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AUTOS DE CORPO DE DELITO COMO FONTE PRIVILEGIADA PARA O

ESTUDO DOS CORPOS SETECENTISTASi

Diogo Fonseca Borsoi – UFOPii


Maria Cristina Rosa – UFOPiii
Apoio: FAPEMIG

RESUMO: O presente trabalho é parte de uma pesquisa, em andamento, que busca


compreender os saberes e as práticas dos cirurgiões na comarca de Vila Rica no século XVIII,
tendo como principal referência práticas cotidianas em que esses agentes exerciam cuidados
corporais. Nesse sentido, os Autos de Corpo de Delito constituem uma Fonte privilegiada para
análise, pois guardam registros sobre o estado dos corpos doentes e feridos bem como
diferentes saberes sobre os corpos que circulavam na região mineradora, no período colonial,
e sobre os cuidados corporais praticados. Este estudo apresenta algumas informações
importantes que podem ser extraídas dessa Fonte, quando o objeto de estudo é o corpo, além
de destacar algumas possibilidades de pesquisa.
PALAVRAS-CHAVES: Minas colonial; Auto de Corpo de Delito; corpo

1 - INTRODUÇÃO
A formação da sociedade mineira se deu de uma forma bem peculiar em relação ao
resto da colônia portuguesa nas Américas. Em Minas, a ocupação do antigo Sertão dos
Cataguases ocorreu por iniciativa particular, formando os primeiros aglomerados
populacionais junto aos cursos d'água, e só aproximadamente depois de duas décadas
começou a se instalar um aparato jurídico-administrativo representado pelas Casas de
Câmara, Cadeias e agentes responsáveis pela ordem, como os Juízes Ordinários e os Juízes de
Vintena.
Vale dizer que a implantação de um poder regulador nas Minas por parte da Coroa
portuguesa acarretou, entre outras coisas, uma tentativa de regularização dos conflitos entre os
poderes instituídos, que na maioria das vezes se davam de forma violenta. Carla M. J.
Anastasia e Flávio M. da Silva elaboram o conceito de formas acomodativas para entender
relações entre dominante (metrópole) e dominado (colônia). Segundo eles:

Por formas acomodativas entende-se um tipo de interação entre dominantes e


dominados, caracterizado por uma resolução temporária dos conflitos que são, por
princípio, inerentes a essa mesma interação. Essa possibilidade da acomodação
derivou de acordos implícitos firmados a partir de obrigações mútuas que existiram
entre atores coloniais e metropolitanos e de limites colocados pelos colonos ao
exercício do poder da Coroa.iv

A acomodação das populações em torno da atividade mineradora constituiu-se como


uma tentativa de minimização dos conflitos entre poderes instituídos, Coroa portuguesa e
agentes intra-coloniais, que muitas vezes resultavam em derramamento de sangue. Expressões
como maus-tratos, espancamento, ferimento, cortes, furos e cutiladas são corriqueiras nas
descrições encontradas nas fontes estudadas que dizem sobre o estado dos corpos em disputa.
Os motivos são, igualmente, diversos, abrangendo injúrias, emboscadas, roubos,
desentendimentos em Sociedades, traição, adultério, entre outros.
Parte da documentação gerada para a resolução dos conflitos foi preservada até os dias
atuais e possibilitam compreender e interpretar concepções sobre os corpos e saberes e
práticas dos agentes da arte de curar. Entre muitos, um documento destaca-se como fonte
importante para o estudo dos corpos e dos cuidados corporais, os Autos de Corpo de Delito, a
partir dos quais é possível extrair uma série de informações importantes sobre os tratos
corporais, cuidados, ferimentos, modos de cura etc. Esses autos podem ser encontrados,
especialmente, na documentação cartorária denominada Autos de Devassa e Processos
Crimes.
Inicialmente, discorremos um pouco sobre essa documentação e o contexto em que foi
elaborada para, posteriormente, aprofundar no conteúdo do auto de corpo de delito,
destacando possíveis informações para o estudo do corpo e dos cuidados corporais e
possibilidades e temas para novas pesquisas.

