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(Rana, M.B. and Morgan, G.

(2018) ‘Twenty-five years of business systems research


and lessons for international business studies’, International Business Review

https://doi.org/10.1016/j.NIusrev.2018.11.008

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0969593117306443]

Twenty-Five Years of Business Systems Research and Lessons for International


Business Studies

Mohammad B. Rana

International Business Center Aalborg University, Denmak

&

Glenn Morgan

University of Bristol, UK

________________________________________________

Vinte e cinco anos de pesquisa sobre sistemas de negócios e lições para estudos
sobre negócios internacionais

Tradução: Lucas Afonso


Resumo

Desde 1992, a abordagem dos sistemas de negócios nacionais (SNN)1 tem sido cada vez
mais usada para analisar não apenas as características, estruturas e estratégias das
empresas dentro do SNN, mas também a natureza dos negócios internacionais e suas
interações com instituições nacionais e transnacionais. Ao revisar 25 anos de literatura
do SNN, atendemos aos apelos dos periódicos de Negócios Internacionais (NI)2
convidando os pesquisadores a usar as noções e descobertas do SNN na pesquisa do NI.
Nossa revisão sistemática de 96 artigos analisa os padrões e contribuições da literatura
dos SNN, revelando quatro conjunturas temáticas: (1) sistemas de negócios
comparativos, (2) internacionalização de empresas e a gestão/organização dentro de
MNCs3, (3) o papel da internacionalização no desenvolvimento de capacidades
organizacionais e inovação e (4) o surgimento de comunidades transnacionais dentro e
entre empresas e sociedades. Os temas são descritos em termos de: (a) as questões de
pesquisa (QP) nas quais eles se concentram, (b) como a abordagem SNN investiga QR e
quais são as principais descobertas, (c) como o NI enquadra e aborda a mesma QR, (d)
como a abordagem SNN estende as perspectivas de NI e quais são os problemas
enfrentados pelo SNN em termos de desenvolvimento de mais insights sobre QP. Nossa
revisão contribui para o esforço recente da pesquisa de NI para o institucionalismo,
encorajando um diálogo produtivo entre a pesquisa de NI e de SNN.

1. Introdução

Nos últimos anos, os estudiosos de negócios internacionais (NI) reafirmaram seu


compromisso com a natureza interdisciplinar de seu campo de pesquisa (por exemplo,
Cheng et al., 2014; Chabowski et al., 2017). Em particular, eles abraçaram o
institucionalismo, como uma perspectiva teórica incorporada em uma variedade de
disciplinas e formas de análise (ver Morgan et al., 2010; Morgan & Hauptmeier, 2015;
Scott, 2013), como um complemento necessário para modos mais tradicionais de análise
econômica (ver Estrin et al., 2016; Wood & Demirbag, 2015; Cantwell, Dunning, &

1
N.T. National business systems (SNN)
2
N.T. International Business (IN)
3
N.T. Multinational Corporation (MNC)
Lundan, 2010; Eden & Dai, 2010; Dunning & Lundan, 2008a; 2008b; 2009; 2010;
Peng, Wang, & Jiang, 2008; Luo & Zhang, 2016). No entanto, a diversidade da teoria
institucional significa que variantes específicas e suas contribuições distintas podem se
perder ou se difundir nesse processo. Em particular, argumentamos que a contribuição
real e potencial feita por uma vertente da abordagem institucionalista – aquela que é
geralmente rotulada como abordagem de “sistemas de negócios nacionais” (doravante
SNN) – é particularmente útil para a pesquisa de NI. Embora tenha havido apelos para
integrar a abordagem de SNN em estudos de NI (ver Judge, Fainshmidt, & Brown,
2014; Ioannou & Serafeim, 2012; Morgan, 2012; Collinson & Morgan, 2009; Jackson
& Deeg, 2008; Ferner & Tempel, 2006; Redding, 2005), os pesquisadores de NI tendem
a não revisar sistematicamente a literatura usando SNN nem a considerar como isso
pode avançar na compreensão das questões do NI. O objetivo deste artigo é mostrar, por
meio de uma revisão sistemática da literatura, que conhecimento essa linha de pesquisa
consolidou desde 1992 e que contribuição ela pode trazer para os debates em NI.

O artigo prossegue nas seguintes etapas. Primeiro, discutimos abordagens


institucionalistas em geral e identificamos cinco abordagens em particular. Procuramos
mostrar que, dessas cinco abordagens, os SNN têm a relevância e o valor mais óbvio
para os estudiosos de NI porque tem o foco mais claro de todas as abordagens na
empresa como um ator dinâmico e criativo e nas instituições como diferenças
definidoras em contextos nacionais. Nesses aspectos, a SNN segue questões
semelhantes à literatura de NI sobre como e por que as empresas se internacionalizam,
como são estruturadas, como aprendem e se desenvolvem além das fronteiras nacionais
e como interagem com instituições nos contextos de origem e destino. Em segundo
lugar, o artigo demonstra essas questões por meio de uma análise sistemática de artigos
de periódicos e livros/capítulos de livros publicados entre 1992 e 2016. Essa análise
revela que os SNN têm quatro conjunturas temáticas principais emergentes de fluxos de
pesquisa interligados aos SNN que destacam especificamente quatro grandes temas
relevantes para os negócios internacionais. Chamamos isso de “conjuntura temática”4
porque os estudos de SNN tendem a destacar um tema amplo por um determinado
período de tempo e, em seguida, mudam para outro tema amplo; assim, chamamos cada
ponto de virada de ‘conjuntura’5 onde um estudo sobre um novo tema começa levando a

4
N.T. Thematic juncture
5
N.T. Junctures
quatro grandes temas que discutimos aqui. Em terceiro lugar, exploramos
detalhadamente os quatro grandes temas na parte central do artigo: (1) sistemas
comparativos de negócios, (2) a internacionalização das empresas e a natureza da
administração e organização dentro das multinacionais, (3) o papel da
internacionalização no desenvolvimento das capacidades organizacionais e de inovação
das empresas e (4) a emergência de comunidades e redes transnacionais dentro e entre
empresas e sociedades.

Para cada conjuntura temática, procuramos identificar, primeiro, a questão de


pesquisa que norteia a abordagem SNN; em segundo lugar, as descobertas da
abordagem SNN; terceiro, como o NI abordou a questão da pesquisa; quarto, como o
SNN estende a abordagem NI; e, finalmente, quais problemas permanecem para a
abordagem SNN. Em nossa conclusão, resumimos nossas descobertas sobre a
contribuição da abordagem SNN e reiteramos a necessidade de um diálogo mais intenso
entre os campos de NI e SNN (Morrison & Inkpen, 1991).

2. Variedades de Institucionalismo e sua Relevância para estudos sobre NI

O institucionalismo é um campo teórico amplo com muitas variantes (ver, por


exemplo, a discussão em Djelic, 2010). No entanto, em nossa opinião, é apenas a
abordagem SNN que coloca a empresa no centro da análise, e não as instituições em si.
Esta é uma distinção importante que justifica nosso objeto de análise e nosso argumento
de que os SNN podem fornecer um complemento substancial às abordagens de NI
existentes. A chave para essa distinção reside em duas áreas: primeiro, o grau em que a
teoria se concentra nas instituições em nível nacional e a ideia de um quadro
institucional nacional coerente e relativamente sistemático que impacta as empresas e,
segundo, o grau de agência que a empresa possui e, portanto, o grau de importância
dado às estratégias e estruturas organizacionais das empresas e a variedade de maneiras
pelas quais elas respondem às pressões institucionais e de mercado em um contexto
global. A maioria das análises institucionalistas, seja da análise neoinstitucionalista
como North (1991) ou do institucionalismo mais organizacional de Scott (2013),
concentra-se nas instituições per se, como elas surgem e como restringem as empresas
(Hotho & Pedersen, 2012). No entanto, essas abordagens prestam pouca atenção ao
nível nacional como um sistema institucional coerente e, portanto, têm dificuldade em
oferecer uma estrutura para análise comparativa. Também não examinam em detalhes
como as empresas per se respondem às pressões institucionais. Mesmo Hall e Soskice
(2001), embora forneçam uma estrutura sistemática de instituições de nível nacional e
reivindiquem uma abordagem centrada na empresa, apresentam as empresas como a
expressão de instituições, sem agência em si mesmas. Eles, portanto, têm muito pouco
interesse em como a globalização e a internacionalização podem mudar empresas e
instituições. As empresas como respostas coletivas dinâmicas e criativas aos mercados e
instituições raramente são consideradas nessas abordagens; seu foco está em como as
instituições evoluem. Em nossa opinião, é apenas o SNN que, nas palavras de seu
principal proponente, Whitley, entende a necessidade de “levar as empresas a sério
como atores econômicos” (Whitley, 1987) (ver Tabela 1).

Essa distinção é particularmente óbvia na forma como as várias tradições


institucionalistas lidam com a internacionalização das firmas. Essas questões estão
relativamente ausentes na economia neoinstitucional inspirada por North, onde, em
termos de questões internacionais, o foco é colocado em como as instituições podem ser
construídas além das fronteiras nacionais e como os atores econômicos participam desse
processo como forma de desenvolver mercados e confiança. (ver, por exemplo, a
discussão clássica em Greif, 2006). A empresa multinacional como objeto de análise
distinto para a teoria institucional não aparece. Da mesma forma, o tipo de
institucionalismo organizacional discutido por Scott e outros forneceu algum ímpeto
limitado dentro da literatura de NI para o estudo de MNCs e suas subsidiárias, mais
obviamente no trabalho de Kostova e Roth (Kostova, 1998; Kostova & Roth, 2002),
onde questões de isomorfismo institucional entre os contextos de origem e de
acolhimento é um enquadramento conceitual chave para como as subsidiárias locais são
organizadas. Em termos de sua análise das instituições, no entanto, Kostova e Roth
recorrem a medidas de distância institucional, que por sua vez se baseiam em contrastes
culturais. Como apontam Jackson e Deeg (2008), esse tipo de análise é uma abordagem
superficial e a-histórica das instituições, sem uma estrutura social comparativa. É
importante notar, no entanto, que fora do próprio campo de NI, essa forma de
institucionalismo organizacional tem influenciado as teorias da sociedade mundial de
John W. Meyer (2010), onde foi desenvolvida por meio da ideia de 'glocalização', ou
seja, processos globais e variações locais (ver Drori et al., 2014) e padrões de 'tradução'
como ideias, estruturas e processos são difundidos através das fronteiras nacionais por
uma série de atores, incluindo multinacionais. No entanto, dentro desta tradição, não há
uma versão forte de contextos institucionais nacionais comparativos, pois a força motriz
é a globalização, na forma de racionalização e cientificação do conhecimento que
impacta todas as sociedades. A metodologia tende a ser etnográfica e baseada em
estudos de caso, com ênfase na negociação em nível local e na interpretação das
pressões globais. A abordagem das “variedades do capitalismo” de Hall e Soskice
supera alguns desses problemas por meio de um relato comparativo sistemático das
instituições e como elas funcionam para moldar as empresas (Hall & Soskice, 2001). No
entanto, seu foco é tão forte nas instituições nacionais que não deixa espaço para a
agência das empresas e ignora a questão da internacionalização da empresa em termos
de como os contextos institucionais locais afetam as formas como as empresas se
internacionalizam, qual o impacto que elas têm sobre as instituições de seus países
hospedeiros, que aprendizado é criado a partir disso e como é comunicado através da
empresa.

Em contraste, a abordagem de SNN tem colocado cada vez mais essas questões
no centro de seu programa de pesquisa. Ela desenvolveu uma análise robusta de como
diferentes configurações institucionais nacionais moldam as capacidades e capacitações
das empresas e, em seguida, foi além, identificando o que isso significa para as
empresas à medida que crescem e se transformam em multinacionais que trabalham na
economia global (Whitley, 2007). Em resumo, sete pontos destacam como o SNN se
distingue de outras estruturas de institucionalismo em termos de seu ajuste e utilidade
para a pesquisa de NI:

(i) SNN é considerado um cenário moldado pelas interações entre características


institucionais e empresas. Centra-se, assim, em ambas as partes (instituições e
empresas) – os seus recursos, constrangimentos, motivações e oportunidades
complementares – conduzindo à compreensão da complexidade e multiplicidade
das SNN, bem como da pluralidade das SNN no contexto nacional. Em
contraste, NI considera as instituições como manifestações nacionais; assim, os
estudos de NI não analisam as variações entre as instituições que afetam o SNN,
por exemplo, as diferenças institucionais provinciais levariam a variações nos
sistemas de negócios na China.
(ii) SNN coloca seu foco nas empresas, permitindo que os pesquisadores examinem
se as mudanças nas estratégias e comportamentos são causadas por empresas ou
instituições. Como resultado, a perspectiva SNN permite que os pesquisadores
considerem a influência bidirecional – ‘seguidor de regras’ e ‘modificador de
regras/normas/valores’ – nas estratégias das empresas, em vez de apenas a
estruturação (ou seja, seguidor de regras) pelas instituições.
(iii) SNN é a única estrutura no campo do institucionalismo que ajuda a explicar a
relação lógica e causal entre construtos de nível de empresa e construtos de nível
institucional em configurações institucionais comparativas. A esse respeito, a
literatura SNN operacionalizou os principais construtos no nível da empresa (por
exemplo, propriedade, governança, relacionamento e redes e dinâmica interna
das empresas) e as principais características institucionais que afetam as
estratégias da empresa (ver Tabela 3; Whitley, 1992a; 1992b; 2010 ).
(iv) No SNN, as instituições são consideradas como restrições e provedoras de
oportunidades, em vez de apenas como fatores restritivos, como defende o
institucionalismo baseado em North. Além disso, os estudiosos de NI tendem a
usar a categorização temática de instituições nacionais (Scott, 2008; North,
1991), enquanto os estudos de SNN incorporaram fenômenos institucionais
globais com características institucionais nacionais em sua estrutura de análise;
essa abordagem poderia avançar a análise de NI além da análise em nível
nacional (consulte a discussão em conjuntura-IV, 4.4).
(v) Além da definição densa de instituições (ver Whitley, 2010; Redding, 2005), os
pesquisadores de SNN seguem um caminho evolutivo e revisam continuamente
as estruturas institucionais com o objetivo de incorporar fenômenos
institucionais novos e dominantes que afetam a estratégia e a gestão da empresa
que decorrem de contextos sociais em mudança e globalização. Como resultado,
a estrutura SNN oferece órgãos-chave de instituições que os pesquisadores
podem usar para examinar o comportamento particular de uma empresa (por
exemplo, tipos de confiança, papéis estatais, hierarquia e reciprocidade,
instituições financeiras e trabalhistas; papel da sociedade civil e da diáspora,
ideologia, lógica e lógica, como parte de uma construção institucional cognitiva
que afeta os negócios, a gestão e o empreendedorismo).
(vi) O domínio de pesquisa SNN fornece amplas descobertas de pesquisa destacando
o comportamento da empresa em configurações institucionais comparativas e
transnacionais. Isso apresenta dois benefícios exclusivos para NI: primeiro,
oferece descobertas relacionadas a diferentes contextos de países que foram
comparados a outros. Em segundo lugar, na pesquisa entre países, os estudos
demonstram a influência das instituições de um país sobre as empresas no
contexto de outro país. Portanto, ambas as dimensões da pesquisa SNN
contribuem para o avanço do estudo de empresas em diferentes contextos
institucionais, contribuindo para os estudos de NI de forma única.
(vii) SNN segue o princípio de que as instituições são histórica e culturalmente
enraizadas, defendendo principalmente a análise lógica aprofundada do
comportamento das empresas em configurações institucionais comparativas e
transfronteiriças. Como resultado, estudos usando a perspectiva do SNN podem
lançar as bases para estudos aprofundados de grandes empresas locais em NI. Os
pesquisadores podem acompanhar as mudanças na evolução e os caminhos
coevolutivos antes de desenvolver um modelo robusto baseado em uma pesquisa
em larga escala, que é uma tradição de pesquisa dominante no NI.

