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C. F. M.

EMPRESA NACIONAL DE PORTOS E CAMINHOS DE FERRO DE MOÇAMBIQUE, E. E.

REGULAMENTO DE CIRCULAÇÃO
DE COMBOIOS

II

SINAIS

Editado por:

Fernave, SA
Revisto em:

Agosto de 2012

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REGULAMENTO DE CIRCULAÇÃO DE COMBOIOS
II – SINAIS

ÍNDICE
CAPÍTULO I

GENERALIDADES
1. FINALIDADE DOS SINAIS REGULAMENTARES................................................................................... 7

2.EXECUÇÃO E OBEDIÊNCIA AOS SINAIS ............................................................................................. 7

3.ATENÇÃO AOS SINAIS ...................................................................................................................... 7

CAPÍTULO II

DIVISÃO E DESIGNAÇÃO DOS SINAIS

4.DIVISÃO DOS SINAIS ........................................................................................................................ 8

CAPÍTULO III

CONSTITUIÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FINALIDADE DOS SINAIS ÓTICOS FIXOS


5.SINAIS DE FIGURA.......................................................................................................................... 10

6.SINAIS LUMINOSOS ....................................................................................................................... 16

CAPÍTULO IV

CONSTITUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS SINAIS ÓTICOS MÓVEIS


7.SINAIS DE MÃO.............................................................................................................................. 23

8.SINAIS DOS COMBOIOS ................................................................................................................. 26

9.UTILIZAÇÃO DOS SINAIS DE VIA ..................................................................................................... 28

10.UTILIZAÇÃO DOS SINAIS DE REVISÃO ........................................................................................... 30

CAPÍTULO V

CONSTITUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS SINAIS ACÚSTICOS


11.SINETA DA ESTAÇÃO.................................................................................................................... 31

12.SINAIS DE APITOS ........................................................................................................................ 31

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13.SIRENE DO C.T.C. ......................................................................................................................... 32

14.USO DO SILVO E DA SINETA DAS LOCOMOTIVAS E DAS AUTOMOTORAS...................................... 32

15.SINAIS DETONADORES “PETARDOS” ............................................................................................ 34

16.UTILIZAÇÃO DOS SINAIS EM TEMPO DE NEVOEIRO OU CHUVA TORRENCIAL ............................... 35

CAPÍTULO VI

SINAIS DE PARTIDA AOS COMBOIOS


17.ORDEM DE PARTIDA .................................................................................................................... 35

18.SINAL DE PARTIDA ....................................................................................................................... 36

19.SINAL DE AUTORIZAÇÃO DE PASSAR SEM PARAR NOS APEADEIROS OU PONTOS DE PARAGEM... 36

20.SINAL DE CONFIRMAÇÃO DE PARTIDA ......................................................................................... 37

21.ATENÇÃO DO PESSOAL DOS COMBOIOS À PARTIDA DAS ESTAÇÕES............................................. 37

22.PARAGENS ACIDENTAIS ............................................................................................................... 37

CAPÍTULO VII

CIRCULAÇÃO DE COMBOIOS SEM SINAL DE CAUDA. MEDIDAS A ADOTAR


23.VERIFICAÇÃO DA CAUDA DOS COMBOIOS ................................................................................... 38

24.FALTA DO SINAL NOTADA ANTES DA PARTIDA DOS COMBOIOS ................................................... 38

25.FALTA DO SINAL NOTADA DEPOIS DA PARTIDA OU A PASSAGEM DOS COMBOIOS ...................... 39

CAPÍTULO VIII

PROTEÇÕES EM PLENA VIA


26.UTILIZAÇÃO DOS SINAIS NAS PROTEÇÕES EM PLENA VIA............................................................. 40

27.PROTEÇÕES DE OBSTÁCULOS EM PLENA VIA EM CASO DE EMERGÊNCIA..................................... 41

28.PROTEÇÃO DE COMBOIOS EM PLENA VIA.................................................................................... 41

CAPÍTULO IX

DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
29.SINAIS CONFUSOS OU MAL COMPREENDIDOS............................................................................. 44

30.AVARIA OU MAU FUNCIONAMENTO DOS APARELHOS DE SINAIS FIXOS....................................... 44

31.SINAIS APAGADOS OU DE ASPETO DUVIDOSO ............................................................................. 45

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32.SINAIS CAÍDOS OU ABANDONADOS NA LINHA ............................................................................. 45

33.SINAL DE AFROUXAMENTO OU PRECAUÇÃO ............................................................................... 45

34.COMUNICAÇÕES DOS PONTOS DEFEITUOSOS DA LINHA.............................................................. 45

35.PRECAUÇÕES TEMPORÁRIAS ....................................................................................................... 46

36.EXCESSO DE VELOCIDADE CONSIDERADA PELO CONDUTOR ........................................................ 47

37.SINAIS CONVENCIONAIS TRANSMITIDOS DE OU PARA OS COMBOIOS ......................................... 47

38.SINAIS DE LIMITE DAS LINHAS...................................................................................................... 47

39.SINAIS LUMINOSOS ..................................................................................................................... 47

40.SINAIS DE ALARME ...................................................................................................................... 47

41.SINALIZAÇÃO DAS REDES ESTRANHAS.......................................................................................... 48

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REGULAMENTO DE CIRCULAÇÃO DE COMBOIOS

II – SINAIS

CAPÍTULO I

GENERALIDADES

1. FINALIDADE DOS SINAIS REGULAMENTARES


Os sinais regulamentares são destinados à transmissão de ordens e indicações necessárias, para
a segurança geral dos comboios na via, nas estações e apeadeiros.

2. EXECUÇÃO E OBEDIÊNCIA AOS SINAIS

2.1. Todos, os sinais devem ser executados distintamente para serem facilmente compreendidos. Os
agentes, a quem incumbe a execução e obediência aos sinais, ficam responsáveis pelas
consequências do seu desrespeito, alteração ou aplicação errada.

2.2. Todos os agentes Ferroviários sejam quais forem as suas funções e graduação, devem imediata
obediência aos sinais.

3. ATENÇÃO AOS SINAIS

3.1. O pessoal das estações e da via deve exercer uma cuidadosa vigilância sobre todos os sinais dos
comboios.

3.2. Ao pessoal dos comboios cumpre prestar constante atenção aos sinais da via e das estações.

3.3. Nas estações, o pessoal dos comboios, de manobras e de agulhas observará, com rigor, os sinais
convencionados no serviço de manobras, para que este se faça com toda a segurança e
regularidade.

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CAPÍTULO II

DIVISÃO E DESIGNAÇÃO DOS SINAIS

4. DIVISÃO DOS SINAIS

4.1. SINAIS ÓTICOS

Os sinais óticos são de duas espécies: Fixos e Móveis.

4.1.1. SINAIS ÓTICOS FIXOS.

Os óticos fixos são os seguintes:

1. Tabuletas avisadoras da aproximação das estações, apeadeiros, desvios e pontos de


paragem.

2. Tabuletas avisadoras de tomas de água.

3. Tabuletas limitadoras de velocidade.

4. Tabuletas de precaução com indicador de velocidade.

5. Tabuletas indicadoras de número de eixos.

6. Tabuletas indicadoras de aproximação de passagem de nível.

7. Tabuletas indicadoras de pontes com estruturas superiores e de túneis.

8. Indicadores de posição das agulhas.

9. Sinais luminosos elétricos:

 Sinais principais de entrada;

 Sinais principais de saída;

 Sinais do bloco;

 Sinais repetidores de sinais;

 Sinais de emergência;

 Sinais de manobras;

 Sinais anões de triagem;

 Sinais mistos;

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 Sinais indicadores de vias;

 Sinais indicadores de direção;

 Sinais indicadores de saída.

4.1.2. SINAIS ÓTICOS MÓVEIS

Os sinais óticos móveis, subdividem-se em:

a) Sinais de mão:

 Bandeiras;

 Lanternas.

b) Sinais de comboios:

 Bandeiras;

 Placa de cauda e de sucessão;

 Faróis de locomotiva;

 Faróis de cauda;

 Faróis de costado.

c) Sinais de revisão:

 Placa R;

 Lanterna.

d) Sinais de via:

 Bandeiras;

 Triangulo amarelo com dispositivo para colocação de bandeiras.

