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INTRODUÇÃO (Sarah)

Com a descoberta do (DNA) em 1944 pelo médico norte-americano


Oswald Theodore Avery, e assim foi possível que outros estudiosos
descobrissem o código Genético, possibilitando a manipulação dos genes
(segmento de uma molécula de DNA responsável pelas características
herdadas geneticamente). Os organismos Geneticamente modificados (OGM),
são organismo cujo material genético (DNA/RNA) foi modificado por técnica da
engenharia genética (conjunto de técnicas que visam transferir genes de uma
espécie para outra, alterando-se assim, estrutura Genética desta), visando
favorecer alguma característica desejada, quando há Inserção de material
genético de uma espécie diferente em outra, esse organismo Passa a ser, além
de geneticamente modificado, também transgênico. Um Organismo só é
transgênico quando lhe é inserido material genético (DNA/RNA).

O Objetivo da manipulação desses organismo são: tornar um organismo


maior, obter coloração diferente, aumentar o valor nutritivo de alimentos e
estabelecer que este determinado organismo sintetizar substâncias que antes
não eram produzidas.

O resultado desta intervenção humana na codificação genética dos


organismos é algo cujo efeitos são desconhecidos, motivo que torna debatido a
temática em questão, referente à legalização de transgênicos para produção
comercial e consumo humano. Portanto, os organismos geneticamente
modificados (OGM) são manipulados de Modo a favorecer características
desejadas pelo homem, sofrendo alterações no Genoma realizadas através da
tecnologia a engenharia genética. Esta técnica, Referente à biotecnologia, vêm
apresentando um desenvolvimento rápido, o que tem contribuído para a
obtenção de novos produtos, antes considerados impossíveis.

Os avanços obtidos no campo da biotecnologia são significativos,


incluindo a área Médica, plantas modificadas através da bioengenharia e a
aplicação da biologia Molecular. Mundialmente, pesquisas estão sendo
desenvolvidas para avaliar os efeitos dos organismos geneticamente
modificados no que diz respeito ao cultivo, produtividade, impacto ambiental,
consumo humano e animal.
TÉCNICAS

Sequenciamento e Isolamento do DNA


O primeiro desafio da técnica do DNA recombinante é a localização do gene
de interesse a ser estudado, e, por isso é necessário o sequenciamento. Com a
descrição do genoma de diversas espécies facilita a identificação tanto da
célula que doará o gene, quanto do vetor que fará a transferência do mesmo
para a célula alvo. Com isso, a escolha do vetor ideal para a transferência do
gene de interesse permitirá, posteriormente, a detecção com sucesso da
transferência do gene à célula alvo. Quanto às características do gene, deve
ser capaz de ligar-se às moléculas do vetor efetivamente (GRIFFTHS,
GELBART, MILLER, & LEWONTIN, 2001). A ligação gene alvo-vetor só foi
possível a partir do entendimento e isolamento das enzimas de restrição
(LEWIN, 1997).

Enzimas de Restrição
As enzimas de restrição são as ‘tesouras biológicas’ que fará a
operacionalização da recombinação gênica. Sem elas não seria possível
realizar cortes nos pontos específicos dos genes de interesse em
complementariedade aos vetores ou ao DNA posterior.
Também conhecidas como endonucleases de restrição, elas foram
descobertas em 1960, estas enzimas são responsáveis pelo mecanismo de
reparo à invasão de vírus, e agem realizando cortes na porção açúcar-fósforo
da sequencia de nucleotídeos específicos na molécula de DNA em bactérias
(WALKER & RAPLEY, 1999).
Deste modo sua nomenclatura refere-se à da bactéria que a originou:
Sendo denominada de modo que a primeira letra é maiúscula e refere-se ao
gênero, logo após duas letras minúsculas referentes à espécie bacteriana que
foi isolada, posteriormente, a cepa e um número grego referente à ordem de
identificação. Por exemplo, a classificação das enzima Eco RI: E – Escherichia;
co – coli; cepa RY13 e por ter sido a primeira enzima identificada na espécie
possui o I (WALKER & RAPLEY, 1999).
Existem três tipos de enzimas, entretanto a mais aplicada é a enzima de
restrição do tipo II, pois realizam apenas corte não havendo adição de grupos
metila ao DNA, além de atuarem dentro dos sítios de reconhecimento de genes
(WALKER & RAPLEY, 1999).
Já é possível a compra de diversas enzimas de restrição. Foram
identificadas mais de 800 enzimas que cortam mais de 100 sequencias
palindrômicas diferentes. Estes pontos de reconhecimento das enzimas variam
de 4 a 8 pares de bases (pb) de tamanho, sendo que a maioria reconhece de
4-6pb. Quanto às sequencia palindrômica são filamentos cujo pares de bases
se organizam em espelho invertidas em relação à fita complementar (exemplo,
enzima HindIII: 5’-AAGCTT-3’ e 3’-TTCGAA-5’). As enzimas de restrição atuam
ao reconhecerem as sequenciam palindrômicas cortando-as, o que dá origem a
pontas coesivas e outras não-coesivas. Pontas coesivas geram fragmentos
com projeções unifilamentares curtas desencontradas (exemplo HindIII: 5’-A
AGCTT-3’ e 3’-TTCGA A-5); e, não-coesivas, geram pontas não
desencontradas (exemplo da enzima PvuII: 5’-CAG CTG-3’ e 3’-GTC
GAC-3’), em seguida necessitam de DNA ligase para união do vetor em
conjunto ao gene de interesse (WALKER & RAPLEY, 1999).
QUADRO 1:Enzimas de Restrição: características e usos Exonuclease