2-DOCUMENTAÇÃO CARTORÁRIA: DEVASSAS CÍVEIS E PROCESSOS CRIMES

- Devassas Cíveis
Ao analisarmos a etimologia da palavra devassa podemos perceber que, pelo menos
desde o século XVIII, o seu significado assume um aspecto estritamente jurídico e sua função
é a de inquirir testemunhas ou suspeitos sobre um determinado crime. Em consulta ao
dicionário Bluteauv, encontramos a seguinte definição:

DEVASSA: acto juridico, em que por testemunhas se toma informação de algum


caso crime, querem alguns, que se chame devassa, de devassar, porque esse acto
faz publico e manifesto o crime e o author delle devassa de hum crime.

O dicionário De Plácito (1984), que é mais recente, apresenta um sentido parecido.


Segundo ele, devassa é um: “Ato jurídico que tinha o objetivo de colher provas e inquirir
testemunhas para informação de algum delito, com a intenção de se apontar o culpado e levâ-
lo a punição”vi.
As devassas cíveisvii que tangem a Comarca de Vila Rica, área de abrangência deste
estudo, estão localizadas no Arquivo Histórico do Museu da Inconfidência (AHMI) em um
Fundo específico com o mesmo nome – Devassas - e também no Arquivo Histórico da Casa
Setecentista de Mariana (AHCSM), onde são encontradas no Fundo denominado Processos
Crimes. Neste último, as devassas aparecem de duas formas distintas: completa, em pasta
específica com o título “auto de devassa” ou em parte, citada em forma de traslado ou
translado – utilizando a linguagem da época –, em autos como processos de livramento e
injúria.
Vale destacar que nas Minas setecentistas esse tipo de processo não era aberto por
qualquer motivo. As Ordenações Filipinas (1985) explicitam, de forma pontual, as situações
em que o processo deveria ser aberto, embora nem sempre fossem respeitadas:

[...] somente tirem e sejam obrigados a tirar as devassas particulares sobre as


mortes, forças de mulheres, que se queixarem, que dormiram com ellas
carnalmente per força, fogos postos, e sobre fugida de presos, quebratamento de
cadea, moeda falsa, resistência, offensa de justiça, cárcere privado, furto de valia de
marco de prata e dahi pra cima .[...] E bem assim tirarão inquirição devassa sobre
arrancamento de arma em Igreja, ou Procissão, posto que ahi não estê, nem vá o
corpo do Senhor , ou em qualquer lugar, onde estiver ou for ainda que hi não haja
ferimento feito de noite, ora a ferida seja grande ora pequena. E bem assi, sendo
alguma ferida no rosto, ou aleijada de algum membro, ou sendo ferida com Besta,
Espingarda; ou Arcabuz ora o ferimento seja de dia, ora de noite e das assuadas.viii

Na prática, encontramos certo padrão na elaboração das devassas, que são formadas
por quatro partes principais. A abertura, onde há um texto inicial com informações que se
referem ao crime, como data, horário e local, motivo, a vítima bem como informações sobre
os responsáveis pela abertura do processo, como magistrado, geralmente o Juiz Ordinário,
tabelião e escrivão. Sobre o assunto que nos interessa, os relatos sobre os corpos e os
cuidados corporais, as devassas, cujo motivo refere-se a alguma lesão corporal, trazem na
abertura alguns dados interessantes sobre os ferimentos e lesões corporais da vítima que são
melhor descritos no auto de corpo de delito. Na segunda parte há o auto de corpo de delito, o
qual será pormenorizado mais adiante neste texto. Na terceira parte há os relatos das pessoas
inquiridas a testemunhar sobre o crime averiguado.
A inquirição, em termos de época, consistia em uma introdução chamada asentada, na
qual eram descritas data, lugar do interrogatório, geralmente a casa do Juiz Ordinário, e os
nomes de outros funcionários envolvidos na feitura do processo, como escrivão, alcaide ou,
ainda, o Juiz de Vintena. Além disso, os depoimentos das testemunhas.
Desde o início do auto, a cada novo dia de inquirição era aberta uma nova asentada
para, posteriormente, iniciar o registro de cada depoente. Os depoimentos, por sua vez, eram
constituídos de uma espécie de cabeçalho em que constavam informações sobre o inquirido,
como nome, cor da pele, lugar de residência, ofício, idade e o registro do juramento, em que
prometem dizer a verdade. Em seguida, era transcrito o testemunho da pessoa a respeito do
crime averiguado e anunciado nas primeiras folhas da devassa e havia a assinatura do
depoente.
Por fim, há a Conclusão, na qual o Juiz Ordinário, baseado nos relatos das
testemunhas, faz a pronúncia obrigando o acusado a prisão, ou não, e apresenta os gastos com
a feitura do processo.

