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Prática 1: Colisões

por
Gabriel de Albuquerque - RA:791366
Vitor de Souza Barboza - RA:791446
Lucas Paixão Cruz de Castro - RA:791408

Departamento de Física Ministrante:


8 de junho de 2023 Dr. Adenilson J. Chiquito
Conteúdo
1. Resumo 3

2. Objetivos 3
2.1. Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

3. Fundamentos Teóricos 3
3.1. Conservação de Energia [3] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3.2. Momento Linear [3] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2.1. Colisão Elástica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2.2. Colisão Inelástica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

4. Materiais Utilizados 5

5. Procedimento Experimental 5
5.1. Parte A - Medição das grandezas do aparato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5.2. Parte B - Calibração da Rampa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.3. Parte C - Colisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

6. Resultados e Discussões 6

7. Conclusão 7

8. Apêndice 8

Apêndice A. Tabelas 8

2
1. Resumo
A Prática 1: Colisões teve como objetivo investigar a colisão entre duas esferas de aço, sendo uma delas
lançada de uma rampa, com o intuito de verificar a conservação da energia e do momento linear. O experimento
foi dividido em três etapas distintas: medição das grandezas do aparato, calibração da rampa e realização da
colisão propriamente dita.
Na etapa de medição das grandezas, foram obtidas as medidas das massas das esferas, bem como seus
diâmetros. Além disso, foi registrada a altura da mesa em relação ao chão, assim como a altura da rampa em
sua posição mais baixa. Na calibração da rampa, uma cartolina foi colocada no chão e eixos perpendiculares
foram traçados. As esferas foram lançadas da rampa em diferentes comprimentos (20 cm, 30 cm e 40 cm) e as
posições onde elas caíram na cartolina foram marcadas. A partir desses pontos de queda, foram desenhadas
circunferências e, então, foram registrados os raios e as posições dos centros. Na parte referente à colisão,
a esfera 2 foi posicionada à direita da extremidade final da rampa, enquanto a esfera 1 foi lançada a partir
do comprimento de 20 cm. As posições onde ambas as esferas caíram na cartolina foram registradas. Esse
procedimento foi repetido para diferentes comprimentos da rampa.
Após a análise dos resultados obtidos, foi constatada, por meio de uma colisão elástica, a conservação da
energia e do momento linear. Além disso, observou-se que o deslocamento da esfera no eixo da cartolina e sua
velocidade no momento do contato com o solo aumentaram à medida que o comprimento da rampa aumentou.

2. Objetivos
O objetivo deste estudo é examinar a colisão de duas esferas de aço, sendo uma delas lançada de uma rampa,
com a finalidade de verificar a conservação da energia e do momento linear, ambas grandezas envolvidas nesse
evento.

2.1. Objetivos Específicos


1. Determinar se há conservação de energia e momento linear durante as colisões;

2. Determinar as velocidades imediatamente antes e depois da colisão;

3. Investigar a influência do comprimento da rampa no processo de colisão;

4. Determinar o tipo de colisão (elástica ou inelástica).

3. Fundamentos Teóricos
3.1. Conservação de Energia [3]
A energia mecânica Em é uma grandeza que engloba a energia potencial Ep e a energia cinética Ec de um
sistema:

Em = Ep + Ec (1)
Esse princípio estabelece que, em um sistema isolado, a energia total se mantém constante ao longo do tempo,
desde que não haja interação com forças externas não conservativas. No experimento em questão, a verificação
da conservação da energia mecânica é realizada para analisar se a energia total do sistema, compreendendo a
energia potencial da esfera na rampa (Ep ) e a energia cinética das esferas em movimento (Ec ), permanece
constante tanto antes quanto depois da colisão entre as esferas.
A energia potencial (Ep ) é determinada pela posição de um objeto em relação a uma referência e é dada pela
equação:

Ep = mgh (2)
onde m é a massa do objeto, g é a aceleração da gravidade e h é a altura do objeto em relação à referência.

3
A energia cinética (Ec ) está relacionada ao movimento de um objeto e é determinada pela sua massa (m) e
sua velocidade (v). Ela pode ser calculada utilizando a equação:

mv 2
Ec = (3)
2
onde v é a velocidade do objeto.
Para esta prática, a energia mecânica inicial contém apenas energia potencial gravitacional, enquanto a
energia mecânica final contém apenas energia cinética da esfera, como pode ser visto na Equação 4:

mv 2
mgh =
2
2
2gh = v

(4)
p
v= 2gh.