Desta forma, a SNN se distingue de outras abordagens institucionalistas; está


muito mais alinhado com a agenda de pesquisa do NI. Isso não é para negar que existem
fronteiras difusas aqui, particularmente entre certos proponentes das variedades da
abordagem do capitalismo e a abordagem SNN (ver, por exemplo, Jackson & Deeg,
2008). Alguns autores se baseiam em ambas as abordagens de várias maneiras e não se
preocupam em se alinhar fortemente com qualquer um dos campos. No entanto,
pretendemos mostrar que existe uma abordagem SNN específica, coerente e consistente
para questões de negócios internacionais que pode se conectar de forma valiosa com a
literatura e os debates de NI existentes. Por esses motivos, nossa revisão se concentra
especificamente na literatura de SNN e NI.

Tabela 1: Variedades de institucionalismo e sua relação com questões de


internacionalização

Variedades de Abordagem às Abordagem às Abordagem às questões


institucionalismo instituições empresas internacionais
Economia Ordem negociada Limitada, mas criativa Foco principalmente em
neoinstitucionalista restritiva no nível de ordens negociadas através
(North, 1991) instituições de mercado de distâncias e fronteiras
específicas (por exemplo, Grief, 2006)
Institucionalismo Ordem negociada Constrangido, mas Concentre-se nas tensões
organizacional, versão restritiva; concentrar-se criativo ao lidar com o entre as configurações
1 (Scott, 2013) em campos específicos dualismo institucional institucionais de
onde as instituições são e problemas de acolhimento e de origem
coerentes; pouco pressões isomórficas para empresas
interesse em construir institucionais multinacionais (Kostova &
tipologias de sistemas Roth, 2003)
institucionais nacionais
comparativos
Foco em instituições Empresas como locais Concentra-se na
Institucionalismo globais de de conflito entre interpretação local do
organizacional, versão racionalização e pressões globalizantes significado e na adaptação
2 (Drori et al., 2014) cientificação e adaptações locais às pressões globais
impactando contextos (glocalização)
locais
Variedades de Abordagem estruturada Estratégia e estrutura Interesse teórico limitado
abordagem do para as principais da empresa como na internacionalização de
capitalismo instituições sociais e expressões de lógicas firmas; alguns estudos
como elas se encaixam sociais, empresas como empíricos de
(complementam umas passivas; pouco multinacionais,
às outras) para interesse em como as principalmente do ponto de
restringir fortemente a empresas mudam e vista de como elas
ação das empresas inovam, exceto em impactam as instituições
termos de rotas do país anfitrião e de
determinadas origem
institucionalmente
Abordagem de Abordagem estruturada Foco na empresa como O foco central é a
sistemas de negócios para as principais possuidora de internacionalização das
nacionais (Whitley, instituições sociais e capacidades e empresas e como isso afeta
2010b; Redding, 2005) como elas moldam as capacidades que a estratégia e a estrutura, a
capacidades e permitem ou inovação e a mudança e as
capacidades das restringem sua instituições nos contextos
empresas criatividade e inovação doméstico e anfitrião
em relação às
instituições

Nas seções a seguir, analisamos como essa perspectiva do SNN foi desenvolvida
em relação a questões de negócios internacionais e, portanto, onde ela pode contribuir
para o conhecimento de NI e aumentar os esforços para superar a divisão (ver Redding,
2005; Tempel & Walgenbach, 2007; Morgan, 2007; Jackson & Deeg, 2008; ver também
Ghoshal & Westney, 1991; Collinson & Morgan, 2009).

3. Metodologia e Identificação de Padrões

Como este é um artigo de revisão, adotamos um método de revisão sistemática


da literatura para dar sentido a grandes quantidades de informações (Petticrew &
Roberts, 2006), identificando onde pouca ou nenhuma pesquisa relevante foi feita e
quais contribuições a literatura de SNN pode trazer para o campo de NI. A técnica de
coleta de dados seguiu um algoritmo de seleção predefinido (Xiao & Nicholson, 2011)
para derivar um processo de busca e uma avaliação crítica da literatura e minimizar a
subjetividade na coleta de dados (Ginsberg & Venkataraman, 1985; Transfield et al.,
2003 ). No entanto, foi aplicado um método heurístico para a busca de monografias e
capítulos de livros. A ideia é fazer uma revisão confiável e abrangente da literatura SNN
para o período de 25 anos desde 1992, sendo este o ano em que Richard Whitley
publicou pela primeira vez uma versão completa do SNN (Whitley, 1992a; b).

3.1 Método de seleção de publicações relevantes

Nós nos concentramos em revistas acadêmicas revisadas por pares e livros


baseados em pesquisa que usam uma abordagem SNN ou teoria de sistemas de negócios
(TSN)6. Empregamos vários métodos para encontrar artigos de periódicos e livros
enquanto usamos os mesmos critérios de pesquisa para selecionar os artigos que
aparecem em periódicos e livros. Para a busca sistemática de artigos de periódicos e
livros, usamos o banco de dados ABI/Inform Complete (ou seja, ProQuest), que é o
banco de dados de negócios mais abrangente e diversificado do mundo. As palavras-
chave básicas usadas para a pesquisa foram 'sistema de negócios nacional' e 'sistemas de
negócios nacionais' E/OU 'sistema de negócios' ou 'sistemas de negócios', enquanto o
tipo de documento e a categoria incluíam 'artigo', 'acadêmico' e 'revisado por pares ';
língua inglesa'; e um intervalo de datas de 01 de janeiro de 1992 a 31 de julho de 2016.
Isso rendeu 4.429 acessos na publicação. Para limitar a busca a artigos de gestão
empresarial, selecionamos os campos ‘negócios’ e ‘ciências sociais’ e utilizamos três
opções diferentes combinando as mesmas palavras-chave: ‘sistema de negócios’ – ‘em
qualquer lugar do texto’; ‘sistema empresarial e/ou sistema empresarial nacional’ – ‘no
título’; ‘sistema empresarial e/ou sistema empresarial nacional’ – ‘no resumo. As
palavras-chave utilizadas como critérios de seleção para título, resumo e conteúdo
resultaram em uma amostra inicial de 310 artigos.

A amostra inicial foi refinada ainda mais para documentos de identidade usando
uma perspectiva e/ou estrutura SNN em linha com o SNN de Whitley (Whitley, 1992a;
1992b; 1999) porque encontramos vários artigos sobre sistemas de informação que
usavam o termo 'sistema de negócios' para se referir a um conceito completamente
diferente. Limitamos os resultados àqueles que empregam o SNN de Whitley, filtrando
artigos que citam 'Whitley' como o autor do SNN. O refinamento foi concluído por
meio de um rápido processo de revisão de varredura do título e do resumo, resultando
em 62 artigos de periódicos. No entanto, no processo de revisão sistemática, excluímos

6
N.T. Business Systems Theory (BST)
editoriais, mantendo artigos empíricos e conceituais. O processo de busca foi repetido
várias vezes para garantir a confiabilidade do resultado da busca.

A busca sistemática da ProQuest também resultou em algumas referências de


livros, mas estas não eram suficientemente abrangentes. Buscamos, portanto,
referências a livros de pesquisadores seniores na área de SNN (por exemplo, Richard
Whitley, Gordon Reading e Glenn Morgan) e consultamos suas listas de publicações,
disponíveis em sites de universidades e citações do Google Scholar. Uma busca manual
no banco de dados do Google Acadêmico com palavras-chave semelhantes também foi
realizada para verificar a validade da lista de livros. A busca resultou em 34 capítulos de
14 livros.

Esse método ajuda a reduzir a limitação de usar apenas artigos de periódicos,


pois vários artigos de pesquisa aparecem em volumes editados. A leitura dos resumos
de todos os artigos de periódicos (N=310) e livros (N=14) deu um subconjunto de 96
trabalhos, que incluem artigos de periódicos (64,58%), capítulos de livros e livros
(monografias) (35,42%). Esses trabalhos formam a base de evidências desta revisão (ver
Tabela 2). Lemos na íntegra e extraímos os dados relevantes, que estão sintetizados e
expostos na análise e no apêndice.

Tabela 2: Lista de artigos utilizados na revisão sistemática

Revistas/Editoras Autores N.º


Andrews, Htun, and Nimanandh (2016); Carney
(2016); Liu and Tylecote (2016); Morgan and Kubo
(2016); Whitley (2016); Whittaker, Sturgeon, and
Song (2016); Young (2016); Ahmadjian (2014);
Allen (2014); Giroud (2014); Carney and Witt
(2014); Redding, Bond, and Witt (2014); Whitley
Oxford University Press (books) (2014); Whitley and Morgan (2012); Whitley 27
(2012); Whitley (2010b); Whitley (2007); Whitley
(2005); Clark and Almond (2006); Edwards,
Gunnigle, Quintanilla, and Wächter (2006); Ferner
and Tempel (2006); Deeg (2005); Djelic &
Bensedrine (2001); Morgan (2001b); Morgan
(2001c); Tainio et al. (2001); Whitley (2001b)
Hotho and Saka-Helmhout (2016); Bachmann and
Inkpen (2011); Boussebaa et al. (2012); Whitley
Organisation Studies (2008); Whitley (2006b); Morgan and Quack 10
(2005); Lamberg and Laurila (2005); Haake (2002);
Whitley (2003b); Whitley (2000)
Witt and Jackson (2016); Judge et al. (2014);
Journal of International Business Studies Ioannou and Serafeim (2012); Jackson and Deeg 6
(2008); Witt and Redding (2009); Redding (2005)
Stavrou et al. (2010); Edwards and Kuruvilla
The International Journal of Human
(2005); Morgan et al. (2003); Sayım (2010); Ferner 6
Resource Management
and Quintanilla (1998); Whitley and Czaban (1998)
Ahmadjian (2016); Tempel and Walgenbach
Journal of Management Studies (2007); Edwards et al. (2005); Geppert et al. 6
(2003); Hassel et al. (2003); Whitley et al. (2003)
Whitley (2001a); Sørensen and Kuada (2001);
Sage Publishing (books) 4
Schaumburg-Muller (2001); Whitley (1992b)
Witt and Stahl (2016); Ni, Egri, Lo, and Lin (2015);
Journal of Business Ethics 3
Tengblad and Ohlsson (2010)
Tipton (2009); Redding and Witt (2009); Redding
Asia Pacific Journal of Management 3
(2002)
Witt and Redding (2013); Zhang and Whitley
Socio-Economic Review 3
(2013); Wood and Frynas (2006)
Business History Review Jong et al. (2010); Sluyterman and Wubs (2010) 2
Industrial and Corporate Change Whitley (2002); Whitley (2006a) 2
International Studies of Management &
Whitley (1999); Lundvall (1999) 2
Organization
Review of International Political Economy Yeung (2000); Whitley (1998); 2
Entrepreneurship Theory and Practic Lim et al. (2010) 1
Journal of World Business Wood et al. (2011) 1
Research Policy Casper and Whitley (2004) 1
Journal of International Management Clark and Geppert (2006) 1
Management International Review Edwards and Ferner (2004) 1
International Business Research Dekocker et al. (2012) 1
International Journal of Management
Wood, DNIben, and Ogden (2014) 1
Reviews
Journal of Business Economics and
Ercek (2014) 1
Management
Regulation and Governance Kristensen and Morgan (2007) 1
Global Networks Morgan (2001a) 1
Scandinavian Journal of Management Morgan (2007) 1
Organization Whitley (2003a) 1
Academy of Management Perspectives Whitley (2009) 1
The Journal of Modern African Studies Pedersen and McCormic (1999) 1
Competition Forum Ali and Batra (2008) 1
South Asian Journal of Management Grainger and Chattarjee (2007) 1
Economy and Society Morgan (2009) 1
Palgrave Macmillan (book) Rana (2015) 1
Edward Elgar (book) Morgan (2012) 1
Routledge (book) Allen and Whitley (2012) 1

3.2. Análise de conteúdo e reconhecimento de padrões

Seguimos uma análise em duas etapas. Na primeira etapa, codificamos as


informações da literatura selecionada encontrada por meio da busca sistemática para
extrair informações descritivas sobre as seguintes dimensões: questão de pesquisa (QP)
e foco temático, tipo de metodologia e teoria utilizada, nível de análise e principais
resultados da pesquisa em termos de 'antecedentes', 'fenômenos' e 'consequências'. Em
seguida, colocamos as informações codificadas em uma linha do tempo entre 1992 e
2016, particularmente as informações sobre temas, nível de análise e grandes
fenômenos, a fim de revelar padrões de pontos de virada ou mudanças na trajetória da
pesquisa SNN. ‘Sistemas de negócios comparativos e nacionais’, que foi o foco de
Whitley em seu livro seminal (1992a; b), foi considerado o primeiro ponto de virada no
exercício de correspondência e reconhecimento de padrões (Yin, 1994). Nossa análise
de padrão nos levou a identificar outras três conjunturas temáticas ao longo da linha do
tempo, que são 'internacionalização e gerenciamento de MNC' em 1998 (ver Whitley,
1998), 'capacidade organizacional e inovação' em 2000 (ver Whitley, 2000) e
'transnacionalização comunidades e SNN' em 2001 (ver Morgan, 2001a). Na segunda
etapa, agrupamos todos os temas emergidos de diferentes artigos em conjunturas
temáticas em termos de sua adequação à dimensão de cenexão. Para desenvolver o
mapa temático de reconhecimento de padrões, identificamos as informações com base
nas seguintes características: (i) como um tema em um artigo é comumente estudado
com outros temas em diferentes artigos, mostrando-nos as conexões sobrepostas entre
os temas abordados em dois ou mais conjunturas, (ii) com que frequência o tema é
focalizado por outros estudos, revelando a frequência de temas na forma de espessura da
linha de conexão e (iii) quantos artigos abrange uma conjuntura que abrange todos os
temas desse grupo , que visualiza o tamanho da junção.

Colocamos códigos e números para cada tema e ampla junção temática nas
dimensões acima mencionadas em um programa de software Gephi. Gephi desenha
sistematicamente relações entre variáveis textuais (ou seja, temas) para mapear e
reconhecer padrões. Isso revelou quatro grandes conjunturas temáticas que consistem
em temas distintos, mas sobrepostos, e indicam uma mudança na trajetória de pesquisa
da SNN à medida que novas áreas de interesse entram em foco com mais clareza.

Seguindo o mapa temático visual (ver Figura 1), nossa análise de conteúdo segue
um protocolo chamado antecedentes (fatores a priori) – fenômenos (algo
impressionante ou único) – consequências (efeitos e resultados de antecedentes) (ver
Schmeisser, 2013) a fim de extrair contribuições de cada papel (ver apêndice). Nós os
sintetizamos em quatro grandes temas e os discutimos em contraste com a literatura
relevante de NI. Apresentamos a análise de conteúdo da seguinte forma: (i) questão de
pesquisa focada nas conjunturas temáticas, (ii) abordagens SNN e descobertas
relacionadas à QP, (iii) abordagens NI para QP, (iv) como a SNN estende a pesquisa NI
e (v) problemas em SNN e extensões futuras. Ao responder a essas perguntas,
pretendemos contribuir tanto para o SNN quanto para o NI, demonstrando como a
pesquisa do SNN pode avançar na pesquisa do NI.

