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6 problemas no ECM mais

comuns e como resolvê-los

Chaves que não funcionam é apenas um dos motivos que impedem o


acionamento da ignição de um carro. Há uma série de componentes ligados ao
módulo de controle do motor que só libera a partida se tudo for executado
corretamente. Por isso, é importante conhecer os problemas no ECM — do
inglês Engine Control Module — mais comuns para poder atender as demandas
desse mercado.
Afinal, a tecnologia automotiva não para de avançar e os veículos estão,
gradativamente, mais dependentes de sistemas computadorizados. A cada
novo modelo, mais módulos são adicionados e mais componentes tornam-se
inteligentes, sendo conectados à central eletrônica.

Assim, se uma chave não consegue dar a partida no carro, há uma


probabilidade grande de o problema ser no ECM. Portanto, continue sua leitura
e conheça as falhas mais comuns nesse módulo e veja nossas dicas para
solucioná-las.

O que é o ECM e qual seu papel na


partida do automóvel?
O ECM é o módulo de controle do motor que, por meio de um processador,
como os de computadores, e de chips de memória com parâmetros
predefinidos, controla uma série de ações no motor para que ele tenha o melhor
rendimento sempre.
Tudo começa na coleta de informação dos sensores, localizados no veículo,
que monitoram as condições do ambiente e de seus componentes, bem
como as atitudes do motorista. Esses dados são analisados pelo ECM,
comparando-os com seus parâmetros de fábrica. Então, o módulo aciona os
atuadores, responsáveis pela operação do motor.

Ou seja, caso haja um defeito em algum desses componentes ou no próprio


ECM, a ignição pode ser interrompida, seja pelo meio físico ou eletrônico.
Nesse caso, o motorista pode girar a chave quantas vezes quiser, que o carro
não vai ligar.

Mas como saber qual foi o problema e o que fazer para resolvê-lo? Vamos falar
sobre isso, a seguir.

Quais são os 6 problemas no ECM mais


recorrentes?
Por ser um processo complexo, a origem do problema na partida de um veículo
pode ser a mais diversa. Ela envolve componentes eletrônicos, elétricos e
mecânicos que podem falhar, por conta de avarias ou desgaste natural, e
comprometer o acionamento da ignição.

Nesse sentido, são frequentes os defeitos ligados ao ECM. Por conta disso,
separamos, abaixo, os problemas mais recorrentes encontrados nesse módulo
e quais as soluções mais indicadas para cada caso.

1. Problemas na alimentação
A primeira coisa a observar quando um veículo está com problemas na partida
é se a alimentação elétrica do sistema está ocorrendo. Problemas na bateria
são bastante comuns, pois os acumuladores modernos não exigem
manutenção, mas têm vida útil limitada, geralmente, de dois anos.

Além disso, falhas no alternador podem fazer com que a bateria se


descarregue, impedindo o acionamento do sistema eletrônico do carro.
Portanto, é preciso testar as intensidades da tensão e da corrente elétrica do
acumulador com um multímetro. O ECM precisa receber alimentação constante
da bateria pelo positivo da linha 30, para manter suas funções internas.
2. Avarias na fiação e fusíveis
Fiação em curto circuito levam à queima de fusíveis. Pode não parecer, mas
avarias na fiação são comuns. Em muitos casos, o curto-circuito ocorre por
causa da própria ação humana. Ao fazer algum serviço no carro, ferramentas e
peças podem danificar o isolamento dos fios.

Por outro lado, alguns profissionais, em vez de testarem nas conexões e


tomadas, cortam pequenos pedaços do isolamento e, depois, usam fita
isolante, que pode ressecar e cair por conta do calor do motor.

Por isso, é necessário conferir se não há fusíveis queimados e, se houver, saber


onde está o curto-circuito. Depois, verificar os chicotes que conectam o ECM
aos sensores e atuadores.

3. Danos no módulo e conectores


O próprio ECM pode estar danificado, pois também está exposto à ação do
tempo, sofrendo oxidação e outras avarias. Portanto, caso o problema não
tenha sido detectado na fiação ou na alimentação, é necessário observar a
placa do módulo e os conectores.

