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Autor
Rose Aline da Silveira Viana
Indaial – 2022
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2022
Elaboração:
Rose Aline da Silveora Viana
UTENSÍLIOS E
EQUIPAMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender quais equipamentos são os mais adequados para cada tipo de
produção;
• identificar e diferenciar equipamentos utilizados para trabalhar com
chantilly e merengue;
• identificar e diferenciar equipamentos utilizados para trabalhar com pasta
americana;
• conhecer embalagens para o transporte de bolos artísticos de vitrine, de
pote e caseiro.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado
TÓPICO 1 – UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS PARA CHANTILLY E MERENGUES
TÓPICO 2 –UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS PARA PASTA AMERICANA
TÓPICO 3 –EMBALAGENS E TRANSPORTE DE BOLOS
TÓPICO 1
UTENSÍLIOS E
EQUIPAMENTOS
PARA CHANTILLY E
MERENGUES
1 INTRODUÇÃO
aro acadêmico, no Tópico 1, abordaremos os principais utensílios e equi-
pamentos necessários para produção de bolos profissionais, bem como qual se
adequa à preparação pretendida. Assim, você conseguirá identificar no momento
da produção quais utensílios deve separar e os equipamentos necessários para
chegar ao resultado esperado.
Em seguida, já conhecendo os utensílios e equipamentos, você conseguirá
identificar os necessários para produção de chantilly e merengues, da mesma for-
ma que o modo de operação desses para atingir o produto desejado.
Neste tópico, ainda serão abordados os ingredientes e dicas de produção
dessas coberturas, que, em produções futuras, serão úteis. Vamos lá?
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Figura 1 - Equipamentos e utensílios utilizados em confeitaria
NOTA
O que são POPs? Os Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs)
são encontrados nos manuais de boas práticas presentes em serviços de
alimentação. O POP descreve de forma clara e acessível ações relaciona-
das à higiene-sanitária adequada no processo de manipulação de alimen-
tos pelos funcionários. Essas ações tratam-se de instruções sequenciais
dos procedimentos e a sua frequência de execução, explicitando o nome
e cargo ou função dos responsáveis pelas atividades, visando reduzir
perdas de alimentos, em decorrência de infestações por pragas ou con-
taminações em processos de higienização inadequados. Assim, constitui
um relevante instrumento para qualidade higiênico-sanitária de alimentos
(CHAVES et al., 2003).
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2.1 UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
EM CONFEITARIA
As cozinhas atualmente contam com uma variedade de utensílios e equipa-
mentos que levam praticidade à execução de técnicas culinárias. E sempre surgem
novidades no mercado, das quais o confeiteiro deve se inteirar, além de realizar
visitas a lojas especializadas que podem auxiliar em alguma demanda de produção.
Neste tópico, estão listados e descritos equipamentos comumente utilizados na
confeitaria, considerando sua utilidade e importância. Na Figura 2, encontram-se
alguns utensílios listados, fôrmas, fuê, esteca, espátula e bico de confeiteiro.
2.1.1 EQUIPAMENTOS
A seguir, confira os equipamentos utilizados em confeitaria:
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• Forno combinado: é utilizado para assar massas combinando tempe-
ratura, umidade e o ar.
• Forno micro-ondas: é uma alternativa rápida para banho-maria, des-
congelamentos, preparo de recheios etc.
• Geladeira industrial: armazena ingredientes e preparações de forma
refrigerada.
• Liquidificador: liquidifica, mistura e tritura os ingredientes.
• Máquina para pulverizar chocolate: é útil para decorações, pois es-
palha o chocolate de forma uniforme.
• Mesa de aço inoxidável: serve para abrir e sovar massas, sendo exi-
gência da vigilância sanitária, uma vez que sua superfície é menos pro-
pícia a contaminações por microrganismos.
• Mixer de mão: mistura ingredientes.
• Processador de alimentos: tritura, mistura, corta, fatia, rala, proces-
sa, espreme, entre outras funções os alimentos, deixando-os homogê-
neos.
• Resfriador/congelador rápido: resfria e congela as preparações rapida-
mente.
INTERESSANTE
A série Sugar Rush da Netflix estreou em 2018 e possui algumas tempora-
das, nas quais os participantes fazem preparações, como bolos, utilizando
diversos equipamentos e utensílios. Por isso, é um programa interessante,
pois além de conhecer esses objetos, você pode conseguir identificar me-
lhor suas funções e quando são úteis.
2.1.2 UTENSÍLIOS
São utensílios utilizados em confeitaria:
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• Bailarina: é utilizada na decoração de bolos, pois facilita o processo de
confeitar.
• Bicos e sacos de confeitar: são encontrados em diferentes formas e
tamanhos e servem para armazenar as massas e recheios e ainda para
criar diversas decorações.
• Boleador: torna mais fácil e auxilia na modelagem da pasta america,
fornecendo um aspecto natural.
• Bowl: é uma espécie de tigela que pode ter diversas utilidades, dentre
as quais misturar massas.
• Carretilha: utilizada para cortar massa americana.
• Chinois: trata-se de uma peneira cônica com a malha extremamente
fina, utilizada para obter texturas muito suaves como em purês.
• Colheres medidoras e xícaras: são utilizadas para padronizar medi-
das nas receitas.
• Cortadores pequenos de diversos formatos: servem para cortar a
pasta america e ainda assar pequenos bolos.
• Espátulas: auxiliam em diversos procedimentos, sendo indispensáveis
na confeitaria, podendo ser utilizadas para rechear e cobrir bolos, mis-
turar pasta americana, etc. As espátulas pequenas são recomendadas
para rechear e as grandes para espalhar. Um desses tipos de espátulas
é o pão-duro, utilizado para retirar a massa da batedeira e espalhar e
misturar recheios e coberturas. Já as espátulas de silicone são flexí-
veis e utilizadas para misturar massas e aproveitar o máximo da massa.
Existem também espátulas tipo raspador ou com dente para decoração
da lateral de bolos.
• Estecas: são utensílios utilizados na modelagem da pasta americana.
• Faca com serra: é utilizada para separar as camadas de bolo antes de
acrescentar o recheio, além de ser útil para fazer reparos nas laterais
que irão receber cobertura e decoração.
• Fita de acetato (rolo): utilizada na montagem e decoração de bolos.
• Fôrmas: são utilizadas para assar as massas, sendo encontradas em
diversos tipos e tamanhos, por exemplo, fôrma savarin, fôrma redon-
da com buraco, fôrma redonda para bolo, fôrma redonda para muffins,
fôrmas caneladas, fôrmas caneladas para brioche, cupcake ou muffin,
fôrmas de bombons (em policarbonato ou silicone), fôrmas de fundo
removível, fôrmas para petits fours e cupcakes.
• Fuê: serve para bater claras, misturar massas e recheios, evitando a
formação de pelotas
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• Funil com pistão: é um dispensador de líquidos como caldas.
• Grade: serve para banhar bombons e outros doces e resfriar bolos e
cupcakes de forma rápida e uniforme.
• Maçarico: usado para dourar e confeitar preparações.
• Mandolin com protetor de mão: é um fatiador que tem uma proteção
para as mãos.
• Molde tipo estêncil: serve para decorar, pois já tem modelos de for-
mas que podem ser pintadas ou espalhadas depois, como açúcar ou
cacau, por exemplo.
• Panelas: utilizadas em banhos-maria e para misturar bolos e recheios.
• Papel manteiga: facilita o deslocamento do bolo, macarons e outros
confeitos ao tirar da forma e ainda para assar.
• Peneira: serve para peneirar os ingredientes.
• Pincel de silicone: geralmente é utilizado para untar e pincelar mas-
sas, além de ser útil para “colar” peças de decoração feitas com pasta
americana.
• Raspador de chocolate: possibilita raspar barras de chocolate.
• Recipientes de porcelana: são utilizados para assar massas ou ser-
vem de meio de acondicionamento das produções.
• Régua de alumínio flexível ou de inox: usada para medir massas,
pasta americana e posteriormente realizar cortes com o tamanho e for-
ma necessária.
• Rolo de abrir massa: como o próprio nome diz, é utilizado para abrir
massas, podendo ser encontrado em diferentes tamanhos.
• Silpat: são tapetes de silicone que substituem o papel manteiga, pois
as preparações que vão ao forno não grudam.
• Termômetro: é útil em diversas receitas na confeitaria, sendo utiliza-
do para aferir a temperatura das preparações em diferentes etapas. O
termômetro digital é o mais fácil de utilizar, medindo em Celsius e Fah-
renheit, enquanto o termômetro à prova d’água pode entrar em contato
com a água. Existem outros modelos que algumas vezes são específi-
cos para as preparações.
• Zester: raspa a superfície de frutas cítricas.
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Figura 3 - Alguns Utensílios Utilizados em Confeitaria
Ingredientes Quantidade
Açúcar refinado ou de confeiteiro sem amido 50 g
Rendimento 250 g
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ATENÇÃO
Como neste tópico é esperado que você saiba identificar os utensílios e
equipamentos, preste atenção às orientações do preparo da receita. Você
pode inclusive fazer uma anotação desses objetos e suas funções na re-
ceita.
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O chantilly é ideal para sobremesas geladas e de consumo rápido, uma vez
que não resiste ao calor. E, mesmo quando acondicionado em geladeira, não resis-
te por muito tempo, pois pode ficar aguado. Para oferecer um sabor diferenciado,
pode ser adicionado ao chantilly a baunilha.
Na procura por destaque na confeitaria, recentemente a técnica de aero-
grafia, que se trata da pintura com um aerógrafo na superfície de bolos utilizando
corantes líquidos, vem sendo adotada por confeiteiros e cake designers. Na cober-
tura de pasta americana, esse tipo de pintura não é indicado, porém em coberturas
cremosas como o marshmallow, gel e chantilly, além de suspiros e cremes, nos
quais não cai bem a pintura com pincel.
A técnica de aerografia consiste na pulverização de corantes líquidos, utili-
zando o aerógrafo. Esse instrumento é semelhante a uma caneta, conectada a um
compressor de ar que gera jatos de tinta.
A pulverização se dá pelo ar comprimido inserido no tubo acoplado ao ae-
rógrafo, bem como a tinta. Dessa forma, essa técnica de pintura assemelha-se ao
grafite, técnica de pintura utilizada nas ruas das cidades, possibilitando além de
pintar, decorar e texturizar massas.
O aerógrafo é considerado um instrumento ideal para conseguir sombrea-
dos, degradês, transparências ou mix de cores. Ainda pode ser utilizado para pintu-
ra de folhas, flores, letras etc.
DICA
O filme Vatel: um banquete para o rei (2000) conta a história de um mordo-
mo do príncipe de Condé que foi responsável por fazer um banquete para
o rei Luís XIV. O príncipe tinha muitas dívidas em sua província no Norte da
França e essa artimanha tinha como objetivo salvá-lo. Uma das prepara-
ções feitas pelo mordomo foi o chantilly.
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o procedimento realizado é adequado. Na Figura 5, é possível ver como ficam as
claras em neve.
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por tempo superior ao necessário, as proteínas perdem a capacidade de aprisionar
as bolhas de ar, assim o volume é reduzido ou se perde toda a mistura.
A técnica de preparo da espuma é classificada em três tipos: merengue
francês, merengue suíço e merengue italiano. No Quadro 2, podem ser observados
os ingredientes geralmente utilizados no preparo desses merengues.
Água 60 g
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As etapas da execução da receita do merengue francês e os utensílios e
equipamentos necessários para seu preparo são descritos a seguir:
DICA
A cocção do merengue francês pode ser facilitada ao retirar 50% do peso
total de açúcar refinado e substituir por 25% de açúcar impalpável.
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• Os ingredientes necessários para execução da receita devem ser se-
parados, bem como os seguintes utensílios e equipamentos: panela,
termômetro, espátula de silicone, batedeira com batedor tipo globo, as-
sadeira, papel manteiga ou silpat e saco de confeiteiro com bico.
• A calda é feita em uma panela, na qual deve-se colocar a água e o açú-
car. As laterais da panela devem ser limpas com um pincel umedecido
e, então, levada ao fogo médio até atingir cerca de 115 °C.
• Bata na batedeira as claras com o batedor tipo globo em velocidade
média. Pare de bater quando ficarem aeradas e verifique se se forma um
pico firme – se sim, estará pronta a clara em neve.
• A calda deve ser aquecida até 120 °C e a batedeira novamente ligada em
velocidade baixa. Em seguida, acrescente a calda aos poucos às claras
em neve sem parar de bater.
• Acrescente a essência e bata em velocidade alta até esfriar.
• O merengue poderá ser utilizado em tortas, bolos ou sobremesas quan-
do estiver frio.
DICA
O preparo das claras em neve para produção dos merengues necessita de
alguns cuidados, como: utensílios sempre limpos; ausência de resíduos de
gemas nas claras; a temperatura das claras deve estar entre 15 °C e 20 °C
para obter um volume máximo.
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• Coloque sobre a assadeira um silpat ou papel manteiga e reserve.
• As claras e o açúcar devem ser bem misturados em uma panela com
auxílio de uma espátula.
• Leve ao fogo e misture sempre até atingir a temperatura de 60 °C.
• Coloque a mistura na batedeira e com o batedor tipo globo acrescente
a essência e bata em velocidade média até dar o ponto de pico firme.
• Ponha o merengue no saco de confeitar com o bico e faça sobre o silpat
ou papel manteiga o formato desejado.
• Leve ao forno a 100 °C para secar.
• O tamanho do produto influencia no tempo de cocção, por exemplo, um
merengue de 3 cm passará por cerca de uma hora de cocção. O meren-
gue estará pronto quando estiver com textura seca e crocante.
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RESUMO DO TÓPICO 1
26
AUTOATIVIDADE
27
3. Cada equipamento e utensílio possui uma utilidade na confeitaria e é
importante que o confeiteiro saiba identificar para que cada um serve
e como deve ser utilizado para um trabalho eficaz. De acordo com a
descrição das funções desses objetos, classifique V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
( ) A balança de mesa digital serve para pesar medidas, uma vez que na
confeitaria se trabalha com medidas exatas.
( ) O alisador de pasta americana a deixa heterogênea pelo processo de
franzir, porém não ajuda na fixação.