3.2. Momento Linear [3]


O momento linear (p) de um objeto é uma grandeza vetorial definida como o produto da massa (m) do objeto
pela sua velocidade (v):

p⃗ = m · ⃗v (5)
Durante a colisão entre as esferas, é fundamental verificar se o momento linear total do sistema se conserva.
Isso implica em analisar se a quantidade de movimento, representada pelo momento linear, antes da colisão é
igual à quantidade de movimento depois da colisão.
Antes da colisão, o momento linear total do sistema é dado pela soma dos momentos lineares das duas
esferas:

p⃗totalinicial = p⃗1 inicial + p⃗2 inicial (6)


Após a colisão, o momento linear total do sistema é dado pela soma dos momentos lineares das duas esferas:

p⃗totalf inal = p⃗1 f inal + p⃗2 f inal (7)


Portanto, para verificar a conservação do momento linear, é necessário comparar as quantidades de movi-
mento antes e depois da colisão:

p⃗totalinicial = p⃗totalf inal (8)


Isso significa que a soma dos momentos lineares iniciais das esferas deve ser igual à soma dos momentos
lineares finais, indicando a conservação do momento linear durante a colisão.
As colisões podem ser classificadas em dois principais tipos: colisões elásticas e colisões inelásticas.

3.2.1. Colisão Elástica


Uma colisão elástica é aquela em que a energia cinética total dos corpos antes da colisão é igual à energia
cinética total após a colisão. Isso implica na conservação da energia cinética durante a colisão. Ou seja,

∆Ec = Ecf − Eci = 0 (9)

3.2.2. Colisão Inelástica


Uma colisão inelástica é aquela em que os corpos colidem e se unem após a colisão, formando um único
corpo. Nesse tipo de colisão, a energia cinética total dos corpos antes da colisão não é igual à energia cinética
total após a colisão. Ou seja,

∆Ec = Ecf − Eci ̸= 0 (10)

4
4. Materiais Utilizados
• Balança Digital, Marca Gehaka, Modelo BG 4001, sensibilidade de 0,1 g;

• 2 Esferas maciça de aço, massa = 66,5 g, diâmetro = 2,53 cm, fornecida pelo laboratório;

• Sistema de rampa, fornecido pelo laboratório;

• Papel cartolina, fornecido pelo laboratório;

• Caneta e Lápis;

• Régua milimetrada 50 cm da marca Indústria Bandeirante (REF: 1005);

• Paquímetro de Aço - Marca Digmess.

Figura 1: Montagem do aparato experimen- Figura 2: Montagem do aparato experimental de cali-


tal. bração da rampa.

5. Procedimento Experimental
Para este experimento, o procedimento experimental foi divido em três partes:

5.1. Parte A - Medição das grandezas do aparato


1. Mediu-se a massa de duas esferas na balança e anotou-se as medidas;

2. Mediu-se o diâmetro das esferas com o paquímetro e anotou-se as medidas;

3. Anotou-se o valor h da altura da mesa em relação ao chão;

4. Ajustou-se a altura da rampa, em relação a mesa, para a posição mais baixa e anotou-se o valor H dessa
altura.

5
5.2. Parte B - Calibração da Rampa
1. Posicionou-se a cartolina no chão, de forma que as bolas, quando lançadas, não caíram fora do papel;

2. Traçou-se dois eixos perpendiculares na cartolina, formando um sistema de coordenadas cartesianas,


utilizando o pêndulo como linha de centro;

3. Com a rampa posicionada na menor altura, posicionou-se a esfera no comprimento da rampa L = 20 cm;

4. Liberou-se a esfera da posição e marcou-se a posição de queda na cartolina;

5. Repetiu-se 9 vezes os itens 2 e 3;

6. Posicionou-se a esfera em L = 30 cm e repitiu-se os procedimentos 2 a 4;

7. Posicionou-se a esfera em L = 40 cm e repetiu-se os procedimentos 2 a 4;

8. Determinou-se um centro e traçou-se uma circunferência, na cartolina, em torno de cada uma das três
regiões de pontos de queda da esfera;