Na placa, confira se não há sinais de solda fria, rompimentos de filamentos,


corrosão ou zinabre, por exemplo. Em alguns casos, é preciso retirar o módulo
do veículo e conferir com mais precisão em uma estação de trabalho, utilizando
um simulador de centrais. É recomendável, também, dar uma olhada nas
condições dos pinos e dos terminais do plugue e dos conectores do ECM.

Há, ainda, certas situações que exigem que o ECM seja reprogramado, pois o
problema pode estar no software.

4. Defeitos nos relés


A dificuldade de partida pode, também, ter origem em algum defeito nos relés.
Esses pequenos componentes controlam a comunicação do módulo com os
sensores, atuadores e outros itens que influenciam na hora de ligar o veículo,
como bobina de ignição, motor de partida, miolo da chave e bateria.

Portanto, é preciso conferi-los. Antes de tudo, porém, é preciso desligar a


bateria. Depois, veja se as numerações e os tipos de relés batem com os
indicados pela montadora. Verifique, ainda, se estão montados de maneira
correta, respeitando os lados positivo e negativo. Por fim, observe as condições
dos dispositivos que podem estar com problema e troque os danificados por
novos.
5. Falhas nos sensores ou atuadores
Se houver falhas nos sensores de temperatura, pressão e de partida a frio, por
exemplo, ou em atuadores, como as válvulas de injeção, a partida pode ser
afetada. Por isso, o ideal é fazer um diagnóstico completo do veículo por meio
de um scanner automotivo, testando os sensores e os atuadores.

6. Panes em outros módulos


Atualmente, é comum que um carro tenha mais módulos controlando funções
específicas, como o de ABS, o de controle de estabilidade, o da automatização
de marcha e o do sistema imobilizador. No entanto, o sistema eletrônico é todo
conectado e uma pane em um desses módulos pode ser a causa da falha na
partida. Assim, é importante testá-los com o scanner automotivo também.
Em veículos que exijam procedimentos para a partida, como pisar no freio (em
carros automatizados ou automáticos) ou acionar o pedal da embreagem, é
possível que o problema esteja em algum lugar da comunicação entre seus
módulos específicos e o ECM.

Com a evolução da eletrônica veicular, falhas na partida causadas por


problemas no ECM se tornaram mais frequentes para os chaveiros
automotivos do que trocas de chaves ou reparos em miolos. Portanto,
conhecer os defeitos mais comuns que esse módulo pode apresentar é
essencial para poder atuar em um mercado dominado por modernos modelos
de automóveis.

o que é o ECM no veículo de


injeção eletrônica?
Com a consolidação da injeção eletrônica no mercado automotivo, hoje é
fundamental que o reparador profissional conheça de maneira detalhada como
esse importante sistema funciona. Um de seus principais componentes é o
Módulo de Controle do Motor, ou ECM (Engine Control Module).

Também conhecido como Unidade de Controle Eletrônico (UCE), ele é o cérebro


do módulo de injeção eletrônica, responsável por uma série de ajustes que
o tornam mais eficiente, em termos de utilização do combustível e emissões,
além de auxiliar em outros sistemas.
A seguir, preparamos um artigo completo, mostrando o que é o ECM, como ele
funciona e, ainda, a sua importância. Então, se deseja aprender mais sobre esse
componente, basta seguir com a leitura!
Entenda o funcionamento da injeção
eletrônica
Antes de falarmos sobre o ECM, é imprescindível saber como funciona a
injeção eletrônica. Assim é mais fácil entender a importância do Módulo de
Controle do Motor.

Inicialmente, é preciso ter em mente que, além do ECM, compõem o sistema de


injeção o conjunto de sensores e os atuadores. Cada um desses elementos
trabalha em parceria, colhendo informações do motor e seu funcionamento, de
modo que a injeção opere sempre de acordo com as condições analisadas e
responda aos comandos enviados pelo ECM.

Para que a injeção de combustível aconteça de maneira otimizada, os sensores


analisam diversos aspectos do funcionamento do motor, como temperatura,
pressão, velocidade e a qualidade da mistura dos gases presentes na
combustão, entre outras variáveis.

Essas informações são enviadas diretamente para o ECM, que as utiliza para
comandar da maneira mais eficiente o funcionamento dos atuadores:

 bomba de combustível;
 bicos injetores;
 bobina de faísca;
 ventoinha de arrefecimento;
 motor de passo;
 válvula de purga do cânister.