3.3. Mapeamento e Reconhecimento de Padrões de Estudos SNN

A Figura 1 ilustra uma tendência de agrupamento dos temas centrais na literatura


SNN em torno das quatro junções temáticas. O mapeamento e o reconhecimento de
padrões revelam que J-II (internacionalização e gerenciamento de MNC) recebeu o
maior foco, seguido por J-I (sistemas de negócios comparativos). J-III (capacidade
organizacional e inovação) e J-IV (comunidades transnacionais) receberam menos
atenção dos pesquisadores do SNN. Três temas – internacionalização, capacidade
organizacional e GRH internacional em conjunto com SNN – receberam a maior
atenção até 2016.
Figura 1: Mapeamento e Reconhecimento de Padrões dos Temas Centrais na Literatura
SNN

Nota (Fig. 1): (i) 'Tamanhos de quatro junções temáticas' indicam a sua frequência em termos de publicação de artigos; (ii) ‘Espessura das
linhas de conexão’ entre temas, e entre temas e junções temáticas indicam a frequência dos temas em diversos artigos; (iii) ‘Linhas de
conexão’ indicam como um tema ou junção temática tem sido comumente usado com outros temas, bem como junções temáticas.
4. Discussão

Nossa análise dos dados mostra um agrupamento distinto de pesquisas de NI


influenciadas pelo SNN em torno de quatro conjunturas temáticas (Fig. 1), que
discutimos em termos da (i) questão de pesquisa (ii) abordagens do SNN e descobertas
sobre o QP, ( iii) abordagens de NI para QP, (iv) como SNN estende a pesquisa de NI e
(v) problemas em SNN e extensões futuras.

4.1. Conjuntura I: Sistemas Comparativos de Negócios

4.1.1. Questão de Pesquisa: A principal questão que os estudos nesta conjuntura


temática focam é, 'Como e por que as características do SN nos níveis organizacional,
setorial e nacional são desenvolvidas, reproduzidas e alteradas, e como elas variam
dentro e entre os países?' os estudos enfocaram principalmente nas estruturas
institucionais em nível nacional e setorial que afetam as formas como as empresas
organizam, controlam e coordenam as atividades econômicas; integração de
alianças/coordenação de não propriedade e capacidade organizacional; e o impacto
destes na especialização setorial (Whitley, 1992a; b; 1999; Allen & Whitley, 2012). A
Tabela 3 ilustra os principais contextos institucionais que dizem respeito à SNN. Na
abordagem SNN, cada característica institucional pode ser organizada de pelo menos
duas maneiras; a maneira como eles estão organizados impacta as capacidades e
competências da empresa, conforme mostrado na tabela 3.

Tabela 3. Características institucionais que afetam as capacidades da empresa e as


capacidades em sistemas de negócios

Características Dimensões Impacto nas capacidades Impacto nos relacionamentos


institucionais principais e competências da entre empresas
empresa (ou seja,
propriedade e
governança, dinâmica de
gestão)
Confiança, Alta Firmas de confiança baixa Em contextos de alta confiança, a
autoridade e confiança/baixa são altas em supervisão e vontade de compartilhar
hierarquia confiança hierarquia para controlar a informações, pessoas, tecnologia e
força de trabalho; processos é maior do que em
empresas de alta baixa confiança
confiança delegam e
compartilham
informações com os
funcionários
Sistema Mercado de Financiamento baseado no O financiamento baseado em
financeiro capitais ou banco mercado de capitais mais bancos torna mais provável a
dependente de decisões de formação de conglomerados
curto prazo dos acionistas; diversificados, nos quais o risco é
os sistemas bancários têm distribuído entre diferentes atores;
orientações de longo nos sistemas de mercado de
prazo capitais, os acionistas querem
saber o risco específico do
investimento, o que desencoraja
altos níveis de cooperação entre
empresas. Também afeta a
propriedade e a governança.
Lei e direitos Individualista vs Natureza precária dos Questões da lei da concorrência e
de propriedade comunitário, base direitos de propriedade o grau em que as empresas podem
de lei natural/civil privada onde o estado não colaborar sem serem acusadas de
para direitos de é confiável, impacto disso se tornarem anticompetitivas
propriedade vs no investimento e como o
estado como a lucro é mostrado nas
fonte dos direitos contas
de propriedade
Sistema de Distribuição de Instituições de alta As empresas precisam cooperar
educação e instituições entre qualificação levam a uma para estabelecer sistemas de alta
treinamento baixa força de trabalho mais qualificação, caso contrário,
qualificação, alta envolvida e a níveis mais levam à caça furtiva e perdem
qualificação e altos de qualidade e potencial para desenvolver
qualificação inovação; o foco na empresas ou ocupações recursos
profissional qualificação profissional de habilidade específicos. Em
leva à centralização do sistemas de baixa qualificação, as
conhecimento e da empresas competem para manter
especialização os salários baixos. Os
padronizados em trabalhadores profissionais são
processos executados por altamente móveis, pois as
trabalhadores de baixo habilidades são transferíveis
nível qualificado nos
processos de produção
Estado, política Três tipos: Sob condições de Os sistemas de delegação estatal
e • O Estado coordenação de mercado, incentivam o desenvolvimento de
regulamentação intervém as empresas têm poder associações intermediárias e a
diretamente para para definir seus próprios cooperação entre empresas em
definir preços e preços, salários. Nos uma série de questões. Nos
salários sistemas regulados pelo sistemas regulados pelo Estado, as
• O Estado cria estado, as empresas empresas buscam estabelecer suas
instituições para aceitam os preços próprias relações com o Estado
garantir que os estabelecidos pelo estado. em detrimento de outras empresas.
mercados Nos sistemas delegados Em sistemas baseados no
funcionem com pelo Estado, as empresas mercado, em teoria, as empresas
eficácia participam da formação estão em igualdade de condições,
• O Estado delega do mercado. competindo umas com as outras.
associações
intermediárias
para desenvolver a
regulamentação
dos mercados
Elaboração dos autores com base em Whitley (2010b; 1992b) e Redding (2005).

4.1.2. Abordagens SNN e Conclusões para QP: A pesquisa SNN vai além e argumenta
que há um número limitado de maneiras pelas quais essas escolhas institucionais podem
ser coerentes de forma eficaz e produzir “sistemas de negócios nacionais”. Em Milgrom
e Roberts (1995), isso é descrito como “complementaridade institucional”; ou seja,
quando essas instituições estão copresentes, elas se reforçam e se apoiam, tornando o
sistema mais produtivo como um todo. Vários autores apontaram às dificuldades de
definir complementaridades. A complementaridade significa que as instituições estão
trabalhando na mesma linha e, portanto, reforçam os esforços umas das outras (por
exemplo, em discussões sobre a ligação entre financiamento de longo prazo e emprego
de longo prazo), ou significa que as instituições são diferentes, mas complementares
(por exemplo, no modelo dinamarquês de flexigurança7, onde há poucas medidas de
proteção ao emprego e os trabalhadores podem ser facilmente dispensados, mas o
sistema de bem-estar oferece a eles a segurança de altos níveis de remuneração de
substituição e oportunidades de retreinamento) (Crouch, 2005; 2010; Deeg, 2005;
Whitley, 2005; Morgan, 2007)? Outras questões sobre complementaridades estão
relacionadas a como elas mudam ao longo do tempo, de modo que o que pareciam ser
complementaridades essenciais, por exemplo, em Weber, a ética protestante e o espírito
do capitalismo se desconectam, de modo que a religião em geral ou crenças religiosas
particulares não são mais uma instituição essencial complementar ao
empreendedorismo. Tais complementaridades podem permanecer adormecidas, mas
podem ser revividas, por exemplo como Thatcher reviveu as instituições de livre
mercado após décadas de capitalismo administrado sob o keynesianismo. Combinar
instituições em padrões complementares é um processo complexo para qualquer
sociedade, mas a SNN sugere que é possível construir um conjunto de tipos ideais que
se aproximem aproximadamente de exemplos particulares e nos ajudem a entender
como empresas de diferentes contextos institucionais desenvolvem suas capacidades e
capacitações em um ambiente global. contexto. À luz de mais de duas décadas de
pesquisa, principalmente nos EUA, Austrália, Europa e Ásia (ver Whitley 1992a; b;
2001b; 2003a; b; 2009; 2010a; b; 2014; 2016; Casper & Whitley, 2004; Edwards et al.,
2006; Redding & Witt, 2009; Zhang & Whitley, 2013), a maioria dos pesquisadores da

7
N.T. flexicurity
SNN desenvolveu um amplo consenso sobre a seguinte tipologia de sistemas de
negócios nacionais, conforme resumido na

Tabela 4. Sistemas de negócios e seu impacto sobre empresas

Tipo de Incoerente Dominado Orientado Corporativi Corporati Rede


sistema de e pelo para o smo vismo colaborativa
negócios fragmenta Estado mercado cooperativo colaborati
do vo e
inclusivo
Exemplo Grécia Coreia do EUA/Reino Japão Alemanha Dinamarca
Sul/França Unido
Organizaçã Fraca e Relativame Indiferente e Modesto e Intervençã O Estado
o estatal da ineficaz nte forte e regulatório seletivo o direta apóia
economia eficaz limitada instituições
que apóia sociais
o estado colaborativas
regulatório para facilitar o
corporativi crescimento,
sta especialmente
treinamento
em habilidades
Coordenaçã Fraca e mal Relativame Limitada Forte e Alta – Colaboração
o coordenada nte robusta altamente colaboraçã entre parceiros
empresarial institucional o em sociais em
da ação izada entre acordos nível local
econômica grandes corporativi
empresas stas
formais
que ligam
grandes
empresas e
PMEs ao
trabalho
Grau de Baixo Compromi Alguma Compromiss Alto – Altos níveis de
comprometi comprometi sso delegação, o mútuo e baseado treinamento e
mento, mento e limitado mas cooperação, em altas habilidades
delegação e interdepend do comprometim especialmen habilidade combinados
interdepend ência empregado ento limitado te em s e com alta
ência limitada r; força de do grandes envolvime mobilidade
trabalho empregador empresas nto de entre empresas
altamente com sindicatos e empregos
disciplinad empregos de e
a e longo prazo funcionári
controlada os
Contextos
instituciona
is
associados
Sistemas Mercados Bancos Mercados de Bancos Setor
financeiros de capitais estatais capitais combinados bancário
pouco que desenvolvido com segmenta
desenvolvi fornecem s e mercados do;
dos e capital diferenciados de capitais bancos
baseados barato para com mútuos
em bancos para diferentes investidores locais que
empresas perfis de passivos apoiam as
favorecida risco PME;
s com grandes
fortes empresas
conexões que usam
políticas mercados
de
capitais
Procedimen Baixa Baixa Limitada – Considerave Alta Combinação
tos confiança no lmente de confiança e
institucional contrato e na forte
izados e lei monitorament
confiança o/sanção de
oportunismo
Estruturas Patrimonial Centraliza Estado Corporativis Estado Estado apoia
estatais : baixa do sob o regulador ta apoia a os parceiros
centralizaçã controle da baseado na empresarial: abordagem sociais –
o e elite e das manutenção alto apoio dos colaboração
coerência grandes das condições do estado às parceiros em melhorias
organizacio empresas para a associações sociais – e inovação,
nal; baixo com pouco competição de empresariais capital, mas não
apoio do envolvime mercado e na , algumas trabalho e protege
estado às nto do proteção proteção do o estado empregos/indú
associações trabalho ou contra estado para em strias
intermediári escrutínio ineficiências a indústria colaboraçã específicos
as público do mercado doméstica e o
restrições
aos
mercados
abertos
Consequên
cias para as
empresas
Necessidad Baixa Alta – Baixa – Alta Alta Alta
e de industriali diversidade
especializaç zação de modelos
ão setorial voltada de negócios
para a
exportaçã
o
Estratégias Limitada Produção Inovação Orientada Estratégias Cooperativa
de inovação em massa doméstica para o cooperativ incremental
de limitada – mercado – o as em indústrias
produtos tecnologia modelo incrementa de médio
padronizad imitada ou funciona em is – porte, onde a
os para licenciada vários funcionári incorporação
criar setores, que os, de novas
eficiência estão empresas, inovações/dese
de custo. passando redes e nhos em
por rápidas estado – mercados de
mudanças custo- produtos
em forma e eficiência existentes é
função ou cooperativ fundamental
emergindo a
pela incrementa
primeira l focada –
vez, mas tecnologia
mais fracos aprimorad
em a
mercados de
produtos
estabelecido
s
Modelo de Extração de Produção Inovação Produção Produção Produção
negócios rendas pelo em massa descontínua em massa de de personalizada
dominante e poder de fordista impulsionada bens qualidade flexível
bem- monopólio por mercados diferenciado diversifica
sucedido concedido de capitais, s da
por aliados mercados de
políticos trabalho
flexíveis e
base de
conhecimento
/ciência em
mudança
Fonte: Elaborado pelos autores

Whitley et al. procurou demonstrar o valor dessa tipologia por meio de atenção
detalhada a uma ampla gama de contextos sociais que não haviam sido previamente
comparados dessa maneira (ver Witt & Redding, 2009; Witt & Redding, 2013; Witt &
Jackson, 2016; Witt & Stahl, 2016). Estudos focados na construção de tipologias a
partir de uma comparação de sistemas de negócios europeus (Whitley, 1992b; Casper &
Whitley, 2004; Edwards et al., 2006; Ercek, 2014), o sistema dos EUA (Almond &
Ferner, 2006; Whitley, 2009) , Sistemas de negócios asiáticos (Whitley, 1992a; 2001a;
Zhang & Whitley, 2013; Whitley et al., 2003; Grainger & Chattarjee, 2007; Redding &
Witt, 2009; Tipton, 2009; Witt & Redding, 2009; 2013; Zhang & Whitley, 2016;
Redding, Bond, & Witt, 2014; Morgan & Kubo, 2016; Whitley, 2016; Young, 2016) e
algumas aplicações recentes a sistemas africanos (Wood & Frynas, 2006; Wood et al.,
2011).
Os estudos da SNN em conjuntura I tendem a enfatizar que ainda existem
dependências de caminho institucionais significativas dentro dos sistemas nacionais que
moldarão as empresas e seus modelos de negócios no futuro (Deeg, 2005; Grainger &
Chattarjee, 2007; Whitley, 2009; Redding & Witt, 2009; Whitley, 2014). A mudança
nos sistemas de negócios nacionais foi geralmente vista como incremental e dependente
do caminho, e apenas ocasionalmente, sob condições de crise extrema, pontuada e
repentina (Judge et al., 2014). O que a SNN conseguiu com essa conjuntura temática foi
estabelecer uma tipologia robusta de como as instituições poderiam se encaixar e criar
uma forma distinta de capitalismo, com as empresas tendo pontos fortes particulares
decorrentes desse contexto (Wood, DNIben, & Ogden, 2014). Essa tipologia, portanto,
oferece a base para comparações entre as capacidades e capacitações de firmas de
diferentes contextos. Nesse estágio, no entanto, o SNN não confrontou diretamente a
questão de qual impacto a internacionalização das empresas teria sobre essas
configurações institucionais e como essas configurações impactariam as estratégias e
estruturas à medida que as empresas se tornassem multinacionais.

