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Atividade Extra
Julio começa a citar memórias que se tem dos povos indígenas ao longo dos
anos, memórias essas que demonstram a falta de conhecimento/interação com
eles. Em ordem ele cita: uma visão de que os povos viviam em um paraíso,
uma visão nacionalista. Segundo: os indígenas se tornando bárbaros que
precisam da colonização para serem dominados; Terceiro: indígenas como
fundadores da nação, em questão da independência do país; Quarto: indígenas
que existem mas que devem viver de forma afastada e longe da civilização.
Percebe-se que sempre olha para essa questão de forma distante e com
preconceitos, onde até 1988 os povos indígenas eram tratados como povos
inferiores, que devem aderir a um comportamento dominante, serem
convertidos a determinadas religiões, vestirem determinadas vestimentas e
liberarem espaço para colonização. Então, por muito tempo a relação do
Estado com os povos Indígenas não foi tranquila, suas interações foram
genocidas, os indígenas precisavam perder sua identidade, abrir mão dela para
se adequar a cultura dos colonizadores.
Não havia afirmação enquanto Indígenas, eles eram obrigados a negar sua
própria cultura. E a Constituição Federal permite que eles se afirmem, que
afirmem seus direitos e seu lugar. Eles começam a demandar política, que
começam a ser implementadas e a marcação de território começa a acontecer.
Então ele explica sobre o processo demarcatório, que a demarcação traz
segurança jurídica.
Termina a palestra informando que a reação contra esses direitos são muito
grandes e que a solução para isso é entender que é certo que o Estado
favoreceu os particulares na posse das terras indígenas e que poderia sim ser
falado em indenização, porque essas pessoas estavam de boa fé, e seria
responsabilidade do Estado. Mas essa discussão não deve ser na parte da
Constituição que determina sobre Direito Territorial Indígena, porque tentar
projetar esse embate indenizatório nesse direito não seria certo, é um debate
que deve acontecer, mas não ligado aos direitos indígenas.