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Estratificação Social da Sociedade Moçambicana.

Sociedade
Segundo Marx citado por Tomazi (1993), a sociedade é um conjunto de actividades
dos homens, ou acções humanas, e essas acções é que tornam a sociedade
possível. Essas acções ajudam a organização social, e mostra que os homens se
relacionam uns com os outros. Esta relação é determinada por diferentes classes
que compõem a socieadade.

Classes sociais

Para Marx, as classes não seriam apenas um grupo que compartilha um certo status
social, mas é definida em relações de propriedade. Para ele havia aqueles que
possuíam o capital produtivo, com o qual possuiam a mais-valia, constituindo assim
a classe exploradora, de outro lado estava os assalariados, os quais não possuíam a
propriedade, constituindo assim o proletariado (Campos, 2007). As classes sociais
mostram as desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo de organização social
estabelece as desigualdades, de privilégios e de desvantagens entre os indivíduos.
Essas desigualdades são adquiridos socialmente. As divisões em classes se dá na
forma que o indivíduo está situado economicamente e socio-politicamente em sua
sociedade.

Portanto, Estratificação social é um conceito sociológico usado para analisar e


interpretar a classificação dos indivíduos e grupos sociais, com base em dados e
condições socioeconômicas comuns.

Desigualdade social

O marxismo estabelece que a desigualdade é inerente ao modo de produção


capitalista resultante de um conjunto de relações pautados na propriedade como um
facto jurídico, e político. O poder de dominação é que dá origem a essas
desigualdades em que uma classe produz e a outra domina os meios de produção
(Tomazi, 1993). Ela produz-se inevitavelmente no processo normal das economias
capitalistas, e não pode ser eliminada sem alterar de modo fundamental os
mecanismos do capitalismo. Ademais, forma parte do sistema, o que significa que os
detentores do poder tem interesses criados em manter a desigualdade social (Peet,
s/d).
Estratificação social em Moçambique

A desigualdade social em Moçambique que se reflecte na dominação dos ricos


sobre as massas, maioritariamente pobres, não só é económica mas também ela se
sobrepõe a classe pobre politicamente e sócio-culturalmente, isto é, os pobres são
obrigados a aceitar as deciões políticas e se submeter as regras socioculturais que
dão maior privilegio a individuos da classe alta. Para Marx, os pobres estariam
dominados pela ideologia da classe dominante, ou seja, as idéias que eles têm do
mundo e da sociedade seriam as mesmas idéias que a burguesia espalha para o
seu benefício particular. Ex: as mudanças de curriculum nas escolas públicas,
curriculuns estes que tem se apresentado “defeituosos” para o processo de ensino e
aprendizagem, afectando somente individuos das classes baixas, pois os individuos
das classes altas tem privilégios de se formar nas escolas privadas ou mesmo no
exterior do país.

A desigualdade social tem afectado imenso a nação moçambicana. Desde o início


do processo de desenvolvimento, encontra-se um factor evidente: o crescimento
econômico, que tem gerado condições extremas de desigualdades espaciais e
sociais, manifestas entre regiões, meio rural e o meio urbano, entre centro e periferia
e entre as raças. A disparidade econômica encontrada no país reflete-se em
especial sobre a qualidade de vida da população: expectativa de vida, mortalidade
infantil e analfabetismo, dentre outros aspectos. As populações mais pobres não têm
ascensão no mercado de trabalho. Com o processo de urbanização, a modernização
do setor agrícola e a industrialização no espaço urbano grande parte da população
rural migrou para as cidades à procura de empregos e melhores salários.

É evidente a presença de três classes sociais diferentes, sendo elas: classe baixa,
média e classe alta. A classe média pouco faz-se sentir comparativamente a outras
duas. Como já vimos no capitalismo, quem tinham condições para a dominação e a
apropriação, eram os da classe superior, os burgueses, capitalistas, os ricos, quem
trabalhavam para estes eram os operários, os pobres, pois bem esses elementos
são os principais denominadores de desigualdade social.

A elevada concentração da riqueza mobiliária e imobiliária de uma classe (rica) e o


declínio dos salários reais e à existência dos altos preços de produtos básicos são
factores estruturais políticos, sóciais e econômicos que contribuem para gerar a
desigualdade de renda em Moçambique. Contudo, há uma má distribuição de
riqueza, sendo que se pode considerar a desigualdade social como um dos
principais determinantes da pobreza no país.

O tema é bastante relevante para a sociedade global e especificamente a


moçambicana porque o mundo e o país em especial são fortemente afectados por
essa situação causando enúmeros conflitos sociais. Por isso, torna-se relevante
explicar esse fenómeno com bases teóricas de Karl Marx. Como estudante é
relevante estudar este fenómeno para poder explicar com maior precisão as causas
do surgimento, as consequências e possíveis soluções para o indivíduo e a
sociedade.
Uma vez que o nosso país não é exceção num conjunto de países que enfrentam
essa situação, pretende-se com o trabalho, compreender e explicar a ocorrência
desse fenomeno com o objectivo de consciencializar a sociedade e procurar
demostrar possíveis soluções.

Referencias Bibliográficas

Bourguignon, M. (2010). Desigualdade e Estrutura Social na Sociedade da


Informação. Acessado no dia 29 de Maio de 2023 em http://www.textus
textos.com.br/estante/sociologia/soc001html.html.

Campos, W. (2007). A Teoria marxista e as classes sociais. Acessado no dia 30 de


Maio de 2023 em http://www.webartigos.com/articles/1190/1/A-Teoria-Marxista-E-
As-Classes Sociais/pagina1.html.

Rocher, G. (1989). Sociologia geral: mudança social e acção histórica. Lisboa:


Presença.

Tomazi, D. (1993). Iniciação a Sociologia. São Paulo.

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