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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO


GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM

ANA LETÍCIA OLIVEIRA DE SOUZA - RA: 919206502

ALINE PACHECO BRAGA - RA:3019202212

DENIS RAFAEL DA SILVA - RA: 922202553

IRANILDE IRAILDE DOS SANTOS - RA:919206752

GUSTAVO VITOR MARTINS GRANADOS - RA: 919210613

JULIA BUENO DE OLIVEIRA - RA: 921104760

KETLEN CAMILA RODRIGUES DOS SANTOS - RA: 919206808

LETICIA MENDES SANCHES - RA: 921113818

MARIA SUELI BRITO LIMA - RA:919204395

SÁLUA FAUZIE MOURAD BATISTA - RA: 919208232

PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA The nurse's role in preventing


sexual violence against women

SÃO PAULO

2023
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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO


GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM

ANA LETÍCIA OLIVEIRA DE SOUZA - RA: 919206502

ALINE PACHECO BRAGA - RA:3019202212

DENIS RAFAEL DA SILVA - RA: 922202553

IRANILDE IRAILDE DOS SANTOS - RA:919206752

GUSTAVO VITOR MARTINS GRANADOS - RA: 919210613

JULIA BUENO DE OLIVEIRA - RA: 921104760

KETLEN CAMILA RODRIGUES DOS SANTOS - RA: 919206808

LETICIA MENDES SANCHES - RA: 921113818

MARIA SUELI BRITO LIMA - RA: 919204395

SÁLUA FAUZIE MOURAD BATISTA - RA: 919208232

PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA SEXUAL COTRA A


MULHER

The nurse's role in preventing sexual violence against women

Orientadora: Professora Magda Rodrigues


Leal

Projeto de Intervenção apresentado à


Universidade Nove de Julho como requisito do
Trabalho de Conclusão de Curso para
obtenção do título de Enfermeiro.

SÃO PAULO

2023
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RESUMO

A violência sexual é considerada uma violação dos direitos humanos. Os artigos científicos
nos mostram que o número de incidentes entre mulheres tem crescido a cada ano, causando
impactos severos para a saúde da mulher. As mulheres vítimas apresentam grandes riscos de
traumas psicológicos, físicos e de saúde. A violência sexual é um problema de saúde pública.
Neste trabalho abordaremos o papel do enfermeiro na prevenção da violência sexual contra a
mulher, tomando medidas de proteção, educação e redução de riscos.

Palavras-chave: Violência Sexual; Mulher; Saúde; Enfermagem.


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INTRODUÇÃO

A violência sexual interpreta-se a qualquer tipo de ato, tentativa, ou ato dirigido contra a


sexualidade de uma pessoa por meio de coerção por um indivíduo, independentemente de sua
relação com a vítima e em qualquer âmbito, seja ele público ou privado¹. Como por exemplo,
casos em que a vítima se encontra sob efeito de álcool, drogas, sem um nível de consciência
para se responsabilizar pelas suas ações. A violência sexual segundo a ONU (Organização das
Nações Unidas) se classifica como um problema de saúde pública mundial e não faz distinção
de cor, raça, idade ou classe social e apesar de acometer homens, as mulheres são as mais
afetadas².

A designação conceitual do Ministério da Saúde (MS), ancorada na Lei 12.015, de 2009,


que altera o Código Penal Brasileiro, detalha as condições processuais que modulam tal
violência que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de
outras relações sexuais com uso da força ou intimidação, coerção, chantagem, suborno,
manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal.
Considera-se também como violência sexual o fato de o agressor ou agressora obrigar a
vítima a realizar alguns desses atos com terceiros.³.

Caracteriza-se que a violência sexual é um problema de saúde pública global, classificada


como grave violação de direitos humanos e importante problema de saúde pública,
representando a extrema restrição da autonomia sexual e reprodutiva da mulher. Com base
nos dados do 16º anuário brasileiro de segurança pública 2022, revelam que 66.020 estupros
ocorreram no país em 2021. Aumento de 4,2% dos casos, sendo que 75,5% das vítimas eram
vulneráveis, incapazes de consentir com o ato sexual. Aponta-se que 61,3% das vítimas de
violência sexual tinham até 13 anos e em 79,6% dos casos o autor era conhecido da vítima. Os
casos de assédio somaram 4.922, aumento de 2,3% e importunação sexual foram 19.209,
aumento de 9% em relação ao ano a₅nterior ⁵.
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Organização Mundial de Saúde (OMS) avalia-se que aproximadamente uma cada três
mulheres sofreram violência sexual por parte de seu companheiro, familiares ou
desconhecidos, e ações têm sido implementadas para estimular estudos no tema, a fim de
propor intervenções de prevenção e um atendimento adequado2-3.

As vítimas de violência sexual chegam ao serviço de saúde em diferentes episódios e tempos.


O primeiro contato da vítima acontece com os profissionais da enfermagem, com base nas
diretrizes do ministério da saúde, é imprescindível o profissional ter uma visão clínica, um
treinamento adequado e humanizado para que possam enfrentar momentos de tensão no
atendimento à vítima ³,4.