9. Anotou-se os raios e as posições dos centros das circunferências feitas na cartolina no passo 8.

5.3. Parte C - Colisão


1. Posicionou-se a esfera 2 levemente à direita ao final da plataforma da rampa;

2. Posicionou-se a esfera 1 em L = 20 cm;

3. Liberou-se a esfera 1 de sua posição inicial;

4. Anotou-se as posições de queda das duas esferas na cartolina;

5. Repetiu-se mais 9 vezes os itens de 2 a 5;

6. Alterou-se o comprimento da rampa mais duas vezes (L = 30 cm e L = 40 cm), repetindo os itens 1 a


6.

6. Resultados e Discussões
Conforme a Parte A do procedimento experimental, as tabelas das massas (Tabela 4), dos diâmetros das
esferas (Tabela 5) e das alturas medidas (Tabela 6) estão na seção A do Apêndice. Além disso, como observação,
percebeu-se a necessidade de medir a altura das posições de cada comprimento de rampa L, indicadas na
Tabela 6.
Seguindo para a Parte B do procedimento experimental, as posições dos centros e os raios das circunferências
traçadas por meio do lançamento de uma esfera sem colisão são apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1: Raio e posição (x; y) em relação ao eixos da cartolina dos centros das circunferências traçadas na
Parte B do procedimento experimental.
L = 20 cm
Raio Centro
(25,00 ± 0,05) mm (4,000 ; 41,500) (± 0,005) cm
L = 30 cm
Raio Centro
(25,00 ± 0,05) mm (3,600 ; 51,000) (± 0,005) cm
L = 40 cm
Raio Centro
(25,00 ± 0,05) mm (3,200 ; 59,600) (± 0,005) cm

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E na Parte C do procedimento experimental, notou-se que anotar as dez posições de queda das esferas
na cartolina para cada comprimento de rampa seria um processo massivo e demorado. Portanto, as esferas
foram lançadas e, a partir dos pontos de queda, foram feitas três circunferências abrangendo esses pontos,
descartando aqueles que divergiram demais da média. Feito isso, foram anotadas as posições dos centros e os
valores dos raios dessas circunferências, indicados na Tabela 2.

Tabela 2: Posição (x; y) em relação ao eixos da cartolina dos centros e raios das circunferências, para cada
esfera, traçadas na Parte C do procedimento experimental.
Esfera 1 Esfera 2
L = 20 cm L = 20 cm
Raio Centro Raio Centro
(4,000 ± 0,005) cm (21,0 ; 19,0) (± 0,005) cm (4,500 ± 0,005) cm (13,0 ; 22,0) (± 0,005) cm
L = 30 cm L = 30 cm
Raio Centro Raio Centro
(4,000 ± 0,005) cm (24,4 ; 24,2) (± 0,005) cm (3,000 ± 0,005) cm (18,0 ; 30,7) (± 0,005) cm
L = 40 cm L = 40 cm
Raio Centro Raio Centro
(3,500 ± 0,005) cm (24,8 ; 22,1) (± 0,005) cm (3,000 ± 0,005) cm (19,2 ; 41,2) (± 0,005) cm

Primeiramente, após uma análise dos dados coletados, percebeu-se que a soma das posições y do centro das
circunferências, para os mesmos comprimentos L de rampa, das duas esferas na Tabela 2 se aproximou dos
valores da posição dos centros na Tabela 1, considerando comprimentos de rampa iguais. Observação, essa,
que comprova a conservação do momento linear, de acordo com a Equação 8, e da energia.
Pela Equação 4 foram calculadas as velocidades antes da colisão, indicadas na Tabela 3.

Tabela 3: Velocidades das esferas antes das colisões para cada comprimento de rampa L.
L = 20 cm L = 30 cm L = 40 cm
v ± u(v) [cm/s2] v ± u(v) [cm/s2] v ± u(v) [cm/s2]
(130,5 ± 0,4) (160,1 ± 0,3) (182,93 ± 0,27)

Pela Tabela 3, o que já era esperado, notou-se que quanto maior o comprimento de rampa, maior a velocidade
da esfera lançada. Além disso, percebeu-se também que independente do comprimento de rampa, a esfera
lançada no laçamento com a colisão tendia a cair em uma mesma região da cartolina, enquanto que a outra
esfera, inicialmente parada, tendeu a se afastar da origem do sistema de coordenadas. Esse fato mostra que as
colisões que ocorreram durante o experimento foram elásticas.
Possíveis discrepâncias, principalmente relacionadas á conservação do momento linear, ocorreram devido
a uma pequena elevação em um dos lados da plataforma de lançamento da rampa e a maior ocorrência de
derrapagem da esfera lançada, á medida em que o comprimento de rampa aumentava.

