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Nihil Obstat
Como a vida do mítico chinês Pan-Ku; do mesmo modo que a vida descrita
pela lenda árabe transmitida pelo Ikhwan al-Safá de Rasail; e também
semelhante à do hindu Prakriti que se separa para ser; assim a vida de
Jesus é dispersada pela manifestação para em seguida ser reunificada pelo
Espírito.
Hoje, agora, depois das obras de Joseph Klausner, Jesús de Nazaret (edição
espanhola de 1971), de David Flusser, Jesús en sus Palabras y en su
Tiempo (versão espanhola de 1975) e do excelente livro de Geza Vermes,
Jesús el Judio (edição espanhola de 1977), estudiosos e peritos
redescobrem o ambiente em que cresceu, ensinou e morreu aquele que foi,
para muitos, o maior profeta que Israel gerou em seu crisol.
A conhecida frase de Martin Buber, "Desde muito jovem intuí que Jesus era
meu grande irmão, e estou mais certo que nunca de que merece um lugar
de honra na história religiosa de Israel e também de que esse
lugar não pode ser classificado de acordo com nenhuma das categorias
normais", revela tanto o interesse de certos círculos ecumênicos como a
ambigüidade que, de um e outro lado da Aliança, obscurece o entendimento
de judeus e cristãos em torno da figura de Jesus.