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GRAMSEI E O TAYLORISMO/FORDISMO
O taylorismo foi criado para aumentar a produtividade, através de uma extrema divisão
de tarefas, padronização dos produtos e mecanização dos processos, possibilitando a
criação da "indústria de massa". No entanto, esse processo desqualificou os
trabalhadores, rompendo o velho nexo psicofísico do trabalho profissional qualificado,
reduzindo as operações produtivas apenas ao aspecto físico maquinal e padronizando as
habilidades dos trabalhadores. A burocracia intermediária entre operários e gerência
realizou concursos do operário-padrão e enfatizou a emulação ao trabalhador Ford para
persuadir os trabalhadores a aceitar essas mudanças. Esse processo permitiu a criação de
um coletivo de homens e mulheres dispostos não só a trabalhar, mas também a viver o
papel de consumidores da produção em massa. Essas mudanças reestruturaram as
relações sociais de produção e de consumo do próprio capitalismo, permitindo a criação
de condições para a realização do modo capitalista de reprodução da força de trabalho.
RESUMO
A nossa breve avaliação destaca a importância do ponto de vista crítico de Gramsci no
presente, ao demonstrar que a fragmentação do trabalho, tanto no âmbito social quanto
técnico, é um elemento fundamental para o progresso das forças produtivas do capital e
forma a base para a automatização. Isso contesta a ideia comum da neutralidade da
tecnologia e suas supostas consequências sociais inevitáveis, evidenciando a luta
constante entre os trabalhadores e os capitalistas pelo controle do conhecimento sobre o
trabalho. Ademais, é claro que o progresso tecnológico do capital não aprimora, mas
sim deteriora as condições sociais dos trabalhadores, submetendo-os às exigências da
acumulação de capital