4.2. SINAIS ACÚSTICOS

Os sinais acústicos são produzidos por:

 Sineta da estação;

 Sirene de alarme do C.T.C.;

 Apitos;

 Silvo ou sineta da locomotiva;

 Petardo.

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CAPÍTULO III

CONSTITUIÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FINALIDADE DOS SINAIS ÓTICOS FIXOS

5. SINAIS DE FIGURA

5.1. TABULETAS AVISADORAS

5.1.1. FINALIDADE DAS TABULETAS AVISADORAS

As tabuletas avisadoras têm por fim marcar os limites das estações, apeadeiros, desvios e
pontos de paragem, indicar aos maquinistas dos comboios a posição dos pontos da linha a que a
mesma se referem e tratando-se de estações, apeadeiros, desvios, pontos de paragem e
tanques de água, servem para proteger os comboios, parados ou em manobras, em qualquer
daqueles lugares.

5.1.2. TABULETAS AVISADORAS DE APROXIMAÇÃO DE ESTAÇÕES, APEADEIROS, DESVIOS E


PONTOS DE PARAGEM

São colocados no lado direito da linha (para os comboios que delas se aproximem), formando
um conjunto com as seguintes designações:

 Tabuleta A

 Tabuleta B

 Tabuleta C

TABULETA A:

É constituída por um retângulo em chapa, colocado na posição vertical, pintado a tinta


fluorescente, com o fundo de cor branca e com cinco traços oblíquos de cor preta.

Encontra-se situada a uma distância variável, em função do perfil da linha e da velocidade


máxima permitida no troço, a um mínimo de 1000 metros da 1ª agulha da estação, apeadeiro
ou ponto de paragem.

Avisa da aproximação do local, e indica ao maquinista que deve reduzir a velocidade por forma a
ter o comboio devidamente controlado ao atingir a tabuleta B.

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Tabuleta A Tabuleta B

Figura nº 1 Figura nº 2

TABULETA B:

É constituída por um retângulo em chapa, colocado na posição vertical, pintado a tinta


fluorescente, com o fundo de cor branca e com dois traços oblíquos de cor preta.

Encontra-se situada a 700 metros da 1ª agulha da estação, apeadeiro ou ponto de paragem.

Determina que, a partir desta tabuleta, o maquinista terá de manter o seu comboio
devidamente controlado, de modo a poder parar antes de qualquer comboio, veiculo, sinal de
paragem ou obstáculo que encontre.

No caso do comboio circular em sucessão de outro, determina paragem de cerca de um minuto


junto desta tabuleta, retomando a marcha em “marcha com precaução”, por forma a poder
parar rapidamente ao primeiro obstáculo que surja até à estação ou apeadeiro.

TABULETA C:

É constituída por um retângulo, em chapa ou betão armado, de cor branca, colocada na posição
horizontal, com o nome do local que protege inscrito a tinta preta.

Encontra-se situada a 500 metros da primeira agulha da estação, apeadeiro ou ponto de


paragem.

Determina o limite das estações, apeadeiros e desvios para o efeito de manobras.

Protege as manobras e os comboios que por qualquer motivo tenham efetuado paragem entre
esta tabuleta e a 1ª agulha. Os comboios parados e as manobras efetuadas para além desta
tabuleta deverão ser protegidos pelos sinais regulamentares.

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Tabuleta C

Figura nº 3

5.1.3. TABULETAS AVISADORAS DE TOMAS DE ÁGUA

São constituídas por um losango em chapa ou


em madeira, de cor branca.

São colocadas do lado direito da linha (para os


comboios que dela se aproximem), a uma
distância de 700 m da toma de água.

Destinam-se a indicar aos maquinistas a


aproximação da toma de água.

Figura nº 4

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5.2. TABULETAS INDICADORAS

5.2.1. TABULETAS INDICADORAS DE NÚMERO DE EIXOS

São constituídas por uma chapa circular de cor


branca, com números indicativos da quantidade
de eixos pintados a preto. 120
São colocados à saída dos apeadeiros, a
intervalos convenientes, do lado direito no
sentido da marcha dos comboios.

Destinam-se a indicar aos maquinistas o


número de eixos comportados entre a tabuleta
e o limite da linha onde se encontra.

Figura nº 5

5.2.2. TABULETAS INDICADORAS DE PASSAGEM DE NÍVEL

São constituídas por um quadrado em chapa ou


madeira, com a letra ”A” pintada a preto sobre
o fundo branco.

São colocados do lado direito da linha (para os


comboios que deles se aproximem), a uma
distância de aproximadamente 400 m da
A
passagem de nível.

Impõem ao maquinista a obrigatoriedade de


apitar logo que aviste a tabuleta, à sua
passagem e na aproximação da passagem de
nível.

Figura nº 6

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5.2.3. TABULETAS INDICADORAS DE APROXIMAÇÃO DE PONTES OU TÚNEIS

São constituídas por uma chapa circular com a


letra “P” pintada a preto sobre o fundo branco.

São colocados do lado direito da linha, a uma


distância não inferior a 300 m da ponte ou
P
túnel.

Destinam-se a indicar a aproximação de pontes


com estrutura superior ou pontes estreitas e
túneis.

Impõem aos maquinistas dos comboios a


obrigatoriedade de fazer uso do silvo da
locomotiva à passagem da tabuleta. Figura nº 7

5.3. TABULETAS LIMITADORAS

5.3.1. TABULETAS LIMITADORAS DE VELOCIDADE

São constituídas por um quadro em chapa ou


madeira, pintada a tinta fluorescente, com o
fundo amarelo e a indicação da velocidade a
preto.
20
São colocadas em locais onde se exige a
restrição permanente de velocidade, a uma
distância de 800 m do início da restrição.

Servem para assinalar a velocidade com que os


comboios devem circular dentro do troço da
linha por elas protegido.

Figura nº 8

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5.3.2. TABULETAS DE PRECAUÇÃO TEMPORÁRIA

As tabuletas de precaução indicadoras de


velocidade são constituídas por um quadro em PRECAUÇÃO
chapa ou madeira, pintada a tinta fluorescente,
com o fundo verde e a indicação da velocidade 10 KM/H
a branco.

São colocadas de ambos os lados, a um mínimo


de 800 m do início da precaução.

Destinam-se a assinalar as precauções


existentes na via e a velocidade com que os
comboios devem circular dentro do troço da
linha por elas protegido.

Os maquinistas devem obedecer rigorosamente


a essas indicações, nunca podendo exceder a
velocidade nelas mencionada. Figura nº 9

5.4. INDICADORES DE POSIÇÃO DE AGULHAS

Os indicadores de posição de agulhas empregam-se para que os agentes das estações e dos
comboios conheçam, mesmo à distância, quais as posições em que as agulhas se encontram.

Os agentes das estações, e em especial, os chefes e agulheiros, devem frequentemente


assegurar-se, pela posição dos indicadores, se as agulhas estão feitas conforme as necessidades
da expedição e receção dos comboios, ou do serviço de manobras.

Descrição dos indicadores de posição de agulhas:

São constituídos por figuras geométricas diferentes, sendo uma chapa retangular com um
vértice superior esquerdo, de cor branca e uma chapa de cor amarela.

O sinal retangular de cor branca, quando paralela à linha indica que o itinerário está
estabelecido para a via direta.

O sinal quadrado de cor amarela, quando paralelo à linha, indica que o itinerário está
estabelecido para a linha desviada.

Nas linhas principais das estações, apeadeiros e desvios situados nas vias diretas, são pintadas
com tinta fluorescente, para que de noite a sua posição possa ser vista distintamente pelos
maquinistas dos comboios.

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Nota: Nas agulhas em que não seja possível a sua montagem são os balanços pintados de
branco e amarelo, e transmitem as mesmas indicações.

Tem a configuração das figuras seguintes:

Figura nº 10 Figura nº 11

6. SINAIS LUMINOSOS

6.1. SINAIS PRINCIPAIS

Os sinais principais são luminosos circulares, de funcionamento automático e podem apresentar


as cores:

 Verde;

 Amarela;

 Vermelha.

São montados em postes, colocados à entrada e à saída das estações e apeadeiros.