( ) O silpat é um tapete de silicone que substitui o papel manteiga, pois as
preparações que vão ao forno não grudam.
a. V – F – F.
b. V – F – V.
c. F – V – F.
d. F – F – V.
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TÓPICO 2
UTENSÍLIOS E
EQUIPAMENTOS
PARA PASTA
AMERICANA
1 INTRODUÇÃO
No segundo tópico, de forma semelhante ao Tópico 1, serão apresentados
os utensílios e equipamentos necessários para produção de pasta americana, as-
sim como os ingredientes e técnicas que podem ser aplicadas.
Além da pasta americana, outros dois tipos de pastas com consistência
semelhante serão apresentados, bem como seus ingredientes e utensílios e equi-
pamentos necessários para o preparo.
Ainda, serão fornecidas dicas de como utilizar essas pastas e quais são
seus principais usos na confeitaria.
2 UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS
Vamos ver neste tópico o processo de produção da pasta americana e se-
rão apresentados os equipamentos e utensílios utilizados em cada etapa. Dentre
esses, objetos geralmente são utilizados: espátulas, pincéis, boleador, carretilha,
alisador de pasta americana e cortador.
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3 PASTA AMERICANA
INTERESSANTE
Nos Estados Unidos, a pasta utilizada em coberturas semelhantes à pasta
americana utilizada no Brasil é conhecida como fondant, contudo, no Bra-
sil, o nosso fondant é uma mistura líquida que após ser colocada no bolo
fica sólida.
A massa pode ser adquirida pronta ou pode ser produzida por cakes desig-
ners e confeiteiros. Como oferece várias possibilidades de criação, além de ser de
uso fácil e prático, é utilizada em trabalhos ricos em detalhes e bem elaborados.
A data remetida a sua origem é o ano de 1558, em que foram realizadas as
primeiras preparações. Nesse período, a receita consistia em uma mistura de água
de rosas, açúcar, suco de limão, claras de ovos e o gum tragacanth, que fornecia
firmeza à massa, por se tratar de um tipo de espessante. Alguns desses ingredien-
tes seguem sendo utilizados nas receitas realizadas atualmente.
Atualmente, a pasta americana é considerada uma das grandes tendências
no mercado da confeitaria, uma vez que tem sido utilizada em concursos e possibi-
lita a produção de verdadeiras obras de arte e esculturas feitas com bolos.
Considerando os equipamentos disponíveis no mercado hoje, trabalhar com
pasta americana tem tomado menos tempo, uma vez que pode-se colocar a pasta
na máquina para abri-la. Em seguida, configura-se um programa com as formas e
tamanhos desejados e, assim, a pasta é cortada e se obtém uma decoração impe-
cável. Há alguns anos esse processo era bem demorado, pois tinha que fazer um
molde com a forma desejada e, então, cortar.
Durante o manuseamento da pasta americana como moldagem e abertu-
ra da massa, não se deve deixá-la em contato com a atmosfera, pois pode secar
e perder a maleabilidade. E ainda quando estiver cobrindo o bolo podem ocorrer
rachaduras, comprometendo a decoração. Por isso, é indicado, ao manuseá-la, uti-
lizar apenas o necessário, sempre em pouca quantidade.
Também referente ao manuseamento da pasta americana, é indicado utili-
zar luvas durante o processo de tingimento da massa, uma vez que as mãos podem
ficar coloridas por longo período de tempo. E quando a massa colorida é aberta,
utiliza-se açúcar polvilhado na mesa para a massa não grudar, contudo, deve-se
utilizar pouca quantidade para a massa não ficar esbranquiçada.
Para melhor aproveitamento do tempo em relação ao uso da pasta america-
na e mesmo outras coberturas, é importante projetar o bolo para inserir as cober-
turas e decorações prontamente. Evitar inventar decorações de última hora é outro
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fator a ser considerado, pois pode até mesmo comprometer toda a decoração, uma
vez que pode ocorrer de o confeiteiro ter de fazer essa cobertura rapidamente e
causar acidentes.
Os marcadores e rolos de abertura de massas especiais são utilizados no
preparo da pasta americana para incrementar com criatividade e um ar de sofisti-
cação o bolo. Isso ocorre porque esses utensílios favorecem a textura e o acaba-
mento adequado da cobertura.
Ainda em relação ao corte da massa americana, os cortadores são utensí-
lios utilizados para moldar as formas necessárias para decoração, constituindo-se
em itens indispensáveis no preparo de bolos artísticos. São encontrados em diver-
sos formatos e tamanhos como moldes de letras, animais, objetos, flores etc. Esses
objetos estimulam a criatividade do confeiteiro que terá diversas possibilidades de
decoração
DICA
Para sua conservação de forma adequada, a pasta americana deve ser
mantida fora da geladeira em local fresco. Ela pode ter incorporação de
cor se tingida com corante em gel na cor desejada e, para chegar ao ponto
adequado, pode-se acrescentar açúcar impalpável.
Clara pasteurizada 30 g
CMC Opcional 20 g
Essência 5g 3g 10 g
Glicerina 25 g (opcional)
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Ingredientes Pasta americana Pasta de flores Pasta elástica
Xarope de glucose 100 g 150 g 60 g
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DICA
No vídeo “Maneira fácil de colocar pasta americana no bolo”, a chef Léo
Oliveira ensina como moldar a pasta americana, inclusive dando dicas de
como facilitar o processo. E ensina também como nivelar a massa no bolo,
utilizando utensílios de confeitaria. Aproveite para assistir e identificar os
utensílios que você irá precisar ao manusear a pasta americana como co-
bertura para bolos.
Acesse em: https://bit.ly/3WebhOm.
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DICA
No vídeo “Como fazer pasta e flores de açúcar”, o chef Luca Piubelli ensina
como fazer a massa de flores de açúcar, mediante a utilização dos seguin-
tes ingredientes: 1 k de açúcar impalpável; 100 ml de água; 150 g de xarope
de glucose; 3 colheres de (sopa) de CMC; 1 colher de (sopa) de aroma (de
sua preferência , contando que seja transparente). Aproveite para assistir
e aprender a técnica por meio do link: https://bit.ly/3FqNwN6.
34
Figura 8 - Bolo de Casamento Decorado com Pasta Americana e Pasta de Flores
IMPORTANTE
35
É conhecida também como gum paste e, dentre suas utilidades, está a cria-
ção de babados e vestimentas bem detalhadas, como noivinhos em bolos de ca-
samento. Essa pasta ainda fornece uma produção mais real que a pasta de flores,
assim, pode ser utilizada para criar variadas flores e folhas. Na Figura 9, você pode
observar noivinhos feitos de pasta elástica em um bolo de casamento decorado
com pasta americana.
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• As claras devem ser adicionadas à mistura sem bater e mexidas com
uma espátula até se obter uma massa homogênea.
• A massa deve ser coberta com um filme plástico e levada à geladeira
para descansar por 24 horas.
• Posteriormente ao descanso, o restante do açúcar impalpável deve ser
incorporado à pasta sobre uma superfície plana, amassando com o au-
xílio de um rolo de abrir massa até que se forme o ponto de abertura
que é uma textura macia, utilizando então para confeccionar flores e
tecidos.
ATENÇÃO
Cada marca de açúcar impalpável apresenta uma porcentagem de amido
em sua composição, por isso a quantidade de açúcar na pasta americana
e pasta elástica muitas vezes é variável. Dessa forma, esse ingrediente
deve ser adicionado aos poucos até que a massa fique com uma textura
firme e maleável.
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RESUMO DO TÓPICO 2
38
AUTOATIVIDADE
39
3. Cada um dos tipos de pasta utilizadas para cobertura e decoração de bo-
los apresenta ingredientes próprios, diferenciando-as umas das outras.
Encontram-se a seguir informações sobre o uso desses ingredientes nas
pastas, dessa forma, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para
as falsas:
a. V – F – F.
b. V – F – V.
c. F – V – F.
d. F – F – V.
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TÓPICO 3
EMBALAGENS E
TRANSPORTE DE
BOLOS
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 3 trará informações das embalagens que podem ser utilizadas para
o acondicionamento de bolos profissionais e as formas de transporte, tendo em
vista a redução do risco de contaminação e danos à estrutura dos confeitos, além
de a embalagem ser um recurso ornamental que chama a atenção dos clientes.
Dessa forma, serão abordados os tipos de embalagem e suas funções, con-
siderando diversos setores como armazenamento, acondicionamento, comerciali-
zação e apresentação do produto. Já em relação ao transporte, serão fornecidas
dicas para um transporte seguro de bolos, assim como o tipo de embalagem mais
adequada para esse fim.
41
IMPORTANTE
A embalagem de papel para alimentos resistiu ao tempo. No século II a.C.,
na China, surgiu a embalagem para alimentos de papel, que se expan-
diu pelo mundo. Eram utilizadas nesse período folhas finas tratadas com
casca de amoreira para embrulhar comida, porém, as embalagens de pa-
pel como conhecemos para armazenar alimentos teve origem apenas em
1879, quando um operário de uma fábrica de sacolas de papel do Brooklyn,
em Nova York, de forma acidental cortou pequenas sacolas ao configurar
de forma errada a máquina de produção, fazendo com que não ficassem
vincadas. Na ocasião, o proprietário da fábrica identificou uma oportuni-
dade, uma vez que o processo era mais fácil, pois precisava apenas ajus-
tar a configuração da máquina, cortando e vincando no mesmo processo.
Dessa descoberta, surgiram as caixas de papelão utilizadas para guardar
alimentos, que passaram a ser produzidas em larga escala. Considerando
o processo de evolução das caixas de papelão, a primeira foi patenteada
em 1903, contudo, o próprio papelão foi patenteado bem antes, em 1856
(4 CURIOSIDADES ..., 2022).
2 EMBALAGENS
O invólucro protetor de um produto é denominado embalagem, que tem
função de protegê-lo contra danos materiais oriundos do ambiente, sendo ainda
um excelente recurso de comunicação.
Dentre outras funções da embalagem, encontram-se: viabilização da arma-
zenagem, proteção e conservação do produto, posicionamento e viabilização do
seu uso, além de promoção da sua comercialização.
As embalagens podem ser classificadas da seguinte forma: embalagem de
contenção, embalagem de apresentação, embalagem de comercialização e emba-
lagem de movimentação, podendo ter ao mesmo tempo mais de uma classificação.
Atualmente as embalagens deixaram de ser apenas um invólucro onde se
guardam produtos para um transmissor de informações pertinente à marca e ao
produto, dentre as quais procedência, qualidade e elementos técnicos, reunidos
de modo que a comunicação visual compatibilize com a identidade da empresa,
ambicionando estabelecer um vínculo subliminar com os clientes.
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Em outras palavras, as embalagens se tornaram evolutivamente essenciais
para o comércio, competindo por espaço nas prateleiras, atrair clientes, ser indis-
pensável e admirável, exigências de um bom invólucro.
As embalagens há mais de 10.000 anos eram objetos simples, sendo uti-
lizados como recipientes para beber e guardar alimentos, consistindo em cascas
de alimentos secos ou conchas marítimas. Posteriormente, surgiram “embalagens”
mais aperfeiçoadas feitas pelos homens, dentre as quais bolas feitas com peles de
animais, cestas de fibras naturais, potes de barro etc.
Já no século I d.C., o vidro passou a ser utilizado como matéria-prima para
produção de recipientes em larga escala. Concomitantemente, surgiram objetos
produzidos com ferro, estanho e cobre, porém apenas passaram a ser utilizados
como embalagens apenas na era moderna.
As latas de estanho em 1830 foram adotadas como embalagem de alimen-
tos pela Marinha Inglesa, contudo, somente durante a Segunda Guerra Mundial
houve expansão de seu uso, aumentando a demanda desses objetos, o que levou
à substituição do estanho por alumínio.
Anos mais tarde, em 1959, iniciou-se a venda de cerveja em latas de alumí-
nio por Adolph Coors Company. E no mesmo período, recipientes à base de plástico
originaram invólucros transparentes variados, com tamanhos e formas diferentes.
Desse modo, surgiu a nova era do marketing, mediante essas matérias-pri-
mas, estabelecendo as embalagens tal como conhecemos.
IMPORTANTE
Você sabia que a embalagem para alimentos só pode ser fabricada utili-
zando alguns materiais específicos? Isso está normatizado no Brasil por
meio do Regime Diferenciado de Contratações Públicas nº 91/2001 da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece os crité-
rios gerais e classificação de materiais para embalagens e equipamentos
em contato com alimentos. Esses materiais são: plástico, celulose rege-
nerada, elastômeros e borrachas, vidro, madeira, produtos têxteis, ceras
de parafina, mas os materiais mais utilizados no país são: vidro, por ser
durável, resistente e impermeável; alumínio, por se tratar de uma matéria-
-prima durável, maleável e resistente à oxidação; plástico, por sua flexibi-
lidade, resistência e versatilidade; isopor, por ser um bom isolante térmico,
impermeável e resistente à ação bacteriana; papel cartonado/multicama-
das, pelo isolamento (4 CURIOSIDADES ..., 2022).
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2.1 EMBALAGENS DE BOLO
As embalagens de contenção sempre se encontram em contato direto com
o produto, exigindo dessa forma uma compatibilidade entre a composição do pro-
duto, os materiais utilizados na produção da embalagem e a atmosfera existente
dentro dela. Ao passo que a embalagem de contenção pode possuir um rótulo,
trata-se também de uma embalagem de apresentação.
São modelos de embalagem de contenção utilizadas como invólucros de
bolos: pote para bolo de pote e colher, embalagem plástica para bolo inteiro circular,
embalagem plástica para bolo inteiro retangular, embalagem plástica para fatia de
bolo, formas para fabricação de bolo etc. Na Figura 10, uma embalagem de conten-
ção com pedaços ou porções individuais de bolo é apresentada.
44
Figura 11 - Modelo de Embalagens para Bolo de Pote
45
conforme pode ser verificado na Figura 13. A tampa também pode ser utilizada
como embalagem de apresentação, uma vez que podem ser adicionados rótulos
feitos de papel adesivo.