- Processos Crimes
Os processos crimes constituem um Fundo do AHCSM que contém vários tipos
documentais. Além das devassas, existem outros processos, abrangendo diversas formas de
apelação existentes no sistema judiciário da época. Abaixo estão as principais tipologias
documentais encontradas:

Tabela 1: Tipologia documental onde mais freqüentemente são encontrados relatos sobre o corpo nos
processos crimes existentes no AHCSM no século XVIII ix

Tipologia Descriçãox

Auto de Livramento Faculdade assegurada a pessoa incriminada de defender-se para


livrar-se, quer exprimir o próprio, em que se debatem acusação e
defesa a respeito de certa imputação criminal feita a uma pessoa
Injúria (Atrós) Entende-se lesão ou ofensa, de ordem física ou moral, que venha
atingir ou ferir a pessoa, em desrespeito ao decoro, à sua honra aos
seus bens ou a sua vida.
Justificação Entende-se prova judicial acerca de alguma coisa, isto é, a prova da
existência de ato ou relação jurídica, a que se prenda interesse da
pessoa
Libelo Crime Exposição articulada dos fatos ou dos fatos criminosos narrados
circunstanciadamente, para que se evidenciem os elementos especiais
da composição da figura delitosa, com a indicação do agente ou
agentes a quem são imputados e o pedido, afinal de sua condenação,
na forma da regra instituída na lei.
De maneira geral, referências sobre os corpos são registradas em partes específicas dos
processos citados. A primeira, que destacamos, são as petições, passíveis de serem
encontradas em todos os tipos documentais contidos na tabela acima.
As petições assumem um caráter introdutório do processo. Nelas são relatados o
motivo da abertura e os envolvidos. Vale lembrar que as petições podem aparecer, também, no
meio de um processo, sempre que se inicia uma nova fase do mesmo, como uma acusação ou
quando há algum fato novo. Elas são muito interessantes, pois, contextualizam o crime,
fornecendo importantes informações sobre o mesmo, como local e motivo.
Os libelos, por sua vez, são muito ricos, pois descrevem, passo-a-passo, detalhes de
como aconteceu o crime, materiais usados para a agressão, a qualidade dos ferimentos e,
algumas vezes, procedimentos utilizados por agentes responsáveis pelos corpos e os cuidados
corporais exercidos.
No rol de inquirição, em que testemunhas dizem sobre cada item apontado no libelo,
geralmente são encontrados testemunhos de cirurgiões, boticários e barbeiros que dizem sobre
corpos feridos e formas de tratamento e, mais raramente, especialmente em processos que não
envolvem agressões corporais, há o parecer desses agentes da arte de curar sobre roubos,
inadimplências etc.
Em todos os processos citados são corriqueiros os autos de corpo de delito,
principalmente quando tratam crimes que dizem sobre agressões corporais. A seguir,
pormenorizamos conteúdos encontrados nessa fonte.

AUTOS DE CORPO DE DELITOxi


As certificações sobre o estado dos corpos aparecem, freqüentemente, com o nome
auto de corpo de delito, todavia podem aparecer com outros nomes, como auto de fé de ferida
e auto de exame, e também com outras funções, em momentos diversos de um processo.
Bluteau (1727) afirma que a palavra Auto é a versão forense para o termo acto.
Segundo ele:
He o mesmo, que processo, mas chamão-se Autos, ou actos, do primeiro acto, que
se escreve em que se faz fé da acção (grifo nosso) & se seguem todos os mais actos
de todas as circunstâncias, que vão succedendo no progresso do litígio.

Assim, o termo auto nos indica uma idéia de verificação, de dar fé na ação a ser
registrada, significado concernente com a função desses documentos nos processos apontados
acima. O dicionário De Plácito (1984) mostra um significado de auto de corpo de delito bem
próximo ao uso do termo no século XVIII:
O registro sobre a existência do crime, com todas as suas circunstâncias tornando-
se por essa forma, a base para o procedimento penal. É por isso, por ser prova
material do crime, que se fixa nele, para conservá-lo sempre em evidência, torna-se
peça substancial do processo.

