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a nova resposta sustentável

a nova resposta sustentável


para a economia
para a economia
SUMÁRIO

03 Design Circular: um
breve contexto

06 A relação do design com


uma Economia Circular

10 Repensando o design: por que o


Design Circular veio para ficar?

13 Cradle to Cradle: os 3 princípios do


Design Circular

17 Design Thinking para a


circularidade

20 Case MJV: Circoola

23 Transformação circular: a ponte


para a nova economia
01
DESIGN
CIRCULAR:
UM BREVE
CONTEXTO
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O Design Circular surgiu como uma resposta
sustentável à economia linear e é considerado
por muitos como uma evolução do design.

A presença humana e o avanço da


tecnologia altera o fluxo natural do planeta.
Com a Revolução Industrial no início do
século XVIII, a sociedade intensificou o
Antropoceno - Era de predomínio dos
seres humanos na superfície terrestre.

E o que isso tem a ver com o Design Circular?


Bem, acontece que a humanidade subverteu
a organização dos sistemas naturais do
planeta do qual extraímos matéria-prima para
alimentar novos avanços, em um ciclo infinito.

Não precisa dizer que, nessa lógica, privilegia-


se o desenvolvimento econômico em
detrimento das políticas de sustentabilidade.
O problema: o planeta é finito. Há um limite
no que podemos fazer sem o esgotamento
de recursos e impacto negativo dessa
interação discrepante na superfície terrestre.

Há uma crise comportamental no consumo.


Nos tornamos extremamente dependentes de
produtos manufaturados/artificiais - e exímios
produtores de lixo e resíduos. Para se ter uma
noção, o volume de materiais produzidos pelo
homem já superou toda a biomassa da Terra.

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O Design Circular surge com uma proposta
de mudança de paradigma e se insere em
4 contextos práticos, recortados por um
mindset de desmontagem como forma de
resolver parte dos problemas. Confira essas
fases:

Longevidade, isto é, estender o tempo de


vida de um produto.

Serviço, que trabalha na organização de


novos modelos de negócios, principalmente
digitais, nos quais consumidores passam a
ser usuários.

Remanufatura, que defende a


responsabilização das empresas pelo
destino final de um produto, voltando as
atenções para processos de desmonte,
conserto, reuso e até mesmo revenda.

Recuperação de materiais, uso


da reciclagem e conceitos como a
superciclagem como solução final
caso as 3 ideias anteriores não sejam
suficientes para reinserir os substratos dos
processos produtivos de volta no ciclo.

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02
A RELAÇÃO DO
DESIGN COM
UMA ECONOMIA
CIRCULAR
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Nesse ponto, você deve estar corretamente
associando o Design Circular ao
termo Economia Circular. Deixe-nos
te ajudar a fazer essa conexão.

O conceito de Economia Circular surgiu


pela primeira vez em um artigo escrito pelos
economistas e ambientalistas David W. Pearce
e R. Kerry Turner, publicado em 1989.

Com o foco voltado para a reciclagem,


o documento apresentava um conceito
mais amplo, que se opunha à economia
tradicional linear e focava em uma solução
que defendia a substituição de uma
lógica de extração, produção e descarte
para um modelo cíclico, que mimetiza o
comportamento de regeneração da natureza.

O desafio central da Economia Circular


é preservar o valor dos materiais e
produtos por meio de diferentes soluções,
entre elas o design, e a coligação entre
cadeias produtivas como forma de
ressignificar o valor dessas cadeias.

Podemos comparar a diferença de valor


das cadeias lineares e circulares por
meio da teoria ``Value Hill``. Ela versa que
durante a fase de pré-uso de um produto
na cadeia linear, o modelo gera sim valor
agregado para a cadeia produtiva.

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A partir do momento do uso e do descarte,
há uma queda vertiginosa. Veja o exemplo.

Já no modelo circular, há uma clara


expansão do valor da cadeia e a
manutenção do ápice de valor no pico
por mais tempo, através da devolução
para o próprio sistema de elementos que
seriam inutilizados depois do descarte.

Essa ressignificação da produção tem


como um de seus artifícios justamente o
design circular para a otimização do uso
de produtos e a recuperação de valor
que se perde ao longo da cadeia.