4.1.3. Abordagens NI para QP: As referências nesta seção se baseiam em


artigos que enfocam análises comparativas e transnacionais publicadas em periódicos de
NI para ver como os estudos NI contribuem para as dimensões nas quais o SNN se
concentra, conforme explicado nas seções anteriores. Com foco no comportamento da
empresa e na tomada de decisão em contextos transnacionais, o NI tende a considerar as
dimensões culturais (Beugelsdijk, Kostova, & Roth, 2016) e, mais importante, o papel
das instituições estatais como fatores exógenos que afetam a propriedade, o desempenho
e a capacidade de internacionalização da empresa. (Wang et al., 2012; Cui & Jiang,
2012). Embora o NI tradicionalmente se concentre em estudos comparativos,
investigando como as variações nos fenômenos afetam as decisões de negócios e o
desempenho de maneira diferente em diferentes países, conforme visto na Management
International Review (MIR) (Cavusgil & Das, 1997; Culpan & Kucukemiroglu, 1993;
Holzmüller & Kasper, 1990 ; Schöllhammer, 1973), isso tem se tornado cada vez mais
raro. Na maioria dos casos, os estudos de NI tendem a ver as dimensões culturais e
institucionais como variáveis constantes e aceitas; assim, eles perdem a lógica
explicativa e os mecanismos de fundo das dimensões e instituições culturais
manifestadas que criam as condições para as quais as empresas moldam sua capacidade,
desempenho e estratégias. A análise NI, portanto, explica a causalidade entre a
dimensão cultural/institucional e a capacidade e desempenho de internacionalização de
uma empresa. Os estudos tradicionais de NI não prestaram atenção adequada a algumas
das principais instituições que moldam as estratégias e o desempenho das MNC, como o
desenvolvimento de habilidades e instituições financeiras, para as quais os estudos SNN
contribuem significativamente; como resultado, os estudos de NI podem se beneficiar
da literatura SNN a esse respeito. Além disso, conforme explicado em 4.1.2, os estudos
SNN contribuem para a compreensão da 'complementaridade institucional' e da
'dependência de caminho' nas escolhas estratégicas das empresas (Jackson & Deeg,
2008); os estudos de NI carecem dessa visão em seu arcabouço teórico. Os estudos de
NI, portanto, podem usar essa visão teórica ao examinar as escolhas estratégicas das
empresas para internacionalização, seção de localização, propriedade e governança. Os
estudos de NI também podem ir um passo além para investigar como a configuração
institucional em um país produz complementaridade para as empresas crescerem e se
internacionalizarem em comparação com empresas de e em outros arranjos
institucionais.
4.1.4. Como o SNN estende o NI: Os estudos aprofundados de contextos
institucionais, conforme apresentados nas descobertas (4.1.2), não pretendem ser
abrangentes, mas oferecem um recurso muito importante para os estudiosos de NI que
desejam ir além do unidimensional , caracterizações estáticas de sociedades, por ex. em
escalas de diferença cultural (por exemplo, Hofstede) ou medidas de distância
institucional. Embora possa ser difícil lidar com um grande número de comparações
com base na abordagem holística característica do SNN, pois isso inibe o
desenvolvimento de modelos estatísticos de causalidade dominantes no NI, o SNN
procura evitar tornar-se simplesmente o estudo ideográfico de sociedades particulares,
desenvolvendo um conjunto de conceitos comuns sobre tipos de instituições e sistemas
de negócios. Isso oferece uma estrutura útil para o NI em termos de identificação de
diferentes modelos de organização empresarial e como eles encontram lugares nos
mercados globais, com base nessa literatura comparativa em que os estudos
organizacionais atendem a vários contextos institucionais (Hotho & Saka-Helmhout,
2016). Além disso, os estudos de NI podem se beneficiar das descobertas de estudos
comparativos de sistemas de negócios, pois apresentam informações sobre governança
corporativa, networking, gerenciamento, capacidade e internacionalização em diferentes
contextos institucionais. Portanto, os estudos de SNN podem ser um recurso
complementar para o avanço dos estudos de NI.
As seguintes áreas sugeridas de complementaridade, explicadas em detalhes
abaixo, são derivadas de nossa revisão sistemática dos estudos SNN: (i) análise
institucional comparativa das escolhas estratégicas das empresas, (ii) orientações de
longo prazo versus orientações de curto prazo, (iii) confiança entre empresas e entre
indivíduos afetando NI e empreendedorismo internacional e (iv) criação e difusão de
conhecimento.

Em primeiro lugar, como o estudo comparativo ainda é usado em gestão


internacional e pesquisa de marketing internacional (ver Teagarden et al., 1995; Poon,
2005), os estudos de NI, com base na análise comparativa de sistemas institucionais e
de negócios, podem se concentrar no desenvolvimento da capacidade humana (ou seja,
formação de habilidades) e sua influência nas decisões de seleção de localização,
internalização e configuração de propriedade das empresas. As respostas à pergunta
sobre como a formação de habilidades pode afetar as decisões das empresas na
internacionalização estão enraizadas na análise comparativa de sistemas de negócios,
que tem links para algumas questões fundamentais que as estruturas teóricas de NI
tentam explicar, por exemplo, OLI e AAA (arbitragem, adaptação e agregação)
(Dunning, 2000; Ghemawat, 2003). Por exemplo, a formação de habilidades, que é
condicionada institucionalmente, determina como e em que medida uma empresa pode
desenvolver sua capacidade interna (tecnológica e gerencial) para crescer e se
internacionalizar. Esta dimensão também afeta a forma como as empresas acessam
habilidades, conhecimentos e competências novas e raras (por exemplo, no caso da
internacionalização de unidades de P&D) (Allen, Allen, & Lange, 2017). Assim, a
compreensão desta dimensão leva as empresas a decidir entre internalizar o sistema de
desenvolvimento de competências (i.e. através de mecanismos internos de formação e
coaching) ou externalizá-lo através da colaboração com organizações/instituições ou
compra de competências. A incapacidade de acessar as habilidades necessárias afetaria
negativamente o processo de internacionalização e a competitividade de uma empresa
no mercado global. Da mesma forma, a indisponibilidade das habilidades necessárias
em um contexto pode levar as empresas à arbitragem para outro contexto institucional;
assim, as empresas exigiriam adaptação e gestão complexa de diversos tipos de recursos
humanos transfronteiriços, dotações de fatores e estruturas organizacionais (Hotho &
Saka-Helmhout, 2016; Saka, 2004; Sorge, 1995).
Em segundo lugar, os estudos de NI tendem a se concentrar nos efeitos das
orientações de longo e curto prazo principalmente da perspectiva da dimensão cultural,
assumindo que este é um fator exógeno constante que afeta a orientação estratégica de
uma empresa (ver Hofstede & Minkov, 2010). Os estudos de NI, portanto, perdem, por
exemplo, como os mercados de capitais são organizados em um determinado contexto
institucional, que suporta certos tipos de estruturas de propriedade, que por sua vez
influencia a orientação estratégica de uma empresa (ou seja, longo ou curto prazo) (por
exemplo, Tao et al. 2017). Estudos futuros sobre fusões e aquisições transfronteiriças
em relação à propriedade e controle (ver Ficici & Aybar, 2009; Aguilera & Dencker,
2004; Angwin, 2001; Baysinger, Kosnik, & Turk, 1991) podem usar o longo/curto
prazo dimensão de orientação decorrente da propriedade na perspectiva SNN para
examinar a orientação estratégica e seus efeitos sobre a natureza do controle, gestão de
recursos humanos em M&A e avaliação de valores.

Em terceiro lugar, a confiança entre empresas e entre indivíduos é amplamente


utilizada na literatura internacional de negócios/empreendedorismo (Alzahrani, Al-
Karaghouli, & Weerakkody, 2017; Labarca, 2014) e é novamente considerada um
constructo dado como certo emergindo do contexto cultural. A literatura de NI
tradicionalmente usa a confiança como variável explicativa para decisões sobre ‘fazer
ou comprar’ e questões relacionadas à contratação (Madhok, 1995), bem como questões
como delegação ou centralização de decisões. A análise institucional comparativa sobre
o desenvolvimento da confiança traz uma nova dimensão ao exame dos fenômenos
transfronteiriços (Zaheer & Zaheer, 2006) ao vincular a confiança com características
institucionais fracas e incoerentes e sistemas de negócios fragmentados (Whitley,
2001a). Assim, os estudos de NI podem ir além da análise unidimensional da confiança
para uma análise mais complexa de instituições e sistemas de negócios, e os arranjos e
raízes históricas que fazem com que a confiança entre os atores econômicos se
desenvolva de maneiras particulares.

Em quarto lugar, os fenômenos das instituições de criação e difusão do


conhecimento e suas contribuições para o desenvolvimento de capacidades e
crescimento das PMEs e multinacionais em contextos institucionais comparativos
constituem uma agenda de pesquisa interessante para NI (Whitley, 2008). Embora
devamos discutir esse fenômeno extensivamente na conjuntura III, lançamos um pouco
de luz sobre ele aqui. De uma perspectiva, as multinacionais precisam gerenciar
redes/cadeias de valor globais de produção. Assim, as multinacionais precisam
considerar a qualidade das instituições de criação/difusão do conhecimento em
diferentes sistemas de negócios e como essa qualidade afeta a gestão e a
sustentabilidade e seu desempenho nas cadeias de valor globais (Zhu & Morgan, 2017;
Ernst & Kim, 2002). No entanto, esse fenômeno ainda não é bem abordado nos estudos
de NI, com exceção de um artigo de Kamoche e Harvey (2006), que argumentam que as
multinacionais estão indo para os mercados africanos para investimento e marketing,
esperando transferir conhecimento sem considerar o contexto institucional subjacente,
os mecanismos e suas raízes históricas. Isso indica que os sistemas de negócios
comparativos e o institucionalismo podem ser úteis para entender problemas de
pesquisa em que a complementaridade institucional e a dependência do caminho afetam
a vantagem comparativa de indústrias e empresas (Witt & Jackson, 2016; Whitley,
2005; Deeg, 2005).

4.1.5. Problemas para SNN e desenvolvimento subsequente8: Existem dois


problemas principais com esta abordagem. A primeira é que a gama de formas de
capitalismo estudadas é relativamente limitada. Em particular, tem havido poucos
esforços para aplicar sistematicamente essa estrutura às economias emergentes da
América Latina, África e Ásia (exceto China, Japão, Coréia do Sul, Taiwan e
Cingapura). As exceções incluem os capítulos de Witt e Redding (2014), Zhang e
Whitley (2016) e Morgan e Whitley (2012). Na próxima década, é preciso haver mais
pesquisas de SNN nesses diferentes países, a fim de fornecer uma base de conhecimento
para trabalhos futuros e analisar o grau em que existem formas e tipos específicos de
sistemas de negócios em economias emergentes que podem ser comparados a modelos
em economias desenvolvidas.

O segundo problema discutido na literatura é o da mudança (Djelic & Quack,


2005; Jackson, 2010; Ferner & Morgan, 2012; Morgan, Whitley, & Moen, 2005). Até
que ponto esses tipos de sistemas de negócios nacionais estão se reproduzindo,
evoluindo ou mudando, e com que efeitos sobre as empresas e suas estratégias? Embora
as questões de mudança institucional possam ser analisadas em termos de processos
endógenos (por exemplo, Streeck & Thelen, 2005), grande parte dessa discussão se
relaciona com o papel de fatores exógenos, em particular: (i) multinacionais (Morgan,
Kristensen, & Whitley, 2001 ; Morgan, 2009; Morgan & Kristensen, 2009; Kristensen

8
N.T. further development
& Lilja, 2011) e seu impacto nas SNN, (ii) difusão de tecnologia e conhecimento além
das fronteiras nacionais e (iii) regulamentação transnacional. É para esses temas que nos
voltamos agora.

4.2. Conjuntura II: Internacionalização e Gestão de MNC


4.2.1. Questão de pesquisa: A grande questão que esta conjuntura temática
abrange é: como as instituições moldam as formas pelas quais as empresas (MNCs) se
internacionalizam (modos de entrada, etc.), gerenciam e coordenam suas atividades
econômicas além das fronteiras nacionais? Relacionada a isso, está a questão de como
as multinacionais buscam remodelar as instituições nos contextos de origem e de
acolhimento para atender melhor às suas necessidades. Podemos resumir esse conjunto
de questões em três títulos:
• Estratégia de internacionalização: como as instituições influenciam a localização
das multinacionais e que tipo de modo de entrada elas usam?
• Como as multinacionais organizam suas estruturas para enfrentar os desafios de
gestão em diferentes contextos institucionais? Como isso afeta o equilíbrio entre
centralização e padronização, ou homogeneização e divergência, dentro da
empresa? Quais são os principais fatores institucionais que influenciam essas
decisões?
• Em que condições as multinacionais se envolvem ativamente com as instituições
anfitriãs para se adaptar, remodelar ou aprender com elas?

4.2.2. Abordagens SNN e Conclusões para QP: A abordagem SNN insiste que,
para entender como as multinacionais se internacionalizam e se organizam em
diferentes contextos, é crucial primeiro entender sua base institucional e como ela
moldou os principais aspectos de sua estratégia e organização (ver Ferner & Tempel,
2006; Clark & Almond, 2006). Conforme discutido no amplo tema anterior, contextos
institucionais em SNN moldam diferentes tipos de empresas com diferentes tipos de
capacidades competitivas. Como resultado, a pesquisa da SNN tem estado
particularmente interessada em como a capacidade competitiva afeta as decisões sobre
internacionalizar, onde localizar e qual modo de entrada empreender. Uma influência
chave aqui, que reflete o papel central das complementaridades institucionais nas
discussões da SNN (ver Redding, 2005; Morgan, 2012; Rana, 2015; Rana & Elo, 2017),
diz respeito à ligação entre diferentes instituições no contexto doméstico, os tipos das
capacidades que geram nas empresas e as formas como influenciam as decisões sobre a
internacionalização. Por exemplo, a SNN enfatiza que as vantagens competitivas das
empresas alemãs em engenharia mecânica e automobilística surgem da combinação de
uma força de trabalho altamente qualificada (derivada das instituições de ensino e
treinamento presentes na Alemanha) que provavelmente será empregada por longo
prazo em uma determinada ocupação profissional e firme e altamente experiente em
uma área específica de tecnologia e produção, com um sistema financeiro de capital
paciente que apoia a inovação e a melhoria incremental do produto. O "capital paciente"
também incentiva o envolvimento de longo prazo com fornecedores e o
desenvolvimento de programas conjuntos de atualização e inovação. Esse conjunto de
vantagens em nível de empresa derivadas de estruturas em nível institucional era
altamente específico de localização, como refletido no agrupamento de empresas alemãs
de médio porte em torno de empresas exportadoras maiores. Como resultado, as
empresas manufatureiras alemãs até a década de 1980 eram altamente dependentes (e
bem-sucedidas) da exportação de seus produtos e tinham pouco FDI9. As pressões de
custo dentro da Alemanha, o surgimento de novos concorrentes e os requisitos de
acesso ao mercado começaram a alterar o equilíbrio de vantagens e a levar a mais FDI.
Nesse ponto, no entanto, as empresas alemãs se internacionalizaram de forma a manter
algumas de suas vantagens institucionais domésticas nos contextos anfitriões. Eles
preferiram estabelecer operações greenfield ou, quando se envolveram em aquisições,
reestruturar intensamente a empresa adquirida usando um modelo alemão de alto
investimento em tecnologia e procedimentos operacionais de última geração. Em
particular, eles continuaram a contar com seus fornecedores locais, levando-os com eles
para novos locais. Eles também tentaram garantir que seus novos funcionários fossem
altamente qualificados, seja por meio de recrutamento seletivo em uma área de
trabalhadores de manufatura qualificados existentes ou atualizando as instituições
educacionais locais de acolhimento para que os funcionários não alemães pudessem
produzir um alto nível de desempenho.

