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Enzimas de Restrição
As enzimas de restrição são as ‘tesouras biológicas’ que fará a
operacionalização da recombinação gênica. Sem elas não seria possível
realizar cortes nos pontos específicos dos genes de interesse em
complementariedade aos vetores ou ao DNA posterior.
Também conhecidas como endonucleases de restrição, elas foram
descobertas em 1960, estas enzimas são responsáveis pelo mecanismo de
reparo à invasão de vírus, e agem realizando cortes na porção açúcar-fósforo
da sequencia de nucleotídeos específicos na molécula de DNA em bactérias
(WALKER & RAPLEY, 1999).
Deste modo sua nomenclatura refere-se à da bactéria que a originou:
Sendo denominada de modo que a primeira letra é maiúscula e refere-se ao
gênero, logo após duas letras minúsculas referentes à espécie bacteriana que
foi isolada, posteriormente, a cepa e um número grego referente à ordem de
identificação. Por exemplo, a classificação das enzima Eco RI: E – Escherichia;
co – coli; cepa RY13 e por ter sido a primeira enzima identificada na espécie
possui o I (WALKER & RAPLEY, 1999).
Existem três tipos de enzimas, entretanto a mais aplicada é a enzima de
restrição do tipo II, pois realizam apenas corte não havendo adição de grupos
metila ao DNA, além de atuarem dentro dos sítios de reconhecimento de genes
(WALKER & RAPLEY, 1999).
Já é possível a compra de diversas enzimas de restrição. Foram
identificadas mais de 800 enzimas que cortam mais de 100 sequencias
palindrômicas diferentes. Estes pontos de reconhecimento das enzimas variam
de 4 a 8 pares de bases (pb) de tamanho, sendo que a maioria reconhece de
4-6pb. Quanto às sequencia palindrômica são filamentos cujo pares de bases
se organizam em espelho invertidas em relação à fita complementar (exemplo,
enzima HindIII: 5’-AAGCTT-3’ e 3’-TTCGAA-5’). As enzimas de restrição atuam
ao reconhecerem as sequenciam palindrômicas cortando-as, o que dá origem a
pontas coesivas e outras não-coesivas. Pontas coesivas geram fragmentos
com projeções unifilamentares curtas desencontradas (exemplo HindIII: 5’-A
AGCTT-3’ e 3’-TTCGA A-5); e, não-coesivas, geram pontas não
desencontradas (exemplo da enzima PvuII: 5’-CAG CTG-3’ e 3’-GTC
GAC-3’), em seguida necessitam de DNA ligase para união do vetor em
conjunto ao gene de interesse (WALKER & RAPLEY, 1999).
QUADRO 1:Enzimas de Restrição: características e usos Exonuclease
ENZIMA APLICAÇÕES
Exonuclease III Realiza remoção 3’-5’ gradual de
nucleotídeos de DNA em fita-dupla ou
simples
RNaseA Exonuclease RNA em fita simples
específica usada em estudos de
mapeamento
RNaseH Exonuclease RNA-especifica usada
na síntese da segunda fita de cDNA
T4 DNA ligase
Fosfatase alcalina
Eco RI metilase Adiciona grupamento metila (posição
n6) de adeninas no interior da
sequencia de reconhecimento no
DNA da endonuclease de restrição
Eco RI, previnindo a clivagem
Hae III metilase Forma 5-metilcitosina no interior da
sequencia de reconhecimento no
DNA da endonuclease de restrição
Hae III, previnindo a clivagem.
Fonte: (WALKER & RAPLEY, 1999; MULLIS, 1990)
QUADRO 2: Enzimas de Restrição e tipos de pontas coesivas e não
coesivas.
Endonuclease Sequencia de Extremidades após digestão
reconhecimento
Hae III 5’-GG CC-3’
Eco RI 5’-G GATCC-3’
Hga I 5’-GACGC 5’-GACGCNNNNN NNNNNN-3’
3’-CTGCG-5’’ 3’- N-5’
CTGCGNNNNNNNNNN-
5’
Hinc II 5’-GTPYPUAC- 5’-GTPY PUAC-3’
3’ 3’-CAPU PYTG-5’
3’-CAPUPYTG-
5’
Fonte: (WALKER & RAPLEY, 1999; MULLIS, 1990)
Unindo o DNA
Após o uso das enzimas de restrição tanto no gene quanto no vetor, é
necessário mistura de ambos DNA para promover a união de ambos,
resultando em recombinação pelas pontas adesivas. Esta nova molécula foi
definida como DNA quimérica. Quando há complementaridade, naturalmente
há formação de dupla hélice. Se reestabelecendo a estrutura de DNA, agora
quimérica pela inclusão do gene. Quanto às pontas não-adesivas é necessário
uso de DNA-ligase. Estas, também promovem a reconstituição das ligações
fosfodiéster entre as diferentes moléculas de DNA, e promovendo a formação
do DNA quimérico, portanto, proporciona uma gama inesgotável de
combinações de moléculas quiméricas (GRIFFTHS, GELBART, MILLER, &
LEWONTIN, 2001).
Transformação
Para que o plasmídeo, contendo o gene desejado, seja inserido na bactéria,
deve ocorrer o processo de transformação. A transformação nada mais é que a
capacidade das bactérias captarem o DNA do meio externo e incorporarem ao
seu interior, o que pode conferir maior resistência às condições ambientais e,
de adaptabilidade. O processo de transformação pode ser natural, entretanto,
algumas bactérias recebem procedimentos químicos ou físicos.
Para avaliar a eficiência da transformação os plasmídeos, por exemplo
devem possuir marcadores que indiquem que a célula recebeu a transferência
e recombinaou as moléculas de DNA, a cultura bacteriana permitirá avaliar este
processo (LIMA, 2001).
TRANSGÉNICOS
● MICROORGANISMOS
VIRUS (Sávio)
Os vírus transgênicos, também conhecidos como vetores
virais, são vírus geneticamente modificados para carregar e entregar material
genético específico para células-alvo. Esses vírus têm sido utilizados em
diversas aplicações terapêuticas, como terapia gênica e vacinação. Os
principais tipos de vírus usados como vetores são o adenovírus, o lentivírus e o
vírus adeno-associado. Cada um desses vírus tem características específicas
que os tornam úteis em diferentes tipos de terapia. Os vírus transgênicos têm
sido utilizados com sucesso em ensaios clínicos para tratar doenças genéticas
como a hemofilia B e atrofia muscular espinhal. Além disso, têm sido estudados
como possíveis vetores de vacinas contra doenças infecciosas como o HIV e o
COVID-19. Os vírus, em particular, têm sido alvo de estudos para o
desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.
No entanto, há preocupações quanto à segurança do uso de
vírus transgênicos em terapia gênica. Estudos apontam para o risco de reações
imunológicas e possíveis efeitos colaterais decorrentes da inserção de material
genético estranho no organismo.
Esses estudos demonstraram o potencial da tecnologia de
transgenia em microrganismos, especialmente em vírus, para o
desenvolvimento de novas terapias e vacinas. No entanto, é importante que
essas tecnologias sejam desenvolvidas com cautela, levando em consideração
possíveis riscos e efeitos colaterais.
BACTÉRIA (Rarielle)
● VEGETAIS (Dimas)
LEGISLAÇÃO (Stella)
CONCLUSÃO (Clara)
CONCLUSÃO (Clara)
Mas e os riscos?