6.1.1. SINAIS PRINCIPAIS DE ENTRADA

Estes sinais podem ter o aspeto das figuras seguintes:

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A B C

Figura nº 12

O sinal “A” da figura nº 12 tem um só foco luminoso, através do qual pode apresentar as três
cores: verde, amarela ou vermelha.

Os sinais “B” e “C” da figura nº 12 são constituídos por diversos focos luminosos que se
acendem separadamente, apresentando respetivamente as cores: verde, amarela ou vermelha.

As cores nos focos luminosos desses sinais têm os seguintes significados:

 Verde: Permite entrar na estação ou apeadeiro à velocidade permitida pelos Regulamentos.

 Amarela: Permite a entrada com precaução, devendo o maquinista estar preparado para
encontrar o sinal de saída vermelho ou as agulhas feitas para uma linha desviada.

 Vermelha: Indica paragem absoluta ou seja proibição de entrada na estação ou apeadeiro.

6.1.2. SINAIS PRINCIPAIS DE SAÍDA

Os sinais principais de saída são sinais idênticos aos de entrada, mas colocados à saída das
estações e apeadeiros e podem apresentar luzes de três cores:

 Verde: Indica à tripulação do comboio ou veiculo que pode sair da estação ou apeadeiro à
velocidade permitida pelos Regulamentos.

 Amarela: Indica à tripulação que pode sair mas com precaução por se encontrar o sinal
seguinte de bloco ou de entrada da estação ou apeadeiro com a luz vermelha.

 Vermelha: Indica proibição absoluta de saída da estação ou apeadeiro.

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6.2. SINAIS DE BLOCO

Os sinais de bloco são idênticos aos sinais principais.

São colocados em plena via, quando a distância entre as estações ou apeadeiros o justifique,
para permitir maior número de circulações no mesmo sentido.

Podem apresentar três cores:

 Vermelha: Paragem antes do sinal por estar a secção seguinte ocupada.

 Amarela: Marcha com precaução, pronto a parar ao sinal seguinte por estar o mesmo
vermelho.

 Verde: Marcha à velocidade normal, permitida pelos Regulamentos.

6.3. SINAIS REPETIDORES DE SINAIS

A sua configuração é idêntica à dos sinais principais.

São instalados nos locais onde não seja visível ao maquinista o sinal que repete, dando a
conhecer a cor que apresenta esse sinal.

Não são sinais de significado imperativo, não apresentando por isso, cor vermelha. Quando o
foco estiver aceso, indica que o sinal que repete se encontra aberto (verde ou amarelo). Quando
estiver apagado, indica que o sinal que repete está vermelho.

6.4. SINAIS DE EMERGÊNCIA

São sinais constituídos por três focos luminosos


brancos que se acendem simultaneamente.

Normalmente montados em conjunto com os


sinais principais de entrada.

São utilizados quando, por avaria ou qualquer


outro motivo, o sinal só possa apresentar luz
vermelha ou estiver apagado.

Figura nº 13

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a) Quando se apresentarem acesos os três focos brancos do sinal de emergência e o sinal a
que estiver ligado apresente luz vermelha ou estiver apagado, depois do comboio efetuar
paragem ao sinal, só pode entrar na estação com rigorosa precaução e preparado para parar ao
primeiro obstáculo que surja;

b) Se o comboio tiver de dar entrada numa estação ou apeadeiro, para uma linha não
sinalizada, ou parcialmente ocupada ou impedida, o controlador deverá dar conhecimento
antecipado à estação, se tiver pessoal, e à tripulação do comboio;

c) Só depois de combinarem a linha para onde o comboio deve dar entrada e da estação ou
à tripulação informar o controlador que está assegurada a receção do comboio na linha
combinada, poderá ser aberto o sinal de emergência.

d) No caso de avaria do sinal de emergência, o controlador do tráfego transmite à tripulação


um “Boletim de entrada na estação ou apeadeiro com luz vermelha” no qual menciona a linha
para onde o comboio vai entrar.

Nota importante: Como o funcionamento destes sinais não está dependente da ocupação ou
desocupação dos circuitos de via e das linhas por eles comandadas, o agente que fizer uso dos
sinais de emergência fá-lo-á sob sua responsabilidade.

Antes de manobrar o sinal de emergência, deve verificar se as agulhas e linhas estão em


condições para a entrada do comboio ou, se o sinal for aberto pelo controlador do tráfego, este
deverá informar-se com precisão sobre as condições da estação e linhas que permitem a sua
utilização para que os comboios possam entrar com segurança.

6.5. SINAIS DE MANOBRAS

6.5.1. SINAIS ANÕES

São sinais de dois focos circulares, montados em postes de pequena


altura e podem apresentar luz branca ou vermelha.

São normalmente colocados nas entrevias das linhas das estações e


apeadeiros.

Destinam-se a indicar os limites para execução de manobras e se a via


está livre ou não livre para a saída dos comboios da linha que lhe fica à
direita.
Figura nº 14

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Acção:
a) Sempre que o sinal de manobras apresente luz branca, o comboio
ou composição de manobras pode avançar até ao sinal seguinte.

Figura nº 14 – A

b) Se apresentar luz vermelha determina paragem antes do sinal, não


podendo ser ultrapassado sem boletim emitido pelo chefe da estação ou
pelo controlador do tráfego.

Figura nº 14 – B

6.5.2. SINAIS DE TRIAGEM

São constituídos por um painel, em forma octogonal, com 13 focos


que se acendem com luz branca, em grupos de 5.

São montados em postes, colocados no patamar que antecede o


declive da bossa.

Figura nº 15

Comandam os movimentos de manobras na bossa e podem apresentar 4 indicações:

 Parar (Figura nº 15 – A)

 Manobrar devagar (Figura nº 15 – B)

 Andamento normal (Figura nº 15 – C)

 Puxar à frente (Figura nº 15 – D)

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Acção:
Figura nº 15 – A Figura nº 15 – B Figura nº 15 – C Figura nº 15 – D

6.6. SINAIS MISTOS

São sinais com a configuração da figura nº 16, e colocados nas


entrevias das estações.

Os três focos maiores, constituindo o sinal principal de saída,


podem apresentar três cores: verde, amarela ou vermelha,
respetivamente, e o foco menor, constituindo o sinal de manobras,
luz branca.

Figura nº 16

Significado das cores apresentadas pelos focos:

 Principal verde e manobras apagado: avançar à velocidade normal, permitida pelos


Regulamentos.

 Principal amarelo e manobras apagado: avançar com precaução por o sinal principal
seguinte apresentar luz vermelha.

 Principal vermelho e manobras apagado: paragem absoluta. Só se permitirá a sua


ultrapassagem por ordem emitida pelo controlador do tráfego ou pelo chefe da estação.

 Principal vermelho e manobras aceso, com luz branca: avançar em manobras até:

 Ao sinal luminoso seguinte que se apresenta com luz vermelha;

 Ao local do sinal de entrada colocado do lado em que se está a manobrar;

 Uma tabuleta com o dístico “Limite de manobras”.

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Acção:
6.7. SINAIS INDICADORES DAS VIAS

6.7.1. SINAIS INDICADORES DAS VIAS

São colocados junto aos sinais principais de


entrada.

Indicam aos maquinistas dos comboios as


linhas da estação ou apeadeiro para as quais
vão entrar.

Estas indicações são normalmente dadas por


números ou sinais com a configuração da
figura nº 17 – A, iluminada com luz branca.

Também podem em vez de números possuir


setas, conforme a figura nº 17 – B, que indica
aos maquinistas o grupo de linhas para onde os
comboios se dirigem.

Figura nº 17 – A Figura nº 17 – B

6.7.2. SINAIS INDICADORES DE DIREÇÃO

São sinais cuja configuração consta da figura nº 18.

São formados por quatro focos pequenos que apresentam luz branca,
colocados em linha vertical ou segundo um plano deslocado 45 graus
para a esquerda ou para a direita da vertical.

A sua posição é junto aos sinais principais normalmente a eles ligados.

Indica ao maquinista do comboio a direção do itinerário realizado.