Essa pesquisa bibliográfica servirá para investigar o atendimento de enfermagem às mulheres


em situação de violência e os cuidados prestados por tais profissionais, bem como a
prevenção de casos. Onde pode haver um aperfeiçoamento que contribua para o tratamento e
apoio às vítimas de violência sexual. A Princípio, convém explorar de maneira mais
aprofundada por meio da investigação de artigos científicos acerca do tema violência sexual e
o papel do enfermeiro. Sendo o foco norteador a atuação humanizada dos profissionais da
saúde e as ações de prevenção.
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OBJETIVO

A violência sempre se fez presente na história da humanidade, inclusive a violência


sexual contra a mulher, que atinge as esferas territoriais, educacionais,
socioculturais e geracionais. Atualmente, é considerada um problema de Saúde
Pública mundial, sendo mais evidente em países em desenvolvimento(1).
Tornando-se um fenômeno universal em que não existem restrições de sexo, idade,
etnia ou classe social e que mesmo atingindo o sexo masculino, as mulheres são as
principais vítimas em qualquer período de suas vidas.(caderno de saúde pública,
maio /2013).

As Nações Unidas definem a violência contra as mulheres como "qualquer ato de


violência de gênero que resulte ou possa resultar em danos ou sofrimentos físicos,
sexuais ou mentais para as mulheres, inclusive ameaças de tais atos, coação ou
privação arbitrária de liberdade, seja em vida pública ou privada".

Apesar da violência sexual contra a mulher ter atingido uma magnitude global
tornando-se foco de diferentes debates e estudos nacionais e internacionais, onde o
Brasil é subscritor de todos os acordos internacionais que condenam a violência
contra a mulher, os registros ainda denunciam que esse problema ainda é muito
extenso e disseminado (art 1 ).

Mostra-se como uma das expressões da violência de gênero e firma-se como


violação dos direitos humanos, sendo tema de preocupação em virtude dos danos
causados à saúde individual e coletiva, alto impacto na morbimortalidade de
mulheres e repercussões na economia dos países (art 2).

De acordo com a OMS (Oganização Mundial de Saúde), violência sexual é “qualquer


ato sexual ou tentativa de obter ato sexual, investidas ou comentários sexuais
indesejáveis, tráfico ou qualquer outra forma, contra a sexualidade de uma pessoa
usando coerção”. Pode ser praticada por qualquer pessoa, independentemente da
relação com a vítima, e em qualquer cenário, incluindo a casa e o trabalho.

Está diretamente ligada à desigualdade entre homens e mulheres. Caracteriza-se


como qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, participar,
comercializar ou utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade.

Nas circunstâncias da violência sexual o fenômeno se repete e acumulam-se


evidências de que o agressor , na maioria dos casos, é alguém conhecido e próximo
da mulher, apesar do significativo percentual de casos por agressores
desconhecidos.

Segundo estudos divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos


Humanos (MMFDH) EM 2020, acomete mais adolescente e mulheres adultas entre
15 a 24 anos se autodeclara brancas.
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TIPOS DE VIOLENCIA

A pratica da violência sexual tem duas formas principais, que são o estupro e o
assédio sexual. O estupro, por definição, exige penetração de um orifício (boca,
ânus ou vagina) por alguma parte do corpo como pênis ou objeto com uso de força
ou incapacitação.

O assédio, por sua vez, é um termo mais amplo que inclui situações como qualquer
tipo de toque não desejado com conotação sexual ou atitudes como forçar uma
pessoa a assistir pornografia ou agressão verbal com conotação sexual.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. PAHO/WHO | Pan American Health Organization [Internet]. Violência contra as


mulheres - OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde; [citado 18 mar
2023]. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topics/violence-against-
women#:~:text=A%20violência%20sexual%20é%20"qualquer,vítima%20e%20em
%20qualquer%20âmbito
2. Santos FF. Violência contra mulher: revisão de literatura. Rev Ambivalências
[Internet]. 13 ago 2020 [citado 18 mar 2023];8(15):242-61. Disponível
em: https://doi.org/10.21665/2318-3888.v8n15p242-261
3. Higa R, Mondaca AD, Reis MJ, Lopes MH. Atendimento à mulher vítima de
violência sexual: protocolo de assistência de Enfermagem. Rev Esc Enferm USP
[Scielo]. Jun 2008[citado,18/mar2023];42(2):377-82. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/s0080-62342008000200023
4. Morais SC, Monteiro CF, Rocha SS. O cuidar em enfermagem à mulher vítima de
violência sexual. Texto Amp Contexto Enferm [Internet]. Mar 2010 [citado 18 mar
2023];19(1):155-60. Disponível em: https://doi.org/10.1590/s0104-
07072010000100018
5. Spaniol M.I [...] ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA 2022
Pág,180-182-189
8

https://assets-dossies-ipg-v2.nyc3.digitaloceanspaces.com/sites/3/2022/06/anurio-
2022.pdf
6. Silva Júnior AL. O instituto brasileiro de segurança pública. Rev Inst Bras Segurança
Pública (RIBSP) [Internet]. 6 jan 2018 [citado 18 mar 2023];1(1):9-18. Disponível
em: https://doi.org/10.36776/ribsp.v1i1.1

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