ENZIMA APLICAÇÕES
Exonuclease III Realiza remoção 3’-5’ gradual de
nucleotídeos de DNA em fita-dupla ou
simples
RNaseA Exonuclease RNA em fita simples
específica usada em estudos de
mapeamento
RNaseH Exonuclease RNA-especifica usada
na síntese da segunda fita de cDNA
T4 DNA ligase
Fosfatase alcalina
Eco RI metilase Adiciona grupamento metila (posição
n6) de adeninas no interior da
sequencia de reconhecimento no
DNA da endonuclease de restrição
Eco RI, previnindo a clivagem
Hae III metilase Forma 5-metilcitosina no interior da
sequencia de reconhecimento no
DNA da endonuclease de restrição
Hae III, previnindo a clivagem.
Fonte: (WALKER & RAPLEY, 1999; MULLIS, 1990)
QUADRO 2: Enzimas de Restrição e tipos de pontas coesivas e não
coesivas.
Endonuclease Sequencia de Extremidades após digestão
reconhecimento
Hae III 5’-GG CC-3’
Eco RI 5’-G GATCC-3’
Hga I 5’-GACGC 5’-GACGCNNNNN NNNNNN-3’
3’-CTGCG-5’’ 3’- N-5’
CTGCGNNNNNNNNNN-
5’
Hinc II 5’-GTPYPUAC- 5’-GTPY PUAC-3’
3’ 3’-CAPU PYTG-5’
3’-CAPUPYTG-
5’
Fonte: (WALKER & RAPLEY, 1999; MULLIS, 1990)

Visualização do Fragmento (gene)


Para certificação a ação das enzimas, após o passo de corte e após a união
dos fragmentos, é necessário verificar o fragmento desejado. A técnica de
eletroforese em gel é a técnica bioquímica de escolha, pois permite separar
moléculas de DNA e sua visualização com base no tamanho do fragmento
formado e o seu respectivo peso que foram obtidos. Com o sequenciamento
correto é possível prever o tamanho do fragmento que será formado, o que
facilita a separação da molécula desejada que por meio da migração para o
polo positivo entre as partículas no gel (STRYER, (1996))
A visualização do fragmento de DNA é possível com acréscimo de corantes
químicos ou radioativos de substancia que tem afinidade pelas moléculas de
DNA (exemplo brometo de etídio) (MULLIS, 1990).
Figura SEQ Figura \* ARABIC 1:
Cuba de eletroforese montada
Fonte: Google Images

Figura SEQ Figura \* ARABIC 2: Gel de Agarose


revelado com Brometo de Etídio
Fonte: Google Images

Outra técnica de localização do fragmento é técnica de Transferência de


Southern, em que podem ser uso de sondas de genes. Em seguida o
fragmento de DNA ou RNA, a serem estudados, transferindo-se de meio
desnaturado para um meio sólido mais fino (nitrocelulose). As sondas são
fragmentos de DNA unifilamentares capazes de marcar radioativamente ou
quimicamente o fragmento que se tem interesse estudar, este processo ocorre
após a tranferencia do papel em recipiente contendo solução de hibridização
(GRIFFTHS, GELBART, MILLER, & LEWONTIN, 2001).
Figura SEQ Figura \* ARABIC 3: Processo de obtenção de
fragmentos de DNA por hibridização.
Fonte: CITATION LUB96 \t \l 1046 (STRYER, (1996))