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Em resumo, podemos classificar a Economia
Circular como organização produtiva que
revisa os vícios de um sistema. Recentemente,
lançamos um artigo que conta a história da
Economia Circular de forma detalhada. Clique
no link para conhecer o conceito a fundo!

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03
REPENSANDO
A FUNÇÃO DO
DESIGN: POR QUE O
DESIGN CIRCULAR
VEIO PARA FICAR?
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O Design Circular promete elevar seu
protagonismo na discussão global.
O motivo? É uma ferramenta de
gestão dos recursos do planeta mais
inteligente, pensada desde o momento
da produção para evitar o desperdício.

Por muito tempo, o design foi acusado


de colaborar para a obsolescência -
programada e perceptiva - de produtos à
serviço do crescimento e impulsionamento
das vendas de grandes empresas.

A história sobre obsolescência


programada e perceptiva é longa,
complexa e abrange diversos fatores
mercadológicos e econômicos. Mas fizemos
um breve resumo abaixo, entenda:

Obsolescência programada: é quando se


planeja a deterioração de um bem em um
tempo menor do que a tecnologia permitiria
ou com funções aquém do esperado,
tornando-o ultrapassado a ponto de fazer-
se necessária a troca ou aquisição de outro.

Obsolescência perceptiva: acontece quando


um indivíduo sente a necessidade ou urgência
de trocar um produto funcional por outro
considerado esteticamente mais agradável, de
tecnologia mais avançada e mais aderente às
tendências de mercado.

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Em parte, é necessário fazer um mea-culpa
aqui. Mas a verdade é que qualquer atividade
profissional realizada sem um propósito
sustentável ou pensamento crítico acerca das
variáveis dos processos pode incorrer nesse
erro.

Com a ascensão de métodos como o Design


Thinking e o próprio Design Circular, os
designers passaram a repensar seus próprios
papéis e enxergarem novamente suas
soluções sob a ótica do impacto positivo -
associando essa nova diretriz à características
como resolução de problemas, foco no
usuário, ergonomia, entre outras.

Contudo, para combater as obsolescências é


necessário fazer um exercício mais conceitual,
de intencionalidade, do que, por exemplo,
abordar a questão do lixo - que demanda
uma mudança estrutural na mecânica dos
produtos. Explicamos.

A questão da gestão de resíduos é um tema


muito importante na Economia Circular. Para
alguns especialistas, o lixo acaba sendo um
problema de design de produtos e processos.
Isso representa um desafio imenso para os
projetistas, que se propõem a solucionar
a questão por meio do Design Circular.

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04
CRADLE TO
CRADLE: OS
3 PRINCÍPIOS
DO DESIGN
CIRCULAR
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O conceito de Cradle to Cradle, algo como ``do
berço ao berço``, foi um divisor de águas para
a difusão do conceito de Economia Circular.

Difundido pelo livro homônimo, lançado


em 2002 por William McDonough e
Michael Braungart, a ideia ancora-se nas
valências dos ecossistemas naturais do
planeta e sua habilidade de recuperação
sistêmica para fundamentar o que mais
tarde iríamos chamar de Design Circular.

O Cradle to Cradle surgiu em oposição ao


Cradle to Grave, em tradução livre ``do berço
ao túmulo``, denominação presente na área
de gestão de resíduos para batizar o esquema
linear de produção, que roda sob os preceitos
da obsolescência dos produtos.

O Cradle to Cradle apresenta 3 conceitos-


pilares:

Resíduos como nutrientes


Há muito, passamos a entender erroneamente
a geração de resíduos como um subproduto
comum dos processos produtivos - e não
como colateralidade. Se a natureza funciona
numa lógica cíclica, nossos processos
produtivos devem convergir para isso -
de forma a respeitar o ciclo natural de
regeneração das fontes de recursos.

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É claro, não há uma receita de bolo: cada
produto deve ser repensado a partir do
entendimento do ciclo de renovação de
cada matéria-prima. Para isso, devemos
sincronizar os ciclos técnico e biológico.