A noção de prova material do crime apresentada acima é a expressão que melhor


define a função de tais ações nos autos de devassa e nos processos crimes. Nestes são
recorrentes a utilização da descrição dos corpos como alicerce para a argumentação realizada
entre autor e réu e, naqueles, os relatos corporais assumem a função de eixo orientador dos
testemunhos. A feitura desses dois processos aponta algumas regularidades expostas a seguir.
O auto de corpo de delito é iniciado com um cabeçalho, onde são indicados data,
localidade, autoridades responsáveis pela sua feitura, como escrivão, Juiz de Vintena, Juiz
Ordinário, alcaide e, especialmente, os cirurgiões bem como o nome do acusado e da vítima.
Em alguns processos é descrita a forma como os corpos foram encontrados e, também,
detalhes de como os malefícios corporais foram gerados. Como exemplo, citamos o caso de
Diogo, escravo de José Oliveira Sande, que foi encontrado morto e “delgado” no rio e muito
sangue foi derramado “pela grande quantidade que no lugar onde o corpo estava vivo”xii e
também o caso de Domingos de nação angola cujo corpo, em 1754, foi encontrado pelo
alcaide que “achara o mencionado corpo morto que parecia ter sido arrastado para o lugar
onde se achava e dali conduzido por pretos para a casa de seu senhor”xiii.
A descrição dos corpos examinados segue certa regularidade. Na maioria dos
processos estudados são apontadas as feridas, dizendo tamanho, localização, algumas vezes o
estado, curativos realizados e instrumentos utilizados na agressão.
Quanto ao tamanho são dadas espessura, largura e profundidade que, na grande
maioria das vezes, é medida tendo como referência o tamanho dos dedos das mãos dos
responsáveis pelo exame. Francisco Ferreira da Silva, em 1766, foi examinado com uma
ferida de “largura de dois dedos, fundura muito grande”xiv. Em 1753, Leandro Francisco da
Costa foi encontrado com uma ferida no ventre de “largura de quatro dedos de mim
escrivão”xv. Outro recurso encontrado pelos examinadores é o de fazer analogias ao registrar o
tamanho das feridas, como ocorre na descrição do corpo de Adão Criolo, encontrado em 1799,
com oito ferimentos “do tamanho de feijão” xvi.
Outras informações importantes encontradas nesses autos são a descrição e a
localização das feridas, que podem dar pistas e detalhes sobre a origem e a intensidade dos
conhecimentos dos examinadores, como licenciados, cirurgiões, juízes de vintena e tabeliães.
De modo geral, no registro desses autos são descritas apenas as partes do corpo onde
foram encontradas as feridas bem como a sua extensão, como traz a descrição realizada pelo
cirurgião Francisco Coelho Siqueira que, em 1746, encontrou no corpo de Manoel Pacheco
uma ferida na “cabeça perto da sobrancelha direita”xvii ou o auto realizado pelo Juiz de
Vintena Enólio José, que encontrou uma ferida “muito grande” no corpo de Manoel
Fernandes localizada na “parte esquerda a qual se diz pela testa: fora da raiz do cabelo dois
dedos procurando para baixo”xviii. Ocorre, assim, um mapeamento do corpo, especialmente de
suas partes externas.
Em contrapartida, podemos encontrar descrições mais sofisticadas dos corpos, nas
quais o examinador aprofunda o seu parecer sobre o estado dos mesmos, utilizando linguagem
mais específica. O licenciado José Pereira Santos, ao analisar o corpo de Pedro de nação
angola, encontrou:
uma ferida em cima da comisura coronal achou a dita ferida do comprimento de
meia mão transa a redado da sobrancelha uma polegada feita com instrumento
cortante, e perfurante, cujo instrumento cortou cutes couro, e carne pericraneo, que
de uma menbrana (grifos nossos) que cobre o casco com mesmo ofendido com
uma risma; denotando inflamação que podemis a mesma parte com fluço de
matéria xix

Em consulta ao dicionário Bluteau (1727), podemos verificar que os termos grifados