As empresas japonesas de manufatura intensiva em capital que começaram a se


envolver em FDI seguiram um caminho semelhante (Morgan et al., 2003), atraindo seus
fornecedores baseados no Japão, usando-os para ajudar a desenvolver uma rede de
fornecimento local e treinar funcionários. Em ambos os casos, embora tenham

9
Foreign Direct Investment (Investimento Estrangeiro Direto).
aprendido algumas novas habilidades ao operar em diferentes ambientes institucionais,
as empresas continuaram a depender das redes e instituições intensivas de sua base para
o desenvolvimento de seus produtos mais avançados. Portanto, os contextos
institucionais de origem e destino afetaram seus modos de entrada e os tipos de
estratégias nas quais as empresas se engajaram no novo local. Em contraste, as
multinacionais americanas vieram de um contexto institucional onde dominavam as
relações de mercado com mão de obra, fornecedores e mercados financeiros. Eles
estavam muito mais dispostos a assumir riscos e entrar em contextos estrangeiros por
meio de fusões e aquisições, reestruturando aquisições para cortar custos trabalhistas,
mudar fornecedores e contratos e gerar lucratividade de curto prazo. Eles foram,
portanto, cautelosos ao entrar em contextos institucionais como a França e a Alemanha,
onde os direitos trabalhistas eram bem protegidos, os custos trabalhistas eram altos e as
cadeias de suprimentos eram capturadas por grandes empresas locais.

Esses fatores institucionais também influenciam como as multinacionais são


estruturadas e, em particular, o grau em que são centralizadas. A pesquisa da SNN
sugere que as empresas alemãs e japonesas tendiam a manter um controle rígido sobre
tecnologias e produção, com subsidiárias no exterior e seus gerentes mantidos
fortemente ligados à base doméstica para aconselhamento e manutenção, já que
basicamente vendiam os mesmos produtos com pequenas modificações na maioria dos
mercados estrangeiros. O controle era exercido por procedimentos operacionais comuns
e pela presença frequente de gerentes e engenheiros da base, pois estes conheciam
profundamente as competências distintivas da EMN. As multinacionais americanas
tendiam a se preocupar mais com os procedimentos financeiros e contábeis comuns em
suas subsidiárias, a fim de deixar clara sua contribuição para o valor do acionista; onde
isso não fosse possível, as subsidiárias seriam reorganizadas em nível regional ou
vendidas, e outras unidades seriam compradas que poderiam ser integradas para
aumentar a escala e a lucratividade. Certos procedimentos de RH foram padronizados
nas multinacionais dos Estados Unidos relacionados às condições institucionais
domésticas, como uma relutância geral em lidar com sindicatos e o foco resultante em
sistemas altamente desenvolvidos de avaliação e recompensa individual (Almond et al.,
2006). Em termos de P&D, as multinacionais americanas eram mais descentralizadas do
que as empresas alemãs ou japonesas, examinando redes frouxas de fornecedores,
empresas especializadas e instituições científicas para identificar possíveis novos
desenvolvimentos e usando seu acesso a mercados financeiros desenvolvidos para obter
entrada em capital de risco. Contextos institucionais, portanto, afetaram a estrutura e
organização das multinacionais e seu grau de centralização ou descentralização.

Os autores da SNN também têm se interessado em como as multinacionais


mudam os contextos institucionais hospedeiros e como as empresas e setores evoluem
nesses contextos (Whitley, 1998; 2012; Ferner & Quintanilla, 1998; Yeung, 2000;
Taino et al., 2001; Morgan et al. , 2003; Morgan & Quack, 2005; Hassel et al., 2003;
Lamberg & Laurila, 2005; Kristensen & Zeitlin, 2001; Morgan & Kristensen, 2009;
Jong et al., 2010; Giroud, 2014; Ahmadjian, 2016; Schaumburg -Muller, 2001). As
multinacionais, quando se internacionalizam, envolvem-se em 'seguir regras', 'afetar
regras' ou, no mais dramático, 'mudança de regras', envolvendo-se assim com o
ambiente institucional não apenas para seu próprio benefício, mas também de maneiras
que afetam as estratégias e competências das empresas locais (Whitley & Morgan,
2012; Rana, 2014; Rana & Sørensen, 2014; Rana & Sørensen, 2016). Isso é
particularmente importante onde existem 'vazios institucionais', tornando o papel das
multinacionais como criadores de instituições e 'atores políticos' (Scherer & Palazzo,
2011; Scherer, Palazzo, & Matten, 2014) altamente significativo em uma variedade de
práticas sociais, por ex. educação, anticorrupção, direitos humanos etc. em ambientes
políticos voláteis e arriscados (Whitley & Morgan, 2012). As multinacionais alemãs e
japonesas, por exemplo, tendem a se envolver com instituições do país anfitrião e vazios
em termos de força de trabalho qualificada, fornecedores competentes e instituições
capazes de produzi-los; eles tentaram garantir que a mão de obra e as cadeias de
suprimentos em tais contextos correspondam a alguns dos critérios de qualidade e custo
de seus funcionários e fornecedores domésticos. Estudos recentes de empresas
automobilísticas alemãs na China, por exemplo, mostraram que elas estiveram
envolvidas no desenvolvimento de escolas de aprendizagem baseadas no modelo
alemão como fonte de mão de obra para suas fábricas locais (Jurgens & Krzywdzinki,
2016). No Reino Unido, as empresas automobilísticas japonesas têm exercido influência
na construção de redes formais e informais de fornecedores locais e na atualização de
seus padrões.

Em contrapartida, nas economias europeias, as empresas norte-americanas


tenderam, até às duas últimas décadas, a adaptar-se às condições institucionais, mesmo
que isso significasse aceitar o poder do trabalho, por ex. nas negociações salariais no
nível da indústria impostas pelo estado. No entanto, mais recentemente, eles tendem a
optar por não participar das associações de empregadores envolvidas em negociações de
alto nível e começaram a desenvolver suas próprias negociações no nível da empresa ou
da fábrica, contribuindo para o enfraquecimento das instituições anfitriãs nessa área.
(ver as discussões em Baccaro & Howell, 2017 sobre a Alemanha). Baccaro e Howell
veem isso como parte de uma pressão mais ampla sobre as instituições que no passado
fortaleceram a força de trabalho em muitos países europeus; a pressão para aumentar a
discrição do empregador deriva de uma pressão mais intensa e focada para entregar
retornos aos acionistas, em vez de sustentar o modelo de stakeholder da empresa que
existiu em muitos contextos europeus nos últimos 50 anos. Os investidores norte-
americanos tornaram-se mais envolvidos na propriedade de algumas empresas europeias
importantes, e o resultado foi um declínio no grau de "capital paciente" que sustenta
essas empresas e a pressão por resultados de curto prazo para os acionistas, o que, por
sua vez, muitas vezes ameaça compromissos com o trabalho (Goyer, 2013). Existem
vários estudos sobre como as instituições de governança corporativa em contextos
institucionais específicos foram alteradas por vários tipos de atores multinacionais
(Lamberg & Laurila, 2005; Ferner & Tempel, 2006; Goyer, 2013; Stavrou et al., 2010;
Giroud, 2014 ; Sluyterman & Wubs, 2010).

A teoria SNN, portanto, ofereceu uma gama de insights sobre como as


instituições influenciam a estratégia internacional e os modos de entrada que é uma rica
fonte de conhecimento complementar à pesquisa de NI. Também revela como a
estrutura organizacional é moldada pelas pressões de operar em diferentes ambientes
institucionais (Andrews, Htun, & Nimanandh, 2016), ao mesmo tempo em que mostra
que as multinacionais se envolvem ativamente com instituições anfitriãs de maneiras
que podem levar a mudanças mais amplas e impactar o contexto social.

4.2.3. Abordagens de NI para QP: A questão do impacto das instituições nas


multinacionais apareceu na literatura do NI; assim, discutiremos as contribuições de
alguns dos principais estudiosos de NI na aplicação do institucionalismo à teoria e aos
modelos do NI. Um dos contribuintes mais importantes para esta literatura foi John
Dunning, particularmente em suas publicações posteriores. Em uma série de artigos
(Dunning & Lundan, 2008a; 2010), ele procurou integrar mais claramente o conceito de
'instituições' em seu paradigma eclético do modelo OLI, abrangendo assim os temas de
estratégia, modo de entrada e organização do MNC discutido na seção anterior. Ele
identificou vantagens de propriedade derivadas de contextos institucionais em termos de
"parte da estrutura de governança de uma empresa que sustenta o processo de criação de
riqueza... em qualquer momento, essa estrutura de governança compreende uma galáxia
de incentivos, regulamentos e normas gerados internamente e impostos externamente"
(Dunning & Lundan, 2009, p. 99).

As vantagens locacionais refletem os contextos institucionais que tornam os


diferentes países de origem e de acolhimento lugares atraentes para investir. Dunning
identifica uma série de instituições relevantes para essas vantagens. Ele enfatiza a
importância de mecanismos de boa governança na sociedade, incluindo fortes proteções
aos direitos de propriedade. Em termos de vantagens de internalização ('eu'), Dunning e
Lundan (2009, p. 106) argumentam que 'uma grande parte da sabedoria recebida sobre
'eu' é direta ou indiretamente institucional em sua abordagem... as instituições
desempenham um papel importante na determinação da complementaridade ou
substitutibilidade dos diferentes modos operacionais [atividades e transações de valor
agregado intrafirma ou interfirma]…. no mercado, dependem das estruturas de
incentivos e dos mecanismos de imposição concebidos e implementados pela empresa
e, portanto, das instituições formais e informais nele existentes. O foco de Dunning em
instituições e multinacionais também foi seguido de várias maneiras por autores
proeminentes como Cantwell (2009); Cantwell et ai. (2010); Eden e Dai (2010); Meyer
e outros. (2009); Meyer, Mudambi e Narula (2011); Peng, Wang e Jiang (2008); Regner
e Edman (2014) e Voss, Buckley e Cross (2010).

Kostova e Roth adotaram uma abordagem mais micro orientada para a influência
das instituições e enfatizaram o impacto do que eles chamam de “dualidade
institucional” nas subsidiárias de multinacionais (Kostova & Roth, 2003). Eles veem a
administração dividida entre a conformidade com os requisitos do contexto institucional
local de acolhimento, por um lado, e a imposição de expectativas institucionais do país
de origem, por outro, conforme filtradas pela administração da matriz no ambiente
institucional de acolhimento. Isso cria um espaço de potencial conflito e incerteza. Em
sua análise, eles se valem da ideia de distância institucional, que por sua vez emerge das
discussões na abordagem de Uppsala para a internacionalização (Johanson & Vahlne,
1977). Nessa perspectiva, a internacionalização é um processo em etapas pelo qual as
empresas se movem primeiro para ambientes institucionais semelhantes aos seus
contextos domésticos; isso pode significar a mudança para países próximos como uma
estratégia inicial, mas também pode significar um grande grau de distância geográfica,
mas um pequeno grau de diferença institucional, por ex. As empresas do Reino Unido
se mudaram cedo para países da Commonwealth, como a Austrália, onde existem
semelhanças substanciais de instituições derivadas de longos laços históricos. A
característica importante, portanto, é a distância institucional e o grau de “estranheza” e
diferença nas instituições, o que, por sua vez, contribui para a responsabilidade da
estranheza (Xu & Shenkar, 2002; Zaheer, 1995; Regner & Edman, 2014). De acordo
com a abordagem de Uppsala, as empresas aprendem gradualmente como administrar a
distância institucional e superar a responsabilidade de ser estrangeiro. A distância
institucional nesta abordagem também está ligada a ideias de diferenças culturais
medidas, por exemplo, no trabalho de Hofstede, ou apresentadas de forma mais
qualitativa em Redding (2005) (ver, por exemplo, Estrin et al., 2009; Tihnayi et al.,
2005).

4.2.4. Como o SNN estende o NI: Com base na discussão anterior sobre
institucionalismo no NI (consulte as seções 2, 4.2.2 e 4.2.3), discutimos como a
literatura do SNN pode contribuir para o NI com relação à internacionalização e
estratégias de MNC

Jackson e Deeg (2008) argumentam que o uso de conceitos de instituições na


literatura de negócios internacionais é caracterizado por uma análise 'rasa' das
instituições. Eles discutem isso em relação a duas questões principais, em comparação
com o que rotulam como pesquisa de “capitalismo comparativo”. Em primeiro lugar,
grande parte da análise de instituições, culturas e ideias de distância é baseada em
esforços para construir e extrapolar a partir de pesquisas em larga escala de indivíduos e
organizações. Um problema óbvio com essa abordagem é que ela acaba produzindo
uma noção muito estática de instituições e pode fornecer poucos insights sobre como as
instituições podem surgir, crescer e mudar. No entanto, esta é uma questão fundamental
para entender a globalização e o papel das multinacionais em relação aos contextos
institucionais nacionais. Jackson e Deeg relacionam isso a uma segunda fraqueza, que é
a maneira pela qual as instituições são tratadas como fenômenos distintos, separados
uns dos outros. Pelo contrário, eles argumentam, é a relação entre as instituições, e o
que eles descrevem como complementaridade institucional, ou seja, a forma como os
padrões institucionais em uma área reforça os padrões em outras áreas, que é crucial.
Eles sugerem que essa abordagem mais “holística” é uma maneira melhor de entender
como as instituições impactam as empresas do que o que eles descrevem como uma
abordagem baseada em “variáveis”. Por implicação, isso também requer uma mudança
metodológica de pesquisas ou conjuntos de dados agregados com base no tempo para
pesquisas de estudo de caso mais historicamente informadas.

Primeiro, como um exemplo do tipo de agenda de pesquisa que isso pode gerar,
pode-se olhar para o debate sobre como as características e legados institucionais afetam
a forma como a gestão de recursos humanos é conduzida além-fronteiras (Ferner &
Quintanilla, 1998; Whitley & Czaban, 1998; Whitley, 2012; Allen, 2014; Sayim, 2010).
Enquanto Kostova e Roth (2003) desenvolvem um modelo conceitual útil dessas
tensões de dentro da tradição do NI, estudos que se baseiam no SNN (ver, por exemplo,
Ferner, 1997, que primeiro fez explicitamente essas conexões) sugerem que as
subsidiárias estão envolvidas em um trade- entre contexto local e pressão global
(Geppert, Williams, & Matten, 2003; Edwards & Kuruvilla, 2005); ambos os contextos
precisam ser localizados na análise institucional “densa” dos contextos doméstico e de
acolhimento, em vez de abordagens finas e variáveis. Assim, as subsidiárias podem
derivar a capacidade de inovar práticas e processos de gestão de recursos humanos
misturando HQ e modelos locais onde seus contextos institucionais locais facilitam a
criação de poderosos atores sociais (Kristensen & Morgan, 2007; 2012) que podem agir
de forma independente e eficaz contra a gestão da matriz. (ver também Kristensen &
Zeitlin, 2005). Essa descoberta questiona o uso de políticas e práticas padronizadas de
gestão de recursos humanos em empresas que operam internacionalmente (Stavrou et
al., 2010), como Almond e Ferner (2006), em seus estudos de multinacionais dos EUA
na Europa, descobrem que a política de gestão de recursos humanos pode ser transferida
e adaptada de maneiras diferentes, dependendo do contexto receptor.