7. Conclusão
Neste experimento, foi realizado o estudo da colisão entre duas esferas de aço lançadas de uma rampa, com
o objetivo de verificar a conservação da energia mecânica, a conservação do momento linear e determinar o
tipo de colisão ocorrida.
Inicialmente, foram realizadas medições das grandezas do aparato experimental, incluindo as massas das
esferas, seus diâmetros, a altura da mesa em relação ao chão e a altura da rampa na posição mais baixa. Essas
medidas foram fundamentais para a posterior análise dos resultados obtidos.
Em seguida, a rampa foi calibrada utilizando uma cartolina posicionada no chão, na qual foram traçados
eixos perpendiculares. As esferas foram lançadas da rampa em diferentes comprimentos, e as posições de
queda foram registradas na cartolina. Com base nesses dados, foram determinados os raios e as posições dos
centros das circunferências correspondentes às quedas das esferas.

7
Na etapa da colisão propriamente dita, a esfera 2 foi posicionada à direita da plataforma final da rampa,
enquanto a esfera 1 foi lançada a partir de um comprimento específico. As posições de queda de ambas as
esferas foram registradas na cartolina. Esse procedimento foi repetido para diferentes comprimentos da rampa.
A partir da análise dos dados experimentais, foi possível chegar a algumas conclusões. No que diz respeito
à conservação da energia mecânica, verificamos que a energia total do sistema, compreendendo a energia
potencial da esfera na rampa e a energia cinética das esferas em movimento, se manteve constante antes e
depois da colisão, confirmando a conservação da energia mecânica durante a colisão.
Em relação à conservação do momento linear, verificamos que a quantidade de movimento total do sistema
se conservou, confirmando a conservação do momento linear durante a colisão.
Com base nos dados experimentais obtidos, podemos concluir que a colisão entre as esferas foi do tipo
elástica. Essa classificação foi determinada com base na análise dos resultados e das equações que descrevem
os diferentes tipos de colisões.
Em resumo, os resultados experimentais evidenciaram a conservação da energia mecânica e do momento
linear durante a colisão entre as esferas lançadas da rampa. Essas observações confirmam a validade das leis
da conservação da energia e do momento linear. Além disso, a análise dos dados permitiu determinar o tipo de
colisão ocorrida, fornecendo informações adicionais sobre o comportamento dos corpos em interação.

Referências
[1] DEPARTAMENTO DE FÍSICA, Universidade Federal De São Carlos, Centro De Ciências Exatas E De
Tecnologia. Física Experimental A. São Carlos, 2012.

[2] DEPARTAMENTO DE FÍSICA, Universidade Federal De São Carlos, Centro De Ciências Exatas E De
Tecnologia. Física Experimental C. São Carlos, 2012.

[3] Nussenzveig, H. M. Curso de Física Básica, vol. 1, São Paulo: Edgard Blucher, 2002, 328 p.

8. Apêndice

A. Tabelas

Tabela 4: Massas das duas esferas usadas no experimento.


Massa 1 Massa 2
(66,6 ± 0,1) g (66,6 ± 0,1) g

Tabela 5: Diâmetros das duas esferas usadas no experimento.


Diâmetro 1 Diâmetro 2
(25,50 ± 0,05) mm (25,50 ± 0,05) mm

Tabela 6: Altura, em relação ao chão, h da mesa em que a rampa foi apoiada, altura da plataforma da rampa em
relação a mesa, alturas, em relação a plataforma, das posições L da rampa na menor altura possível.
h Altura da plataforma H - L = 20 cm H - L = 30 cm H - L = 40 cm
(915,0 ± 0,5) mm (14,0 ± 0,5) mm (87,0 ± 0,5) mm (131,0 ± 0,5) mm (171,0 ± 0,5) mm

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