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REDE DE ATENÇÃO ÀS

PESSOAS COM DOENÇAS


CRÔNICAS
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - ULBRA

POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO EM SAÚDE

GRUPO: MILENA DE FREITAS KOCH, NATALIA JUCHEM,


PATRICK PEREIRA, RAFAEL SIQUEIRA
O QUE SÃO DOENÇAS CRÔNICAS?
Segundo a OMS, uma doença crônica é caracterizada por sintomas e
progressão que ultrapassam, no mínimo, 3 meses.

De acordo com a Portaria nº 483 de 2014, doenças crônicas são


aquelas que apresentam início gradual, com uma duração longa ou
incerta, que muitas vezes apresentam diversas causas
(hereditariedade, sedentarismo, tabagismo, exposição a fatores
ambientais e a fatores fisiológicos) e cujo tratamento envolve
mudanças no estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo
que muitas vezes não leva à cura.
O QUE SÃO DOENÇAS CRÔNICAS?

As doenças crônicas também favorecem o aparecimento de outras


doenças, que podem causar incapacidades e que requerem
monitorização contínua, maiores cuidados paliativos, assim como
uma estrutura ampliada de suporte de serviços para o seu
enfrentamento.
TIPOS DE DOENÇAS CRÔNICAS
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
Doenças cardiovasculares como hipertensão, doenças respiratórias crônicas
como asma, doenças renais como insuficiência renal crônica, doenças
neurológicas como doença de Parkinson e depressão, câncer, obesidade e
diabetes

Doenças Crônicas Transmissíveis


AIDS, hepatite B e C, doença de Chagas, tuberculose e hanseníase
VOCÊ SABIA?
MUITAS DOENÇAS CRÔNICAS SÃO EVITÁVEIS ​OU
PODEM SER CONTROLADAS POR MEIO DE MEDIDAS DE
PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO PRECOCE E TRATAMENTO
ADEQUADO.

ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL, COMO UMA DIETA


EQUILIBRADA, ATIVIDADE FÍSICA REGULAR, NÃO
FUMAR E EVITAR O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL
PODEM REDUZIR O RISCO DE DESENVOLVER VÁRIAS
DOENÇAS CRÔNICAS.
Figura 1. Doenças Crônicas Não Transmissíveis e fatores de risco.
Figura 2. Dados IBGE 2014.
Figura 3 e 4. Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019.
Doenças crônicas não transmissíveis
ultrapassaram as infecciosas e causam
quase três quartos das mortes globais,
com 41 milhões de vítimas a cada ano.
No Brasil, essas são responsáveis por
cerca de 75% das mortes.

Figura 5. Reportagem CNN Brasil. Setembro de 2022.


Em setembro de 2022, a OMS
divulgou um relatório e um portal
com dados de 194 países intitulado
"Números invisíveis: a verdadeira
extensão das doenças não
transmissíveis e o que fazer com elas".

O relatório revela a escala atual da


ameaça das doenças e também
apresenta possibilidades de
intervenções econômicas que, se
aplicadas pelos países, podem mudar
o panorama, salvar vidas e poupar
Figura 6. "Invisible numbers".
gastos com saúde.
Figura 7. Portal "Invisible numbers".
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
(RAS)

São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de


diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio
de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam
garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde,
2010 – portaria nº 4.279, de 30/12/2010).
REDE DE ATENÇÃO ÀS PESSOAS
COM DOENÇAS CRÔNICAS

A Rede de Atenção à Pessoa com Doença Crônica faz parte


da política nacional de atenção às pessoas com doenças
crônicas, que inclui ainda a prevenção e o controle do câncer.
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O
ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS
NÃO TRANSMISSÍVEIS 2011-2022
Em 2011, foi lançado o Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT) 2011-2022.

