1) Possui um corpo: dominamos o corpo buscando a unidade, controlando-o;
2) Se manifesta: tendemos a repetir o que nossos antepassados fizeram. Personalização de gostos, desejos e preferências. Prova-se e gosta-se das experiências vividas. É o contato do ‘eu’ como o mundo; 3) Aprende: surge uma motivação consciente ao conhecimento. Exerce-se a liberdade no aprendizado para entender como as coisas funcionam; 4) Supera a necessidade afetiva: é aqui que surge a questão da felicidade ou da infelicidade. Aqui surge a noção de um afeto recebido ou não. As crianças precisam se sentir seguras e notar a presença do afeto, sob pena de, na vida adolescente e adulta desenvolverem problemas de ordem psicológica. A pessoa, nesta fase, precisa sentir que os outros gostam dela. Busca-se a aceitação e a segurança emocional; 5) Confronta o mundo em busca da vitória: é o ‘viris’. Orgulho de si mesmas. Veem o mundo objetivamente. Procura-se validar a força. O objetivo é ter respeito por si mesmo, donde derivam discussões, brigas e afastamento dos pais. O sofrimento aqui é ser um perdedor, não para os outros, mas para si mesmo. O objetivo é, portanto, vencer disputas e ganhar autoconfiança; 6) Conquista habilidades úteis: trabalhar e ganhar dinheiro. O que importa é o lucro. A motivação é pagar as contas e sustentar a família. Não se quer receber elogios ou vencer disputas. O resultado não está em como nos sentimos, mas sim no resultado material de nossas ações; 7) Descobre um dever social: o indivíduo percebe que tem que cumprir um dever para a sociedade. Quem chegou aqui, entendeu que seu trabalho pelos outros é a sua razão de existir; 8) Vê-se diante da morte: diante do fim, continuamos a fazer as mesmas coisas e nos sentimos em paz com a vida ou sentimos que precisamos mudar e recomeçar? Se o que fazemos não tem valor diante da morte, precisamos encontrar uma solução. Largar tudo e mudar pertence à quarta camada. Quem está na oitava, busca mudanças de forma responsável e segura. Aqui, a pessoa começa a se preocupar com a noção de verdade e reflete sobre o bem e o mal. O objetivo é encontrar o sentido da vida diante da morte; 9) Busca a verdade: é a vida intelectual. Não se trata de ser letrado ou não, pois o interesse é buscar a verdade a qualquer custo. Respostas às perguntas torna-se mais importante que elogios e dinheiro. O sofrimento é a ausência de uma solução a um problema intelectual, e o objetivo é alcançar a criação intelectual, ou seja, inserir a sua forma de ver o mundo na sociedade; 10) Busca a vida moral: o sofrimento é a percepção de que se foi imoral – retumba como um rasgo na própria biografia. O objetivo é obter os meios para exercer suas ideias na sociedade; 11) Constitui um ‘eu’ histórico: algumas pessoas conseguem mudar o rumo da sociedade conscientemente, pois sabem que suas ações não morrem. Aqui há a tentativa de se criar uma personalidade que perdura através do tempo. O objetivo é mudar conscientemente o curso da história com suas próprias ações; 12) Alcança a transcendência diante de Deus: é o sujeito transcendental. Prioriza-se quem se é diante de Deus. Há aqui algo além da crença e da simpatia pela espiritualidade. O sentimento que constrange é o de se ver diante de um ser infinito, enigmático, complexo e inevitável. É aqui que há o encontro com o sentido da vida por excelência.