Apesar da percepção de que a sede empurra e transfere as práticas e políticas de


gestão de recursos humanos para as subsidiárias, a difusão reversa da subsidiária para a
sede também ocorre (Edwards & Ferner, 2004; Edwards et al., 2005). A difusão reversa
pode ser uma estratégia explícita da MNC, em reconhecimento à sua necessidade de
aprender novas práticas em contextos de diferentes forças, ou pode surgir
informalmente, à medida que os gerentes circulam entre a matriz e as subsidiárias,
trazendo consigo novas ideias.

Em segundo lugar, nossa busca sistemática na literatura revelou uma série de


estudos que mostram como vários aspectos das empresas mudaram como resultado da
internacionalização e adaptação a novos ambientes institucionais, por exemplo, relação
de propriedade, coordenação de não propriedade (Whitley, 1998), integração de
autoridade transfronteiriça de atividades econômicas (Whitley, 2012), sistema de
trabalho, estrutura de incentivos, práticas de emprego (Taino et al., 2001), condição
competitiva e formas dominantes e empresas de BS (Lamberg & Laurila, 2005),
responsabilidade social corporativa (Ali & Batra, 2008; Tengblad & Ohlsson, 2010; Ni
et al., 2015), desempenho social corporativo (Ioannou & Serafeim, 2012), orientação
para responsabilidade social (Witt & Stahl, 2016) e percepção dos gestores (Sørensen &
Kuada, 2001; Morgan et al., 2003). Outros estudos se concentraram em como essas
características, por sua vez, mudam as instituições nacionais (Schaumburg-Muller,
2001; Morgan & Quack, 2005) e co-evoluem instituições/padrões internacionais
(Sluyterman & Wubs, 2010) e formas organizacionais distintas e governança
corporativa (Lamberg & Laurila, 2005; Ferner & Tempe, 2006; Stavrou et al., 2010;
Giroud, 2014).

Assim, sugerimos que os estudos sobre internacionalização precisam levar em


conta a variedade de maneiras pelas quais as multinacionais se envolvem em 'seguir
regras', 'afetar regras' e 'mudança de regras', envolvendo-se assim com o ambiente
institucional não apenas para seu próprio benefício, mas também de maneiras que
afetam as estratégias e competências das empresas locais (Whitley & Morgan, 2012;
Rana, 2014). Este tipo de análise, portanto, abre a possibilidade de a abordagem BST
explorar questões em economias emergentes onde a natureza das instituições
provavelmente difere devido à influência do colonialismo e do imperialismo, a falta de
um sistema estável e de longo prazo de lei e direitos de propriedade, e a ausência de
democracia e burocracia racional-legal, anticorrupção, direitos humanos etc. (Whitley &
Morgan, 2012). Esta é a dimensão que os estudiosos de NI começaram a investigar sob
o termo “vazio institucional” (Khanna & Palepu, 2010).

Em terceiro lugar, os estudos de BST mostraram um caminho para entender o


mecanismo de “mudança de regras” que permite que multinacionais ou coletividades de
empresas mudem de instituição (Morgan & Quack, 2005; Morgan, 2009). As
multinacionais se juntam a outras empresas e atores sociais para explorar recursos
externos e aparecem como 'empreendedores institucionais' para produzir serviços de
valor agregado, reduzir custos de transação e facilitar a transferência de práticas de
gestão para além das fronteiras nacionais, construindo instituições no contexto local que
se encaixam esses modelos (Dekocker et al., 2012).

Embora a ideia de que as multinacionais sejam capazes de mudar as instituições


em contextos de acolhimento tenha sido desenvolvida no NI, é tênue. A abordagem
baseada em variáveis é menos útil para entender esses processos do que análises de
estudo de caso mais detalhadas, que fornecem relatos mais holísticos de como as
instituições em contextos de acolhimento se unem para resistir aos esforços das
multinacionais para introduzir mudanças institucionais ou, alternativamente, como as
possibilidade de mudança abrem à medida que as complementaridades institucionais
diminuem por várias razões, permitindo o surgimento de novas possibilidades (ver, por
exemplo, Morgan & Quack, 2005; Kristensen & Lilja, 2011; Dekocker et al., 2012).

4.2.5. Problemas para SNN e desenvolvimento subsequente: Por outro lado, a


pesquisa NI pode contribuir para a teoria SNN de várias maneiras. Em primeiro lugar, o
foco de NI na estratégia e nos mercados no nível da empresa é dinâmico por natureza e,
portanto, contraria o que às vezes pode ser um determinismo excessivo no SNN, onde
as instituições parecem moldar todas as ações. Embora a SNN tenha começado a ser
mais centrada no ator (ver Morgan et al., 2005; contribuições em Morgan et al., 2010),
ela precisa ir além para incorporar a dinâmica de formação de empresas, elaboração de
estratégias e modelagem de mercado. Uma área específica de influência aqui pode ser o
debate dentro de NI sobre multinacionais “nascidas globalmente”, um tópico importante
que não é considerado na pesquisa do SNN.

Em segundo lugar, o NI tem sido muito mais ambicioso do que o SNN em


termos de desenvolvimento de insights sobre multinacionais de economias emergentes
(para exceções, ver Cooke et al., 2015; Cooke, 2014; Jurgens & Krzywdzinski, 2016).
Em comparação com as discussões existentes na literatura de NI/IM (por exemplo,
Williamson et al., 2013), há muito pouco sobre, por exemplo, multinacionais chinesas e
sua organização, ou seu impacto no exterior a partir dessa perspectiva (embora haja
discussões relevantes em Drakhoupil et al., 2016 e Smith & Liu, 2016).

Em terceiro lugar, outro conjunto de fraquezas no SNN que pode se beneficiar


de uma colaboração mais próxima com o NI é que ainda existem poucas análises
sistemáticas das equipes de alta administração em diferentes multinacionais que revelam
como elas se tornaram diversificadas. A teoria da SNN sugere que as habilidades
gerenciais são fortemente moldadas por contextos institucionais nacionais e, portanto,
os gerentes alemães têm conjuntos de habilidades diferentes, geralmente baseados em
conhecimentos mais técnicos, do que seus equivalentes anglo-americanos, onde as
habilidades gerais de gerenciamento geralmente adquiridas por meio de cursos de MBA
têm maior probabilidade de serem a norma. No entanto, como a propriedade e a
atividade se internacionalizaram, podemos esperar que as equipes de alta administração
se tornem mais diversificadas. Pesquisas empíricas detalhadas sobre as origens e
qualificações das equipes de alta administração nas maiores multinacionais seriam de
interesse e também poderiam estar relacionadas a mudanças nas estratégias
corporativas. Explorar essas questões seria uma ponte útil entre a pesquisa da equipe de
alta administração, as multinacionais e suas estratégias e o SNN. Se essa exploração
pudesse aprofundar a gestão das subsidiárias e fazer comparações mais detalhadas do
uso de expatriados e nacionais de países terceiros, isso também seria interessante.

Em quarto lugar, isso pode estar relacionado a pesquisas mais detalhadas sobre a
estrutura das multinacionais. Por exemplo, Prechel (1997) apontou para o grande
número de subsidiárias, filiais e outros locais fora da sede que agora caracterizam as
corporações dos EUA, relacionados em parte a questões de localização de fabricação,
mas também para maximizar atividades fiscais e de arbitragem legal. Isso se encaixa no
modelo de capitalismo de valor para o acionista Norte-americano e, embora agora haja
mais pesquisas sobre como as estruturas das multinacionais são moldadas pela
arbitragem fiscal e legal estimulada por autores de NI como Eden, isso raramente foi
considerado a partir de um contexto institucional em termos de como determinados
padrões de propriedade e governança podem levar ao uso diferenciado dessas
estratégias.

Finalmente, está claro que, metodologicamente, a pesquisa SNN precisa ampliar


sua abordagem e considerar até que ponto a análise quantitativa pode servir a uma
função útil dentro dessa estrutura. Embora muitos pesquisadores de SNN tenham sido
céticos em relação a abordagens quantitativas baseadas em pesquisas em larga escala de
gerentes ou na análise de dados relatados em relatórios anuais, tem havido um esforço
renovado de estudiosos comprometidos com essa abordagem para ver como seria
possível desenvolver mais conclusões rigorosas. Duas abordagens têm sido sugeridas. A
primeira é formalizar a comparação de casos com mais cuidado usando a análise
comparativa qualitativa de Ragin (QCA) e a análise de conjunto fuzzy em pequenas N
amostras (ver Kogut, 2010; também Witt & Jackson, 2016; a segunda é desenvolver a
análise de conjuntos de dados de grande escala de maneiras que se concentram menos
em variáveis específicas e mais nas interações entre variáveis (o que é descrito como
análise configuracional; por exemplo, Judge et al., 2014; Garcia Castro et al., 2013;
Fainshmidt et al., 2016). esse contexto pode aproximar a SNN das expectativas de rigor
teórico do NI.

4.3. Junção III: Capacidades Organizacionais e Inovação


4.3.1. Questão de pesquisa: 'Como e por que as capacidades/competências das
empresas são moldadas por estruturas institucionais e sistemas de negócios, e qual o
papel que a internacionalização desempenha nisso?' é a principal questão abordada nesta
conjuntura temática. O foco está em como as empresas aprendem por meio da
internacionalização e produzem inovação de várias maneiras, com base em suas
habilidades para combinar conhecimento de diferentes fontes.
4.3.2. Abordagens e descobertas da SNN para QP: A SNN argumenta que o
desenvolvimento de competências competitivas nas empresas envolve uma variedade de
fatores (ver Whitley, 2003b). Um conjunto de competências refere-se à capacidade de
reunir recursos rapidamente para responder a oportunidades de negócios de curto prazo;
em termos institucionais, isso significa uma força de trabalho altamente flexível e pouco
qualificada; mercados de capitais flexíveis; e mercados de produtos com baixas
barreiras à entrada. Uma variação crucial disso é a capacidade em larga escala de reunir
riscos financeiros, capital e trabalhadores do conhecimento altamente qualificados em
uma estrutura organizacional que lhes permite trabalhar em projetos de alto risco. Esses
modelos de inovação diferem de contextos em que o objetivo é criar comprometimento
entre os principais funcionários com altos níveis de habilidade técnica para a solução
coletiva de problemas e o desenvolvimento de capacidades específicas da empresa.
Assim, como acontece com os desenvolvimentos na economia institucional e evolutiva
(Marengo et al., 2000; Teece et al., 2000, Foss & Knudsen, 1996; Lazoniuck & West,
1998; Teece & Pisano, 1994; Penrose, 1959), a SNN argumenta que as variações nas
estruturas institucionais permitem que as empresas desenvolvam tipos distintos de
capacidades, competências de inovação e estratégias, e que isso influencia como elas
competem em diferentes setores e tecnologias (Whitley, 2000; 2002; 2003a; Haake,
2002; Hancké, 2002; 2009; Casper & Whitley, 2004; Whittaker, Sturgeon & Song,
2016; Carney, 2016).
Whitley (2007; 2003b) relaciona três tipos de capacidades com compartilhamento
de autoridade que leva à capacidade organizacional coletiva, eventualmente
determinando os estilos e estratégias de inovação das empresas (ver Whitley, 2002;
2006a; 2010a; Allen & Whitley, 2012).

Em primeiro lugar, as capacidades de coordenação envolvem o desenvolvimento


de rotinas integrativas que coletam e processam informações sobre processos internos e
externos, conectam as experiências do cliente com as opções de projeto de engenharia e
vinculam as instalações de produção aos fornecedores. Essas são as chaves para realizar
economias de escala e escopo por meio de hierarquias gerenciais.

Em segundo lugar, as capacidades de aprendizagem organizacional envolvem a


solução conjunta de problemas e a melhoria da produção e processos relacionados, tanto
por meio da experiência de trabalho contínua quanto pela execução de projetos
específicos, bem como pelo desenvolvimento contínuo do entendimento da empresa
sobre os parceiros de negócios e outros agentes externos. Além disso, há difusão reversa
de conhecimento das subsidiárias para a sede da MNC em negócios internacionais
(Edwards & Ferner, 2004), ao mesmo tempo em que as subsidiárias também aprendem
no contexto local, desenvolvem a capacidade de obter acesso a ativos geradores de
conhecimento estrangeiros, mas isso depende da natureza do contexto institucional em
que está operando (Allen, Allen, & Lange, 2017).

Em terceiro lugar, as capacidades de reconfiguração envolvem a transformação de


recursos e habilidades organizacionais para lidar com tecnologias e mercados que
mudam rapidamente. Eles permitem que as empresas reestruturem suas operações e
rotinas de forma bastante radical à medida que o conhecimento muda, muitas vezes
adquirindo novas habilidades e competências por meio de contratação em mercados de
trabalho externos ou compra de empresas recém-criadas. Tais transformações podem
destruir rotinas e competências existentes, por ex. no impacto da internet em uma ampla
variedade de áreas tradicionalmente organizadas (Amazon, Uber, Airbnb, Spotify,
Netflix etc.).

Embora a pesquisa da SNN apoie a descoberta mais ampla de que a maioria das
multinacionais tende a fazer seu nível mais alto de P&D em sua base doméstica, onde
criaram relacionamentos eficazes com instituições apropriadas de ciência, tecnologia,
finanças e mercados de trabalho (Herrigel et al., 2013), há, no entanto, uma expansão
crescente de formas de P&D em diferentes países dentro das redes das multinacionais.
Isso marca, em parte, o reconhecimento de que as formas de especialização estão
agrupadas não necessariamente dentro das empresas per se, mas dentro de redes de
empresas e instituições que estão geográfica e socialmente inseridas em locais
específicos (ver Lundvall, 1999). Portanto, o acesso a essas formas de especialização
requer um elemento de copresença que esteja suficientemente conectado nesses locais
para ter capacidade de absorção para acessar pessoas e conhecimento, mas também para
vincular esses desenvolvimentos a outros locais relevantes dentro da MNC ou
conectados ao Cadeia de valor global da multinacional (por exemplo, Birkinshaw,
2000).

