air
pollution issues in Mozambique. In: FERESU, S. et al. (org.). Proceedings of the
Regional Workshop on “Better Air Quality in the Cities of Africa 2004”. Johannesburg:
Stockholm Environment Institute. p. 98-103

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