Unindo o DNA
Após o uso das enzimas de restrição tanto no gene quanto no vetor, é
necessário mistura de ambos DNA para promover a união de ambos,
resultando em recombinação pelas pontas adesivas. Esta nova molécula foi
definida como DNA quimérica. Quando há complementaridade, naturalmente
há formação de dupla hélice. Se reestabelecendo a estrutura de DNA, agora
quimérica pela inclusão do gene. Quanto às pontas não-adesivas é necessário
uso de DNA-ligase. Estas, também promovem a reconstituição das ligações
fosfodiéster entre as diferentes moléculas de DNA, e promovendo a formação
do DNA quimérico, portanto, proporciona uma gama inesgotável de
combinações de moléculas quiméricas (GRIFFTHS, GELBART, MILLER, &
LEWONTIN, 2001).

Transformação
Para que o plasmídeo, contendo o gene desejado, seja inserido na bactéria,
deve ocorrer o processo de transformação. A transformação nada mais é que a
capacidade das bactérias captarem o DNA do meio externo e incorporarem ao
seu interior, o que pode conferir maior resistência às condições ambientais e,
de adaptabilidade. O processo de transformação pode ser natural, entretanto,
algumas bactérias recebem procedimentos químicos ou físicos.
Para avaliar a eficiência da transformação os plasmídeos, por exemplo
devem possuir marcadores que indiquem que a célula recebeu a transferência
e recombinaou as moléculas de DNA, a cultura bacteriana permitirá avaliar este
processo (LIMA, 2001).

TRANSGÉNICOS

● MICROORGANISMOS

VIRUS (Sávio)
Os vírus transgênicos, também conhecidos como vetores
virais, são vírus geneticamente modificados para carregar e entregar material
genético específico para células-alvo. Esses vírus têm sido utilizados em
diversas aplicações terapêuticas, como terapia gênica e vacinação. Os
principais tipos de vírus usados como vetores são o adenovírus, o lentivírus e o
vírus adeno-associado. Cada um desses vírus tem características específicas
que os tornam úteis em diferentes tipos de terapia. Os vírus transgênicos têm
sido utilizados com sucesso em ensaios clínicos para tratar doenças genéticas
como a hemofilia B e atrofia muscular espinhal. Além disso, têm sido estudados
como possíveis vetores de vacinas contra doenças infecciosas como o HIV e o
COVID-19. Os vírus, em particular, têm sido alvo de estudos para o
desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.
No entanto, há preocupações quanto à segurança do uso de
vírus transgênicos em terapia gênica. Estudos apontam para o risco de reações
imunológicas e possíveis efeitos colaterais decorrentes da inserção de material
genético estranho no organismo.
Esses estudos demonstraram o potencial da tecnologia de
transgenia em microrganismos, especialmente em vírus, para o
desenvolvimento de novas terapias e vacinas. No entanto, é importante que
essas tecnologias sejam desenvolvidas com cautela, levando em consideração
possíveis riscos e efeitos colaterais.

BACTÉRIA (Rarielle)

Bactérias transgênicas são microrganismos que tiveram seu


material genético modificado por meio da inserção de genes exógenos, com o
objetivo de produzir proteínas específicas, como enzimas, hormônios ou
proteínas terapêuticas. Essas bactérias são amplamente utilizadas na indústria
alimentícia, farmacêutica e biotecnológica para a produção de substâncias de
interesse.
De acordo com estudos científicos, as bactérias transgênicas
apresentam uma série de vantagens em relação às bactérias convencionais,
como maior resistência a condições adversas, maior produtividade e produção
de compostos de maior qualidade. Além disso, as bactérias transgênicas são
capazes de produzir proteínas humanas e animais que podem ser utilizados
para o tratamento de diversas doenças.
No entanto, a utilização de bactérias transgênicas também
apresenta riscos, principalmente quando microrganismos esses são liberados
no meio ambiente. Estudos apontam que a liberação de bactérias transgênicas
pode causar poluentes ambientais negativos, como a contaminação de solos e
corpos d'água, além de afetar a biodiversidade.
Para minimizar os riscos associados ao uso de bactérias
transgênicas, diversas normas e regulamentações foram criadas em diferentes
países. No Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é
responsável por regulamentar a pesquisa e o uso de organismos
geneticamente modificados, incluindo as bactérias transgênicas.
● ANIMAIS (Tifanny)