Podem apresentar três indicações de itinerário:

 Para a frente – Se estiverem acesas as 4 lâmpadas verticais;

 Para a direita – Se estiverem acesas as 4 lâmpadas do plano da


direita;

 Para a esquerda – Se estiverem acesas as 4 lâmpadas do plano da


esquerda.

Figura nº 18

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Acção:
6.7.3. SINAIS INDICADORES DE SAÍDA

São constituídos por um só foco de luz.

São colocados na entrevia das estações, à direita da linha que comanda.

Só são utilizados nas estações com pessoal em serviço e com comando


local de sinais e agulhas.

A luz branca acesa indica ao maquinista do comboio que está na via


comandada pelo sinal, que o itinerário está realizado e o sinal de saída
aberto.

O sinal apagado não tem efeito restritivo na marcha dos comboios.

Figura nº 19

CAPÍTULO IV

CONSTITUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS SINAIS ÓTICOS MÓVEIS

7. SINAIS DE MÃO
Os sinais de mão são feitos por meio de bandeiras de cores ou com os braços e mãos, durante o
dia e por meio de lanternas durante a noite.

Uma lanterna ou bandeira, quando utilizada como sinal, deve ser sempre segurada com a mão,
exceto nos casos previstos neste regulamento.

Os sinais têm de ser feitos de modo a serem visíveis e prontamente compreendidos.

São utilizados nos movimentos de comboios em manobras.

Figura nº 20

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Acção:
7.1. UTILIZAÇÃO DOS SINAIS NOS MOVIMENTOS DE COMBOIOS E DE MANOBRAS

a) Paragem ou perigo:

De dia:

Bandeira vermelha desenrolada, ou


de braços em posição horizontal e à
altura dos ombros;

De noite:

Luz vermelha.

b) Precaução, ou seguir mais devagar:

De dia:

Bandeira verde desenrolada ou o


braço em posição horizontal,
perpendicular à linha com
movimentos da mão para baixo e
para cima;

De noite:

Luz verde com movimentos rotativos


e lentos do pulso.

c) Via livre:

De dia:

Bandeira verde enrolada, ou braço


levantado em posição horizontal e
perpendicular à linha;

De noite:

Luz verde.

7.2. NOS SINAIS DE MANOBRAS

a) Para se afastar da pessoa que faz o sinal de manobras:

De dia: Sinal de Via livre (ver 7.1.);

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Acção:
De noite: Luz branca da lanterna, movimentada para trás e para a frente, ao lado do corpo, com
o braço estendido.

b) Para se aproximar da pessoa que faz o sinal em manobras:

De dia: Braços em movimento de um lado para o outro, cruzando o corpo;

c) Em ambos os casos, se o afastamento tiver que ser feito devagar, deve ser seguido do
sinal de seguir mais devagar (ver 7.1.).

d) Manobras por lançamento (cortes):

De dia: Um braço dobrado, com mão fechada, e movido rapidamente, de um lado para outro;

De noite: Luz branca em movimento circulatório, em frente do corpo.

7.3. NOS SINAIS DE ENGATAGEM

a) Apertar engates, ou separar veículos para ajustamento de engates:

De dia: Um braço apontando na direção da frente, acompanhado de um movimento circular e


lento da mão;

De noite: Luz branca agitada em movimentos rápidos e curtos, em direção vertical.

b) Encostar ou aliviar engates, em manobras:

De dia: Ambas as mãos erguidas acima da cabeça e batendo uma na outra, em jeito de palmas.

De noite: Luz verde movida rapidamente por ação do pulso, de um lado para o outro, em frente
do corpo.

7.4. NOS SINAIS DE “FREIO”

Indicação ao maquinista para “apertar ou alargar” o freio de vácuo:

De dia: Um braço dobrado, com a mão fechada em movimentos verticais;

De noite: Luz vermelha agitada de um lado para o outro, apenas com movimento do pulso.

7.5. NOS SINAIS DE PARTIDA DOS COMBOIOS

Os sinais de partida dos comboios (ordem de partida, sinal de partida e sinal de confirmação de
partida), são feitos em condições previstas no Capítulo VI deste volume, com:

De dia: Bandeira verde;

De noite: Lanterna com luz verde.

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Acção:
8. SINAIS DOS COMBOIOS

8.1. SINAIS DE CAUDA

8.1.1. PLACA DE CAUDA E DE SUCESSÃO

a) É constituída por uma chapa circular de


ferro, apresentando de um dos lados a placa de
cauda e do outro, a placa de sucessão.

Placa de cauda: É pintada de vermelho, com


uma orla branca no contorno (fig. 21 – A).

Placa de sucessão: É pintada de vermelho, sem


contorno branco, tendo ao centro e em quase
todo o seu tamanho, um grande “S” pintado a Figura nº 21 – A Figura nº 21 – B
branco (fig. 21 – B).

b) Utilizam-se de dia e são colocados na retaguarda do último veículo da cauda de todos os


comboios.

A sua colocação, no local respetivo de cada comboio, compete à estação de origem.

Todavia, cumpre ao condutor, ou, na sua falta ao maquinista certificar-se, ao tomar conta do
comboio, se a placa está colocada no seu lugar e não dar partida sem que seja cumprida essa
formalidade.

Quando a marcha de um comboio tiver de ser efetuada parte de dia e parte de noite cabe ao
condutor fazer a substituição, na devida ocasião, desse sinal pelo farol de cauda.

c) Servem para indicar a posição da cauda do comboio, e especialmente que o comboio


segue completo;

d) No caso da placa de cauda de sucessão, coloca-se quando os comboios forem seguidos


por outros na mesma secção (entre duas estações contíguas).

Além de indicarem que os comboios seguem completos, previnem os agentes da via da


aproximação de outro comboio, após a passagem do anterior;

e) As placas são numeradas e o número de cada uma deve ser mencionado, pelas estações
de formação, na folha de trânsito do comboio respetivo.

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Acção:
8.1.2. FAROL DE CAUDA

É um farol de luz vermelha colocado no ultimo veículo da


cauda dos comboios que circulem de noite, o qual indica
não só a presença do comboio na via como também que
segue completo.

Figura nº 22

8.2. FARÓIS DE COSTADO

São colocados um em cada ângulo superior do furgão,


apresentam luz vermelha para a retaguarda e luz branca
para a frente. Pelos faróis de costado assegura-se o
pessoal das locomotivas que o seu comboio vai completo.

Figura nº 23

8.3. FARÓIS DAS LOCOMOTIVAS

As locomotivas circulam durante a noite com luz branca no


sentido da marcha. Quando isoladas levarão à retaguarda
um farol de cor vermelha. As locomotivas que circulem
durante a noite rebocando comboios, estarão munidas de
um farol de luz branca para a frente. As locomotivas em
manobras, nas estações, estarão munidas de dois faróis de
luz branca: um na frente e outro na retaguarda.

Figura nº 24

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Revisto em: 2012-08-01 Página 27/48
Acção:
8.4. TESTEIRAS DOS FURGÕES

As testeiras dos furgões devem estar pintadas


com traços nas cores amarela e preta em forma
de “V”, com tinta florescente, a partir do centro
do veículo, a uma altura mínima de 1,5 m a partir
do leito.

O pessoal de qualquer comboio em movimento


ao avistar veículos com estes sinais deve ordenar
paragem imediata do seu comboio.

Figura nº 25

9. UTILIZAÇÃO DOS SINAIS DE VIA


TRIÂNGULO AMARELO

É colocado no lado direito da via, no sentido da marcha dos comboios e utiliza-se nos seguintes
casos:

9.1. TRIÂNGULO AMARELO SOZINHO

É colocado a uma distância de 300 m do estaleiro, para assinalar a existência de pessoal na via a
trabalhar.

Ao avistar este sinal, o maquinista deve fazer uso do silvo da locomotiva e redobrar de atenção
até ultrapassar o estaleiro.

Figura nº 26

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Revisto em: 2012-08-01 Página 28/48
Acção:
9.2. TRIÂNGULO AMARELO COM BANDEIRA VERDE

É colocado a uma distância de 800 m do estaleiro, para assinalar a existência de pessoal na via a
trabalhar.

Determina “Precaução Rigorosa” e de acentuada redução de velocidade dos comboios.