46
Já os sacos e sacolas são utilizadas para bolos conforme o seu tamanho e
forma, conforme pode ser observado na Figura 15.
47
A embalagem de comercialização define a menor unidade de consumo de
um produto, tornando mais fácil a venda unitária do produto. Esse tipo de embala-
gem é encontrado em diversas formas: latas, potes, sacos, caixas, garrafas, sacolas
etc.
Já a embalagem de movimentação trata-se daquela que facilita o armaze-
namento e a movimentação, contendo o maior número de unidades em seu interior.
São exemplos desse tipo de embalagens os paletes, responsáveis por facilitar o
deslocamento e a transposição entre um local e outro, o que pode ser observado
na Figura 17.
48
• Conveniência: auxilia nos processos de armazenamento em depósi-
tos tanto de atacadistas como de varejistas. Essas embalagens ainda
são desenhadas em vários tamanhos, conforme as necessidades dos
clientes.
• Apelo ao consumidor: forma de atrair o consumidor para o consumo,
interferindo no tamanho, nas cores, nos materiais e nas formas das em-
balagens.
ATENÇÃO
Diversos recursos podem ser utilizados como apelo ao cliente para comer-
cialização de bolos, como combinar papéis coloridos e kraft, laços feitos
com barbante e cetim, tecidos estampados e coloridos para cobrir, papel
celofane para cobrir, acrescentar cartões e utensílios como colheres, den-
tre outros.
3 TRANSPORTE DE BOLO
IMPORTANTE
O transporte de bolos tem importância igual o processo de produção, por
isso: procure transportar o bolo em lugar plano, por exemplo o porta-ma-
las ou o assoalho do carro; coloque o bolo em uma caixa, protegendo-o do
ambiente externo de forma higiênica; se necessário, coloque sob a caixa
um edredom dobrado para absorver os impactos ou uma toalha para evitar
que o bolo deslize, pois irá aderir ao carpete.
49
Nesse sentido, todo o trabalho de produção de um bolo complexo e rica-
mente decorado pode ser perdido em um acidente durante o trajeto para o local da
cerimônia. Cabe ressaltar que muitas vezes o bolo, por exemplo, em um casamento,
chama muita atenção e é um dos itens mais aguardados da festa, e se ocorre um
acidente ou dano, com certeza será uma lembrança negativa para os noivos. Em
vista disso, deve-se pensar em formas práticas de transporte.
O primeiro passo é pensar na logística, considerando que o produto não
tenha danos na transposição. Assim, deve-se providenciar uma embalagem ade-
quada, pois é a principal forma de se fazer um transporte seguro, pois se trata de
uma proteção.
Nessa lógica, deter uma estrutura eficaz para o deslocamento também é
imprescindível. São recomendadas para essa função caixas e containers com es-
paço satisfatório para acoplar o bolo, além de uma base firme e antiderrapante.
Geralmente a base escolhida para suportar o peso do bolo fica a critério do cliente,
porém para o transporte adequado, a mais indicada é a de vidro, porque além de
ser firme fornece ótima finalização. Se não houver no local caixas, uma opção é fixar
faixas de cartolina em formato de alças para proteção do topo e da decoração.
Outra recomendação para evitar que o bolo deslize é a escolha do modelo
de carro para transporte de bolo, por exemplo, os que possuem baú.
Quando a distância percorrida é longa, o bolo pode ser colocado em uma
caixa de papelão, que é introduzida em uma caixa maior de isopor para manter a
refrigeração. Em relação a temperaturas elevadas, também deve-se tomar cuidado
com os raios solares, que não devem adentrar os carros, sendo necessário proteger
os vidros e, por sua vez, as cores do bolo, que podem desbotar na presença da luz.
Muitos confeiteiros ou cake designers utilizam tubos de PVC na estrutura
do bolo, principalmente com muitos andares, para promover melhor sustentação e
evitar deslizamentos de andares, bem como quebra. Ainda considerando o uso dos
tubos, deve-se fazer o bolo com pelo menos um dia de antecedência para deixá-lo
em repouso e, assim, firmar a estrutura.
DICA
DICA
O vídeo “15 dicas: como transportar o bolo - confeitaria online oficial” traz
dicas sobre o transporte adequado de bolos e também para entrega. As-
sista e preste atenção, pois são dicas valiosas para prestar um serviço de
qualidade. Acesse em: https://bit.ly/3WoVInt.
51
LEITURA COMPLEMENTAR
Os plásticos não são tóxicos, mas sim inertes. O que significa dizer que não
reagem e não exalam odor, tornando sua utilização, em diversas funções, mas mais
especificamente, no armazenamento de alimentos e produtos, muito fácil e reco-
mendável. Além disso, não contaminam os rios, os oceanos, nem o lençol freático.
Agora, você já parou para imaginar o que seria de nós sem o plástico? Toda
nossa conservação de alimentos, proteção à produtos frágeis e, até, à saúde, como
em seringas e bolsas para transfusão de sangue ficaria comprometida.
Existem casos em que o plástico é o único material adequado para deter-
minada função. Em outros, ele não é único, mas é, seguramente, o melhor. Caso
mais do que comprovado nas embalagens para bolos, onde suas propriedades,
dificilmente encontradas em outros materiais, funcionam como ótimos isolantes
térmicos e acústicos, além de serem péssimos condutores de eletricidade (o que é
bom, nesse caso!), resistentes ao calor, leves, inerentes quimicamente, flexíveis e
apresentarem excelente relação de custo/benefício.
A embalagem plástica para bolos protege o alimento, garantindo sua segu-
rança, contra contaminações, transmissões de doenças, proliferação de insetos
e roedores. Enquanto impede a perda, desnecessária, do produto, a embalagem
plástica para bolo evita o desperdício, desmedido, de tudo que a sociedade e o meio
ambiente empregaram para produzi-la, já que, apesar do seu uso ser amplamente
disseminado, atualmente, apenas quatro por cento de todo o petróleo extraído no
mundo é destinado à produção de plástico e, consequentemente, das embalagens
para bolos.
Fonte: https://bit.ly/3TNfUxg. Acesso em: 12 ago. 2022.
52
RESUMO DO TÓPICO 3
53
AUTOATIVIDADE
54
( ) Deve-se transportar as partes do bolo separadamente e no local final
realizar a montagem, para evitar instabilidades no transporte.
( ) É necessário carregar decoração e material extra para reparos, pois ape-
sar de raramente ocorrerem, é necessário prevenir-se.
( ) Montar todo o bolo antecipadamente ao transporte é recomendado, visto
que não constitui um risco.
a. V – V – F.
b. V – F – V.
c. F – V – F.
d. F – F – V.
55
REFERÊNCIAS
COSTA, D. R.; FIORI, F. C.; VIANNA, F. S.; REDOSCHI, G.; LAGE, M.; COELHO, S. T.
Manual prático de confeitaria. São Paulo: Senac, 2018.
56
UNIDADE 2
BOLOS ARTÍSTICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer a história dos bolos;
• compreender a evolução do processo de produção dos bolos;
• utilizar as técnicas adequadas na decoração de bolos artísticos;
• conhecer os clássicos bolos de vitrine.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado
TÓPICO 1 – BOLO DE ANIVERSÁRIO
TÓPICO 2 – BOLO DE CASAMENTO
TÓPICO 3 – BOLO DE VITRINE
TÓPICO 1
BOLO DE
ANIVERSÁRIO
1 INTRODUÇÃO
O bolo artístico, além de aguçar o paladar, chama a atenção por ser utilizado
como uma peça de decoração em distintas festas, como aniversários, confrater-
nizações, casamentos, datas comemorativas, dentre outros eventos. Esse tipo de
bolo expressa beleza por meio de cores, formas, figuras, texturas e composição,
sendo geralmente tão esperado nos eventos quanto os anfitriões, aniversariantes,
noivos etc. Por isso, nesta unidade, estudaremos alguns dos principais bolos ar-
tísticos encontrados em confeitarias, cafeterias, mercados e outros, bem como os
ingredientes que são utilizados em sua confecção.
Caro acadêmico, no Tópico 1, abordaremos os bolos artísticos, compreen-
dendo suas definições, contudo, para conhecer os tipos de bolos artísticos, é ne-
cessário conhecer todo um processo evolutivo de preparo de bolos, portanto, a
história dos bolos será tratada brevemente. Ainda neste tópico, compreenderemos
alguns dos recheios e coberturas utilizados na produção dos bolos artísticos, além
de dicas de preparo ou manutenção para evitar danos e satisfazer ao cliente.
O bolo de aniversário é um dos mais versáteis, utilizando-se de diversas téc-
nicas de produção e decoração conforme o desejo dos clientes. Também é um tipo
de bolo em que reina a criatividade, e os confeiteiros utilizam diversos ingredientes
na produção das massas, coberturas e recheios, muitas vezes fazendo composi-
ções com mais de uma técnica. Um dos bolos de aniversários mais requisitados é o
de 15 anos, sendo produzido na maioria das vezes considerando as características
pessoais das debutantes.
2 BOLOS ARTÍSTICOS
O bolo pode ser definido como o produto de uma mistura homogênea de
ingredientes como farinhas, fermentos, leite, ovos e gorduras que passou por um
processo de cocção. Quanto à apresentação, geralmente possui textura macia, sa-
59
bor agradável, superfície uniforme, inexistência de rugosidades, protuberâncias ou
desníveis, considerando as especificidades de cada bolo.
A qualidade do bolo é influenciada diretamente por fatores como qualidade
e quantidade de ingredientes, técnica de mistura, tempo e temperatura de forno e
temperatura da massa. Nesse sentido, os ingredientes são classificados de duas
formas:
Outro fator que influencia a estrutura da massa e, por sua, a vez a qualidade
do bolo, é a farinha utilizada, uma vez que, para produção de bolos, deve-se conter
baixo conteúdo proteico (o glúten), em torno de 8% para não formar a rede de glú-
ten, que é uma estrutura rígida que torna a massa densa, firme e pouco volumosa.
Na confeitaria, atualmente tem-se uma busca elevada por bolos artísticos
para compor eventos variados como festas de aniversário, casamentos, confra-
ternizações etc. Esses bolos sempre contam com uma massa macia e aerada, al-
gumas vezes amanteigada e úmida, com interior tomado por recheios cremosos e
coberturas coloridas, doces e criativas.
Os bolos artísticos recheados viabilizam diversas possibilidades mediante
combinações de massas, recheios e coberturas. Em sua maioria, possuem como
base uma massa espumosa na qual pode-se incorporar recheios diversos, como
creme de confeiteiro, ganache etc. A Figura 1 apresenta um modelo de bolo artísti-
co, em que pode-se observar os detalhes da decoração.
60
Alguns desses bolos artísticos fazem parte da identidade culinária de seus
países de origem e, ao longo do tempo, foram difundidos pelo mundo, como o bolo
austríaco, denominado bolo sacher, originário do século XIX e que leva o nome de
seu criador, Fraz Sacher.
O responsável por produzir esses bolos é o confeiteiro que cria, prepara e
monta, além dos bolos, outros produtos de confeitaria. Na área de decoração de
bolos, que hoje é a mais rentável, são chamados cake designers esses profissio-
nais, devido ao crescimento do número de confeiteiros de bolos artísticos, contudo,
apesar de produzir bolos espetaculares, o cake designer carece de muito conheci-
mento, prática e dedicação.
No Brasil, para diversas produções culinárias atualmente, inclusive as origi-
nárias daqui, é comum utilizar o termo “gourmet” em produções tradicionais para
que se destaquem no mercado. Como ocorre também na produção de bolos, inclu-
sive os artísticos, ingredientes brasileiros têm se tornado protagonistas, a exemplo
do brigadeiro e bolo de rolo, que na versão gourmet compõem bolos artísticos.
A confeitaria artística, ou cake design, ou mesmo sugarcraft, utiliza na de-
coração glacês reais e pastas de açúcar para produzir bolos lindos exteriormente e
deliciosos por dentro.
IMPORTANTE
O cake design teve origem na Inglaterra no período em que reinou a rainha
Elizabeth I (1558-1603), em que o marzipã, uma pasta de amêndoa, pela
primeira vez foi utilizado na decoração de bolos. No século XVII, os bolos
decorados demonstravam o status e poder financeiro das famílias. Saiba
mais em: https://bit.ly/3SLTtaw.
61
O bolo de casamento contendo várias camadas pode ter surgido desse cos-
tume, pois, de acordo com registros históricos, um panificador certa vez juntou os
pedaços de bolo, unindo-os com creme gelado. Dessa forma, o bolo evoluiu, tendo
status de símbolo de prosperidade e chamando atenção nos eventos matrimoniais
até chegar ao que conhecemos atualmente, com decorações especiais.
Além de ser símbolo de status e poder econômico, o bolo de casamento
tornou-se um hábito, originado na Itália, que é um dos países precursores na con-
feitaria. A introdução da confeitaria artística na França foi realizada pela italiana
Catarina de Médici após se casar com o duque de Orleans (que posteriormente se
tornou rei do país), e sorvetes e outros doces passaram a fazer muito sucesso. Os
confeiteiros italianos levados à França criaram o primeiro bolo de andares, mas
apenas no século XX surgiram os bolos de casamento de três andares, em que
cada um tem um significado: o noivado, o casamento e a eternidade, como pode
ser observado na Figura 2.
62
Durante o reinado de Elizabeth I na Inglaterra, o bolo artístico surgiu pela
primeira vez, em que a pasta de amêndoas era utilizada em conjunto com ingre-
dientes exóticos e sofisticados para moldar pequenos bolos com sabores variados.
O costume era jogar alguns desses bolos amassados nos noivos e outros eram
consumidos pelos convidados. Ainda era realizado um ritual no qual os noivos se
beijavam sobre uma pilha feita com bolos que sobravam, de forma semelhante ao
que acontecia em Roma, para que fossem abençoados com muitos filhos. Esses
bolinhos não muito tempo depois foram substituídos por um bolo grande.
Na Inglaterra, somente em 1660, quando o rei Charles II retornou ao país
para reivindicar seu trono, essa arte disseminou-se, uma vez que junto foram le-
vados confeiteiros franceses. Dessa forma, houve o aprimoramento das técnicas
de decoração, utilizando-se o glacê real para revestir o bolo. Como nesse período a
cobertura de açúcar era muito rígida, tornou-se tradição os noivos cortarem o bolo
juntos.
