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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO


DEPARTAMENTO DE LETRAS

CULTURA BRASILEIRA I - TURMA NOITE


PROF.ª NATASHA CENTENARO
ALUNO: ALLYSON BRUNO SILVA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

1. INTRODUÇÃO

Disciplina Espanhol

Turma 3º ano do Ensino Médio

Nível B1 - B2

Duração 3 aulas de 2 h cada

Objetivo geral Refletir sobre a contribuição cultural e linguística dos


diversos povos indígenas da América Latina na formação da
língua espanhola, a partir da perspectiva da decolonialidade
do ser e do saber, com ênfase nas culturas Nahua (América
Central) e Mapuche (América do Sul).

Objetivos ● Compreender a complexidade cultural e linguística


específicos / dos povos indígenas que ocupam o território hoje
expectativas de conhecido como América Latina;
aprendizagem ● Compreender algumas contribuições lexicais
provenientes de línguas indígenas (náhuatl e
mapudungun) para a língua espanhola; Identificar os
principais campos semânticos em que se deram estas
contribuições;
● Aproximar-se dos gêneros textuais receita culinária e
reportagem jornalística; Ampliar o léxico nos campos
semânticos trabalhados;

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E BASES TEÓRICAS

A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, em


seu artigo 16, lhes garante o direito a manter sua língua nativa e estabelecer seus
próprios meios de informação em seus próprios idiomas, com a proteção dos
estados nacionais (Organização das Nações Unidas, 2008, p. 11). Contudo, um
quinto dos indígenas perdeu seu idioma nativo nas últimas décadas, e se estima
que, de 313 línguas, 73% são faladas por menos de 10.000 pessoas (Alonso, 2018).
Destes, apenas cinco grupos (Quechua, Nahua, Aymara, Maya yucateco e Ki’che)
agrupam vários milhões de habitantes, e os Maya q’eqchí, Kaqchikel, Mam, Mixteco
y Otomí configuram algo entre 500.000 a 1 milhão de pessoas (id., 2018).
Pensando nesta problemática, e na importância da cultura Nahua e seu
idioma, o Náhuatl (México e El Salvador), juntamente com a cultura Mapuche e a
língua Mapudungun (Chile e Argentina), e diante destes dados apresentados,
compreende-se a urgência em proteger os povos indígenas e salvaguardar seu
direito à língua, cultura e sobrevivência frente às forças hegemônicas.
Esta sequência didática se firma nas bases teóricas previstas pelas
pedagogias da decolonialidade, organizadas por Catherine Walsh, que se definem
“[...] como práticas insurgentes que fraturam a modernidade/colonialidade e tornam
possível outras maneiras de ser, estar, pensar, saber, sentir, existir e viver-com”
(WALSH, 2013, p. 19). A autora também extrapola o “pedagógico” para além das
quatro paredes da sala de aula formal, e do sentido instrumentalista de transmissão
de saber, e o põe junto às práticas que fortalecem a construção de resistências e
insurgências.
As pedagogias decoloniais se baseiam na noção de interculturalidade crítica,
um contraponto às perspectivas multiculturalistas neoliberais na América Latina nos
anos 1990, caracterizadas como uma lógica nascida da colonialidade (WALSH,
2008). Segundo a autora, este multiculturalismo neoliberal acaba por neutralizar o
significado das relações de poder que constroem as diferenças sociais, fazendo
com que, por exemplo, os conflitos étnicos não sejam questionados, nem os
imperativos econômicos que estão por trás deles. A mesma também propõe que,
para existir uma pedagogia realmente crítica, deve-se questionar as diferenças
culturais, não apenas celebrá-las, e que a transformação de uma realidade desigual
acontece apenas quando se compreende a construção social destas diferenças (id.,
2008).

3. METODOLOGIA

Aula 1 Parte 1: Introdução


Vídeo 1: Situación actual de los indígenas en Latinoamérica /
26:49 disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=S__e7cV8awY

Discussão sobre o vídeo (30 min): Em trios, os alunos


deverão responder aos seguintes questionamentos:

1) ¿Se puede considerar que los pueblos indígenas en


América Latina forman un único conjunto uniforme?
¿Porqué?
2) ¿Cuáles las diferencias y semejanzas entre los grupos
presentados en el video?
3) ¿Cuáles de los grupos te ha llamado más la
atención?¿Porqué?

Em seguida, socializar as respostas com toda a classe.