Animais transgênicos são poderosas ferramentas de pesquisa para a


descoberta e o desenvolvimento de novos tratamentos para várias doenças
humanas. Além disso, a transgenia em animais de grande porte representa
uma importante aplicação biotecnológica no sentido de se produzir em grande
escala proteínas de interesse comercial.
Uma definição de animal transgênico é aquele com moléculas de DNA
recombinante exógenas introduzidas em seu genoma por intervenção humana.
A técnica foi desenvolvida no final da década de 1970 em camundongos, o
mamífero com  genoma mais facilmente manipulável, até hoje. Atualmente, a
transgenia permite tanto a transferência de DNA exógeno para o animal,
através da técnica de micro injeção pro nuclear, quanto a alteração de DNA já
existente no animal, através da recombinação homóloga em células-tronco
embrionárias. A micro injeção pro nuclear consiste na injeção de uma solução
de DNA, contendo o transgene de interesse, no pronúcleo de um óvulo recém-
fertilizado.
Os benefícios do uso de animais transgênicos para o bem-estar do ser
humano são amplos, na medida que eles auxiliam pesquisas que geram maior
conhecimento de biologia humana. Esses conhecimentos, por sua vez, podem
se traduzir em melhora de qualidade de vida humana. Trazendo benefícios
também para agricultura, medicina e indústria.

● VEGETAIS (Dimas)

LEGISLAÇÃO (Stella)

CONCLUSÃO (Clara)

CONCLUSÃO (Clara)

O principal intuito da criação de organismos geneticamente modificados


é a preservação e desenvolvimento de características de interesse econômico
e medicinal. Dessa forma, na agricultura, as técnicas de engenharia genética
visam criar plantas que tenham um maior potencial produtivo, que sejam
resistentes a pragas, doenças entre outros. Na área da saúde, um exemplo de
uso de OGMs é para a produção de insulina, através da inoculação
de bactérias geneticamente modificadas que passam a carregar os genes
responsáveis pela produção desse hormônio.
As indústrias agrícolas, alimentares e farmacêuticas, investem pesado
no desenvolvimento de tecnologias que permitam uma melhor manipulação do
material genético.

Essas modificações nos possibilita uma melhor qualidade e sabor dos


alimentos em certos alimentos, uma produção mais eficientes, menos
problemas de saúde animal e humana entre outros.

Mas e os riscos?

Riscos envolvendo Organismos Geneticamente Modificados

Após a inoculação de um transgene em um organismo receptor (animal


ou vegetal) não é possível ter um total controle do comportamento do gene no
organismo, com isso, pode acontecer efeitos adversos que podem ser
maléficos a curto, médio e longo prazo no organismo receptor e/ou no
ambiente.

Os riscos causados pelos organismos geneticamente modificados


podem ser classificados em três grupos de risco, são eles:

● Risco alimentares: envolve efeitos de proteínas tóxicas ao


organismo e danos causados por excesso de herbicidas;
● Riscos ecológicos: relacionados a alteração do ambiente,
afetando na biodiversidade local;
● Riscos agrotecnológicos : alterações na propriedade agrícola e
perda da eficiência do transgênico.

Embora alguns ambientalistas afirmem que os organismos


geneticamente modificados podem apresentar riscos para o meio ambiente e
para a saúde humana, também existe a afirmação de que eles trazem diversos
benefício. O que sabemos é que a tecnologia proporcionada pela engenharia
genética representou um grande avanço para a sociedade. Nos resta esperar
para saber como vão ficar os próximos capítulos da história.

Por fim, é importante ressaltar que antes do produto geneticamente


modificado ser liberado ele passa por uma série de testes rígidos que requerem
anos para serem realizados. A Organização Mundial da Saúde e as principais
instituições de ciência do mundo são unânimes em dizer que os OGMs são
seguros desde que aprovados por todos os protocolos de segurança. 

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