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Aprovação

ALERTA E INDICAÇÕES
Comissão Contr. Infecção - CCI-SMS
CEFTRIAXONA Comissão Farmacia e Ter. - CFT-SMS
DASP - SMS

A Ceftriaxona é uma cefalosporina de terceira geração, com boa penetração


na maioria dos tecidos, devido ao seu amplo espectro de ação, e uso desnecessário
na maioria das infecções comunitárias. Sua utilização nas Unidades de Saúde da rede
pública de Ribeirão Preto conta com dispensação controlada, baseada em protocolo e
preenchimento de “Justificativa de Uso”, como medida de racionalização do uso e
controle na dispensação do mesmo.
Solicitamos atenção quanto ao exposto abaixo, em relação às diretrizes da CCI
e CFT - SMS para o uso da Ceftriaxona.

Processos infecciosos frequentes


Infecções de vias aéreas superiores
A ceftriaxona não é opção de escolha nas infecções de
(amigdalites, sinusites, otites) VAS comunitárias com tratamento ambulatorial

Pneumonias A ceftriaxona é a prescrição empírica inicial quando


houver indicação de internação, devido sinais de
(Não é a 1ª. opção de escolha quando o gravidade no quadro clínico, nos exames laboratoriais e
quadro clínico permitir o tratamento presença de comorbidades como ICC, diabetes
ambulatorial) descompensado

Meningites A ceftriaxona é a prescrição empírica inicial nas


meningites de origem comunitária com etiologia
desconhecida ou duvidosa (aguardando regulação).

Quadros leves (como impetigo, furúnculo pequeno) é


Pele e anexos melhor o tratamento tópico, se necessário cefalosporinas
de 1ª geração (cefalexina), penicilinas (amoxacilina) ou
(A ceftriaxona não é opção de escolha macrolídeos
nas infecções de VAS comunitárias com Na erisipela comunitária (estreptococo A) - penicilina
tratamento ambulatorial), procaína (IM - 12/12 hs). Maior comprometimento, sinais
de gravidade e presença de diabetes ou cardiopatias
requer internação (e penicilina cristalina EV)
Nas celulites peri-orbitárias tratamento ambulatorial (VO)
é a cefalexina. Comprometimento extenso, orbitário ou
com indicação de internação a melhor opção é oxacilina.

Infecção Urinária Nos quadros leves (comunitária - não complicada) a


(A ceftriaxona não é 1ª. opção nas opção inicial são as quinolonas (temos Norfloxacino - VO)
infecções de vias urinárias baixas) e como 2ª opção ciprofloxacino

Observação Ceftriaxona não deve ser utilizada como indicação


“social” ou para vencer dificuldades de administração

Elaboração
Mônica M P Martins Liporaci - CRM: 67662 Data: 05/09/18
Aprovação
ALERTA E INDICAÇÕES
Comissão Contr. Infecção - CCI-SMS
CEFTRIAXONA Comissão Farmacia e Ter. - CFT-SMS
DASP - SMS

Fonte:

Fine MJ, Auble TE, Yealy DM, Hanusa BH, Weisfeld IA, Singer DE, et al. A
prediction rule to identify low-risk patients with community
acquired pneumonia. N. Engl J Med 1997; 336:243-50.

Medeiros EAS, Stempliuk VA, Santi LQ, Sallas J, coordenadores. Curso uso
racional de antimicrobianos para prescritores. São Paulo: Organização
Pan-Americana da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública – CGLAB/SVS/MS e
Disciplina de Infectologia da Universidade Federal de São Paulo; 2008.

Meehan TP, Fine MJ, Krumholz HM, Scinto JD, Galusha DH, Mockalis JT,
Weber GF, Petrillo MK, Houck PM, Fine JM. Qualidade da Assistência,
Processo e Resultados em pacientes idosos com pneumonia. JAMA
1997; 278 (23):2080-2084.

Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.


Comissão de Uso e Controle de Antimicrobianos (CUCA). Manual de
Antimicrobianos. Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto: 2012.

Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.


Bollela VR e Santana RC. Princípios para o uso dos antimicrobianos no
contexto das principais Síndromes Infecciosas. Ribeirão Preto: 2014.

Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas.


Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a
Prevenção de Infecções Hospitalares. 5ª. ed. São Paulo: 2012-2014.

Elaboração
Mônica M P Martins Liporaci - CRM: 67662 Data: 05/09/18

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