Parte 2: Leitura e produção de texto


Leitura individual (15 min)
Texto 1: “Sin prácticas indígenas y tribales, los bosques son
más vulnerables”, disponível en
https://www.scidev.net/america-latina/sin-practicas-indigenas-
y-tribales-los-bosques-son-mas-vulnerables/
Leitura em voz alta (15 min): Cada aluno lê um parágrafo.

Atividade de produção de texto (30 min): A partir do vídeo 1 e


do texto 1, estudados em classe, os mesmos trios deverão
produzir um texto curto (15 linhas no máximo) no gênero
reportagem jornalística, sobre um povo indígena
latino-americano de sua escolha. Para isso, podem pesquisar
na internet e utilizar o dicionário de espanhol. Devem iniciar a
pesquisa e escrita em classe, e finalizá-la em casa, com
entrega na aula seguinte.

Aula 2 Parte 1: Introdução


Compartilhamento dos textos produzidos na aula anterior e
em casa. Leitura em voz alta (cada componente do trio pode
ler um parágrafo) (20 min).
Repassar brevemente alguns dos conceitos trabalhados na
aula anterior (diversidade cultural dos povos indígenas e sua
relação com o território) (20 min).

Parte 2: Explorando o léxico


Vídeo 2: Las palabras que el náhuatl le dejó al español (y que
usas sin saber) | BBC Mundo / 3:41 / disponible en
https://www.youtube.com/watch?v=qJW_CoGVKDk

Vídeo 3: NÁHUATL / Cintli (Maíz Tierno): Ritos, usos y


costumbres / 7:24 / disponible en
https://www.youtube.com/watch?v=M1arQKbtAsg

Atividade (20 min): Os alunos receberão fichas contendo duas


colunas (ver anexo). Na primeira, haverá algumas palavras
em espanhol de origem náhuatl. Na segunda coluna, a
definição de cada uma das palavras. Deverão relacionar cada
palavra com sua definição correta.

Quiz - Plataforma Kahoot (https://kahoot.com/) (10 minutos):


pequeno questionário gamificado com palavras de origem
náhuatl em espanhol. A pessoa que ficar em primeiro lugar
ganha um prêmio.

Parte 3: Leitura e produção de texto

Leitura individual (10 minutos):


Texto 2: Auténticos elotes mexicanos - disponível em
https://www.mylatinatable.com/autenticos-elotes-mexicanos

Leitura em voz alta (10 minutos): Cada aluno lê um parágrafo.

Proposta de atividade avaliativa final: Em grupos de três ou


quatro pessoas, os alunos deverão pesquisar receitas em
espanhol de comidas de origem indígena, gravar e editar um
pequeno vídeo de no máximo 5 minutos, no estilo de
“programa de culinária”. Em sala de aula, deverão iniciar a
pesquisa e esboço de roteiro (30 min), e em casa, gravar e
editar o vídeo, para exibição na próxima aula.

Aula 3 Parte 1: Introdução

Vídeo 4 - ¿De dónde son los mapuche? - 5:12 / disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=IJ5dTSethGA

Vídeo 5 - Los mapuches luchan por su lengua y su cultura -


3:30 / disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=WFDZeiIR43g
Discussão sobre o vídeo (30 min): Em trios, os alunos
deverão responder aos seguintes questionamentos:

1) ¿Los mapuches se consideran argentinos o chilenos?


¿Porqué?
2) ¿Cuáles aspectos de la cultura mapuche te ha llamado
más atención?
3)¿Hay alguna semejanza con los pueblos indígenas de
Brasil?

Em seguida, socializar as respostas com toda a classe.

Parte 2: Leitura

Leitura individual (15 minutos):


Texto 3 - Receta de charquicán - disponível enm
https://www.learnchile.cl/3-recetas-mapuches-que-puedes-pre
parar-en-casa/

Leitura em voz alta (15 minutos): Cada aluno lê um parágrafo.

Parte 3: Exibição e discussão dos vídeos produzidos

Além da exibição dos vídeos, cada grupo deverá também


comentar um pouco sobre seu processo criativo, como foi a
pesquisa, qual a origem do prato escolhido, e quais aspectos
culturais significativos que este prato contém (40 a 50 min).