É por isso que o módulo ECM também é conhecido como o cérebro do sistema
de injeção eletrônica — como mencionamos no início do texto.

Dessa forma, a partir dos módulos da injeção eletrônica, como o próprio nome


já indica, toda a parte de injeção é controlada de maneira automatizada, com
base nas informações coletadas pelos sensores. Ou seja, o motor trabalhará no
melhor equilíbrio entre eficiência e performance.

Saiba quais são os componentes do


ECM
O Módulo de Controle Eletrônico é uma placa composta por diversos
componentes eletrônicos. Entre seus resistores, capacitores e diodos, os
elementos mais importantes são o processador e as memórias ROM (Read
Only Memory) e RAM (Random Access Memory).

Na memória ROM estão gravados dados técnicos sobre o motor, os quais são


programados durante sua fabricação. Essas informações preestabelecidas
orientam o funcionamento da injeção eletrônica, de acordo com as condições
de funcionamento da unidade motriz durante a utilização do veículo. A
memória também pode ser reprogramada para alterar as diretrizes de fábrica.

A função da memória RAM é armazenar informações sobre o motor durante


seu funcionamento. Essas informações são comparadas com as que estão na
memória ROM para otimizar o funcionamento do sistema de injeção eletrônica
— a memória também é chamada de volátil, pois seus dados são apagados
após o fim da alimentação elétrica.
Finalmente, o processador tem a mesma função que conhecemos nos
computadores ou smartphones: executar todas essas tarefas de interpretação,
leitura e gravação das memórias o mais rápido possível. Os sistemas de
injeção eletrônica atuais levam apenas milésimos de segundo para interpretar
essas informações e convertê-las em comandos para o motor e para os
atuadores.

Conheça as funções do módulo ECM


Como vimos, o ECM está relacionado a uma série de outros sistemas no
funcionamento do veículo. Por essa razão, é natural que diferentes funções
estejam ligadas a esse importante componente. A seguir, listamos algumas
das principais. Confira!

Identificação de falhas
Uma das principais funções do ECM nos veículos modernos está relacionada
à sua capacidade de identificação e informação a respeito de panes em
diversos outros componentes.

Como o ECM atua recebendo informações de diferentes sensores e


interruptores alocados no veículo, por meio do seu processador, o módulo pode
avaliar, interpretar e diagnosticar o mau funcionamento em outros sistemas
interligados, de maneira praticamente instantânea.

Quando isso acontece, é emitido um alerta para o motorista — geralmente no


painel do veículo — ou para o profissional reparador, a partir do uso de
scanners eletrônicos e sistemas de detecção de falhas.
Entre os componentes que se comunicam com o módulo ECM e podem ter
suas falhas diagnosticadas estão:
 módulos de ABS;
 controle eletrônico de estabilidade;
 controle de tração;
 módulos de transmissão manual, entre outros.

Vale lembrar que essa lista pode ser maior ou menor, a depender do modelo,
ano e fabricante do veículo. Atualmente, com a sofisticação dos automóveis,
cada vez mais sistemas eletrônicos estão sendo interligados às centrais,
tornando esse componente ainda mais importante para o bom funcionamento
da máquina.

Dessa forma, o que se pode dizer é que o ECM facilita bastante o trabalho dos
profissionais da área automotiva ao centralizar grande parte das informações
relacionadas ao funcionamento do veículo, poupando tempo na identificação e
correção de eventuais problemas.

Controle automatizado de sistemas essenciais


Como dito, os veículos modernos estão saindo de fábrica cada vez mais
equipados. Itens tecnológicos e complexos sistemas auxiliares de condução,
como controle de tração, estabilidade, frenagem etc., são alguns exemplos.

Assim, devido à complexidade dos cálculos e ajustes necessários para que


esses sistemas operem corretamente, é imprescindível que exista um
cérebro responsável por gerenciar e controlar tudo.

Durante muito tempo essas foram funções do ECM. Contudo, em razão da


sofisticação da tecnologia empregada nos veículos modernos e das limitações
do próprio módulo, hoje o PCM (Powertrain Control Module) é o dispositivo
responsável por controlar não só os atuadores, mas também os sistemas que
citamos.