4.3.3. Abordagens de NI para QP: Os estudos de NI há muito se concentram


em como atributos e capacidades organizacionais facilitam a criação, adoção e difusão
de inovação em produto, processo e internacionalização (Ghoshal & Bartlett, 1988;
Kotabe & Murray, 1990). NI usa um conceito de capacidade dinâmica para examinar
como as multinacionais possuem, implantam e atualizam capacidades que afetam a
expansão internacional, vantagem competitiva e sustentabilidade de uma empresa
(Cantwell, 2014; Luo, 2000). Recentemente, os estudos de NI combinaram capacidade
com inovação empresarial na internacionalização e usaram duas perspectivas, uma
focada na ligação e compartilhamento de conhecimento com empresas além das
fronteiras geográficas, e a outra focada na ligação com sistemas locais de inovação que
permitem às empresas explorar conhecimentos raros e únicos (Cantwell & Zhang,
2009). Os estudos têm considerado principalmente o desenvolvimento da capacidade
tecnológica e a transferência de conhecimento que afeta a atualização das cadeias de
suprimentos globais, clusters industriais e operações das empresas (Cantwell, 2017;
Cantwell & Zhang, 2009; Kafouros et al., 2008; Ernst & Kim, 2002 ). Além da
compreensão desses fatores, Dunning e Lundan (2010) incluíram uma perspectiva
institucional a partir da qual defenderam a natureza coevolutiva e as origens
institucionais das capacidades dinâmicas das multinacionais. Eles afirmam que as
multinacionais não apenas obtêm recursos de instituições para desenvolver capacidade
dinâmica, mas também cocriam instituições usando essa capacidade dinâmica em
operações globais. Nesse ponto, a perspectiva de NI atende à perspectiva do SNN em
termos de como a capacidade organizacional influencia a competência competitiva, a
inovação e a internacionalização que Whitley (2007) propõe. No entanto, os estudos de
NI não têm dado a devida atenção à investigação da perspectiva da aprendizagem
organizacional com foco na difusão do conhecimento entre as subsidiárias e a matriz, e
vice-versa. Assim, eles negligenciaram as questões de coordenação de redes complexas
e capacidades de reconfiguração de MNCs, bem como variações em instituições em
diferentes contextos podem levar MNCs a desenvolver diferentes tipos de competências
que levam a estilos variados de inovação em subsidiárias, como estudos de SNN têm
estressado (ver 4.3.2).
4.3.4. Como o SNN estende o NI: O SNN considerou como e por que
determinados atores sociais dentro do MNC derivam de seu contexto institucional a
capacidade de se envolver com sucesso nessas competições e espalhar sua influência
mais amplamente dentro de si, seu valor e no setor em geral. Em uma série de estudos
(Kristensen & Zeitlin, 2001; 2005; Kristensen & Lilja, 2011), Kristensen analisou como
os atores locais responderam às decisões das multinacionais e como, em algumas
circunstâncias, os funcionários locais, em colaboração com as instituições locais, foram
capazes de criar novos produtos e processos que pudessem 'vender' às sedes das
multinacionais para resistir à perda de empregos. Mesmo onde as sedes das MNC
rejeitaram esses planos, os atores locais em alguns casos foram poderosos o suficiente
para negociar novas soluções. Os atores locais participavam dos “jogos globais” porque
tinham o conhecimento, as habilidades e o apoio local para se tornarem essenciais para
as multinacionais, além de serem capazes de transmitir o conhecimento entre as
subsidiárias e facilitar o aprendizado e a atualização. A SNN, portanto, fornece uma
estrutura para entender como a difusão transnacional, o aprendizado e a inovação (Liu
& Tylecote, 2016) ocorrem dentro das multinacionais. Ele aponta para a importância de
entender a inserção social da subsidiária, as habilidades e redes que são desenvolvidas
localmente e os papéis que diferentes tipos de gerentes (nacionais de origem, de
acolhimento ou de países terceiros) podem desempenhar na manutenção e
desenvolvendo esse conhecimento. A SNN também nos permite investigar como as
meso estruturas da MNC (ou seja, se as subsidiárias estão organizadas em divisões
geográficas ou de produtos, quais funções são delegadas às subsidiárias e quais são
mantidas no nível meso ou da matriz) afetam a capacidade de subsidiárias específicas de
tornar-se ativo em processos de inovação, seja localmente, dentro da estrutura da MNC
ou dentro de uma cadeia de valor global mais ampla.
4.3.5. Problemas para SNN e desenvolvimento adicional: Esta pesquisa pode
contribuir para debates dentro de NI sobre formas de aprendizagem e inovação,
colocando os contextos institucionais de forma mais central na análise, não apenas
como restrições, mas como arenas dentro das quais os atores sociais podem desenvolver
novas formas de atividade e networking, tanto localmente quanto dentro da
multinacional e sua cadeia de valor global. No entanto, isso exige que a SNN
desenvolva agendas de pesquisa que se concentrem mais diretamente na inovação e no
aprendizado entre divisões e níveis em multinacionais. Isso, por sua vez, requer um
trabalho mais detalhado dentro das multinacionais para entender esses processos.
4.4. Conjuntura IV: Instituições Transnacionais e Comunidades
Transnacionais (CT)
4.4.1. Questão de Pesquisa: Existem dois temas que se destacam nesta
conjuntura temática. A primeira diz respeito à questão: “Como as instituições
transnacionais impactam os negócios internacionais e as empresas multinacionais, e
como elas são, por sua vez, afetadas?” A segunda considera a EMN como um espaço
social transnacional e questiona que tipo de espaço social isso constitui. A SNN tem se
preocupado principalmente com os contextos institucionais nacionais e seus efeitos nas
empresas. No entanto, há um reconhecimento crescente de que as últimas duas décadas
viram a construção de instituições transnacionais, que têm uma influência significativa
nas multinacionais em termos de modos de entrada, busca de mercado e ativos, decisões
de localização, estruturas de organização e gerenciamento e capacidades de inovação e
aprendizado. . Além disso, o espaço social transnacional abrangido pelas fronteiras
organizacionais da MNC ou organizado por meio de suas cadeias de abastecimento
tornou-se mais complexo. Whitley descreveu esses fenômenos transnacionais como um
espaço institucional “fino” (Whitley, 1998; 2012) em comparação com a influência
exercida pelos contextos institucionais nacionais. No entanto, à medida que o SNN se
desenvolveu, passou a investigar o desenvolvimento do espaço social multinacional e as
instituições, normas, regras e movimentos sociais transnacionais nesse nível com mais
detalhes porque eles se tornaram mais influentes, tanto em instituições de nível nacional
quanto em como as empresas crescem e se desenvolvem.
4.4.2. Abordagens e descobertas da SNN para QP: Em sua introdução de 2006
para uma edição especial da revista Human Relations, Geppert, Matten e Walgenbach,
(2006) sugerem uma estrutura para a análise da construção de instituições
transnacionais e multinacionais que consiste no seguintes pontos.
Primeiro, eles argumentam que as multinacionais não são apenas moldadas por
instituições transnacionais, mas desempenham um papel significativo em moldá-las
ativamente (ver, por exemplo, a discussão de Morgan sobre o papel das multinacionais
na formação de padrões regulatórios em Morgan, 2001c; também Djelic & Bensedrine,
2001; Djelic & Quack, 2005 sobre o que eles chamam de efeitos "trickle-down" e
"trickle-up" entre instituições transnacionais e instituições nacionais).

Em segundo lugar, eles argumentam que as multinacionais operam


transnacionalmente ou globalmente e institucionalizam práticas e estruturas de gestão
em nível corporativo (2006, p. 1455).

Em terceiro lugar, as multinacionais consistem em subsidiárias com várias


formas de inserção local que traduzem e adaptam práticas transnacionais à luz de vários
interesses, poderes e atividades políticas dentro e entre os níveis da multinacional. Esses
dois últimos fenômenos estão ligados na noção de Morgan de MNC como um tipo
específico de espaço social transnacional que cria comunidades transnacionais dentro da
empresa (2001a), bem como se baseia em identidades e processos transnacionais de fora
da empresa (incluindo identidades diaspóricas) para abranger e conectar grupos, mas
também para estabelecer limites e criar distinções entre grupos.

A ideia de que as multinacionais são moldadas por instituições transnacionais e


desempenham um papel na formação dessas instituições é agora bem pesquisada dentro
da estrutura da SNN. Exemplos dessa influência bidirecional incluem o
desenvolvimento de padrões contábeis globais e o papel das grandes empresas de
contabilidade nesse processo (Botzem & Quack, 2006; Botzem & Quack, 2009;
Botzem, 2012). Halliday e Carruthers (2009), em seu estudo sobre lei de falências,
firmas de contabilidade e o papel dos acordos internacionais, mostram que os efeitos
desses acordos 'pingaram' nas sociedades asiáticas que estudaram na forma de leis e
regulamentos, que em por sua vez, foram moldados por contextos institucionais
nacionais existentes. As regras e regulamentos emanados de instituições transnacionais
precisavam ser interpretados e traduzidos por atores em contextos institucionais
nacionais, levando a formas muito diferentes de implementação nos países envolvidos,
onde os contextos institucionais nacionais eram muito diferentes.

As instituições transnacionais tornaram-se particularmente importantes em


várias áreas como forma de reduzir os custos de transação e facilitar entendimentos
compartilhados. Morgan (2001c), por exemplo, distingue entre instituições
transnacionais, que regulam os padrões de produtos, “padrões de pessoa adequada” e
“padrões de negociação justa”. Os mercados financeiros, que são altamente
internacionais, são os locais de muitos debates e discussões sobre que tipos de padrões
devem ser impostos e como eles devem ser monitorados (ver também Morgan, 2008).
Brunsson e Jacobsson (2000) referem-se ao que chamam de “um mundo de padrões”.
Um crescente corpo de pesquisa tem vinculado contextos institucionais domésticos e
instituições transnacionais e seus efeitos em multinacionais, por ex. no crescimento de
padrões e medidas de responsabilidade social corporativa e no monitoramento de
padrões de sustentabilidade etc. em vários campos, como silvicultura, conservação
marinha e comércio justo de roupas, café e produtos agrícolas. (Para análises
conduzidas pela SNN, consulte Djelic & Quack, 2003; 2010; Djelic & Sahlin-
Andersson, 2006.) A pesquisa da SNN enfatiza que as instituições transnacionais não
são simplesmente maneiras de aumentar a eficiência de economizar nos custos de
transação, mas emergem de processos de poder e política (Clark & Geppert, 2006;
Distelhorst et al., 2015; Bartley, 2014).

A teoria da SNN também se preocupou com a natureza do espaço social


transnacional dentro da multinacional e, em particular, com a relação entre subsidiárias
e matrizes. Por um lado, a sede da MNC impõe uma variedade de formas de controle
para criar coerência e consistência dentro dos limites organizacionais; conforme
discutido anteriormente, esses mecanismos dependem de contextos institucionais
nacionais e refletem estratégias de acesso a mercados, localizações e ativos estratégicos.
No entanto, a teoria da SNN também enfatiza que a capacidade das multinacionais de
impor esses processos e estratégias depende de questões de poder e política decorrentes
da natureza do enraizamento social da subsidiária. Morgan e Kristensen (2006; 2012)
argumentam que os atores dentro das subsidiárias podem ter o poder e a capacidade de
desenvolver seus próprios objetivos, separados daqueles da matriz, onde estão bem
conectados às instituições locais, como sindicatos, governo, instituições de treinamento
etc.

Algumas subsidiárias não têm tais capacidades porque carecem de integração


local; se a multinacional retirar o investimento, essas subsidiárias não terão estratégias
alternativas para recorrer. A maior parte da dinâmica entre subsidiárias e sedes fica
entre esses dois extremos, e muitos estudos SNN se envolveram em pesquisas
qualitativas profundas para entender como o poder e a política funcionam dentro desse
espaço social transnacional (Kristensen & Zeitlin, 2005; Dorrenbacher & Geppert,
2011; BeckerRitterspach et al., 2016; Morgan, Kristensen e Whitley, 2001; Boussebaa,
Morgan e Sturdy, 2012; Seabrooke, 2015; Rana, 2014; Rana e Elo, 2016).

Um desenvolvimento resultante dessa discussão é um interesse crescente no


impacto do surgimento de um quadro de gerentes globais em algumas multinacionais.
Esses gerentes globais podem ser de contextos de países terceiros ou podem ter passado
por uma longa socialização na gestão global como um conjunto de identidades e
práticas. Eles são portadores de ideias e procedimentos de gerenciamento global em
toda a multinacional. Kristensen e Zeitlin (2005) mostraram como, dentro da
multinacional que estudaram, esses gerentes globais eram altamente orientados para
finanças, tinham pouco conhecimento dos detalhes das operações diárias das
subsidiárias e se concentravam quase inteiramente em métricas financeiras específicas.
Suas redes eram principalmente com a cidade de Londres e seus acionistas, e não com
redes locais dentro das subsidiárias. Há pouca pesquisa sobre essa categoria de gerentes
globais. Como eles podem ser organizados nas subsidiárias da multinacional por meio
de programas de gerenciamento de talentos de RH é um exemplo interessante de como
as multinacionais buscam elevar alguns gerentes a essa categoria. Esses atores globais
criam quadros cognitivos e normativos que não se limitam a nenhum contexto nacional;
pelo contrário, ocupam espaço transnacional e acabam por afetar os contextos
institucionais nacionais e a internacionalização das empresas (Riddle & Brinkerhoff,
2011; Whitley & Morgan, 2012; Herrigel et al., 2013). Uma questão relacionada ao
espaço social transnacional no MNC é a ideia de diásporas como um meio de acessar
certas habilidades em configurações no exterior e/ou criar redes de fornecedores e
apoiadores (por exemplo, Rana & Elo, 2017; Morgan et al., 2003). Por sua vez, a
diáspora transnacional baseia-se em processos sociais de definição de fronteiras e
conexões com base em redes nacionais e étnicas e como isso é usado dentro das
multinacionais (ver, por exemplo, Frenkel, 2008) para diferenciar e exercer poder dentro
do espaço social transnacional.

Em conclusão, o SNN começou a explorar uma gama de interações entre


instituições transnacionais e processos de regulamentação, padronização e migração, e
como as multinacionais desenvolvem suas estratégias com base em seu contexto
institucional doméstico. O conceito de “espaço social transnacional” refere-se a uma
arena de ação social distinta daquela do contexto “nacional”. Esta é uma arena de
interação social onde os principais nós de conexão entre os grupos cruzam as fronteiras
nacionais. É também um espaço que não é controlado por atores nacionais poderosos
(sejam Estados ou empresas), embora possam desempenhar um papel dominante. O
‘espaço social transnacional’ implica um conjunto mais aberto de conexões
transfronteiriças entre múltiplos nós, nos quais as formas de interação se tornam mais
do que simplesmente a soma de interações entre diferentes unidades ‘nacionais’,
constituindo um espaço social próprio. Nesse sentido, o espaço social transnacional
constitui uma arena na qual novos atores sociais podem emergir (Morgan, 2001a).

4.4.3. Abordagens de NIpara o QP: Até que ponto o NI incorporou e


considerou a ideia de construção institucional transnacional? Em seus escritos
posteriores, Dunning se referiu a esse problema. Ele sugeriu que os principais custos da
distância institucional “podem ser superados ou diminuídos por algum tipo de acordo
transnacional em nível corporativo e empresarial – ou ambos”. É aqui que se avalia os
méritos relativos de coordenar ou harmonizar instituições informais como códigos de
conduta, iniciativas de relatórios globais, padrões de padronização e a ideia de uma ética
corporativa comum; e aqueles de atualização de instituições mais formais…. Como
qualquer tentativa de impor padrões globais pode ser reconciliada com costumes
culturais e ideológicos específicos de L (localização)?' (Dunning, 2009, p. 27). A
abordagem de Dunning reflete algum interesse espasmódico na literatura de NI sobre o
desenvolvimento de instituições transnacionais, por ex. Brewer e Young (2001), mas
isso tende a se basear em (i) instituições transnacionais públicas (em vez da crescente
variedade de instituições privadas), (ii) instituições baseadas em barreiras comerciais
entre países (em vez de questões sociais e responsabilidade das corporações) e (iii) uma
abordagem de custo de transação enfatizando que tais instituições surgem como um
meio de economizar custos e ignorar as dimensões políticas e de poder dessas lutas.
Sobre a ideia do MNC como um espaço transnacional, o NI tem sido muito mais
produtivo. Afinal, foi Bartlett e Ghoshal (1989) quem primeiro identificou o “dilema
transnacional” e a questão da relação entre os contextos institucionais nacionais e as
estratégias da MNC para fazer uso, padronizar e eventualmente aprender com as
diferenças. O NI também desenvolveu discussões sobre o papel das subsidiárias atuando
separadamente da sede da MNC, por exemplo A análise de Birkinshaw (2000) sobre a
empresa empreendedora, baseada em trabalhos anteriores sobre a autonomia da
subsidiária. Através do conceito de distância institucional, o NI explorou as diferenças
entre os contextos e os impactos que estes tiveram na gestão e organização dentro da
MNC. No entanto, o NI tende a não vincular esses conflitos às condições institucionais
e às formas pelas quais eles capacitam diferentes grupos em diferentes graus,
concentrando-se, por um lado, nas questões de custos (Foss et al., 2012) como
determinantes da subsidiariedade. conflitos. Por outro lado, a atenção que a matriz dá à
subsidiária e como a subsidiária pode se tornar mais presente e importante aos olhos da
matriz (Bouquet & Birkinshaw, 2008). Da mesma forma, embora a ideia de gestão
global seja frequentemente invocada no NI, há muito pouca discussão sobre como ela é
constituída: quem são esses gerentes globais e quais processos os transformam nesse
tipo específico de identidade, distinta da construção de seu contexto institucional de
origem do que significa ser um gerente. Embora tenha havido algumas tentativas de
vincular questões de diáspora com escolhas de MNC sobre localização e mercados (por
exemplo, Tung, 2008), elas foram limitadas. Nesses aspectos, portanto, a promessa
inicial que existia nas formulações de Bartlett e Ghoshal não se concretizou (embora a
coleção de Ghoshal e Westney (2005) ofereça vislumbres adicionais de como isso pode
ser desenvolvido).
4.4.4. Como o SNN estende NI: A primeira área de extensão está relacionada à
coordenação de atividades econômicas internacionais dentro das empresas, por
exemplo, empresas transnacionais e sua rede global entre subsidiárias e matrizes, entre
ou entre subsidiárias e dentro da cadeia de valor global da subsidiária. Na SNN, essas
relações são compreendidas em termos de contextos institucionais e como esses
contextos moldam e capacitam os atores em sua capacidade de interpretar e adaptar-se
às demandas da matriz. As comunidades transnacionais emergem dentro desta rede e
afetam as formas como as empresas locais organizam as atividades econômicas e as
condições institucionais (ver Morgan, 2001b; Geppert et al., 2003; Whitley, 2010a;
Clark & Geppert, 2006; 2011). Isso alimenta as preocupações tradicionais de NIsobre a
natureza da empresa multinacional, mas o SNN apresenta uma descrição mais complexa
da empresa, perguntando como diferentes grupos dentro da MNC exercem poder e
influência e em quais termos (por exemplo, Boussebaa et al., 2012).