Já no reinado da rainha Vitória, também na Inglaterra, eram preparadas
massas vultosas com mais de 100 quilos. Em decorrência da escassez de ingre-
dientes, os bolos compunham apenas a vida dos nobres. Por isso, ainda não apre-
sentavam a mesma qualidade que na atualidade, além de ser necessário naquele
período o trabalho de vários empregados para seu preparo, uma vez que: o açúcar
possuía formato de um grande torrão que deveria ser cortado, sovado e peneirado;
a manteiga era lavada com água de rosas para retirar o sabor rançoso; as frutas
secas eram picadas em tamanho menor; os ovos eram batidos à mão, apesar do
volume expressivo utilizado; o fermento utilizado era feito com levedura de cerveja,
que era cultivada e renovada naturalmente, sem processo industrial; e os fornos
não eram como os atuais, pois utilizava-se o forno a lenha, que deveria ser con-
trolado. A Figura 3 demonstra como era um desses ingredientes que davam muito
trabalho por ser rígido: o torrão de açúcar.
63
Os bolos como conhecemos hoje surgiram na França, em que juntaram di-
versos bolos decorados com glacê em um só. Nos eventos atuais, os bolos são cada
vez mais requisitados e bonitos, sendo um destaque em festas de casamento, ani-
versários e outros eventos que vêm surgindo como chás de fraldas, de lingerie etc.
Na Inglaterra e nos Estados Unidos tornaram-se tradição no século XX, sen-
do mais acessíveis e com mais andares. Atualmente, sua composição é adaptada à
cultura do país, dando origem a várias maravilhas.
No Brasil, o primeiro bolo utilizado para confeitar foi o pão de ló, um bolo de
origem portuguesa que ainda é um dos preferidos. Seu uso consiste na produção
de camadas recheadas e revestidas com a cobertura de preferência dos clientes,
possuindo várias formas e tamanhos, além de uma produção saborosa.
64
A técnica de aplicações de contornos e preenchimentos consiste em utilizar
uma base com um desenho, em que se sobrepõe um papel manteiga e, empregan-
do o glacê, são feitos os contornos do desenho. Após o processo de secagem dos
contornos, faz-se o preenchimento dos desenhos.
Também são utilizadas na decoração de bolos pastas de vários tipos, com
composições diferentes e técnicas de preparo distintas, considerando a aplicação
desejada. As principais técnicas de decoração com pasta são:
65
• Glaçage de chocolate: são utilizados o creme de leite e água como
base para fornecer transparência e maciez de forma balanceada.
• Glaçage espelho: é um acabamento muito brilhante, por isso o nome
“espelho”, tendo como base uma calda de açúcar, leite condensado e
chocolate.
66
O creme de confeiteiro ou crème patissière é considerado a base da
confeitaria francesa. Em inúmeros doces esse creme é utilizado como base para
receitas ou recheios. No Brasil, muitas vezes não corresponde à receita original,
que leva baunilha, sendo considerada por muitos a composição adequada. Os in-
gredientes utilizados para fazer o creme são: gemas, farinha de trigo, açúcar, leite
integral e fava de baunilha cortada no sentido do comprimento.
Em bolos cremosos, um recheio bastante utilizado é o amendoim, que traz
umidade e crocância ao mesmo tempo, fornecendo um delicioso doce. O recheio de
amendoim é feito utilizando-se leite condensado, manteiga, amendoim (pode ser
triturado), creme de leite.
O creme mascarpone é um tipo de queijo muito utilizado nas receitas pelo
mundo, tratando-se do principal ingrediente utilizado na produção do tiramisu,
doce italiano tradicional. Esse creme também é utilizado como recheio de bolos,
cupcakes e outros doces. Os ingredientes utilizados no seu preparo são leite fresco
e suco de limão. A Figura 6 apresenta o creme mascarpone, em que é possível ver
a textura desse queijo.
O lemon curd nada mais é que uma coalhada de limão ou creme de limão.
É uma receita de origem inglesa que utiliza limão siciliano, açúcar, manteiga e ovos,
substituindo geleias e servindo de recheio de tortas, bolos, panquecas etc.
O creme de nozes também é um recheio bastante utilizado na confecção
de bolos. Trata-se de uma mistura de nozes trituradas, leite condensado, chantilly
batido, manteiga, amido de milho e leite integral.
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O creme de chocolate é uma preparação versátil que incrementa quase
todos os tipos de sobremesa, uma vez que pode ser utilizado como recheio e tam-
bém cobertura em inúmeros doces, como bolos, tortas e pães. Ele pode também
ser adotado como o principal ingrediente de receitas de doces, por exemplo de pu-
dins, sorvetes e cookies, e ainda pode ser consumido puro em uma colher. Ademais,
pode ser incrementado com outros ingredientes para inovação de receitas, como
gengibre, pimentas, lima e azeite.
O frangipane é um recheio feito com amêndoas que combina com inú-
meras frutas, dentre as quais pêssegos, damasco, pera, maçã, ameixa, cereja etc.
Pode ser utilizado em bolos, tortas e doces e tem alta durabilidade, podendo ficar
na geladeira por uma semana e no congelador por um mês, porém toda vez que for
utilizado deve ser amassado.
O doce de leite é um tradicional em quase todos os países da América La-
tina, sendo produzido basicamente com leite e açúcar ou com o cozimento do leite
condensado. Sua produção consiste em ferver leite com açúcar, sendo usado em
variados doces, como bolos, biscoitos, sorvetes, com torradas ou como recheio de
bolos e churros. A Figura 7 apresenta um confeiteiro inserindo o recheio de doce de
leite em um bolo.
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A baba de moça é um doce cremoso de receita brasileira, tendo como in-
gredientes gemas de ovos, leite de coco e calda de açúcar. Geralmente é utilizada
como calda em bolos e outros doces ou como recheios de bolos. Esse doce é uma
variação da receita de origem portuguesa de ovos moles ou doce de ovos.
Outros cremes ou doces são utilizados como recheios de bolos, inclusive os
artísticos, como o creme de quatro leites, creme de gemas, creme de abacaxi etc.,
fornecendo grande variedade que podem até mesmo ser combinadas em bolos de
andares, por exemplo.
Além desses doces, podem ser utilizados como recheios de bolos ou incre-
mentos de recheios, trazendo sofisticação ao produto final, compotas, geleias e
licores. Assim, o bolo ganha novos sabores e elegância.
69
Figura 8 - Bolo Decorado com Buttercream
70
Figura 9 - Frasier com Pão de Ló, Morangos e Crème Au Beurre
ATENÇÃO
O crème au beurre é conhecido também como creme de manteiga ou but-
tercream. Seus ingredientes são:
71
Outra cobertura utilizada na decoração de bolos é o chantilly, que geral-
mente é aplicado em sobremesas geladas e de consumo rápido, por não ser muito
resistente ao calor.
O merengue, também estudado na Unidade 1, é outra opção de cobertura
para bolos artísticos, podendo ser utilizado em temperatura ambiente ou gelado,
tendo maior resistência ao calor que o buttercream. Ainda, existem outras opções
de coberturas para bolos e outros doces, dentre as quais ganache, brigadeiro e
outras preparações diversas.
IMPORTANTE
Ao escolher o tipo de cobertura para o bolo, é necessário pensar no re-
sultado que se deseja atingir, além de realizar uma criteriosa análise das
vantagens e desvantagens de cada tipo de cobertura. Assim, para mo-
delagens elaboradas, é recomendado o uso da pasta americana; para co-
berturas delicadas e com riqueza de detalhes, o glacê real é ótima opção;
para cobrir cupcakes, o ideal é o buttercream. Cabe ressaltar que conhe-
cer cada ingrediente e seu uso no momento apropriado é indispensável,
uma vez que a confeitaria é uma arte.
3 BOLOS DE ANIVERSÁRIO
A comemoração de aniversário com bolo decorado tornou-se uma tradição
que acompanha as pessoas desde a infância. Dessa forma, a cada 12 meses é rea-
lizada uma celebração contendo o bolo e outros doces e preparações culinárias.
Para algumas pessoas, o aniversário é um momento muito aguardado, visto que se
celebra mais um ano de vida. Por isso, o bolo é um dos ícones da festa e deve estar
impecável, sendo necessário por parte do cake designer criatividade, dedicação e
cuidados.
A origem dessa tradição é mais uma de que não se tem certeza, contu-
do, existem teorias de que surgiu em festas nas quais se cultuavam os deuses na
Grécia Antiga. Era utilizado no período em homenagem à deusa Ártemis (deusa da
fertilidade e da lua) um produto à base de mel e pão, com velas acesas sobre sua
superfície. Como o bolo representava a lua cheia, um símbolo de Ártemis, tinha o
formato circular. Então, após preparado, o bolo era levado pelos fiéis ao templo da
deusa para homenageá-la em Éfeso, uma antiga colônia grega onde atualmente é
território turco.
Essa é a principal teoria da origem dos bolos de aniversário, no entanto,
outras versões são defendidas por especialistas. Uma dessas teorias é de que na
72
Alemanha medieval era produzido um bolo no formato do menino Jesus para cele-
brar o Natal. Assim, as celebrações de aniversário com bolos para crianças teriam
sido uma adaptação dessa teoria.
Mesmo não tendo uma versão exata de como surgiu a tradição de produzir
bolos para comemorar aniversários, aos poucos ela se difundiu para diversas cul-
turas, chegando ao que conhecemos atualmente. Tal fato é confirmado, por não
encontrarmos alguém que não comemore o aniversário soprando velinhas sobre
um bolo.
Na Antiguidade, os bolos de aniversário eram bem distintos do que encon-
tramos hoje em festas, pois agora têm uma enorme variedade de bolos em confei-
tarias e padarias em comparação com o produzido no passado.
É possível encontrar em festas de aniversários atualmente bolos temáticos
decorados com pasta americana, glacê e chantilly ou bolos Naked com modelagens
diversas e, ainda, bolos redondos tradicionais contendo recheio. Os sabores utili-
zados nesses bolos também são os mais variados como: ganache, recheios com
frutas, chocolate branco, ao leite e amargo etc. Na Figura 10, há um bolo Naked de
chocolate coberto com chantilly e cerejas.
E ainda tem as decorações, que cada vez se tornam mais criativas, utilizan-
do-se de tendências e produções inovadoras.
73
INTERESSANTE
As velas geralmente possuem diversos significados, o que nos bolos de
aniversário não é diferente. Essa tradição de colocar velas sobre os bolos,
segundo dados históricos, surgiu assim como o bolo na Antiguidade. Isso
porque as pessoas tinham a crença de que a fumaça produzida pela quei-
ma delas levava as preces até o céu para os deuses ouvirem. Na Grécia,
simbolizavam luz nos produtos oferecidos à deusa Ártemis. Já em outras
culturas, o uso de velas em bolos de aniversário tinha o objetivo de prote-
ger o aniversariante de espíritos ruins, assegurando que ficasse protegido
até o ano seguinte. Nos dias atuais, após os “parabéns”, são utilizadas para
fazer um pedido que deve ser mantido em segredo pelo aniversariante
para ser realizado (LAURA, 2021).
Existem também bolos que são o próprio presente, sendo utilizados em ani-
versários e outras comemorações, como promoções de emprego, Dia dos Pais, Dia
das Mães, aniversário de casamento, pedido de noivado etc. Esse bolo trata-se do
Bentô Cake, uma tendência de bolo decorado bastante divulgado nas redes sociais
atualmente.
O Bentô Cake é um pequeno bolinho colocado em uma marmita de isopor
para hambúrguer, por exemplo, que ainda contém um garfo ou colher colada na
tampa. É um bolo bem simples, contendo apenas uma camada de recheio e com
sabores variados, como baunilha, chocolate, dentre outros. O que chama atenção
nele é a decoração, que se trata de uma cobertura que utiliza desenhos coloridos
e mensagens engraçadas. Dessa forma, não foi difícil conquistar a internet, pois
a decoração personalizada com um toque de humor atrai seguidores. E, além do
mais, é um presente que adoça o dia, sobretudo se estiver bonito e gostoso. A
Figura 11 apresenta esse bolinho, sensação do momento.
74
3.1 BOLO DE ANIVERSÁRIO DE 15 ANOS
Um dos momentos mais esperados na vida de uma menina é a comemora-
ção do aniversário de 15 anos. Nessa ocasião, conhecida como baile de debutante,
as meninas dançam valsa, usam vestido rodado e contam com a presença de mui-
tos amigos para comemorar esse ritual.
Contudo, a origem da festa é um pouco assustadora, pois, no México, as
civilizações maia e asteca levavam as meninas quando completavam 15 anos para
escolas em que eram treinadas para o casamento. Dessa forma, o retorno ao lar só
ocorria quando estivesse “pronta para casar e ter filhos”.
Na Europa, a festa tornou-se popular no século XIX, quando os pais das
debutantes as apresentavam à sociedade durante a comemoração e ainda espe-
ravam encontrar um pretendente para a aniversariante para um casamento arran-
jado. Com a realização da festa, a família ainda demonstrava, por meio dos gastos,
o quanto era poderosa financeiramente para pagar o dote da noiva, sendo uma
quantia de bens e dinheiro que o marido ganhava.
Atualmente, nos países europeus, esse costume tem se perdido, mas, em
países de origem hispânica que adotaram esse modelo, ainda são realizadas festas
com a tradição do vestido rodado, a valsa, a tradição dos 15 casais de amigos da
debutante no meio do salão, a música e o bolo elegante que chama atenção tanto
quanto a vestimenta da aniversariante.
Assim como outros bolos de aniversários, atualmente existem os mais va-
riados bolos, com recheios e coberturas de acordo com o desejo e personalidade da
aniversariante, podendo ser encontrados bolos mais básicos, bem como extrava-
gantes e coloridos. A seguir, na Figura 12, é possível ver um bolo de aniversário de
15 anos colorido e com coberturas distintas como merengue e buttercream.