Energia limpa e
renovação de recursos
A energia solar é o símbolo da eficiência.
Tem impulsionado a diversificação da matriz
elétrica brasileira e tornou-se a queridinha
dos microgeradores. Funciona tanto em
dias ensolarados quanto nublados, pois o
combustível usado nos painéis fotovoltaicos
não é o calor - mas sim os raios UV.

Ou seja, é um recurso infinito. E os avanços


mais recentes dão conta de que estamos cada
vez mais próximos de conseguir armazená-la.

Mas por que estamos falando disso? Na


área do design de produtos industriais, o
C2C encoraja que produtores vão além dos
benefícios mais básicos, como economia de
recursos e maior volume de energia produzida.

Mas que empreguem sua tecnologia


na consolidação do mercado da
produção renovável - cíclica, durável,
não poluente e sustentável.

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Diversidade de sistemas
A diversidade de sistemas está na
compreensão das diferentes dinâmicas e
processos produtivos existentes em cada local.
É o entendimento de que o impacto gerado e
a pegada ambiental varia caso a caso - e que
o tipo de solução também precisa se adequar
às necessidades de desenvolvimento da
população local.

Aqui estamos falando também na


coexistência de modelos diversos,
construindo um ecossistema produtivo
que tende a ser mais resiliente.

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05
DESIGN
THINKING PARA A
CIRCULARIDADE
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Design Thinking Circular é uma metodologia
de adequação de produtos e negócios
aos parâmetros da economia circular,
viabilizando a redução de impactos
ambientais e econômicos. É, portanto, uma
maneira de projetar produtos, negócios e
serviços com essa visão circular aplicada.

Partindo de uma análise aprofundada da


cadeia de valor atual do produto, é possível
encontrar os aspectos de negócio e produção
que estão tendo impactos socioambientais
negativos, e assim começar a pensar em
como mitigá-los ou até mesmo revertê-los
por completo, gerando impacto positivo.

Isso significa repensar os produtos de


uma forma mais estratégica em todas
as suas etapas: desde a extração da
matéria-prima até o seu descarte final.

Assim, além de usar materiais de menor


impacto ou que tenham a possibilidade
de serem reciclados, é possível ter
produtos no mercado que já sejam
previamente projetados para, por exemplo,
serem facilmente reparados no futuro,
dentre outras muitas possibilidades.

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Tudo é pensado de maneira rentável,
preservando a saúde financeira e reputacional
da empresa, ao mesmo tempo que mitiga
os riscos ambientais. Veja abaixo uma
representação de como o Design Thinking
pode ser aplicado para a circularidade.

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06
CASE MJV:
CIRCOOLA

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Muito além da consultoria, a circularidade faz
parte do DNA da MJV. Um grande exemplo
disso é a criação da Circoola, serviço de
logística reversa de eletroeletrônicos que alia
praticidade à responsabilidade socioambiental.

O desafio deste projeto foi estruturar


um serviço de logística reversa de
eletroeletrônicos para pessoa física,
promovendo o hábito de se desfazer
correta e periodicamente destes objetos
sem uso, reduzindo impactos ambientais
e retendo o valor do objeto.

Durante a fase de imersão do projeto


descobrimos que é comum as pessoas
não se desfazerem dos eletrônicos
sem uso e isso acontece porque elas
ainda veem valor naquele produto,
mesmo que não lhe sirva mais.

Com essa informação em mente,


desenvolvemos o serviço de maneira
a reter ao máximo o valor destes
equipamentos e com o maior nível de
conveniência possível, estimulando as
pessoas a destiná-los corretamente.

O negócio by MJV busca gerar novos


hábitos de destinação de objetos sem uso e
tornar a doação dos seus eletroeletrônicos
esquecidos na gaveta muito mais fácil.

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Por isso, a utilização do serviço é bem
simples, consiste em apenas 3 passos:
ao entrar no site basta preencher o
formulário de cadastro, separar os itens
eletrônicos a serem entregues e aguardar
a coleta na data e horário combinados.

Após a coleta, os equipamentos são


cuidadosamente avaliados com o intuito
de prolongar ao máximo a vida útil de
cada parte que os constitui. Separamos o
que pode ser consertado ou reaproveitado
de alguma forma e o que deve ser
encaminhado para manufatura reversa.