A segunda área diz respeito ao desenvolvimento da gestão, do conhecimento e


da educação, e à criação de quadros de referência cognitivos e normativos
compartilhados que são aprendidos nas escolas/educações de negócios. Estes são então
reforçados através de comunidades da diáspora que vivem vidas duplas e através das
práticas de negócios, mídia, ONGs globais e organizações internacionais de
serviços/consultoria profissional, por exemplo, a esfera de ideias, conhecimento e
certificação em comunidades transnacionais ‘ideológicas’. O desenvolvimento desses
conceitos de CT e espaço transnacional é baseado em um reconhecimento contínuo do
papel das restrições e oportunidades institucionais nacionais, mas agora está ligado à
noção de que existem outros níveis espaciais de construção institucional e ação social.
Este conceito levanta questões sobre como o espaço social interno da multinacional é
organizado e sobre os fluxos dentro desse espaço de pessoas, conhecimento, tecnologias
e capital. Ele também está vinculado a discussões sobre cadeias de valor globais, como
elas estão conectadas além das fronteiras nacionais e que diferença isso faz (Lakhani et
al., 2013). Também se conecta a discussões sobre como diferentes níveis de construção
de instituições transnacionais enquadram o contexto para estratégias de MNC e como
MNCs tentam influenciar esse espaço, que também é ocupado por reguladores estatais,
organizações internacionais, grupos de consumidores, movimentos sociais
transnacionais etc.

4.4.5. Problemas para SNN e desenvolvimento posterior: A pesquisa SNN


desenvolveu vários desses temas, mas ainda há questões a serem abordadas. Um grande
foco precisa ser as multinacionais e suas dinâmicas internas. Um dos elementos
problemáticos é que são necessários estudos de caso qualitativos detalhados para
entender a dinâmica e o desenvolvimento das comunidades transnacionais dentro das
multinacionais. Embora algum entendimento possa ser derivado do exame das carreiras,
experiência de trabalho e antecedentes das equipes de alta administração por meio de
dados disponíveis publicamente, mais pesquisas qualitativas e quantitativas são
necessárias. Alguns esforços foram feitos para alcançar isso por meio de estudos de
subsidiárias em diferentes países dentro da mesma empresa (por exemplo, Belanger et
al., 1999; Kristensen & Zeitlin, 2005), mas o nível de acesso e a quantidade de recursos
necessários para fazer isso para uma grande multinacional provaram estar além dos
pesquisadores no momento. Outra maneira de abordar esse problema, no entanto, foi
estudar as elites empresariais (Morgan et al., 2015), o grau em que as redes são de
escopo internacional e como elas se incorporam a estruturas internacionais, como a UE
ou o Pacto Global da ONU. Trabalhos adicionais ligando o desenvolvimento de
regulamentos e padrões transnacionais sobre educação empresarial, mercados
financeiros e consultoria de gestão internacional com conjuntos específicos de MNCs ao
longo das linhas sugeridas por Seabrooke e Tsingou (2015) seriam úteis para estudos de
NI.
5. Conclusão

Nosso objetivo para a revisão é iniciar um diálogo produtivo entre a abordagem


SNN e o NI, a fim de avançar nos estudos de NI usando o institucionalismo. A análise
de quatro conjunturas temáticas constitui uma descrição densa do que a SNN tem
contribuído e como essa contribuição pode complementar o NI em termos de uso de
estruturas, conceitos, questões de pesquisa e descobertas relacionadas a vários espaços,
atores e fenômenos. NI é um fórum interdisciplinar que enfatiza estudos baseados em
fenômenos (ver Doh, 2015) e contextualização (Michailova, 2011), portanto, uma
compreensão mais profunda da complexidade e teorização (Doz, 2011) dos fenômenos é
de interesse para estudos de NI.

Resumidamente, como destacado na análise, NI carece de pesquisa suficiente


sobre análise comparativa de fenômenos organizacionais e de gestão e como eles são
moldados pela dinâmica institucional e pela distância (Whitley, 1992a; 1992b; 2001b;
2003a; 2003b; 2009; 2010a; 2010b; 2014; 2016; Casper & Whitley, 2004; Edwards et
al., 2006; Redding & Witt, 2009; Witt & Redding, 2013; Zhang & Whitley, 2013) (ver
J-I). Embora o NI tenha feito fortes contribuições para estudos de internacionalização de
empresas, seleção de localização e estratégias de entrada no mercado (Morgan, 2001b;
Collinson & Morgan, 2009; Sayim, 2010; Iaonnau & Serafeim, 2012; Ercek, 2014), ele
prestou menos atenção às implicações organizacionais e de gestão decorrentes de
diferentes contextos institucionais, ou seja, centralização, descentralização ou
regionalização como estrutura intermediária. O NI ignorou o exame empírico do
empreendedorismo institucional das multinacionais ou a coevolução das instituições na
adaptação e mudança do contexto institucional (Andrews, Htun, & Nimanandh, 2016;
Giroud, 2014; Dekocker et al., 2012; Jong et al ., 2010; Morgan & Quack, 2005;
Morgan et al., 2003), embora também tenha prestado menos atenção ao estudo da
difusão reversa e circulação de elites gerenciais dentro da rede interna de uma MNC e
entre MNCs em todo o mundo (Edward & Ferner, 2004; Edward & Kuruvilla, 2005;
Edward et al., 2005; Geppert, 2003) (ver J-II).

Embora a capacidade dinâmica tenha sido um foco central da pesquisa de NI por


décadas, o NI não prestou atenção adequada à investigação da perspectiva da
aprendizagem organizacional, concentrando-se na difusão do conhecimento entre vários
atores dentro da cadeia de valor da MNC, como isso é moldado por diferentes contextos
institucionais e como isso leva a vários estilos de inovação em subsidiárias (Clark &
Almond, 2006; Ferner & Tempel, 2006; Lamberg & Laurila, 2005; Whitley, 2007;
Morgan & Kubo, 2016) (ver J-III). Os estudos de NIfizeram fortes contribuições sobre
como instituições globais e ONGs globais afetam a operação e o desempenho da MNC
e como a MNC como uma rede transnacional é gerenciada em toda a operação global.
No entanto, o que o NI pode pegar emprestado da literatura do SNN é a maneira como o
SNN examina a coordenação das atividades econômicas internacionais dentro das
empresas transnacionais e suas redes globais e explica as relações entre dois ou mais
contextos institucionais que moldam e capacitam múltiplos atores em sua capacidade de
mudar e adaptar em diferentes contextos. Essas habilidades eventualmente afetam as
formas como as empresas locais organizam as atividades econômicas em contextos
nacionais. Além disso, o desenvolvimento da gestão, conhecimento e educação e a
criação de quadros de referência cognitivos e normativos compartilhados como uma
comunidade transnacional ideacional, e seu impacto no desempenho e na capacidade da
MNC, foram completamente negligenciados nos estudos NI (J-IV). Nessas áreas, a
teoria SNN pode contribuir para a literatura NI.

Resumimos nossa contribuição na figura 2, combinando temas amplos (i.e.


fenômenos) com dimensões espaciais; isso pode ajudar o NI e o SNN a identificar seus
pontos fortes e fracos no foco da pesquisa. Os quatro quadrantes indicam a natureza dos
fenômenos em termos de complexidade/sobreposição e características
segmentadas/concentradas dentro do espaço nacional ou comparativo/transnacional.
Isso ocorre porque os estudos SNN se concentram em contextos nacionais e comparam
dois ou mais países e contextos transnacionais. Em cada caso, os fenômenos e atores
envolvem uma dimensão complexa/sobreposta ou uma dimensão
segmentada/concentrada.

Figura 2: Fenômenos/Temas vs Dimensões Espaciais em SNN


Isso pode servir como base para estudar o comportamento de uma empresa em
contextos institucionais transnacionais e comparativos, enquanto as descobertas e
conceituações apresentadas nas quatro conjunturas temáticas servem como base para
entender a dinâmica transnacional e comparativa das empresas. A estrutura institucional
desenvolvida pela SNN oferece um conteúdo rico que combina cultura, história
(Redding, 2005) e instituições formais próximas (Whitley, 1992b; 2010b; 2016); assim,
o NI pode usá-lo para ir além da análise unidimensional para uma análise mais
complexa dos impactos institucionais na gestão, capacidade e desempenho das
empresas, superando assim as deficiências enraizadas na economia neoinstitucional
(North, 1991) que o NI tende a seguir. A conceituação de Whitley (2003b; 2007) da
origem institucional das capacidades organizacionais também pode servir ao interesse
dos estudiosos de NI em institucionalismo e capacidades da empresa (ver Dunning &
Lundan, 2008; 2010). Além das considerações relacionadas às instituições nacionais, o
NI pode se beneficiar das maneiras pelas quais a SNN começou a examinar o
surgimento de instituições transnacionais e comunidades transnacionais que afetam as
estruturas e estratégias das multinacionais em operações comerciais internacionais, por
exemplo, a ascensão de novos níveis de construção de instituições, como blocos
comerciais regionais como a UE e o NAFTA, e órgãos reguladores públicos/privados,
como os acordos da Basiléia, Comércio Justo e sistemas de rotulagem semelhantes, etc.
(ver Morgan, 2001a; 2001c; Djelic & Quack, 2005; Djelic & Quack, 2010). Esta
dimensão apresenta novos fenômenos e atores (por exemplo, ‘instituição transnacional’,
‘sociedade civil’, ‘diáspora’, ‘MNC’) que pertencem ao espaço supranacional, mas
afetam características firmes no espaço nacional.

A internacionalização e o gerenciamento de MNC abrangem tanto o espaço


comparativo quanto o transnacional; esses fenômenos são complexos e sobrepostos por
natureza (ver figura 2). Como o NI está cada vez mais ampliando seu escopo e exigindo
pesquisas para capturar a complexidade e profundidade dos fenômenos emergentes da
globalização e antiglobalização (ver Doz, 2011), a abordagem mais qualitativa do SNN
agregaria valor à pesquisa do NI. Em vez de focar apenas no MNC como unidade básica
de análise, o SNN sugere que os estudos de NI também devem se concentrar nas
interações entre empresas e instituições, indústrias, atores da sociedade civil e
fenômenos sociais emergentes, como comunidades transnacionais. O uso da teoria
institucional em NI permanece limitado. Idealmente, a maior incorporação de
perspectivas/características institucionais deveria servir para ampliar a compreensão das
instituições na pesquisa de NI, afastando-se da concepção de instituições apenas como
uma forma de reduzir custos de transação para um reconhecimento da construção social
de instituições que podem ser tanto capacitar e restringir a capacidade, estratégia e
estrutura da empresa, conforme defendido no SNN. A natureza mutável da globalização,
migração e tecnologia está tornando esses fenômenos sociais mais complexos,
multifatoriais e dependentes de vários contextos; assim, o NI tem muito a emprestar do
SNN, enquanto o SNN deve prestar atenção aos seus temas relativamente
desconsiderados, como 'capacidades organizacionais e inovação' e 'comunidades
transnacionais e BS', para explorar como eles podem encorajar mais estudos
comparativos e transnacionais, como solicitado por Cheng et al. (2014).
NOTA:
1. Abreviaturas na Figura 1: path dependencia=PD; padrão regulatório
transnacional=TRS, empreendedorismo institucional=Inst.-Entrp.; internacional-
HRM=I-HRM; localização-globalização=Local-global; difusão reversa=Rev.-
difusão; sistemas de negócios = BS; management-innovations=Mgt.-Innov.;
nacionalidade efeito=Natl.-efeito; sistemas de negócios comparativos=Compa.-
BS; racionalidades contextuais=Con.-Ratio.; global regional impact=glo.-regio.-
impact; localização-HQ pressão=Loc.-HQ-pres.; Internacionalização financeira
9nternationalisation=Fin-intl.; competitividade específica da indústria=Ind.-
spec.-comp.; institucional configuração/estruture=Inst.-Config.; desempenho
social corporativo=CSP; capitalismo comparativo=CC; estudos de negócios
internacionais=NI Studies; governança corporativa=Corp-Gov.; sistema nacional
de inovação = SNI; condições competitivas=compet.-cond.; formas
organizacionais=org.-form; país de origem=COO; cognições
empreendedoras=Entrp.-Cogni.; comunidades transnacionais=CT; espaço social
transnacional=espaço TS; internacionalização=Intl.; organizações reguladoras
transnacionais/norma=TRO-S; transferência de recompensa gestão=TRM;
complementaridade institucional=IC; competências organizacionais=org.-comp.;
capacidades organizacionais= Org.-capa.; Sustentabilidade=Sust.; Estratégias=
Stra.; Embutimento social= Soc.-embed.; legados institucionais=Inst.-Legado;
orientações empreendedoras=Entrp-Orient.; Sistemas de negócios
africanos=Afri.- BS; ajuste estrutural=Struc.-Adj.; fragmentação=Frag.;
instituições multilaterais=Mult.Inst.; sociedade civil=CS; Sistema de negócios
chinês = Chi.-BS; natureza prévia da cultura=PNC; lógica da cultura=Ratio.-
Cult.; contexto da cultura=con.-cult.; trajetória futura=Futu.-traj.; cadeia global
de commodities = GCC; Vantagem competitiva de GRH=HRM-CA;
desempenho da empresa=firm-per.; Sistema comercial holandês=Dutch-BS;
Sistemas de negócios do Sudeste Asiático=SA-BS; empreendedorismo=Entrp.;
Sistemas empresariais europeus=Euro-BS; variedades do capitalismo=VC

Referências
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Witt & G. Redding (Eds.), The Oxford handbook of Asian business systems (pp. 332–
357). Oxford: Oxford University Press.
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