4. REFERÊNCIAS
ALONSO, Judit. A diversidade dos povos indígenas na América Latina. Deutsche
Welle, [S. l.], 10 ago. 2018. América Latina, p. 1-10. Disponível em:
https://p.dw.com/p/32yAc. Acesso em: 17 abr. 2023.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. 107ª Sessão Plenária, 13 de setembro de


2007. Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, Rio
de Janeiro: UNIC/Rio, p. 1-21, 23 mar. 2008. Disponível em:
https://www.un.org/esa/socdev/unpfii/documents/DRIPS_pt.pdf. Acesso em: 17 abr.
2023.

WALSH, Catherine (Ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir,


(re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013. 553 p.

________. Interculturalidad crítica y pedagogía de-colonial: apuestas (des)de el


insurgir, re-existir y re-vivir. Quito, Ecuador: Universidad Andina Simón Bolívar sede
Ecuador, 2008.

5. ANEXOS

Texto 1: Sin prácticas indígenas y tribales, los bosques son más vulnerables;
Por: Humberto Basilio

Los bosques que son protegidos por grupos indígenas y tribales en América Latina presentan menos tasas de
deforestación y menos emisiones de carbono que las zonas sin esta protección local, por lo tanto, respaldar
estas prácticas puede ayudar a su preservación.

Esta es la conclusión de un informe elaborado por la Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación
y la Agricultura (FAO) y el Fondo para el Desarrollo de los Pueblos Indígenas de América Latina y el Caribe
(FILAC), que hace cinco recomendaciones puntuales a los gobiernos para que reconozcan el papel de estos
grupos frente a la crisis climática.

Las cinco acciones son reconocer los derechos territoriales de las comunidades de manera formal,
compensarlos por sus servicios ambientales, promover el manejo forestal comunitario, respetar y reconocer sus
conocimientos tradicionales y apoyar a la gobernanza territorial indígena y tribal.

“No es necesario crear estrategias coordinadas de conservación desde cero, sino financiar, fortalecer y reafirmar
las buenas prácticas existentes”, dijo por Zoom a SciDev.Net, David Kaimowitz, gerente de Instalaciones
Forestales y Agrícolas de la FAO y coautor del informe.
El documento se basó en más de 300 artículos científicos —de 1988 a 2020— sobre contribuciones puntuales
de los pueblos indígenas y tribales en la conservación de los 404 millones de hectáreas boscosas y selváticas
con las que hoy cuenta la América Latina y el Caribe. Esto es aproximadamente la quinta parte de la superficie
total de la región.
Sin embargo, de ese total, solamente en 269 millones de hectáreas se reconocieron oficialmente los derechos
colectivos de propiedad indígena.

Algunos de los artículos, incluso, muestran resultados mejores que en las llamadas áreas protegidas, cuya
conservación depende, por lo general, del gobierno.

Entre 2000 y 2016 la superficie de los bosques “intactos” en la Amazonía brasileña cayó 11,2 por ciento en las
zonas sin resguardo de comunidades indígenas o tribales, a diferencia de las que sí cuentan con su presencia,
donde cayó únicamente 4,9 por ciento, según los resultados de uno de los estudios analizados.

Otro reveló que entre 2000 y 2012, los territorios indígenas de la Amazonía boliviana, brasileña y colombiana
que sí cuentan con reconocimiento oficial y control de sus tierras, tuvieron emisiones de carbono más bajas que
otras áreas amazónicas en donde no es así. La diferencia es equivalente a sacar de circulación entre 9 y 12,6
millones de vehículos en un año.

A pesar de los beneficios, el informe también señala que en la región impera la falta leyes en materia ambiental
y de reconocimiento oficial de los territorios indígenas, que permitieron, entre otras cosas, la deforestación de
muchas zonas por las concesiones a empresas extractivistas.

Texto 2: Auténticos elotes mexicanos;


Por: Charbel Barker

Si has visto la película Nacho Libre, entonces tal vez estés familiarizado con los elotes. Pero si eres de México
por seguro que sabes que son y no te has resistido a probarlos.

A pesar que el maíz tiene un origen humilde, se pueden preparar un sin fin de recetas y platillos que son difíciles
de resistir. Los elotes Mexicanos son una botana fácil y económica de preparar pero que acompaña muy bien
cualquier tipo de platillo.

Es muy común ver en las calles de México en cualquier estado encontrar vendedores de comida, artesanías,
bailarines y por supuesto las famosas botanas Mexicanas. En estas se incluyen cualquier tipo de fruta cortada y
bañada en jugo de limón con sal y salsa picante o Chamoy. Dulces cubiertos de chile en polvo agridulce y por
supuesto los famosos y deliciosos elotes mexicanos.

