Este documento discute o papel dos enfermeiros na prevenção da violência obstétrica durante o parto. A violência obstétrica é considerada um tipo de violência física, moral e psicológica sofrida por gestantes durante o pré-natal, parto ou pós-parto. O documento argumenta que os enfermeiros devem adotar práticas que reduzam intervenções médicas desnecessárias e protejam a saúde física e emocional das mulheres.
Este documento discute o papel dos enfermeiros na prevenção da violência obstétrica durante o parto. A violência obstétrica é considerada um tipo de violência física, moral e psicológica sofrida por gestantes durante o pré-natal, parto ou pós-parto. O documento argumenta que os enfermeiros devem adotar práticas que reduzam intervenções médicas desnecessárias e protejam a saúde física e emocional das mulheres.
Este documento discute o papel dos enfermeiros na prevenção da violência obstétrica durante o parto. A violência obstétrica é considerada um tipo de violência física, moral e psicológica sofrida por gestantes durante o pré-natal, parto ou pós-parto. O documento argumenta que os enfermeiros devem adotar práticas que reduzam intervenções médicas desnecessárias e protejam a saúde física e emocional das mulheres.
O papel do enfermeiro no parto frente à violência obstétrica.
OBJETIVO GERAL:
Este trabalho tem por força motriz principal descrever o papel do
enfermeiro no parto frente à violência obstétrica. O presente estudo objetiva compreender o papel dos enfermeiros na prevenção da violência obstétrica no parto. Esta é uma pesquisa fundamentada em diversificadas fontes, inclusive, em fatos reais, em depoimentos pessoais de quem atua na área e convive com a matéria discutida, em episódios midiáticos, em números seguros e confiáveis de estatísticas e gráficos apresentados para ilustrar tal problemática.
INTRODUÇÃO:
Falar sobre a violência da mulher, em geral e específico, tem sido um
evento cada vez mais cotidiano dentro da nossa sociedade, tem se tornado um assunto pertinente a todos os olhos, todos ouvidos. Têm sido um conteúdo relevante de maneira unânime. Essa crescente discussão se dá em detrimento do aumento de casos concretos, de denúncias, de dados estatísticos, de números de feminicídios crescendo desenfreadamente, de crimes que se perpetuam dentro da população.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência é responsável
por 1,4 milhões de mortes a cada ano no mundo. Além da violência que leva a morte, estima-se que 35% das mulheres em todo o mundo sejam vítimas de violência física e/ou sexual durante a vida, sendo a maior parte perpetrada por seus parceiros íntimos. [1]
Existem várias tipificações de violência contra a mulher, apesar de pouco
serem abordadas, amparadas e penalizadas dentro de nossas legislações nacionais. A Lei Maria da Penha, que é o carro chefe no âmbito jurídico sobre essa matéria, classifica os tipos de abuso contra a mulher nas seguintes categorias: violência patrimonial, violência sexual, violência física, violência moral e violência psicológica. A Lei Maria da Penha é, inclusive, reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência de gênero. No entanto, os dados estatísticos brasileiros de violência contra a mulher nos trazem um contraditório inenarrável perante esse reconhecimento. A títulos jurisdicionais, cabe mencionar que, além da Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2015, colocou a morte de mulheres no rol de crimes hediondos e diminuiu a tolerância nesses casos.
Podemos considerar a violência obstétrica como uma subclassificação de
violência física, bem como moral e psicológica, haja vista que são agressões sofridas pelas gestantes sendo no pré-natal, no parto ou pós-parto, ou seja, em um dos momentos mais delicados e fragilizados na vida da mulher. Entende-se por violência obstétrica toda ação praticada pelo profissional de saúde no que cerne ao corpo e aos procedimentos reprodutivos das mulheres, exprimindo por meio de um artifício de parição fisiológicos.
Dentre essas problemáticas no tocante a violência contra à mulher,
podemos perceber que a semelhança dos fatos consiste, não singularmente, na negligência do Estado, enquanto protetor do cidadão, na atuação e nas medidas protetivas de segurança pública, educação, no cumprimento e na taxatividade quanto à aplicabilidade das legislações que tutelam tais causas. Dito isto, implica dizer que a violência obstétrica é um problema de saúde pública. Em que pese o fulcro no relato unânime da maioria das mulheres que aduzem sentir medo de serem atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente quando se trata do parto por via vaginal. Hoje, o cenário brasileiro é de que, no momento mais delicado do ciclo de uma mãe, elas têm que se preocupar em não serem agredidas, desrespeitadas ou até mesmo violadas.
A violência obstétrica é considerada um fenômeno socialmente complexo
na área da Saúde da Mulher. Sua prevenção requer mudanças em práticas assistenciais durante o ciclo gravídico-puerperal, a fim de reduzir intervenções médicas desnecessárias, que podem ser prejudiciais à saúde física e emocional das mulheres. [2] Boa parte do público feminino não faz ideia quando estão vivenciando uma violência de cunho obstétrico. Essa ausência de sensibilidade, em detrimento à ignorância e ao cerceamento das informações educacionais necessárias, tem levado mulheres a traumas irreversíveis, sem falar dos casos que se resultam em óbito.
REFERÊNCIAS
1. Brasil. Ministério da Saúde. Ministro mostra
avanços na Saúde da Mulher. Brasília. 2017. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias /ministro-da-saude-participa-da-2-conferencia-de- saude-das-mulheres
2. Carlos GA, Matozinhos FP, Carmo JM, Manzo BF,
Duarte ED, Souza KV, et al. Profile of the participants of an advanced course in obstetric nursing. Rev Min Enferm. 2019;23:e-1153.