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Universidade Federal de Pelotas

UFPel
Curso de museologia

Documentação museológica 1

Aluno: Gilson Barboza

Resenha crítica Pomian


O número de museus existentes no mundo afora forma um grande
número de objetos, algo que torna muito difícil um inventário detalhado de
todas essas coleções, sendo que nos museus os objetos que estão lá, passam
por uma seleção criteriosa, enquanto que uma coleção particular os objetos
são variados, sendo que para aquela pessoa que coleciona faça algum sentido.

O texto fala ainda sobre o caráter semióforo das coisas, daqueles


objetos que deixam de ter alguma utilidade e passam a ter outra função, de
representar, esses objetos começam a ter outro olhar sobre eles, esses objetos
passam por tratamentos com a intenção de conservá-los e mantê-los mais
tempo em exposições, esses objetos que ganham essa nova vida podem
ganhar também um novo valor monetário, podem se destacar e aumentar muito
o seu valor comparando-se com o valor que ele tinha quando era utilitário, pode
ter uma função de serem expostas ou também de ser comercializado, motivo
de ganhar um grande valor e passam também a ser tomadas medidas de
segurança na guarda dos objetos.

Os museus vêem nos objetos uma função de expor, enquanto que o


colecionador particular vê a possibilidade do comércio das peças e objetos
guardados, tendo interessante valor de troca, tem pouco valor de uso,
causando um paradoxo, o valor simbólico dos objetos podem fazer que
pessoas que desejam algo, gastem grandes fortunas para adquiri-las.

Os mobiliários funerários desde o período neolítico tiveram sua


existência comprovada, costume que foi sendo usado por gerações que
depositavam objetos junto aos mortos, torna-se um dilema tratar esses objetos
que foram deixadas para acompanhar os mortos em sua sepultura, pois a
função deles era essa, mas acontecem as pilhagens pelos ladrões ou alguém
com a intenção de recolher e colocar em um museu, mudam ou tenta mudar o
destino desses objetos e é preciso que seja respeitado o desejo de quem deu a
origem e destino aos objetos, como no caso de objetos que foram enterrados
junto com seus mortos, a vontade dessas pessoas tem que ser respeitada e
não retirar esses objetos, como exemplo; um museu recolher esses objetos
para expor.
O fato de objetos antigos tornarem-se muito especiais pelo fato de
terem tido algum contato com alguém muito importante, trazem reflexo ainda
nos dias de hoje, quando algum objeto que foi utilizado ou que teve o contato
com alguém muito importante torna-se especial, esses objetos assim no
passado como no presente, também podem ter possíveis compradores ou
ladrões querendo a qualquer custo obter algo que tenha sido muito valorizado.

Devemos ter cuidado ao lidar com objetos, observando sempre o visível


e o invisível de um objeto, saber qual é a sua finalidade, qual o significado que
tem sobre si, saber atuar nesse objeto, saber que removendo ele conservando
ou expondo ao público, estaremos infringindo em algo sagrado.

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