¿Qué son los Elotes y Cómo se Preparan?

Los Elotes son maíz tierno cocido en un caldo con especias, hierbas y sal. Para cubrirse calientitos con jugo de
limón, mayonesa, queso rallado y chile en polvo. Definitivamente una delicia para chicos y grandes!
Aun recuerdo los días en que iba con mi Abuelo al campo a cosechar el maíz que se había sembrado unos
meses antes en su terreno. Mis hermanos, mis primos y yo siempre íbamos gustosos a ayudar porque sabíamos
que la recompensa sería unos Elotes bien preparados y más tarde unos tamales de elote con carne de cerdo.
Por supuesto nos apuntamos enseguida para recoger la cosecha!

Aquí en los Estados Unidos el Elote lo aprendí a comer con mantequilla derretida y la verdad que hace sentido
puesto que el elote aquí es amarillo y dulce, siendo que en México el elote es blanco y no es dulce, es por eso
que se puede combinar con sabores diferentes. Aunque los elotes que uso aquí son los dulces de igual forma
saben bien con la combinación de limón, queso y salsa picante.

El secreto para hacer unos deliciosos elotes es que al salir de la cocción se le unta jugo de limón y sal por todo
el elote, para después cubrirse con la mayonesa el queso y el chile en polvo. Para hacer este proceso más fácil
se le puede poner un palito de madera enterrado en el fondo para que se pueda agarrar y así disfrutar sin
embarrarse tanto. ¡No dejes de probarlos te aseguro que te encantaran!

Ingredientes

● Elotes los necesarios


● Limón y sal al gusto
● Mayonesa
● Queso cotija o fresco desmenuzado
● Chile en polvo al gusto

Instrucciones

● Cocina los elotes en suficiente agua con sal y hierbas de olor.


● Una vez cocinados alrededor de 30 minutos, escurre los elotes del agua y ponles jugo de limón y sal en
todo el elote.
● Unta la mayonesa por todo el elote y luego revuelve el elote con el queso.
● Agrega chile en polvo encima y disfruta calientitos.

Texto 3: Receta de Charquicán

En el Mapudungún “Charqui” significa Carne y “CanCan” Caliente. Esta preparación se basa en un plato caliente
de carnes y verduras.

Ingredientes:

● 500 gr. de carne molida o en trozos pequeños


● 1 cebolla
● Papas
● Zapallo
● Aceite
● Ají de color
● Sal a gusto
● Merkén (ají cacho de cabra seco ahumado)

Primero debes preparar la carne con la cebolla en un sartén y esperar hasta que se dore y, por otro lado, en una
olla poner a cocer todas las verduras con los aliños correspondientes. Una vez que tengas todo cocido, debes
moler y mezclar con la carne.

Cuando tengas tu mezcla lista, debes calentar, agregar merkén y está listo para servir.

Actividad - Relaciona las dos columnas:

(1) Apapachar ( ) Ave encontrada en México y América Central,


de plumaje verde y rojo, de cola muy larga
(náhuatl: ketzalli)

(2) Chocolate ( ) Insecto volador, con alas grandes y vistosas


(náhuatl: papalotl).

(3) Aguacate ( ) Fruto rojo cuyo nombre, en la lengua original,


significa “agua gorda” (náhuatl: tomatl)

(4) Comal ( ) Mazorca verde o tierna de maíz que se


consume cocida o asada como alimento (náhuatl:
elotl)

(5) Papalote ( ) Alimento que se obtiene de la mezcla del


azúcar con la masa y la manteca del cacao
(náhuatl: xocolātl).

(6) Quetzal ( ) Salsa espesa que se prepara con aguacate


molido o picado, al que se agrega cebolla, tomate
y chile verde (náhuatl: ahuacamulli).

(7) Mezcal ( ) Se refiere al objeto donde se cuecen las


tortillas de maíz (náhuatl: comalli).

(8) Tomate ( ) Literalmente, “ablandar algo con los dedos”.


Por extensión, puede significar “palmada
cariñosa” o “abrazo con el alma” (náhuatl:
apapachoa).

(9) Elote ( ) Bebida alcohólica tradicional mexicana


(náhuatl: mexcalli).

(10) Guacamole ( ) Fruto cuyo nombre, en la lengua original,


significa “testículo” (náhuatl: ahuacatl).

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