O plano visava preparar o Brasil para


enfrentar e deter, durante dez anos, as
Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

Figura 8. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças


Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) 2011-2022.
Entre os anos de 2000-2010,
Àquela época, as DCNT observou-se uma redução de
constituíam o problema de aproximadamente 20% nas
saúde de maior magnitude taxas de mortalidade pelas
e correspondiam a cerca de DCNT, o que pode ser
70% das causas de mortes, atribuído à expansão da
atingindo fortemente Atenção Básica, melhoria da
camadas pobres da assistência e redução do
população e grupos mais consumo do tabaco desde os
vulneráveis, como a anos 1990, mostrando
população de baixa importante avanço na saúde
escolaridade e renda. dos brasileiros.
DETERMINANTES SOCIAIS DAS
DCNT

desigualdades diferenças no baixa desigualdades fatores de risco


sociais acesso aos bens escolaridade no acesso à modificáveis,
e aos serviços informação como tabagismo
e consumo de
bebida alcoólica
PLANO DE ENFRENTAMENTO
DE DCNT
OBJETIVO
Promover o desenvolvimento e a implementação de políticas
públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências
para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e
fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas.
PLANO DE ENFRENTAMENTO
DE DCNT
DIRETRIZES E AÇÕES

vigilância, promoção da
cuidado integral
informação, saúde
avaliação e
monitoramento
PORTARIA Nº 483, DE 1º DE
ABRIL DE 2014
REDEFINE A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM
DOENÇAS CRÔNICAS NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE (SUS) E ESTABELECE DIRETRIZES PARA A
ORGANIZAÇÃO DAS SUAS LINHAS DE CUIDADO.

PRINCÍPIOS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE


DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS

acesso e acolhimento aos autonomia dos usuários, com


modelo de atenção centrado no constituição de estratégias de
usuários com doenças crônicas
usuário e realizado por equipes apoio ao autocuidado
em todos os pontos de atenção
multiprofissionais

humanização da atenção, monitoramento e avaliação da


respeito às diversidades étnico- qualidade dos serviços por meio
buscando-se a efetivação de um
raciais, culturais, sociais e de indicadores de estrutura,
modelo centrado no usuário,
religiosas e aos hábitos e processo e desempenho que
baseado nas suas necessidades
cultura locais investiguem a efetividade e a
de saúde
resolutividade da atenção
OBJETIVOS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS
realizar a atenção integral à ampliar as ações para promover hábitos de vida
saúde das pessoas com enfrentamento dos fatores de saudáveis com relação à
doenças crônicas, em todos os risco às doenças crônicas, tais alimentação e à atividade física,
pontos de atenção como o tabagismo e o consumo como ações de prevenção às
excessivo de álcool doenças crônicas

promover o aprimoramento da
qualidade da atenção à saúde atuar no fortalecimento do impactar positivamente nos
dos usuários com doenças conhecimento do usuário sobre indicadores relacionados às
crônicas suas doenças e ampliação da doenças crônicas
sua capacidade de autocuidado
e autonomia
Figura 9. Pontos de Atenção.
ESTRUTURA DA REDE DE PESSOAS
COM DOENÇAS CRÔNICAS
Atenção Sistemas de
Atenção Básica
Especializada Apoio
ATENÇÃO BÁSICA

Centro de comunicação da Rede de


Atenção à Saúde, ordenadora e
coordenadora do cuidado, com a
responsabilidade de realizar o
cuidado integral e contínuo da
população que está sob sua
responsabilidade e de ser a porta de
entrada prioritária para organização
do cuidado.
ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Conjunto de pontos de atenção com
diferentes densidades tecnológicas
que realiza serviços de urgência e
emergência e ambulatoriais
especializados e hospitalares, apoiando
e complementando os serviços da
Atenção Básica de forma resolutiva e
em tempo oportuno.
SISTEMAS DE APOIO
Constituem sistemas de apoio
diagnóstico e terapêutico das
solicitações provenientes de
todos os pontos de atenção, tais
como patologia clínica e
imagens. Também há
assistência farmacêutica
necessária ao tratamento
clínico.
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O
ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS
E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO
BRASIL 2021-2030
As doenças e agravos não transmissíveis
(Dant) são responsáveis por mais da metade
do total de mortes no Brasil. Em 2019, 54,7%
dos óbitos registrados no Brasil foram
causados por doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT).

O Plano de Ações Estratégicas para o


Enfrentamento das Doenças Crônicas e
Agravos Não Transmissíveis no Brasil, 2021-
2030 (Plano de Dant), apresenta-se como
diretriz para a prevenção dos fatores de risco
das Dant e para a promoção da saúde da
população com vistas a dirimir
desigualdades em saúde.
Em 2019, as doenças do aparelho circulatório ocuparam o primeiro lugar em
número de óbitos.