75
3.2 BOLOS DE ANIVERSÁRIO INFANTIS
Outra tendência atual é a produção de pequenos bolos para comemorar o
“mêsversário” das crianças menores de um ano. Assim, a cada mês os pais enco-
mendam bolos temáticos que combinam com as roupas dos bebês, além de cená-
rios elaborados para produção de fotos que são postadas em redes sociais. Esses
bolos também têm composição diversa e são feitos conforme o gosto dos clientes,
podendo ter sabores, cores, temas, texturas, etc. variados.
Já os bolos infantis seguem diversas tendências como desenhos animados,
games, esportes como o futebol, profissões, personagens de videoblogs, dentre
outros. Esses bolos costumam ser coloridos e é mais comum encontrar coberturas
em pasta americana tingida de várias cores para compor os personagens e figuras.
Na Figura 13 se encontra um exemplo de bolo de aniversário infantil com pirulito,
bala e geleia.
76
RESUMO DO TÓPICO 1
77
• Os bolos de aniversário infantis na atualidade seguem tendências como come-
morar os meses de vida até a festa de 1 ano, com bolos temáticos referentes a
cenários, onde se tiram fotos, sendo coloridos, com doces, imagens de persona-
gens de desenhos animados, jogos etc.
78
AUTOATIVIDADE
79
3. Para as crianças, a comemoração de aniversário é uma das datas mais
esperadas do ano, porque conta com doces, salgadinhos e o bolo, que
geralmente é pensado bem antes da festa, conforme o gosto da criança.
De acordo com a origem e características dos bolos de aniversário, clas-
sifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. V – F – V.
b. F – V – V.
c. F – V – F.
d. V – F – V.
80
TÓPICO 2
BOLO DE CASAMENTO
1 INTRODUÇÃO
A presença de bolos em casamentos para oferecer aos convidados segue
sendo uma tradição nas festas de casamento. No passado, o momento dedicado
ao bolo no casamento também era o encerramento da festa, uma vez que, servido
aos convidados, estes se retiravam, contudo, isso mudou, pois atualmente o bolo
compõe a festa, tratando-se de uma de suas etapas.
Porém, para chegar a tal realidade, o bolo foi adaptado a costumes variados
e singulares, além de passar por diferentes fases. Por isso, no Tópico 2, você irá
conhecer a história do bolo de casamento ou bolo de noiva, como já foi conhecido
em alguns períodos.
Depois, abordaremos como deve-se proceder a escolha de um bolo. Dessa
forma, serão apresentadas características que deverão ser levados em conside-
ração pelo cake designer ou noivos nesse processo. Por fim, serão apresentadas
algumas tendências de bolos de casamentos, bem como sua harmonização em
relação à decoração da festa, à personalidade dos noivos etc.
81
dava por uma superstição de que os deuses forneceriam ao casal, prosperidade,
felicidade e sorte. Posteriormente, as migalhas caídas no chão eram apanhadas
pelos convidados que se dividiam entre si, acreditando que atrairia sorte.
Com o passar do tempo, isso acabou mudando e, nas cerimônias matrimo-
niais gregas, havia maior tranquilidade, pois os convidados eram lembrados dos
momentos doces e salgados do casamento com a oferta de biscoitos produzidos
com gergelim e mel.
Apenas no século XVII, durante o Renascimento, os bolos com mais de uma
camada surgiram, sendo cobertos com glacê, espalhando-se pela Europa e con-
sequentemente pelo mundo, entretanto, essa versão do bolo de casamento inicial-
mente era preparada apenas por famílias de maior poder aquisitivo, somente após
a Revolução Industrial todas as classes sociais tiveram acesso ao costume.
Todavia, como já estudado na Unidade 1, há uma suposição que o bolo de
camadas tenha surgido no século XVI, no casamento de Catarina de Médici com
Henrique II, rei da França, porém, não existem registros da quantidade de andares
que possuía, mas suspeita-se que foi bem alto, tendo em vista os bolos e pães
produzidos anteriormente.
Anos mais tarde, em 1568, os bolos evoluíram e passaram a ter cerca de três
metros de altura. Um exemplo de bolo gigante com três metros de altura foi o pro-
duzido para o casamento do duque Guilherme da Baviera com a duquesa Renata
de Lorena, da França.
Uma tradição semelhante à de jogar o buquê nos dias atuais em casamen-
tos era preparar, no século XVII, um bolo sem recheio e introduzir um anel, e a
convidada que o encontrasse seria a próxima a se casar.
Os bolos de casamento como conhecemos hoje surgiram no século XVIII
pela criação dos franceses, utilizando massas com recheio e várias camadas de-
coradas. No século XIX, seguindo essa tendência, o bolo evoluiu no casamento da
rainha Vitória do Reino Unido em 1837 para uma produção de quase 200 quilos e
dois metros de altura.
O bolo de casamento a partir do final do século XIX tornou-se uma tradição
e passou a ser chamado de bolo da noiva.
82
INTERESSANTE
Apesar de atualmente os noivos partirem o primeiro pedaço do bolo jun-
tos, no passado era função apenas da noiva e apenas quando o bolo apre-
sentava muitos andares o noivo ajudava a noiva. Dessa forma, não se trata
de um simbolismo, mas uma necessidade. A primeira fatia do bolo de ca-
samento em Portugal é para os padrinhos. E, nos Estados Unidos, surgiu a
tradição de um noivo colocar um pedaço de bolo na boca do outro.
3 ESCOLHA DO BOLO
A escolha do bolo perfeito para cerimônia não é tarefa fácil, pois são vários
aspectos a serem considerados e definidos pelos noivos. Dentre as características
que devem ser levadas em consideração, encontram-se: o modelo, a decoração,
os recheios, a quantidade de bolos para compor os andares, o design, o sabor da
massa, o tamanho, os noivinhos e suas características, a cobertura etc, mas, o que
mais deve-se pensar durante o processo de escolha é que o bolo deve expressar a
personalidade do casal. A seguir, serão descritas algumas dessas características e
algumas dicas para a escolha que irá satisfazer o desejo dos noivos.
83
As flores também são utilizadas com frequência como decoração de forma
clássica, mas nos últimos tempos espécies exóticas ou mesmo tradicionais com
cores fortes têm sido adotadas. As flores utilizadas na decoração de bolos podem
ser classificadas em reais ou decorativas e comestíveis ou não.
Em busca de fornecer um toque tropical ao bolo, uma tendência também
atual é o uso de frutas, sendo preferidas as vermelhas, como uvas, morangos, pês-
segos e amoras. Quanto às frutas secas já tradicionais em decoração de bolos,
atualmente passaram por inovações e são modeladas em formatos de flores. A
Figura 14 apresenta um bolo de casamento decorado com frutas vermelhas, de-
monstrando essa tendência.
Nesse sentido, para a decisão pelo bolo que mais corresponde às expecta-
tivas da festa de casamento, os noivos devem analisar o estilo da festa e a decora-
ção de forma geral, bem como sua personalidade.
Em vista disso, os noivinhos do topo dos bolos de casamento que são bas-
tantes utilizados são personalizáveis. A confecção dessas esculturas decorativas
pode ser em biscuit, mediante uma modelagem artesanal que fornece uma carac-
terística de personagens de desenho ou como estudamos na Unidade 1, podem ser
feitos com pasta elástica.
84
Contudo, ao optar por bolos tradicionais, o cake designer e os noivos devem
manter-se dessa forma também em relação à decoração. Assim, arranjos florais ou
símbolos podem substituir os noivinhos, conforme a escolha dos noivos.
85
A escolha adequada do tamanho do bolo deve ser feita considerando algu-
mas informações, como o número de convidados, a quantidade de aperitivos, o tipo
da festa, o cardápio, os pratos principais, as bebidas, os docinhos e as sobremesas
que serão servidas aos convidados. Dessa forma, o cálculo do tamanho do bolo fica
mais preciso e certamente não irá faltar bolo aos convidados. Em festas, geralmen-
te se acrescenta uma margem de 10% para sobras no sentido de evitar que falte a
preparação.
4 PRINCIPAIS TENDÊNCIAS
A personalização de bolos de casamento atualmente é a palavra de ordem.
Como vimos, podem ter características da festa em sua decoração, símbolos, for-
matos, cores, flores etc. A seguir, serão apresentadas algumas tendências de bolo
de casamento, demonstrando possibilidades de agradar o casal.
O bolo branco teve origem em um período em que era difícil encontrar in-
gredientes, principalmente para cobertura. Nesse contexto, utilizar uma cobertura
branca indicava que era feita com açúcar, um produto raro no período, e quanto
mais branca era a cobertura, provavelmente mais importante e rica era a família da
noiva. Durante a era vitoriana, o branco da decoração dos bolos passou a ter outro
sentido, o de pureza e virgindade, consistindo numa tendência clássica e tradicio-
nal que prevalece até os dias atuais.
Comparado àquele período, os bolos brancos atualmente recebem novas
influências, como formatos e decorações específicas ao estilo do casal. Apesar de
muitos noivos considerarem o bolo branco clichê, mudam de ideia quando aplica-
das técnicas associadas à personalidade do casal.
Em festas clássicas, o ideal é utilizar bolos com várias camadas e alturas
diferentes, fornecendo um toque moderno e discreto ao mesmo tempo.
Um bolo requisitado no momento é o dourado, que representa elegância,
sofisticação, alegria e prosperidade, remetendo ainda à mesma cor da aliança dos
noivos e com a mesma simbologia. Como opção para noivos conservadores, pode-
-se optar por usar o dourado em detalhes do bolo, como em laços, bordas e flores.
Um exemplo dessa tendência é demonstrado na Figura 15.
86
Figura 15 - Bolo de Casamento Dourado
87
Uma opção moderna bem requisitada é o bolo de torre de cupcakes, que
integra a decoração de forma diferenciada e ainda agrada aos convidados. Assim,
são produzidos cupcakes coloridos e com sabores distintos, sendo expostos em
formato de bolo contendo vários andares, conforme pode-se observar na Figura 17.
Figura 17 - Bolo de Casamento de Torre de Cupcakes
DICA
A série de competição Esquadrão de Confeiteiros da Netflix conta com oito
episódios e foi lançada em 2021. Nos episódios, os competidores fazem
bolos e doces e são avaliados pelo desempenho e sabores. Em dois episó-
dios eles têm de usar a criatividade para fazer bolos de casamento, sendo:
Episódio 2: Casamento rock n’roll; e Episódio 5: Um casamento mágico.
Vale a pena assistir, pois a criatividade é estimulada.
88
RESUMO DO TÓPICO 2
89
AUTOATIVIDADE
90
3. Atualmente, os noivos podem encontrar bolos de casamentos correspon-
dentes a diversas tendências, podendo inclusive personalizar de acordo
com suas característica e da decoração da festa. Dessa forma, agradar
os noivos pode ser uma tarefa menos complexa. Considerando as princi-
pais tendências de bolos de casamento, classifique V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
a. V – V – F.
b. V – F – V.
c. F – V – F.
d. F – F – V.
91
cardápio tinha entrada com aperitivos, prato principal, e como sobremesa
apenas docinhos. As bebidas eram vinho, champanhe e água saborizada.
Considerando o planejamento e escolha do tamanho bolo, disserte sobre
quais características da festa deveriam ter sido levadas em considera-
ção.
92
TÓPICO 3
BOLO DE VITRINE
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 3, abordaremos os bolos de vitrine ou tortas de vi-
trine, diferenciando-as e descrevendo sua origem e fornecendo exemplos desses
itens.
Ainda, serão fornecidas dicas de decoração de vitrine de confeitaria, bem
como a definição de pâtisserie e outros negócios relacionados à gastronomia. E,
ao final, serão dadas dicas de divulgação dos produtos de confeitaria para atrair
clientes.
Nesse sentido, este tópico é importante para conhecer aspectos relaciona-
dos à exposição dos bolos nos balcões e vitrines, uma vez que os clientes realizam
boa parte das compras de produtos de confeitaria por impulso, pois são produtos
bonitos e chamativos. Além de apreciarem a exposição dos produtos de forma di-
ferente, atraente e com embalagens de qualidade.
94
Dessa forma, o bolo geralmente é mais recheado, contém mais camadas e a
cobertura é mais elaborada, sendo utilizados para tal, enfeites diversos e glacê. Já
a torta apresenta simplicidade, contudo é mais sofisticada.
DICA
O chef Ronaldo Zara em um vídeo no YouTube ensina técnicas de como
decorar bolos de vitrine com vários ingredientes. É uma dica interessan-
te para conhecer esses bolos e ainda aprender técnicas novas. O link de
acesso ao vídeo é: https://bit.ly/3SRUSfD.
95
Figura 19 - Bolo Floresta Negra
96
DICA
A quarta temporada da série da Netiflix Chef’s Table é um especial de con-
feitaria, em que são contadas as histórias das preparações mais famo-
sas de alguns chefes e são apresentadas algumas técnicas de preparo
de seus produtos. É uma série interessante, pois, como se trata de chefs,
algumas preparações são expostas em vitrines ou fazem sucesso por sua
sofisticação, sabor e beleza. Aproveite para assistir e aprender um pouco
mais sobre bolos e doces artísticos.
97
com nomes e funções diferentes, a pâtisserie e a boulangerie caminham em con-
junto, preparando, criando e inovando esses produtos.
Com relação às preparações salgadas, o traiteur ou trattoria, como era co-
nhecido nacionalmente, é tido como a origem dos restaurantes atuais. Isso porque
no século XVIII, para jantar fora, as pessoas tinham de ir à casa de uma pessoa
que fazia esse tipo de serviço, mas as preparações se restringiam aos ingredien-
tes disponíveis naquele momento. As trattorias hoje em dia fazem refeições para
fora, mediante o preparo ou pré-preparo para consumir em casa, no trabalho ou no
próprio local de produção, contudo sem o mesmo refinamento de um restaurante.
E o restauration trata-se de um ambiente onde se pode sentar, consumir um
bom prato, conversar e beber de forma mais sofisticada.
Dessa forma, a pâtisserie é o local mais adequado para implementar vitrines
e decorações voltadas para venda de bolos, onde pode-se comprar os produtos e
levar para consumo em casa ou no próprio local acompanhado de bebidas e com-
panhias. Na Figura 20, é possível visualizar como é a vitrine de uma pâtisserie.