No entanto, grande parte dos veículos que circulam ainda dispõem do


tradicional ECM. Sendo assim, é preciso destacar a sua função de gerenciar
equipamentos eletrônicos importantes, ao receber informações de inúmeros
sensores, interpretar esses dados e enviar comandos precisos para a injeção e
atuadores.
Entenda a diferença entre um ECM e um
PCM
Muitos motoristas, e até mesmo profissionais da área, se confundem com a
nomenclatura de alguns sistemas do veículo. Assim, é muito comum acreditar
que o PCM e o ECM são a mesma coisa — o que é um erro.

Na realidade, os veículos mais modernos têm apenas o PCM, que se encarrega


de controlar todas as funções do motor, e que antes eram gerenciadas pelo
ECM. Assim, o PCM, hoje, é o principal computador dos automóveis mais
novos, responsável por controlar a transmissão e o motor a partir de uma única
unidade.

Como se trata de uma tecnologia mais atual e robusta, o PCM pode coordenar
melhor as diferentes funções do motor, garantindo uma eficiência ainda maior,
por exemplo, em termos de entrega de potência e de economia de combustível.

Para se ter uma ideia das capacidades do PCM, quando ele envia um comando
à transmissão para a mudança de marcha, ele pode recuar o acelerador para
que essa mudança ocorra de maneira mais suave. Além disso, o PCM se
encarrega de detectar e monitorar uma grande quantidade de variáveis
relacionadas ao funcionamento do automóvel. A exemplo, podemos listar:

 relação da mistura ar/combustível — o PCM ajusta o equilíbrio da mistura


ar/combustível que entra nos cilindros, gerando a performance ideal
com o consumo otimizado;
 tempo de ignição — outra função do PCM é o controle da velocidade de
disparo da vela de ignição, o que auxilia o motor a manter a quantidade
ideal de energia utilizada nos ciclos (RPM);
 velocidade de marcha lenta — o PCM também garante que a velocidade
ociosa do veículo não ultrapasse o RPM necessário para fornecer
energia aos sistemas auxiliares e itens de conforto, como o ar-
condicionado;
 monitoramento de desempenho — a partir das informações coletadas por
sensores, como temperatura do motor, nível e temperatura de óleo e
fluido, entrada de ar, nível de emissão, ângulo do eixo de comando de
válvulas ou posição do acelerador, o PCM consegue gerenciar o
desempenho geral do automóvel.

Aprenda a analisar e substituir o ECM


Os componentes do Módulo de Controle do Motor costumam ter uma boa
durabilidade, mas é preciso estar atento para identificar corretamente possíveis
problemas que podem ocorrer. Existem alguns fatores externos capazes
de contribuir para o mau funcionamento do módulo, como:

 falhas na alimentação de energia;


 aterramento defeituoso;
 curto-circuito em suas conexões;
 altas temperaturas;
 vibrações excessivas;
 corrosão, entre outros.

Se o diagnóstico indicar a necessidade da troca do ECM, será preciso seguir


alguns passos para realizar essa tarefa. Para que o novo módulo de injeção
seja reconhecido pelo veículo, será necessário programá-lo com os mesmos
dados que saíram de fábrica.

Divergências nessas informações podem impedir o funcionamento do motor


e até mesmo conflitar com os sistemas antifurto presentes em alguns veículos.
Por esse motivo, é preciso contar com os equipamentos adequados para o
serviço, além das informações corretas sobre a programação da central
original do veículo, o que muda de acordo com o modelo e fabricante.
Por fim, como vimos, o ECM tem um papel fundamental no funcionamento de
qualquer veículo. Devido à sua capacidade de processamento, leitura e
interpretação, esse componente é a chave para que a injeção do automóvel
funcione corretamente.

Além disso, o ECM hoje é um dos grandes aliados dos mecânicos, visto que a
unidade é capaz de informar sobre falhas e outras questões fundamentais na
hora de diagnosticar e reparar defeitos em veículos de forma rápida e
econômica.
Então, agora que você já sabe o que é o ECM nos veículos com injeção
eletrônica, não pare por aqui. Continue aprendendo mais sobre o assunto. Para
isso, sugerimos que baixe nosso e-book que trata sobre a importância do
reparador automotivo se manter atualizado.

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