Ao avistar o sinal, o maquinista deve fazer uso do silvo da locomotiva e reduzir acentuadamente
a velocidade do seu comboio e seguir em “Marcha com Precaução” até que o veículo da cauda
ultrapasse o estaleiro.

Figura nº 27

9.3. TRIÂNGULO AMARELO COM BANDEIRA VERMELHA

É colocado a uma distância mínima de 1500 m do estaleiro e determina “Paragem Absoluta”.

Neste caso, o sinal deve ser guarnecido por um agente da via, enquanto se mantiver a causa da
paragem.

Ao avistar o sinal, o maquinista deve fazer uso do silvo da locomotiva e fazer parar o comboio na
mais curta distância possível, sempre antes de atingir o estaleiro.

No local que não pode ser ultrapassado, deve ser colocado outro agente munido de sinal de
paragem.

Se ao aproximar-se um comboio, o pessoal da via tiver conhecimento de que vem avisado da


paragem e o motivo da paragem já não existir, o agente que guarnece o sinal retira a bandeira
vermelha e apresenta sinal de “Via Livre”.

Se o maquinista vier avisado da paragem e não encontrar o sinal, por o pessoal de via já ter
retirado, deverá percorrer a distância indicada no telegrama em “Marcha com Precaução”
pronto a parar ao primeiro sinal que lhe seja apresentado.

Se lhe não for apresentado qualquer sinal, retomará a sua marcha normal a partir do ponto
quilométrico indicado como início do estaleiro.

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Revisto em: 2012-08-01 Página 29/48
Acção:
Figura nº 28

10. UTILIZAÇÃO DOS SINAIS DE REVISÃO

10.1. PLACA DE REVISÃO

É constituída por um disco com 20 cm de diâmetro,


pintado a vermelho, tendo ao centro, a branco, um
“R” com 15 cm de altura.

Figura nº 29

10.2. LANTERNA

Apresenta especialmente, as luzes vermelha e


branca e utiliza-se de noite em substituição da placa
de revisão e na transmissão dos sinais
regulamentares.

Figura nº 30

10.3. Destinam-se a proteger o pessoal da revisão de material, quando se encontra a trabalhar


debaixo do material, ou a passar a revisão aos comboios, nas linhas das estações.

10.4. COLOCAÇÃO E INDICAÇÃO DOS SINAIS DE REVISÃO

a) O material estacionado sem a locomotiva engatada:

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Acção:
 O sinal é colocado ao centro da via, a cerca de 10 metros do material, voltado para o
lado oposto ao material.

 Proíbe a sua ultrapassagem por qualquer locomotiva ou material em manobras.

b) Comboio estacionado com a locomotiva engatada:

 O sinal é colocado do lado direito em relação ao sentido da marcha do comboio


estacionado, a cerca de 10 metros da locomotiva e virado para o maquinista.

 Impõe ao maquinista a obrigatoriedade de manter o comboio imobilizado.

CAPÍTULO V

CONSTITUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS SINAIS ACÚSTICOS

11. SINETA DA ESTAÇÃO


A sineta das estações é utilizada para transmitir os avisos de partida dos comboios de
passageiros, onde isso esteja determinado, pelos seguintes toques:

Dois toques, primeiro aviso, cinco minutos antes da hora


prescrita de partida, ou da hora prevista em caso de
atraso;

Um toque, segundo aviso, à hora de partida. A sineta pode


ser substituída por outro sistema acústico, ou
aparelhagem sonora.

Em qualquer dos casos, estes avisos não dispensam a


ordem de partida dada pelo chefe da estação ou o seu Figura nº 31
substituto.

12. SINAIS DE APITOS

Figura nº 32

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Revisto em: 2012-08-01 Página 31/48
Acção:
12.1. PELO CONDUTOR

É utilizado para transmitir ao maquinista:

 O sinal de partida, por meio de um toque prolongado ( ______ );

 Ordem de paragem, por meio de toques breves e repetidos ( ……… );

 Os sinais de manobras (ver 12.2.).

12.2. NO COMANDO DE MANOBRAS

Pode ser usado para confirmar os sinais de mão, no comando de manobras, com os seguintes
toques:

 Três grupos de dois toques – afrouxar ( .. .. .. );

 Um toque longo – paragem ( _________ );

 Um toque breve e um prolongado – avançar ( . __________ );

 Três toques breves – recuar ( … );

 Vários toques bruscos e sucessivos representam sinal de alarme.

Nota: Este sinal só deve ser usado em casos excecionais, tais como nos acidentes, perigo
eminente para a circulação, atos de violência e outros semelhantes.

13. SIRENE DO C.T.C.


Estão colocadas:

 Junto à cabina dos relés das estações e apeadeiros;

 Junto das agulhas de entrada, nas linhas com comando centralizado C.T.C..

São utilizadas para chamar a atenção do pessoal das estações ou a tripulação dos comboios, e
funcionam como sinal de alarme, por atuação do controlador do tráfego.

14. USO DO SILVO E DA SINETA DAS LOCOMOTIVAS E DAS


AUTOMOTORAS

14.1. UTILIZAÇÃO DO SILVO, EM MARCHA

Em marcha, o silvo das locomotivas e das automotoras será aplicado nas seguintes
circunstâncias:

RCC 2 Sinais
Revisto em: 2012-08-01 Página 32/48
Acção:
 Ao aproximar-se dos sinais avançados e à entrada das estações e apeadeiros, desvios e
pontos de paragem;

 Ao cruzar ou ultrapassar numa estação com comboios ali resguardados, a fim de avisar
quem, inadvertidamente atravesse a linha por detrás desses comboios;

 Na proximidade das passagens de nível, à entrada e saída das trincheiras em curva, das
pontes e dos túneis;

 Á passagem dum comboio por outro na via dupla, a fim de prevenir quem
inadvertidamente pretenda atravessar a linha por detrás de um deles;

 Á passagem de comboios por povoações ou locais de trabalho em que haja aglomerações


de pessoas;

 Em dias de nevoeiro denso ou tempestuoso, os sinais acústicos das locomotivas e


automotoras devem ser usados com frequência, principalmente em locais de fraca
visibilidade;

 Em manobras, o maquinista empregará o silvo da locomotiva, para confirmação dos sinais


que lhe forem feitos.

14.2. INDICAÇÕES DOS SILVOS

O silvo das locomotivas ou automotoras têm a seguinte significação:

a) Um silvo prolongado ( ________ ): Sinal de aviso e de atenção;

b) Um silvo breve ( . ): Sinal de entendido;

c) Dois silvos breves ( . . ): Saída da locomotiva das linhas do movimento para as linhas do
depósito de locomotivas;

 Com o comboio estacionado: pedido de aplicação do freio manual no furgão, pelo


condutor;

 Com o comboio em movimento: pedido de aplicação do freio de vácuo, no furgão, pelo


condutor;

d) Três silvos breves ( . . . ): Locomotiva pronta a sair das linhas do depósito de locomotivas
para as linhas do movimento;

 Pede o regresso do condutor quando este esteja a proteger o comboio;

e) Quatro silvos breves ( . . . . ): Chamada do condutor à locomotiva;

f) Uma serie de silvos breves e repetidos ( …….. ….. ): Com o comboio parado: mau
funcionamento do freio de vácuo;

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Revisto em: 2012-08-01 Página 33/48
Acção:
 Com o comboio em movimento: pedido ao condutor para alargar o freio manual do
furgão;

g) Vários silvos bruscos e sucessivos ( …………….. ): Sinal de alarme.

14.3. UTILIZAÇÃO DAS SINETAS

A sineta das locomotivas é utilizada dentro das oficinas e em todos os casos em que não seja
aconselhável o uso do silvo, para chamar a atenção das pessoas ou animais.

15. SINAIS DETONADORES “PETARDOS”


São constituídos por uma cápsula metálica ou de plástico com dispositivo de fixação aos carris,
contendo uma substância explosiva pela ação do choque.

Utilizam-se para confirmar os sinais óticos de paragem e outras situações de emergência,


previstas no presente regulamento.

Quando utilizados na proteção de obstáculos ou comboios detidos em plena via, são colocados
dois petardos, um em cada carril, a 10 metros um do outro, sendo o primeiro colocado a 15 m
do sinal de paragem.