98
• contar uma história por meio de um tema (Páscoa, Dia dos Namorados,
Dia das Mães, Halloween etc.), utilizando elementos associados a eles
(dizeres, utensílios, objetos etc.);
• pensar em planos visuais que estejam à altura dos olhos dos clientes
de forma semelhante aos caixas de supermercado com produtos para
criança, só que na confeitaria deve-se considerar adultos e crianças,
colocando produtos secundários pendurados no teto ou próximos ao
piso.
• surpreenda os consumidores fazendo da vitrine um cenário para fotos,
por exemplo, utilizando réplicas de personagens, fontes de chocolates,
cores fortes e chamativas, etc;
• manter um visual limpo e atual, utilizando, por exemplo, apenas um tema
por vez e, ao se referir a datas comemorativas, atentar à sua finalização
para retirada da decoração;
• utilizar embalagens que falam por si, utilizando dizeres, elementos e co-
res etc.
99
LEITURA COMPLEMENTAR
1 – TÉCNICAS E INGREDIENTES
Para fazer uma massa de torta quase sempre é usada uma gordura como base,
geralmente a manteiga. Tem gordura, farinha, trigo e, às vezes, ovos na sua com-
posição.
Durante o processo não pode incorporar calor e nem desenvolver o glúten em ex-
cesso, pois queremos como resultado uma massa que se dissolve na boca. Já o
bolo, há duas técnicas.
A primeira delas é o método ‘espumoso’, quando queremos incorporar ar, como por
exemplo uma genoise ou pão-de-ló. O segundo é o método cremoso, quando tem
uma gordura envolvida no processo (óleo ou manteiga).
2 – TEXTURA
Na massa da torta, queremos uma textura crocante, que lembra um biscoito. Que
dissolve na boca. Enquanto que nos bolos, nós queremos maciez e umidade.
3 – RECHEIO E COBERTURA
A maneira de usar o recheio também diferencia se é um bolo ou uma torta.
Nas tortas, geralmente temos a massa apenas na base ou na base e nas laterais.
Podemos assar o recheio junto com massa. Ou assar a casquinha antes e em se-
guida colocar o recheio, que geralmente vai até o topo.
100
Os bolos estão divididos em categorias. Alguns são recheados, outros não.
Temos os bolos de ‘vó’, bolo inglês ou de frutas que não levam recheio.
E tem a categoria dos bolos recheados que podem levar várias camadas de recheio.
Ambos podem ou não levar cobertura. Há tortas que podem levar cobertura de
merengue, como a torta de limão, ou ainda, ganache, como uma torta de chocolate.
Há os bolos que não levam cobertura, como os naked cakes.
E ainda, os bolos que levam diversos tipos de cobertura: ganache, chantilly, butter-
cream, merengue, ou ainda, pasta americana.
Essas são as três principais características, mas não as únicas. Eis outras diferen-
ças:
Bolo
Bolo Dois Amores da Bazar Doce Pâtisserie
Torta
Torta Banoffee da Banoffi
FONTE: BATISTA, L. Chef conta as principais diferenças entre bolo e torta. Curti-
doce, Curitiba, 19 maio 2020. Disponível em: https://bit.ly/3fnl7gl. Acesso em: 23
ago. 2022.
101
RESUMO DO TÓPICO 3
• O bolo de vitrine tem origem na Grécia Antiga, onde era oferecido à deusa Árte-
mis como oferenda.
• No Brasil, a Torta Holandesa é a torta de vitrine mais famosa, tendo o nome em
homenagem à Holanda devido ao período que a criadora passou na Europa.
• As tortas e bolos de vitrine, apesar de serem tratadas de forma semelhante,
possuem diferenças. Por exemplo, para confeccionar uma torta, são necessá-
rios bolos.
• Os bolos e tortas de vitrine têm por objetivo atrair o cliente, pois sua forma de
apresentação é um recurso de comunicação e marketing, uma vez que são cha-
mativos, bonitos e sofisticados.
• São exemplos de bolos de vitrine: o bolo Floresta Negra de origem alemã; o Naked
Cake, também conhecido como bolo pelado; e o Bentô Cake, de origem oriental.
• Para produção dos bolos de vitrine, são necessárias técnicas, como o uso de
isomalt transparente, flores comestíveis, frutas secas laminadas e tingidas, floral
3D e detalhes dourados, pinceladas de chocolate, pérolas etc.
• Os locais onde são vendidos doces e bolos de vitrine na França são chamados
de pâtisserie, correspondendo a uma confeitaria.
• Esses locais necessitam utilizar além dos próprios doces e bolos outras estra-
tégias para atrair clientes, dentre as quais podemos citar: contação de histórias
com um tema, pensar em planos visuais, surpreender os consumidores etc.
102
AUTOATIVIDADE
103
b. Somente a sentença I está correta.
c. As sentenças II e III estão corretas.
d. Somente a sentença III está correta.
a. V – F – F.
b. V – F – V.
c. F – V – F.
d. F – F – V.
4. João vai abrir uma confeitaria para venda de doces e bolos e está buscan-
do informações para tentar atrair clientes, visto que não tem experiência
com vendas. Uma das ideias que lhe propuseram é comprar uma vitrine
para exposição de seus produtos, porém João não sabe como utilizá-la
a seu favor. Considerando esse contexto, disserte sobre estratégias que
João pode utilizar para atrair clientes ao seu novo negócio.
5. Algumas preparações em determinadas localidades, para serem consi-
deradas originais, devem manter a receita original, sendo inclusive obri-
gatória a presença de alguns ingredientes. Quando não apresentam es-
sas características, os residentes do local inclusive não são favoráveis à
utilização do nome do produto, bem como à sua comercialização. Nesse
contexto, disserte sobre a produção do bolo de vitrine originário da Ale-
manha, que, para poder utilizar o nome original da receita, deve segui-la
à risca.
104
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, U. Crème au beurre, o que é e como fazer? Le Plat du Jour, Paris, 2022.
Disponível em: https://bit.ly/3TLgiN2. Acesso em: 30 set. 2022.
105
UNIDADE 3
CUPCAKES, BOLO DE
POTE E CASEIRO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer a origem do cupcake;
• escolher o recheio e a cobertura ideal para cada tipo de cupcake;
• aplicar técnicas de montagem de bolos de pote;
• utilizar as bases clássicas de bolos para produzir bolo caseiro de forma
profissional.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado
TÓPICO 1 – CUPCAKES
TÓPICO 2 – BOLO DE POTE
TÓPICO 3 – BOLO CASEIRO
TÓPICO 1
CUPCAKES
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 1, abordaremos os cupcakes, um pequeno bolinho,
geralmente recheado e com uma cobertura chamativa e deliciosa. Veremos ainda
neste tópico a origem desse doce, os principais tipos de massas utilizadas para sua
produção, bem como utensílios e acessórios, recheios e coberturas.
A decoração desses doces também será abordada, pois é um dos principais
motivos de fazer sucesso, seja em vitrines de confeitarias, seja em festas de todos
os tipos, visto que pode ser utilizada desde festas de aniversário infantis a festas
de casamento, como vimos na unidade anterior.
Como abordaremos a produção de massas de bolos, falaremos dos princi-
pais erros comuns em sua produção, independente se for para um bolo artístico,
bolo no pote ou cupcake.
2 ORIGEM DO CUPCAKE
O cupcake é o bolinho pelo qual as pessoas se apaixonam à primeira vista
devido suas decorações. É também chamado de bolo de xícara, bolo de caneca,
bolo de copo, minibolo, bolo de forminha ou cupcake (em inglês).
O cupcake pode ter surgido em 1796, quando se teve a primeira notícia do
pequeno bolo, pela publicação da autora Amelia Simmons em seu livro de culinária
American Cookery. O bolinho foi representado como um bolo assado em pequenas
xícaras de forma individual. Já Eliza Leslie foi a primeira a retratar o bolinho como
cupcake em seu livro Seventy-Five Receipts for Pastry, Cakes and Sweetmeats em
1828. Neste livro, o nome do bolinho fazia menção à medida xícara para ingredien-
tes da receita, e não mais a gramas ou libras, simplificando a receita.
Outra teoria da origem do cupcake é de que surgiu na Inglaterra no século
XIX, sendo denominado “bolo das fadas”. Sua composição consistia em massa de
109
baunilha e cobertura de fondant, sendo consumido no tradicional “chá das cinco
horas”. Anos mais tarde, nos Estados Unidos, essa receita teria recebido o nome de
cupcake ou bolo de xícara, recipiente utilizado para assá-lo, como pode ser obser-
vado na Figura 1.
DICA
O filme Maria Antonieta, de Sofia Coppola, do ano de 2006, é uma ótima
opção para se deslumbrar com doces bonitos, pois aparecem em muitas
cenas do filme.
ATENÇÃO
A duração média de um cupcake é de três a cinco dias. A recomendação é
de que fique coberto, porém fora da geladeira, pois dentro dela pode ficar
com textura dura.
111
Segunda Guerra Mundial, foram utilizadas beterrabas na produção do bolo, um ve-
getal que no período era comum nos Estados Unidos, sendo rico em açúcares e
ferro e fornecendo a coloração vermelha de forma natural à massa.
Mesmo após a Segunda Guerra, o bolo continuou em evidência nos Esta-
dos Unidos, porém houve substituição da beterraba por corantes alimentícios para
tingir a massa. Apesar de ser típico do Sul do país, sua fama veio no Hotel Waldorf
Astoria, em Nova York, onde se tornou uma tradição.
Aqui no Brasil, a popularidade do bolo se deu nos últimos anos, sendo co-
mum encontrá-lo nas confeitarias, tanto como cupcakes quanto em formato de
bolo tradicional.
3 RECEITAS DE CUPCAKES
Existem muitas receitas de massas utilizadas na confecção de cupcakes,
que, por sua vez, podem ser combinadas a recheios e coberturas diversas, produ-
zindo sabores únicos. Além da variedade de massas, recheios e coberturas, esses
pequenos bolos podem ser decorados assim como outros bolos, utilizando outros
ingredientes e doces como balas, macarons, confeitos, esculturas feitas de pastas,
frutas etc. Um exemplo de cupcake decorado encontra-se na Figura 3, na qual se
tem uma decoração de leite Ninho feita em pasta americana colorida e ovinhos de
chocolate.
112
Figura 4 - Cupcake Red Velvet
113
Quanto às fôrmas utilizadas para assar os bolinhos, existem muitos mode-
los, podendo inclusive serem encontradas em diversos formatos, como coração,
frutas, sol, lua etc. Já as formas de papel, que são também parte da decoração,
são variadas, podendo ser encontradas em diversas cores, estampas, moldes e até
mesmo em sua falta pode-se utilizar papel manteiga cortado e dobrado, conforme
demonstrado na Figura 5.
114
Modo de preparo:
IMPORTANTE
É necessário esperar o cupcake esfriar em uma grade, para não transpirar
e molhar a forma de papel, para inserir o recheio e para colocar a cober-
tura, uma vez que o sabor do recheio pode alterar ou transbordar. E a co-
bertura, dependendo da escolhida, se não suportar o calor, pode derreter
e comprometer a decoração.
115
3.2.1 MASSAS PARA CUPCAKES
Outras receitas de massas que podem ser utilizadas na produção de cup-
cakes são: bolo simples, bolo mármore (bolo mesclado), bolo de chocolate e bolo de
laranja. Os ingredientes utilizados nessas receitas são descritos no Quadro 1.
A execução das receitas pode se dar de duas maneiras: pelo método ame-
ricano ou pelo método francês. Na sequência, encontram-se os modos de preparo
utilizando ambos os métodos, que podem ser usados nas quatros receitas confor-
me ingredientes do Quadro 1.
Quadro 1 – Receitas de Massas de Cupcakes
Bolo de choco-
Ingredientes Bolo simples Bolo mármore Bolo de laranja
late
Açúcar refinado 160 g 160 g 160 g 160 g
Cacau em pó 5g 20 g
Fermento químico em pó 7g 7g 7g 7g
Método americano:
Inicialmente, separe os ingredientes, assim como os seguintes utensílios e
equipamentos: batedeira com o batedor tipo raquete, fuê, espátula de silicone e
assadeira para cupcakes com 12 furos ou forminhas de silicone, além das forminhas
de papel.
116
• Sem utilizar a batedeira para bater, mas utilizando o mesmo bowl,
acrescente o líquido, os ingredientes secos e, finalmente, o fermento
em pó. Misture utilizando um fuê ou uma espátula até a massa ficar
homogênea.
• Coloque a massa na forma ou forminhas, distribuindo bem a massa e
sempre na mesma quantidade (para que fiquem com mesmo tamanho
e peso), conforme exemplo da Figura 6, e leve para assar a 155 °C, até
que a massa fique dourada e firme. Para verificar, você pode tocar de
forma delicada o centro da massa, utilizando a ponta dos dedos. Se o
dedo não afundar, a massa estará pronta. Na etapa de preencher as
forminhas com a massa, pode ser utilizado um saco de confeitar para
facilitar o processo ou mesmo uma concha.
Método francês:
117
1/3 do açúcar e o outro com o restante.
• Na batedeira com o batedor tipo globo, devem ser acrescentadas e ba-
tidas em velocidade média as claras. Quando estiverem bem aeradas,
pare de bater e verifique se no batedor irá formar um pico firme, pois
estará pronta a clara em neve.
• Com a batedeira ligada em velocidade média, novamente acrescente
1/3 do açúcar na clara em neve. Bata até incorporar bem e ficar brilhan-
te. Desligue a batedeira e transfira a mistura para outro bowl, reservan-
do-a.
• Ainda utilizando a batedeira, bata a gordura com 2/3 do açúcar em ve-
locidade média até emulsionar.
• Acrescente as gemas aos poucos sem parar de bater. Assim que incor-
porar, desligue.
• Sem utilizar a batedeira para bater, mas utilizando o mesmo bowl, acres-
cente o líquido e os demais ingredientes secos, misturando de forma
delicada de baixo para cima, para manter a aeração com o auxílio de um
fuê ou uma espátula de silicone.