Dessa forma, tudo no objeto segue


para o melhor aproveitamento possível,
retornando à cadeia produtiva como peça
ou matéria-prima. E todas essas etapas
podem ser acompanhadas diretamente
pelo aplicativo do projeto, pois prezamos
pela transparência do processo.

Para saber mais sobre o


Circoola, basta clicar aqui.

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07
TRANSFORMAÇÃO
CIRCULAR: A
PONTE PARA UMA
NOVA ECONOMIA
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As emissões de CO2 são as grandes vilãs
do clima. Como dissemos nos capítulos
anteriores, elas são um efeito colateral
de um processo linear e, tendo em vista
os males que causam, podemos dizer
que esse processo é mal-projetado.

Segundo o Relatório sobre Lacunas de


Emissões do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), estamos
perto do ponto de não retorno. E isso, como
sabemos, tem total relação com a forma
como nossas cadeias produtivas e economia
como um todo estão organizadas.

A mudança proposta pelo Design Circular


está em curso - o grande fiel da balança
será o quão rápido conseguiremos
(ou teremos interesse em) fazer essa
conversão, de linear para circular.

E não podemos nos enganar: precisamos


de tempo. Essa transformação será
gradual - e não abrupta. Mas não será
menos radical por causa disso. E por
isso deve ser iniciada agora mesmo.

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O Design Circular é um recomeço. Será uma
transformação para todos nós, nos âmbitos
coletivo e individual. E, do ponto de vista do
design em si, esse mindset confere um novo
olhar para os negócios, produtos e serviços,
além de estimular a construção de uma nova
economia e, quem sabe até, regenerativa.

Mais do que isso, é uma oportunidade para


que setores e mercados aproveitem lacunas
e oportunidades que seus próprios modelos
não são estruturados para explorar.

Aqui na MJV temos como core business o


Design Thinking. Em mais de 25 anos de
atuação, nossa expertise em design de
serviços nos permite conduzir empresas
por esse processo de transformação, seja
do seu modelo de negócio ou começando
por um produto/serviço do seu portfólio.
Podemos te ajudar nessa transição.

Aprimore sua cadeia de valor, explore


novos modelos de negócios, desbloqueie
oportunidades e colabore para o
desenvolvimento de uma economia mais
sustentável! Entre em contato conosco.

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Sobre a MJV:
people transforming business

Durante mais de 25 anos, a MJV


Technology & Innovation tem ajudado
a influenciar a inovação e resolver os
desafios de negócios com algumas
das maiores empresas do mundo. Com
escritórios na Europa, nos Estados
Unidos e na América Latina, a consultoria
conta com uma equipe multidisciplinar,
composta por mais de 1.200 profissionais
divididos entre designers, engenheiros,
antropólogos, cientistas de dados,
desenvolvedores, empreendedores e
muito mais.

Acreditamos no trabalho colaborativo


e aplicamos o Design Thinking e a
Metodologia Ágil como um guia para
todos os projetos que desenvolvemos.

Mauricio Vianna Ysmar Vianna


CEO, Ph.D. Chairman, Ph.D.
mvianna@mjvinnovation.com yvianna@mjvinnovation.com

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A MJV é composta por quatro pilares,
estruturados em completa sinergia:

Inovação em Negócios
Desenvolvimento e implementação
de soluções de impacto positivo
considerando aspectos de todo o
seu ecossistema, olhando para o
negócio, as pessoas e o planeta.

Consultoria em Tecnologia
Desenvolvimento e implementação
de serviços personalizados nas áreas
de Business Analytics, TI e Internet
das Coisas (Internet of Things).

Estratégia Digital
Desenvolvimento e implementação
de estratégia corporativa e
Experiência do Usuário, posicionando
a Transformação Digital como
fio condutor do negócio.

Outsourcing de Perfis Profissionais


Alocação de profissionais
de UX, UI, Marketing e TI,
com o acompanhamento
estratégico e operacional da
MJV, otimizando entregas.
AMÉRICA DO NORTE: EUROPA:
ESTADOS UNIDOS REINO UNIDO
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AMÉRICA DO SUL: PORTUGAL

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