denotam um conhecimento teórico prévio do examinador. Encontramos o seguinte significado
para o termo coronal: “(termo anatomico) osso coronal, he um osso de figura imperfeitamente
circular, de que se cõpoem a testa. Os frontis. Os quaes ossos, são sete, hum da parte
dianteyra, que, chamão coronal”. Segundo o mesmo dicionário, o termo “menbrana” também
se refere a um vocábulo anatômico, cuja função é “vestir, & guardar as partes mais
corpulentas”. Tal termo assume nomes diferentes dependendo da parte do corpo. A membrana
do crânio, segundo ele, chama-se “Pericraneo” adjetivo dado à carne cortada, registrada acima
em negrito, denotando, mais uma vez, algum conhecimento do vocabulário técnico sobre a
anatomia craniana.
Por fim, em quase todos os autos estudados é possível encontrar referências sobre os
instrumentos utilizados na agressão, sendo recorrente o aparecimento de termos mais
genéricos, como “instrumentos perfurantes” ou “instrumentos cortantes” ou mais específicos,
como paus, porretes, facas e pedras. Em 1792, Francisco Chavier dos Santos analisando o
corpo de Manoel Brito da Cunha sugere que as feridas encontradas “foram feitas com
instrumento de ferro largo”xx. No exame feito em Francisco Ferreira da Silva é apontado
como instrumento causador de um corte no peito uma “faca flamenga” xxi.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O auto de corpo de delito é uma fonte importante para melhor compreender os corpos
e os cuidados corporais exercidos no período colonial. O estudo minucioso e sistemático de
seu conteúdo pode apontar novos campos de pesquisa, abrangendo as artes de curar, os
agentes responsáveis por essa arte bem como o corpo e os cuidados corporais praticados na
sociedade mineira colonial.
Ao pormenorizar as informações contidas nessa Fonte, esperamos instigar o interesse
de outros pesquisadores sobre o tema, possibilitar o burilamento das discussões e dos
questionamentos sobre o assunto que, muitas vezes, ficam restritos ao estudo de manuais e
tratados de medicina da época, bem como lançar novos olhares sobre pontos comuns na
historiografia produzida sobre os corpos nas Minas setecentistas.

i
O presente texto apresenta algumas considerações da pesquisa “Saberes e práticas dos cirurgiões: um estudo
sobre os cuidados corporais na comarca de Vila Rica” financiada pela FAPEMIG no programa de iniciação
científica PROBIC, em vigor desde fevereiro de 2006, e que tem como principal objetivo compreender cuidados
corporais exercidos na comarca de Vila Rica mediante a atuação dos cirurgiões.
ii
Aluno do curso de História, bolsista de iniciação científica, programa PROBIC/ FAPEMIG.
iii
Professora do Departamento de Educação Física, orientadora do projeto de pesquisa.
iv ANASTASIA, Carla Maria Junho; SILVA, Flávio Marcus da. Levantamento Setecentistas Mineiros, Violência
Coletiva e Acomodação. In FURTADO, Júnia Ferreira. Diálogos Oceânicos: Minas Gerais e as novas
abordagens para uma história do império Ultramarino português. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001. p. 310.
v BLUTEAU, Raphael. Vocabulário Portuguez & Latino, áulico, anatômico, architetonico [...]. Lisboa: Officina
de Paschoal Silva, 1716. (versão eletrônica).
vi SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. Rio de Janeiro: Forense, 1984.
vii
Vale destacar que as devassas cíveis compreendem, além das devassas estudadas neste artigo, as devassas
denominadas Janeirinhas ou Gerais, realizadas sempre no mês de janeiro. Há, também, as devassas eclesiásticas
produzidas pela Igreja, mas que não são objeto deste estudo.
viii Ordenações Filipinas. Reprodução fac-simile da edição feita por Candido Mendes de Almeida no Rio de
Janeiro em 1870. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1985. Livro 1, Título LXV parágrafos 31.
ix Existem outros tipos documentais nesse Fundo que não foram colocados na tabela por aparecerem poucas
vezes ou devido o assunto abordado não ser concernente ao objeto de estudo deste trabalho.
x Segundo consulta ao dicionário Jurídico De Placito (1984).
xi Os resultados expostos são decorrentes dos processos já trabalhados até o momento atual da pesquisa,
totalizando 23 autos de corpo de delito.
xii AHMI 1º ofício, códice 449, auto 9458.
xiii AHMI 1º ofício, códice 444, auto 9314.
xiv AHMI 1º ofício, códice 449, auto 9453.
xv AHMI 1º ofício, códice 446, auto 9377.
xvi AHMI 1º ofício, códice 447, auto 9402.
xvii AHMI 1º ofício, códice 450, auto 9496.
xviii AHMI 1º ofício, códice 177, auto 3187.
xix AHMI 1º ofício, códice 438, auto 9082.
xx AHMI 1º ofício, códice 466, auto 9388.
xxi
AHMI 1º ofício, códice 449, auto 9453.

E-mail:dfbfonseca@gmail.com
m.crosa@bol.com.br
Material necessário para apresentação: datashow

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