• Finalmente, acrescente o fermento em pó e as claras em neve do pas-
so 6, mexendo também de baixo para cima com a ajuda de um fuê. A
mistura deve ser batida apenas até ficar homogênea, uma vez que se
misturar de forma demasiada, a massa perderá a aeração, desenvol-
vendo glúten, o que deixará o bolo, após o processo de cocção, com
uma textura densa e elástica, não sendo desejado como resultado final.
• Coloque a massa na forma ou forminhas, distribuindo bem a massa e
sempre na mesma quantidade e leve para assar a 155 °C, até que a
massa fique dourada e firme.
INTERESSANTE
O chocolate, até século XVII, era servido apenas como bebida, e apenas
a partir de 1674 os ingleses tiveram a ideia de misturar cacau à massa de
bolos, criando o bolo de chocolate, que era servido em empórios.
118
RESUMO DO TÓPICO 1
119
AUTOATIVIDADE
2. O bolo Red Velvet é típico do Sul dos Estados Unidos e possui esse nome
por apresentar uma textura aveludada. É um bolo famoso por sua colora-
ção vermelha, significando “veludo vermelho” em português. É uma das
massas utilizadas na confecção de bolos artísticos decorados, cupcakes
e bolo de pote. Sobre esse bolo, analise as sentenças a seguir:
120
3. O cupcake tem seu charme principalmente devido ao tamanho, formato
e decoração, que não consiste apenas no conteúdo comestível, sendo
muitas vezes um doce sofisticado, utilizado inclusive em festas de ca-
samentos. Sobre a decoração e o formato de cupcakes, classifique V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. V – V – F.
b. V – F – V.
c. F – V – F.
d. F – V – V.
121
TÓPICO 2
BOLO DE POTE
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 2, abordaremos o bolo de pote, que pode ter origem
no Brasil, por meio da utilização das sobras de cantos de bolos em São Paulo, como
já estudamos anteriormente.
Veremos também os principais acessórios e equipamentos utilizados na
produção de bolos no pote e as possibilidades de embalagens para torná-los mais
atrativos. Esse também é um tipo de bolo que, por si só, pode ser dado como um
presente.
Aprenderemos, neste tópico, a produção de algumas massas utilizadas para
confecção desse tipo de bolo, além das possibilidades de recheios e caldas.
E, por fim, serão abordadas técnicas de montagem desses bolos, utilizando
a massa, recheio e coberturas.
2 BOLO NO POTE
O ato de colocar comida em potes tem se tornado uma tendência – já temos
saladas e também os bolos recheados. É uma tendência, inclusive, com boa aceita-
ção no mercado, sendo uma alternativa para ganhar dinheiro e barata.
Dentre os locais em que se pode vender esses produtos, temos festas de
casamento e infantis, além de várias datas comemorativas durante o ano, que po-
dem se tornar temas para a decoração dos potes. Na Figura 7, é apresentado um
exemplo de bolo no pote utilizado em festas, feito em recipiente de vidro, fornecen-
do um ar mais sofisticado.
123
Figura 7 – Bolo no Pote de Festa
INTERESSANTE
Além do bolo no pote, outras versões de bolos individuais vêm fazendo
sucesso, como a fatia na marmita, na qual o bolo é feito normalmente,
recheado e decorado com cobertura. Em seguida, é cortado em fatias dis-
postas em marmitas, decoradas por cima com mais cobertura, doces ou
frutas. Esse tipo de bolo é como um bolo no pote, porém na horizontal.
O bolo no pote pode ser encontrado em versões salgadas feitas com massas pro-
duzidas pelo confeiteiro ou boleiras, ou mesmo pães picados ou esfarelados. Den-
tre os recheios geralmente utilizados estão embutidos, como presunto, bacon, ca-
124
labresa e carnes desfiadas, como frango e bovina, associados a um molho, dentre
os quais tomate, branco, queijo etc. Esses bolos são vendidos também como tortas
salgadas e fazem muito sucesso, pois são opções de lanches.
O confeiteiro pode escolher o pote que considerar mais prático para utilizar
na montagem do seu bolo de pote. Dessa forma, pode-se optar pelos de vidro ou
plástico de acordo com o público ou evento que fornecerá o produto.
125
Os potes de vidro geralmente são utilizados como lembrancinhas persona-
lizadas que causam mais impacto, contudo, por dar um ar mais sofisticado, devido
ao material mais caro que os potes plásticos. Na Figura 9, temos um exemplo de
pote de vidro geralmente utilizado na produção dos bolos no pote, principalmente
em eventos ou para servir de lembrancinhas.
IMPORTANTE
Os bolos no pote devem ser mantidos em refrigeração, uma vez que con-
têm caldas e muitas vezes geleias de frutas, ou mesmo frutas que podem
deteriorar e comprometer o sabor e a qualidade do bolo, ainda causando
doenças. Por isso, é necessário incluir na embalagem um rótulo com a
data de validade e, se possível, manter o produto sob refrigeração. Quanto
à validade, o bolo quando refrigerado pode ser consumido em até quatro
dias se os recheios utilizados são cremes, doce de leite, brigadeiros ou
nozes, porém esse tempo reduz para dois ou três dias quando se utiliza
recheios de frutas.
126
3 RECEITAS DE BOLOS NO POTE
As receitas do bolo no pote não possuem nenhum tipo de especificidade
em relação aos demais tipos de bolos. A produção de massas consiste no mesmo
processo que outros bolos confeitados. E os recheios e coberturas também são
utilizados da mesma forma, não sendo necessário modificar ou alterar a forma de
produção.
São utilizados como recheios doce de leite, cremes de confeiteiro, geleias,
castanhas e amêndoas (para dar crocância), brigadeiro, ganache, mousses, recheio
de leite Ninho, nozes, prestígio, paçoca, creme quatro leites, ameixa, Ovomaltine®,
Oreo®, Nutella®, romeu e julieta etc.
Dentre as coberturas, são opções: buttercream, cream cheese, ganache,
merengue italiano, chantilly, glacê real etc.
E assim como nos cupcakes e outros bolos, pode-se usar para decorar uma
camada de frutas, confeitos coloridos, farinha de biscoito e paçoca, balas, doces,
chocolates, granulado, coco ralado, geleias de frutas etc. A Figura 10 traz um exem-
plo de bolo no pote com decoração de frutas sobre a cobertura de chantilly.
127
3.1 MASSAS UTILIZADAS EM BOLOS NO POTE
As massas mais utilizadas na produção de bolos de pote são a branca e a
de chocolate, cujas receitas são descritas a seguir. E, ainda, são utilizadas outras,
como a Red Velvet e o bolo de cenoura com recheio de brigadeiros etc.
Para produção da massa de base branca, são necessários os seguintes in-
gredientes:
A massa de chocolate é uma das mais queridas por todos, podendo ser
combinada com diferentes recheios e coberturas. A seguir, observe a receita desse
bolo, em que são necessários os ingredientes:
• 4 ovos;
• 1 xícara de leite ou 200 ml;
• 1 xícara de óleo ou 200 ml;
• 2 xícaras de farinha de trigo ou 420 g;
• 1 e 1/2 xícara de açúcar refinado ou 330 g;
• 3 colheres de chocolate em pó 100% ou 50% 50 g;
128
• 1 colher (sopa) de fermento em pó ou 15 g;
• 1 colher (chá) rasa de bicarbonato de sódio ou 10 g.
129
O modo de preparo dessa massa consiste em realizar as seguintes etapas:
A massa Red Velvet também é uma das preferidas para produção desse
tipo de bolo, fornecendo bolos coloridos e chamativos. A receita é a mesma dispos-
ta no tópico anterior, consulte-a.
3.2 CALDAS
Os bolos de pote são bolos mais cremosos e úmidos, sendo acrescentadas
algumas vezes caldas sobre a massa para deixá-la com essas características.
Na sequência, são descritas duas receitas de caldas utilizadas na produção
dos bolos de pote, contendo os ingredientes necessários e o modo de preparo.
A primeira calda é a calda de base neutra, cujos ingredientes são:
• 200 ml de água;
• 1 colher (sopa) de essência de baunilha;
• 2 colheres (chá) de açúcar refinado.
130
4 MONTAGEM DO BOLO NO POTE
Na produção dos bolos no pote, deve-se evitar o desperdício, aproveitando
tudo o que for possível dos bolos. Dessa forma, ao assar o bolo é necessário aten-
ção para que não sejam criadas cascas grossas ou que a massa não queime. Uma
opção a fim de evitar tal situação é deixar o forno em fogo médio.
A montagem do bolo no pote pode ser facilitada utilizando farelo de bolo em
vez de pedaços, o que também faz com que não se perca nenhum pedaço. Para
isso, pode-se utilizar um processador de alimentos ou mesmo as mãos.
A montagem deve ser iniciada colocando uma pequena quantidade de
massa esfarelada no fundo do pote, depois, essa massa deve ser molhada com a
calda (cerca de duas a três colheres de sopa). Posteriormente, deve ser colocado o
recheio, cerca de duas colheres de sopa, e se repete a montagem começando pelo
bolo esfarelado, calda e recheio ou cobertura, que pode ser o mesmo recheio ou
uma cobertura que combine com a massa e recheio que já se encontram no pote.
Em vez de usar o bolo esfarelado, pode-se utilizar também pedaço do bolo, mol-
dado conforme a forma do pote, e o restante do processo é o mesmo, colocando
calda, recheio e cobertura.
Por meio do tamanho do pote é definido o número de camadas que ele vai
ter, provavelmente um pote mais baixo terá menos camadas que um pote mais alto.
A decoração deve ser caprichada, podendo-se utilizar por cima da cober-
tura, confeitos, coco ralado, granulado, morango, docinhos, chocolate etc. Casta-
nhas, amêndoas e avelãs também são uma opção para finalização do bolo.
DICA
A boleira Katiane de Fátima ensina como montar os bolos no pote, utilizan-
do diferentes bases e recheios no vídeo “Como montar bolo no pote/bolo
de pote”. Assista para compreender melhor o processo e como padronizar
a montagem com as medidas adequadas e, dessa forma, não desperdiçar
ingredientes e, por sua vez, dinheiro. Disponível em: https://bit.ly/3DHNz-
mt.
131
RESUMO DO TÓPICO 2
• Colocar comida em potes tem se tornado uma tendência que chegou até aos
bolos recheados, possuindo boa aceitação no mercado.
• O bolo no pote substitui o formato de outros bolos tradicionais, como o bem-ca-
sado.
• Em festas infantis, as embalagens podem ser personalizadas, com decoração
nas tampinhas, utilizando tecidos, fitas etc.
• Os equipamentos e acessórios necessários para produção dos bolos no pote
são: batedeira, fuê, bowl, espátula, assadeiras, saco e bico de confeitar, medido-
res, balança de precisão, panela, micro-ondas, forno etc.
• Os bolos são montados em embalagens de diferentes tamanhos e materiais,
sendo os mais utilizados potes de 150 ml e 250 ml em formatos circular, quadra-
do e retangular com tampas.
• Os potes de vidro são utilizados como lembrancinhas personalizadas, dando um
ar mais sofisticado, já os potes plásticos são descartáveis.
• Os recheios comumente utilizados são cremes de confeiteiro, geleias, castanhas
e amêndoas, brigadeiro, ganache, mousses, recheio de leite Ninho, nozes, pres-
tígio, paçoca, creme quatro leites, ameixa, Ovomaltine etc.
• Já as coberturas são buttercream, cream cheese, ganache, merengue italiano,
chantilly, glacê real etc.
• As massas mais utilizadas são a branca e de chocolate, além da Red Velvet e o
bolo de cenoura com recheio de brigadeiros etc.
• Esses bolos geralmente são molhados com caldas, por exemplo, a neutra e a de
leite condensado.
• Ao assar o bolo, é necessário atenção para que não sejam criadas cascas gros-
sas ou que a massa não queime, evitando desperdícios.
• Para a montagem, coloca-se uma pequena quantidade de massa esfarelada no
fundo do pote, depois essa massa deve ser molhada com a calda, coberta com
o recheio e, dependendo da altura, com mais camadas.
132
AUTOATIVIDADE
133
Assinale a alternativa CORRETA:
( ) A montagem do bolo no pote pode ser feita utilizando farelo de bolo, o que
também faz com que não se perca nenhum pedaço, utilizando um processa-
dor de alimentos ou mesmo as mãos.
( ) Em vez de usar o bolo esfarelado, pode-se utilizar também pedaço do bolo,
cortado e moldado, utilizando apenas o olho.
( ) Ao assar o bolo, é necessário atenção para que não sejam criadas cascas
grossas, ou, para que a massa não queime, deixar o forno em fogo médio.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a. V – F – F.
b. V – F – V.
c. F – V – F.
d. F – F – V.
4. Maria faz bolos artísticos para vender e sempre que os molda confor-
me o pedido dos clientes, acaba deixando sobras e farelos de bolos que
são descartados, porque ela não vê utilidade para eles. Ela também é um
pouco desatenciosa, deixando a massa muitas vezes passar um pouco
do ponto e queimando as bordas dos bolos ou abrindo o forno, fazendo
com que o bolo não cresça. Um dia, Maria não conseguiu fechar as contas
e necessitava de dinheiro para isso, porém não sabia como obter. Disser-
134
te sobre o que Maria pode fazer com as sobras dos bolos que podem ser
boa fonte de dinheiro.
5. Uma empresa na Páscoa quer dar aos seus funcionários uma lembranci-
nha saborosa e marcante, mas barata. Dessa forma, os donos procuraram
um confeiteiro famoso por seus doces, deixando claro como queriam o
doce que seria a lembrancinha, destacando as seguintes características:
recheio de chocolate, para lembrar o período em que estava sendo dada,
a Páscoa, com massa colorida, porém natural, embalagem contendo o
logo da empresa e uma mensagem de Feliz Páscoa, além de uma colher
para os funcionários comerem onde e quando quisessem. E, ainda, po-
deria ser adicionado à cobertura algo que remetesse à Páscoa. Disserte
sobre a possível produção do confeiteiro, considerando o que os empre-
sários pediram.
135
TÓPICO 3
BOLO CASEIRO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 3, abordaremos o bolo caseiro, que é feito com base
em receitas próprias, tradicionais e muitas vezes de família, com ingredientes locais
e que fazem sucesso nos locais onde é produzido e comercializado.