Figura nº 33

15.1. INDICAÇÕES DOS PETARDOS

A detonação dos petardos determina:

 Um petardo: Precaução Rigorosa;

 Dois ou mais petardos: Paragem imediata.

15.2. PROCEDIMENTO DO MAQUINISTA

Ao ouvir a detonação dos petardos, o maquinista procederá da forma seguinte:

 Um petardo: Atua imediatamente nos freios do comboio e prepara-se para efetuar


paragem.

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Revisto em: 2012-08-01 Página 34/48
Acção:
Se não avistar qualquer sinal, comboio estacionado ou obstáculo, percorre 1500 m em “Marcha
com Precaução”, retomando depois a marcha normal.

 Dois ou mais petardos:

Deverá efetuar paragem o mais rapidamente possível.

Depois de efetuar paragem, se não tiver avistado qualquer sinal e não estiver à vista um sinal,
comboio estacionado ou obstáculo, prossegue em “Marcha com Precaução” durante 1500 m,
retomando depois a sua marcha normal.

15.3. Tanto os condutores como os maquinistas mencionarão nas folhas de trânsito todos os casos
em que tenham de aplicar petardos, assim como quando tenham explodido sob seu comboio. O
pessoal das estações e o de via deve também participar todas as vezes que fizer uso dos
petardos, e os motivos do seu emprego.

15.4. A aplicação de petardos nas linhas sinalizadas eletricamente e comandadas por C.T.C. obedece a
disposições do Regulamento de C.T.C..

16. UTILIZAÇÃO DOS SINAIS EM TEMPO DE NEVOEIRO OU


CHUVA TORRENCIAL
Em ocasiões de nevoeiro ou chuvas torrenciais deve fazer-se mesmo de dia, uso dos sinais
luminosos confirmados por sinais acústicos, principalmente por petardos.

CAPÍTULO VI

SINAIS DE PARTIDA AOS COMBOIOS

17. ORDEM DE PARTIDA


A ordem de partida aos comboios é dada pelo chefe da estação ou funcionário encarregado,
diretamente ao condutor.

É feito com a bandeira verde enrolada, apresentada horizontalmente no sentido da marcha do


comboio, ou por uma lanterna de luz verde, movida na direção do condutor.

RCC 2 Sinais
Revisto em: 2012-08-01 Página 35/48
Acção:
18. SINAL DE PARTIDA
O sinal de partida é transmitido pelo condutor ao maquinista, do lado da estação ou apeadeiro,
por meio de um toque prolongado do apito, confirmado por uma bandeira verde desenrolada
ou, se for de noite, por uma lanterna de luz verde, na direção do maquinista.

O sinal só pode ser transmitido, depois do condutor se ter certificado de que nada se opõe à
partida do comboio.

Nas estações, o sinal de partida só pode ser transmitido, depois da ordem de partida do chefe
da estação e do condutor ter verificado que a ordem de avanço está conforme.

O maquinista, depois de se certificar igualmente de que nada se opõe à partida do comboio e,


no caso das estações, verificar que a ordem de avanço está conforme, dará o entendido por
meio de um silvo e porá o comboio em andamento suave.

Ao iniciar a marcha, ou ao retomá-la, depois de qualquer paragem, os maquinistas terão sempre


em vista as disposições prescritas no Regulamento IV – Condução de Unidades Motoras.

18.1. DIFICULDADES DE VISIBILIDADE DO SINAL DE PARTIDA

O condutor não poderá dar o sinal de partida sem se encontrar no furgão ou noutro veículo que
o substitua.

Se, por qualquer circunstância, nos apeadeiros, desvios e paragens acidentais em plena via, não
for visível da cabina da locomotiva o sinal de partida dado pelo condutor dentro do furgão, o
fogueiro deslocar-se-á para local de onde possa ver os sinais e transmiti-los-á ao maquinista.

Nas estações onde isso possa suceder, o respetivo chefe ou quem o represente tomará as
providências para que ao maquinista seja transmitido o sinal de partida sem que o condutor saia
do seu posto, assumindo a responsabilidade por esse ato.

19. SINAL DE AUTORIZAÇÃO DE PASSAR SEM PARAR NOS


APEADEIROS OU PONTOS DE PARAGEM
É transmitido pelo condutor, do furgão, ao passar pela tabuleta “C”, com bandeira verde
desenrolada ou, se for de noite, com a lanterna de luz verde, na direção do maquinista.

É utilizado para os comboios de mercadorias que circulam atrasados, poderem recuperar o


atraso.

RCC 2 Sinais
Revisto em: 2012-08-01 Página 36/48
Acção:
Só pode ser utilizado quando:

 O comboio não tiver cruzamentos no apeadeiro, cargas ou descargas de mercadorias, ou


qualquer outro serviço;

 O atraso seja superior ao tempo de paragem prescrito nesse local;

 O maquinista ao avistar este sinal, se ele próprio não ver necessidade de parar, pode passar
sem paragem.

20. SINAL DE CONFIRMAÇÃO DE PARTIDA


O sinal de confirmação de partida é transmitido pelo condutor, ao maquinista, com a bandeira
verde desenrolada ou, se for de noite, com a lanterna de luz verde, virada para o maquinista.

Este sinal é feito do furgão, depois de ultrapassada a ultima agulha de saída.

Destina-se a indicar ao maquinista, depois de iniciada a marcha, que o comboio segue completo,
que o condutor segue no comboio e que ultrapassou as ultimas agulhas com segurança.

O maquinista acusa este sinal por meio de um silvo breve.

21. ATENÇÃO DO PESSOAL DOS COMBOIOS À PARTIDA DAS


ESTAÇÕES
À partida das estações, enquanto se avistarem estas ou os sinais que comandam a entrada e
saída dos comboios, o pessoal destes é obrigado a estar atento também para a retaguarda, a fim
de ver e obedecer a algum aviso feito pelos ditos sinais, ou pessoalmente pelos agentes das
estações.

22. PARAGENS ACIDENTAIS


Sempre que um comboio interrompa a sua marcha dentro das linhas de uma estação, apeadeiro
ou plena via, seja qual for a razão, o maquinista não pode retomar o andamento sem o sinal de
partida dado pelo condutor.

RCC 2 Sinais
Revisto em: 2012-08-01 Página 37/48
Acção:
CAPÍTULO VII

CIRCULAÇÃO DE COMBOIOS SEM SINAL DE CAUDA. MEDIDAS A ADOTAR

23. VERIFICAÇÃO DA CAUDA DOS COMBOIOS


Quando uma estação, à chegada dum comboio, tenha de expedir outros em sentido oposto, o
chefe da estação ou quem o substitua só dará a partida a cada um dos comboios depois de se
ter certificado de que chegaram completos.

Nos apeadeiros, compete ao condutor e maquinista do comboio que cruza, certificarem-se que
o outro comboio chegou completo.

Os chefes das estações e a tripulação dos comboios, nos apeadeiros, ao verificarem que um
comboio chega sem sinal de cauda (placa de cauda ou de sucessão, durante o dia, ou farol de
cauda durante a noite), informam-se pelo condutor e pelo exame da folha de trânsito, da causa
dessa falta.

Se o sinal tiver sido colocado num veículo que não seja o da cauda, o sinal só pode ser mudado,
depois de se verificarem que o comboio chegou completo.

24. FALTA DO SINAL NOTADA ANTES DA PARTIDA DOS


COMBOIOS

24.1. COMBOIO INCOMPLETO (QUEBRA DE ENGATES)

Se o comboio não estiver completo, por ter havido quebra de engates, deve-se proceder
conforme está regulamentado para tal caso.

24.2. COMBOIO COMPLETO

Se o sinal estiver apagado, ou não tiver sido colocado, por descuido, o chefe providenciará o seu
acendimento ou colocação.

a) Se tiver caído à linha ou não houver outro sinal para colocar, o chefe da estação
providenciará excecionalmente a sua substituição por um sinal portátil (bandeira vermelha ou
lanterna de luz vermelha).

b) Na impossibilidade da colocação ou substituição do sinal o chefe da estação transmitirá o


seguinte telegrama ou mensagem:

RCC 2 Sinais
Revisto em: 2012-08-01 Página 38/48
Acção:
“C. nº ________ segue completo, sem sinal de cauda.