Nas faixas etárias acima de 50 anos, as principais causas de óbito, em 2019,


foram as doenças do aparelho circulatório, as neoplasias malignas e as doenças
do aparelho respiratório.

As DCNT são responsáveis pela maior carga de morbimortalidade no mundo,


acarretando perda de qualidade de vida, limitações, incapacidades, além de alta
taxa de mortalidade prematura. Em 2019, foram registrados 738.371 óbitos por
DCNT.
Figura 10. Panorama da morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil.
Proporção de óbitos por doenças crônicas, segundo faixa
etária (2000-2019)

Figura 11.
Figura 12.
SISTEMA DE VIGILÂNCIA DE FATORES
DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS
CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO
(VIGITEL)
O Vigitel faz parte das ações do
Ministério da Saúde para

monitorar a frequência e a
distribuição de fatores de risco
e proteção para doenças
crônicas não transmissíveis em
todas as capitais dos 26
estados brasileiros e no Distrito Figura 13.

Federal.
OUTRAS AÇÕES PARA AS DOENÇAS
CRÔNICAS
Cadernos de atenção básica;
Cursos sobre a Rede de Atenção e Autocuidado da Diabetes;
Interfaces com Programa Saúde Na Escola e Academia da Saúde;
Site do autocuidado;
Avaliação das linhas de cuidado estaduais da obesidade;
Ampliação do tratamento do tabagismo fortalecendo a atenção
básica;
Qualificação das informações através de prontuários eletrônicos (E-
SUS).
OBESIDADE
Segundo a OMS, a prevalência de
crianças com excesso de peso
passou de 4,8% para 5,9% entre 1990
e 2018, aumento de mais de 9
milhões de crianças.

De 2006 a 2019 houve aumento de


72% na prevalência de obesidade
em adultos das capitais brasileiras,
passando de 11,8% para 20,3%,
sendo observado aumento tanto no
sexo masculino como no feminino.
ATIVIDADE FÍSICA
A figura ao lado apresenta o
monitoramento da prevalência de
prática de atividade física no tempo
livre nas capitais brasileiras e no Distrito
Federal, nos anos de 2010 e 2019.

Em 2019, o percentual de adultos que


praticaram atividades físicas
equivalentes a, pelo menos, 150
minutos por semana foi de 39%, sendo
maior entre os homens, com tendência
à diminuição com a idade e
aumentando fortemente de acordo
com o nível de escolaridade.
TABAGISMO
O tabagismo é responsável por mais
de 8 milhões de mortes por ano no
mundo, das quais cerca de 1,2 milhões
são decorrentes do fumo passivo.

A figura apresenta o monitoramento


da prevalência de tabagismo nas
capitais brasileiras e no Distrito
Federal (2010-2019). De 2006 a 2014 a
prevalência de fumantes no Brasil
teve redução de 0,645 ponto
percentual a cada ano, passando de
15,6% em 2006 a 10,8% em 2014
ABUSO DE ÁLCOOL
De acordo com estimativas do Global
Burden of Disease (GBD), em 2017
aproximadamente 6,2% de todos os
óbitos ocorridos no Brasil estavam
relacionados ao uso do álcool.

Além disso, quando observados os


anos de vida perdidos ajustados por
incapacidade, o uso de álcool foi o
terceiro principal fator de risco
comportamental para carga de
doenças no Brasil e o quarto no
mundo.
POLUIÇÃO DO AR AMBIENTE
Entre os fatores causais associados às DCNT, a poluição do ar ambiente
é considerada um importante determinante de saúde e principal fator
de risco ambiental para a saúde humana.

Estima-se que ocorram, anualmente:

4,2 milhões
de mortes prematuras atribuídas à poluição do ar ambiente no mundo.
POLUIÇÃO DO AR AMBIENTE

Estima-se que a poluição do ar tenha sido responsável, no ano de 2016,


por mortes prematuras de aproximadamente:

58% por doenças cerebrovasculares


e doenças isquêmica do coração;

18% por doença pulmonar obstrutiva crônica


e infecção respiratória aguda baixa;

6% por câncer de pulmão, traqueia e brônquios


OBRIGADO!

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