A receita básica de um do bolo caseiro contém quase sempre em sua com-
posição farinha, ovos, açúcar, leite ou suco de frutas e fermento. A forma utilizada
para assar sempre é a tradicional forma redonda com um furo no meio, sendo esse
formato uma das principais características desse tipo de bolo. Atualmente, o bolo
caseiro se modernizou, uma vez que é polvilhado com açúcar de confeiteiro ou
especiarias ou, ainda, incrementado com uma calda de frutas ou chocolate produ-
zida pela própria boleira. E elas dizem que o grande segredo na produção desses
quitutes encontra-se no amor, principal ingrediente de sua produção.
Ademais, esses bolos remetem a lembranças de infância e outras relaciona-
das ao afeto das pessoas que os produziam com quem os consumia.
Neste tópico, apresentaremos os equipamentos e utensílios necessários
para produção desses bolos e as possibilidades de embalagens para sua venda.
Serão apresentadas também receitas de bolos caseiros, coberturas geralmente
utilizadas e alguns erros comuns na produção desses bolos.
DICA
A novela A Dona do Pedaço, da Rede Globo, não está mais no ar, contudo,
assisti-la pode ser uma ótima dica para conhecer bolos caseiros e se en-
cantar com suas apresentações. Na novela, a atriz Juliana Paes, que é a
Maria da Paz, ficou rica com a produção de bolos, principalmente o “bolo
da paz’’, que é uma receita dela e que fez muito sucesso entre os clientes.
137
2 TIPOS DE BOLOS DE CASEIROS
Apesar de um bolo caseiro ter como característica principal, como mencio-
nado anteriormente, ingredientes comuns a quase todos os bolos, os bolos podem
ser classificados de acordo com os ingredientes utilizados, formatos, consistência,
sabor etc.
A seguir, temos alguns exemplos das possíveis classificações de bolos ca-
seiros comumente encontrados.
138
NOTA
Os pilões são acessórios feitos de madeira, tipo um vaso, em que são so-
cados alimentos com auxílio de uma estrutura de madeira com ponta ar-
redondada até se obter uma massa cremosa ou farinhas. Trata-se de uma
versão maior do pilão de socar alho.
139
2.2 BOLOS CASEIROS RECHEADOS OU COM
COBERTURA
No Brasil, temos muitos bolos com recheios ou coberturas produzidos em
casa ou pequenas lojas de bolos, sendo comercializados, por exemplo:
140
DICA
As jornalistas Maria Lúcia Clementino Nunes e Márcia Clementino Nunes
são autoras do livro História da Arte da Cozinha Mineira por Dona Lucinha,
em que há registros das experiências e reflexões da culinária mineira que
engloba as culturas africana, indígena e europeia, demonstrando a criati-
vidade empregada na produção de bolos caseiros e outras preparações.
a leitura é uma boa oportunidade para conhecer novas preparações e so-
bretudo a história relacionada à culinária da junção de diferentes etnias no
período de extração do ouro em Minas Gerais.
2.4 CUCAS
As cucas são bolos de tabuleiro feitos com ovos, farinha de trigo, manteiga
e cobertos com açúcar, sendo semelhantes ao tradicional bolo alemão, Streuselku-
chen, porém utilizando frutas tropicais como banana, goiaba, uvas etc.
Alguns exemplos de cucas brasileiras que fazem sucesso principalmente no
Sul do país são a cuca de goiabada com maçã e a de banana com avelã, além da
de uva.
141
Na maioria das vezes, o rocambole é feito com massa de pão-de-ló, um
bolo bastante utilizado como base para bolos artísticos. Dentre os recheios para
rocamboles, temos doce de leite, creme de confeiteiro, chantilly, geleias de frutas,
brigadeiro etc. É um bolo bastante versátil, inclusive sendo utilizado em eventos e
comemorações.
O bolo de rolo é típico de Pernambuco, reconhecido como patrimônio
imaterial, tendo como ingredientes para massa, farinha de trigo, ovos, manteiga e
açúcar. E, quanto aos recheios, utiliza-se geralmente goiabada derretida, além de
doce de leite, chocolate, Nutella, creme de morango, creme de ameixa e chocolate
branco. Esse bolo difere-se do rocambole por ter uma massa bem fininha.
142
Alguns dos sabores de bolos salgados tradicionais no Brasil são bolo de
queijo com calabresa, bolo de presunto e queijo e bolo de milho salgado.
3 UTENSÍLIOS E ACESSÓRIOS
Os equipamentos e utensílios para a produção de bolos caseiros são basi-
camente os mesmos necessários para os demais bolos. A seguir, encontram-se os
principais que são indispensáveis à produção de um bom bolo: batedeira planetária;
liquidificador; bowls; fuê; peneira; assadeira de bolo redonda com furo no meio; fo-
gão; embalagem de plástico; disco de isopor; embalagem de isopor; guardanapos;
talheres; luvas descartáveis; plástico filme; papel manteiga; espátulas de silicone;
grades; balança de precisão; dosadores e medidores; bailarina; e pratos.
143
3.1 EMBALAGENS
As principais embalagens utilizadas para bolos caseiros são os pratos com
tampas como demonstrado na Figura 12, porém podem ser utilizadas caixas perso-
nalizadas, pratos de isopor e plástico filme, papel celofane, sacos plásticos, formas
tanto redondas com furo quanto retangulares de papel ou alumínio etc.
Como esses bolos muitas vezes são cobertos com caldas ou cremes, é mais
indicado o uso do prato com a cobertura em plástico, mas se o bolo não tiver co-
bertura, as demais embalagens podem ser utilizadas.
Não é recomendado colocar esses bolos na geladeira por geralmente se-
rem feitos com manteiga ou margarina, pois tendem a ressecar. Fora da geladeira
podem durar até quatro dias, se a cobertura não incluir frutas, bem como a massa.
144
Figura 13 – Bolo Mármore com Cobertura de Chocolate
INTERESSANTE
O pão de ló foi um dos primeiros bolos a chegar no país e é um dos mais
antigos da história. Geralmente era servido em uma travessa dourada para
pessoas com melhores condições financeiras como padres e magistrados.
Possuía massa fofa e crosta fina. Uma curiosidade relacionada a esse bolo
é que era servido aos condenados à forca junto com uma taça de vinho
como última refeição.
Ameixa seca 90 g
Amêndoa picada 60 g 50 g
Amido de milho 50 g
145
Ingredientes Bolo de frutas Bolo inglês Bolo de chocolate sem farinha
Canela em pó 0,5 g 0,5 g
Cardamomo em pó 0,5 g
Chocolate 70% 65 g
Claras 125 g
Conhaque 35 g
Damasco seco 90 g
Fermento químico em pó 5g
Frutas cristalizadas 60 g 50 g
Gemas 40 g 15 g
Gengibre em pó 0,5 g
Leite integral 10 g
Nozes picadas 25 g
Ovos 100 g 75 g
Raspas de limão 2g
Rum 60 g
Sal 0,5 g
Suco de laranja 25 g
Uvas-passas pretas e
150 g
brancas
Gemas 40 g 15 g
1 forma de 1 forma de
Rendimento 1 forma de 20 cm de diâmetro
20 cm × 5 cm 20 cm × 5 cm
146
optar por seu uso, não é necessário utilizar o óleo e a farinha para pol-
vilhar.
• Bata na batedeira com o batedor tipo raquete a gordura e o açúcar,
utilizando velocidade média até ficarem emulsionados.
• Ainda batendo a mistura, vá adicionando os ovos aos poucos em veloci-
dade média até que a massa fique homogênea. E, então, desligue.
• Sem utilizar a batedeira para bater, mas utilizando o mesmo bowl,
acrescente o líquido, os ingredientes secos e, finalmente, o fermento
em pó. Misture utilizando um fuê ou uma espátula até a massa ficar
homogênea.
• Coloque a massa na fôrma, distribuindo bem a massa e sempre na mes-
ma quantidade, conforme exemplo da Figura 6, e leve para assar a 155
°C, até que a massa fique dourada e firme. Para verificar, você pode to-
car de forma delicada o centro da massa, utilizando a ponta dos dedos.
Se o dedo não afundar, a massa estará pronta.
Na Figura 14, é possível observar como fica um bolo inglês após a cocção e
inserida a cobertura.
147
• 6 ovos ou 320 g;
• 420 g de farinha de trigo sem fermento;
• 400 g de açúcar refinado;
• 200 g de margarina gelada sem sal;
• 100 g de granulado;
• 1 colher de sopa de essência de baunilha;
• 200 ml de leite integral em temperatura ambiente;
• 1 colher de sopa de fermento.
148
A próxima receita é do bolo de fubá, que é um dos principais ingredientes
de muitas preparações brasileiras. Confira a lista dos ingredientes necessários para
execução da receita:
• 3 ovos;
• 200 ml de óleo;
• 250 ml de leite integral;
• 200 g de açúcar refinado ou 1 xícara;
• 200 g de farinha de trigo ou 1 xícara;
• 150 g de fubá;
• 1 colher de sopa de fermento;
• opcional: 200 g de goiabada picada em cubos passados na farinha.
Na Figura 16, pode ser observado esse bolo tradicional brasileiro, o bolo de
fubá.
149
O bolo de milho ou fubá possui inúmeras receitas e em algumas delas são
adicionados ingredientes que agregam sabor, como cravo, erva doce, coco ralado,
queijo, coalhada. Esses bolos também variam em textura e consistência, podendo
ser cremosos ou ter a casca crocante, como nas receitas de broinhas moldadas em
canecas, porque a massa é de enrolar.
A última receita apresentada é de bolo caseiro de aipim (Figura 17), outro
ingrediente bastante utilizado em diversas preparações doces e salgadas pelo país.
Na sequência, estão descritos os ingredientes necessários para essa receita:
150
O bolo de aipim, também conhecido como mandioca ou macaxeira, depen-
dendo da região do país onde é produzido, possui receitas variadas tanto em re-
lação ao preparo quanto aos ingredientes. Quanto ao preparo, a mandioca pode
ser cortada em cubos e batida no liquidificador ou ralada, fornecendo uma textura
diferente, pois batido fica mais parecido com pudim e ralado associado ao coco
ralado fica semelhante a uma gelatina.
151
que chegue ao ponto de cobertura, um fio reto que se forma quando se
levanta a colher e a cobertura corre em fio reto.
• 500 g de goiabada;
• 1/2 xícara de chá de água.
152
Quadro 3 - Erros Comuns na Produção de Massas de Bolos
Falta de cocção.
Bolo com crosta pegajosa Foi esfriado na forma sem ventilação.
Foi embalado ainda quente.
153
LEITURA COMPLEMENTAR
154
RESUMO DO TÓPICO 3
• O bolo caseiro tem em sua receita básica quase sempre farinha, ovos, açúcar,
leite ou suco de frutas e fermento.
• A forma geralmente utilizada para assar os bolos caseiros sempre é a tradicional
redonda com um furo no meio, que é uma das principais características desse
tipo de bolo.
• Os equipamentos e utensílios necessários para produção de bolos caseiros são:
batedeira planetária; liquidificador; bowls; fuê; peneira; assadeira de bolo redon-
da com furo no meio; fogão; embalagem de plástico etc.
• Devido à cobertura quase sempre com caldas ou cremes, é indicado o uso do
prato com a cobertura em plástico para esses bolos.
• Não é recomendado colocar esses bolos na geladeira, porque geralmente são
feitos com manteiga ou margarina, tendendo a ressecar.
• São exemplos de bolos caseiros: bolo de milho, broa de fubá, bolo de baunilha,
bolo de cenoura, bolo formigueiro, bolo de banana, bolo romeu e julieta, bolo de
brigadeiro, pão de ló, bolo simples, bolo mármore etc.
• Geralmente não se utiliza recheios dos bolos caseiros, porém são utilizadas co-
berturas em alguns tipos, como o brigadeiro ou ganache no bolo de cenoura,
a calda de limão e raspas no bolo de limão, o chantilly ou creme no Red Velvet,
dentre outros.
• É importante conhecer as possíveis causas dessas falhas para evitá-las e pro-
duzir bolos com o resultado esperado e que agradem os clientes.
155
AUTOATIVIDADE
156
3. A produção dos bolos caseiros exige da boleira alguns cuidados para que
não percam ingredientes nem a qualidade dos produtos, visto que uma
receita não executada adequadamente pode acarretar diversas falhas.
Uma das falhas na produção de bolos mais comuns é o bolo não crescer.
De acordo com as possíveis causas de um bolo não crescer, classifique V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. V – F – F.
b. F – F – V.
c. F – V – F.
d. V – F – V.
4. ônia faz bolos caseiros para vender em uma feirinha aos sábados em sua
cidade, porém não costuma seguir receitas. Dessa forma, algumas vezes
seus bolos não ficam com o resultado esperado e ela acaba perdendo
ingredientes ou recebendo reclamações dos clientes. Um dos seus bolos
ficou duro e com o formato irregular. Disserte sobre quais as possíveis
causas do bolo ter ficado com essa característica e dê possíveis soluções
para o problema.
5. Um turista foi até a barraca em que Maria vende bolos depois de suges-
tões feitas na vila que está visitando à procura de um bolo com ingre-
dientes brasileiros que tivesse o processo de produção semelhante ao
que sua mãe fazia quando era criança, visto que morou naquela região
quando jovem. Nesse dia, Maria não tinha muitas opções de bolos, pois os
vendia bem cedo e sobravam poucos para o restante do dia. No momento
em que o turista chegou à barraca, as opções de bolo que Maria possuía
eram: bolo mármore, bolo de limão, bolo de fubá com goiabada, bolo for-
migueiro e bolo de aipim. Nesse contexto, disserte sobre a ou as possíveis
escolhas do turista e o motivo, considerando os ingredientes dos bolos.
157
REFERÊNCIAS
COSTA, D. R.; FIORI, F. C.; VIANNA, F .S.; REDOSCHI, G.; LAGE, M.; COELHO, S.T. Ma-
nual prático de confeitaria. São Paulo: Senac, 2018.
RONDO, J. R. W. Leite cru: a verdade que vai mudar a sua vida. São Paulo: Gala,
2019.
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