Ultimo veículo, o nº ________ (indicar a serie e numero).”

c) Este telegrama ou mensagem será transmitido desta estação até á primeira em que o
sinal de cauda possa ser colocado no seu devido lugar;

É igualmente transmitido à tripulação de todos os comboios com que tenha cruzamento até
aquela estação.

d) Se o veículo indicado no telegrama ou mensagem for retirado do comboio nalguma


estação, cumpre a essa estação modificar o telegrama ou mensagem às estações seguintes e à
tripulação dos comboios com que tenha de cruzar, indicando o número do último veículo que
seguir depois no comboio.

e) As estações seguintes e a tripulação dos comboios ao cruzar verificarão pelo número do


último veículo e o indicado no telegrama ou mensagem, se o comboio continua a circular
completo.

25. FALTA DO SINAL NOTADA DEPOIS DA PARTIDA OU A


PASSAGEM DOS COMBOIOS
Quando, depois da partida ou à passagem de um comboio na estação, for notada a falta do sinal
de cauda, o chefe da estação empregará todos os meios disponíveis para o fazer parar.

Conseguida a paragem, procederá como se determina no número anterior.

Se não puder obter a paragem do comboio, avisará pelo meio mais rápido de comunicação à
estação imediata para que esta tome as providências necessárias nos termos do número
anterior, do modo seguinte:

“Avise C. nº ________ segue sem sinal de cauda e diga


motivo.”

RCC 2 Sinais
Revisto em: 2012-08-01 Página 39/48
Acção:
a) Em seguida comunicará também pelo meio mais rápido com a estação anterior para que
esta faça parar toda a circulação, nos seguintes termos:

“Pare toda a circulação nesta direção até novo aviso motivo


C. nº ________ não trazer sinal de cauda.”

b) Se houver algum comboio a circular no sentido do material fugido, comunicarão


igualmente pelo meio mais rápido com a tripulação desse comboio, podendo recorrer à
passagem de nível com comunicações, se as houver, retendo esses comboios nos apeadeiros, se
necessário.

c) Se o pessoal de um comboio estacionado em determinado apeadeiro para cruzar verificar


que o comboio pelo qual esperou passou sem farol ou placa de cauda, não poderá prosseguir na
sua marcha sem que primeiro o seu condutor avise telefonicamente a estação da frente,
aguardando depois instruções dessa estação.

d) O chefe da estação seguinte, ao receber o comboio indicado no telegrama, informar-se-á


pelo condutor do motivo da falta do sinal de cauda e, em tudo, tanto esta estação como todas
as outras interessadas procederão em harmonia com o que se acha já preceituado.

e) Não prevalecendo o motivo para suspensão da circulação dos comboios, a primeira


estação que disso tenha conhecimento comunica nesse sentido as outras interessadas, a fim de
ser estabelecida a circulação normal.

CAPÍTULO VIII

PROTEÇÕES EM PLENA VIA

26. UTILIZAÇÃO DOS SINAIS NAS PROTEÇÕES EM PLENA VIA


A proteção de obstáculos, ou comboios detidos em plena via é, em todos os casos, feita com os
seguintes sinais:

RCC 2 Sinais
Revisto em: 2012-08-01 Página 40/48
Acção:
a) Sinal portátil de paragem (bandeira vermelha ou lanterna de luz vermelha), apresentado
por um agente à distância de 1500 m do obstáculo ou comboio, confirmado por petardos.

b) Dois petardos colocados, um em cada carril, a 10 metros do outro e a 15 metros do sinal


de paragem (Fig. nº 32).

27. PROTEÇÕES DE OBSTÁCULOS EM PLENA VIA EM CASO DE


EMERGÊNCIA

27.1. Todo e qualquer agente que note algum obstáculo que possa pôr em risco a segurança da
circulação tomará, sem demora e hesitação alguma, as medidas necessárias para fazer parar por
meio de qualquer sinal, os comboios, locomotivas ou dresinas, que se aproximem do local
obstruído.

27.2. Em plena via devem ser tomadas as disposições convenientes como se a todo o momento fosse
esperado um comboio.

Em caso de qualquer impedimento num determinado troço da via, este estará defendido, de
ambos os lados, por sinais indicativos de que a via não está livre.

27.3. O sinal de paragem em plena via deve ser feito à distância nunca inferior a 1500 m de um e de
outro lado da zona perigosa, confirmado por dois petardos.

27.4. Os sinais de proteção serão depois retirados pelos mesmos agentes.

27.5. Em presença de um sinal de paragem, apresentado seja por quem for, o maquinista empregará
todos os esforços para parar o comboio o mais rapidamente possível.

Só depois de justificadamente ser retirado o sinal de paragem o condutor deverá dar o sinal de
partida ao maquinista.

28. PROTEÇÃO DE COMBOIOS EM PLENA VIA

28.1. EMPREGO DE SINAIS NA PROTEÇÃO

Os sinais destinados a proteger os comboios detidos na linha, devem ser empregados com o
máximo escrúpulo, e prontidão ainda mesmo que se tenha a certeza de que nenhuma circulação
é esperada naquele troço de via.

O agente encarregado de proteger um comboio detido na via deverá estar munido de bandeiras
vermelhas ou lanternas com vidros vermelhos, petardos e fósforos.

RCC 2 Sinais
Revisto em: 2012-08-01 Página 41/48
Acção:
A caminho do local a proteger, esse agente fará incidir os sinais respetivos no sentido oposto à
marcha do comboio esperado.

Só depois de ter assegurado que os sinais de proteção ao comboio, confirmados por meio de
petardos ficaram nas condições estipuladas, o agente poderá retirar-se de junto dos sinais,
quando seja indispensável a sua presença no comboio.

28.2. AGENTES A QUEM COMPETE FAZER A PROTEÇÃO

a) Em todos os casos de detenção de comboios em plena via, a proteção pela cauda é feita
pelo condutor, competindo ao fogueiro sob orientação e responsabilidade do maquinista, fazê-
la pela frente;

b) Em caso de necessidade a proteção do comboio pela frente é feita pelo maquinista;

c) Se a detenção se der com uma locomotiva isolada, competirá ao fogueiro protegê-la pela
forma estabelecida para o condutor;

d) O agente a quem competir, segundo as circunstâncias, proteger um comboio, mediante


os sinais, pode, em caso de necessidade, confiar essa missão a outro.

Neste caso, deve tomar nota do nome desse agente, da sua categoria e dos esclarecimentos que
permitem verificar a sua identidade, do qual fará menção na folha de trânsito ou no relatório do
acidente.

28.3. PROTEÇÃO DE COMBOIOS EM PLENA VIA

Quando um comboio parar num lugar que não seja de paragem oficial, por motivo de acidente
ou qualquer outro (a não ser que seja convenientemente protegido por um sinal fixo ou por
uma tabuleta avisadora “C” deverá ser protegido pelos sinais regulamentares.

O condutor seguirá imediatamente na direção da retaguarda, até uma distância não inferior a
1500 m, exibindo o sinal de “Perigo”, por forma a fazer parar qualquer comboio que siga na
mesma direção e levando consigo dois petardos (que utilizará quer seja de dia quer de noite),
nas condições regulamentares.

28.4. FORMA DE PROTEÇÃO

A proteção é feita:

 Em via única:

 Pela cauda e pela frente (Figura nº 34).

RCC 2 Sinais
Revisto em: 2012-08-01 Página 42/48
Acção:
Figura nº 34

 Em via dupla:

 Pela cauda se o comboio estiver, imobilizado ou descarrilado e apenas intercetar a sua


via de circulação (Figura nº 35);

Figura nº 35

 Pela cauda e pela frente se tiver sido pedido socorro pela frente (como em via única na
Figura nº 34).

 Nas duas vias de circulação em caso de descarrilamento que interrompa as duas vias
(Figura nº 36).

Figura nº 36

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Acção:
Importante: Neste caso, devem merecer especial atenção a proteção na via contrária, pela
frente do comboio descarrilado, que é sempre urgência imediata (Figura nº 36).

Se for pedido socorro pela frente, em qualquer das vias, deverá igualmente ser feita a proteção
nesse sentido.

28.5. LEVANTAMENTO DA PROTEÇÃO

O condutor não deverá regressar ao seu comboio enquanto não for chamado pelo maquinista
por meio de três silvos breves e, quando for chamado, deixará na linha o petardo mais distante
e voltará ao seu comboio, levantando o outro petardo.

Se o condutor for chamado antes de ter atingido a distância prescrita, colocará um petardo na
linha e regressará ao seu comboio, a menos que, dessa forma, o não proteja suficientemente de
qualquer outro comboio que, circulando na mesma direção, já se encontre a pouca distância.

Neste caso, continuará até atingir a distância estipulada.

CAPÍTULO IX

DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES

29. SINAIS CONFUSOS OU MAL COMPREENDIDOS


Quando se observe um sinal imperfeitamente executado ou colocado em posição duvidosa ou
vários sinais feitos ao mesmo tempo, de significado diferente, deve ser considerado e atendido
o mais grave, isto é, o de significado mais perigoso para o livre-trânsito, tanto em plena via
como nas estações.

30. AVARIA OU MAU FUNCIONAMENTO DOS APARELHOS DE


SINAIS FIXOS
Quando o sinal fixo, qualquer que seja o fim para que é usado, não funcione regularmente, os
sinais que por meio dele deveriam ser feitos, serão executados por um agente, no próprio local,
munido de bandeira ou lanterna e, se necessário for, também de petardos.

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Acção:
31. SINAIS APAGADOS OU DE ASPETO DUVIDOSO
Qualquer sinal apagado ou de aspeto duvidoso deve ser considerado como apresentando luz
vermelha e não pode ser ultrapassado nessas condições. As tripulações devem contatar com o
controlador do tráfego ou chefe da estação a fim de receberem instruções sobre o
procedimento a adotar.

31.1. AUSÊNCIA DE SINAIS

A ausência de sinais, em plena via, nas condições normais de serviço, indica via livre. Porém, de
noite, a falta de luz num sinal fixo e permanente, não deve ser considerado ausência de sinal,
mas sim, sinal de paragem.

32. SINAIS CAÍDOS OU ABANDONADOS NA LINHA


Sendo encontrada uma bandeira vermelha ou verde, sendo de dia, ou uma lanterna ou farol,
sendo de noite, caída na linha ou em local próximo, abandonada, isto é, sem a presença dum
agente, deve supor-se que algum facto anormal tenha ocorrido e que a bandeira ou farol está a
assinalar qualquer perigo.

Nestas circunstâncias, o maquinista deverá reduzir rapidamente a velocidade do comboio,


seguir em “Marcha com Precaução” durante 1500 m, não sendo notado nada de anormal, pode
retomar a sua marcha regular.

O condutor e maquinista mencionarão estes factos nas folhas de trânsito e comunicarão ao


Grupo de Via; estação de controlo e tripulações dos comboios com que cruze.

33. SINAL DE AFROUXAMENTO OU PRECAUÇÃO


Em presença dum sinal de afrouxamento, ou precaução feito por um agente, o maquinista deve
avançar com prudência, redobrando de atenção durante o percurso que tem a seguir.

A velocidade do seu comboio será reduzida consoante o traçado e perfil da linha, de forma a
poder parar ao primeiro obstáculo que avistar.

34. COMUNICAÇÕES DOS PONTOS DEFEITUOSOS DA LINHA


Os maquinistas devem informar na folha de trânsito dos seus comboios, com a maior exatidão,
os pontos defeituosos da linha que se situem dos locais sinalizados com tabuletas de precaução
indicativas da velocidade autorizada, avisando, logo que possível, o pessoal do grupo de via e o

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chefe da primeira estação, a quem solicitarão um impresso, preenchendo-o e juntando um
decalque do mesmo à sua folha de trânsito.

Para esse efeito efetuarão paragem, mesmo que essa paragem não esteja prevista no horário.

34.1. RESPONSABILIDADE DO MAQUINISTA QUE NÃO FIZER O AVISO

Estes avisos são obrigatórios, e o maquinista que não der cumprimento ao corpo deste artigo
fica responsável por qualquer acidente sucedido, quando se reconheça que o aviso o poderia ter
evitado.

Se o defeito na via for de uma gravidade tal que impeça qualquer circulação após a passagem do
seu comboio, e se for grande a distancia a percorrer até à primeira estação ou até encontrar o
pessoal do grupo de via, o maquinista efetuará e, com o condutor por meio do telefone portátil,
informará do facto à estação antecedente, para que nenhum comboio avance para aquele local
sem que a via seja reparada.

Dando-se o caso que da estação antecedente já tenha partido um comboio em sucessão do seu,
o maquinista e o condutor, com todos os meios ao seu alcance, tomarão as providências
adequadas para que esse comboio páre antes do ponto da linha avariada, informando o
respetivo pessoal tripulante do sucedido.

35. PRECAUÇÕES TEMPORÁRIAS

35.1. AVISOS DAS PRECAUÇÕES ESTABELECIDAS

Todas as precauções estabelecidas e anunciadas pelo Serviço de Via e Obras serão afixadas nos
quadros a esse fim destinados e mencionadas nas escalas dos condutores pelas estações sedes
e, nas dos maquinistas, pelos depósitos e reservas de Locomotivas, para conhecimento de todos
os agentes interessados, que delas tomarão pessoalmente a devida nota.

O condutor mencionará na sua folha de trânsito os locais exatos onde começam e terminam as
precauções e, antes da partida, colherá o ciente do maquinista.

35.2. LEVANTAMENTO E ESTABELECIMENTO SEM AVISO DAS PRECAUÇÕES

Quando for levantada a precaução em determinado local da via, será o facto comunicado pelo
serviço de Via e Obras, aos agentes interessados e as duas estações contíguas.

Sempre que os chefes das estações recebam instruções respeitantes ao estabelecimento ou


levantamento de precauções deverão entregar, aos maquinistas e condutores dos comboios que
por ali tenham de circular:

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 Nas linhas sinalizadas: Cópia do telegrama;

 Nas linhas não sinalizadas: Cópia do telegrama, e observações nas ordens de avanço.

Esta medida só é aplicável aos comboios cujas tripulações não tenham tomado conhecimento
disso na origem.

36. EXCESSO DE VELOCIDADE CONSIDERADA PELO


CONDUTOR
Sempre que praticável, o condutor verifique que o seu comboio segue a uma velocidade que
considera superior à que é permitida, especialmente em casos de “Marcha com Precaução”,
deverá aplicar o freio de vácuo, cuidadosamente, por forma a reduzir a velocidade, dando parte
do ocorrido na sua folha de trânsito e mencionando o ponto da linha e a hora a que o caso
ocorreu e a velocidade aproximada a que o comboio seguia.

37. SINAIS CONVENCIONAIS TRANSMITIDOS DE OU PARA OS


COMBOIOS
O pessoal de trens comunica entre si, e com o demais pessoal interessado por meio de
bandeiras, apitos, faróis, lanternas de sinais ou radio.

Qualquer agente de via que veja agitar um sinal pelo condutor, ou outro agente de comboio,
diligenciará chamar a atenção do maquinista e imediatamente lhe fará o sinal correspondente.

38. SINAIS DE LIMITE DAS LINHAS


Os limites das linhas são demarcados por sinais constituídos por réguas pintadas a branco e
colocadas transversalmente no solo, indicam o ponto, em cada via, além do qual as locomotivas
e quaisquer outros veículos não podem estacionar sem interromper a outra via.

Na falta das réguas indicadoras dos limites, tomar-se-á a precaução de fazer estacionar o
material num ponto onde a distancia entre as linhas, que se bifurcam, não seja inferior a 2,30 m.

39. SINAIS LUMINOSOS


Os sinais luminosos estarão a funcionar desde o pôr até ao nascer do sol.

40. SINAIS DE ALARME


Todos os agentes, ao ouvirem o sinal de alarme, são obrigados, salvo motivo de impedimento
urgente, a acudir ao local donde procede o alarme.

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41. SINALIZAÇÃO DAS REDES ESTRANHAS
Na via e nas estações das redes estranhas aos Caminhos de Ferro de Moçambique, o pessoal dos
comboios é obrigado a acatar as instruções relativas à situação e significado dos sinais, em uso
naquelas redes, para o que receberá as instruções necessárias.

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