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AVALIAÇÃO E TERAPIA DE

FALA ENVOLVENDO ASPECTOS


MIOFUNCIONAIS
UNIDADE II
ORTODONTIA, FALA E MO
Atualização
Profa Wânia Regina Lima

Elaboração
Profa Claudia Gomes Ligocki

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE II
ORTODONTIA, FALA E MO................................................................................................................................................................. 5

CAPÍTULO 1
ORTODONTIA E IMPLICAÇÕES DE FALA E MOTRICIDADE............................................................................................ 5

REFERÊNCIAS................................................................................................................................................15
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ORTODONTIA, FALA E MO UNIDADE II

Capítulo 1
ORTODONTIA E IMPLICAÇÕES DE FALA E MOTRICIDADE

A fonoaudiologia busca o conhecimento científico, a fim de tornar a sua prática


fundamentada em conteúdos consistentes do ponto de vista anátomo-fisiológico e
funcional.

A relação entre a fonoaudiologia e a ortodontia tem sido amplamente estudada,


de modo que, hoje, não se pode mais desconsiderar a necessidade de interação
entre essas duas áreas para a realização de um trabalho eficaz no que tange à
oclusão e à motricidade oral, mais especificamente.

Por estarmos imersos em uma área de conhecimento relativamente recente,


muitas vezes usamos como base de nossa prática clínica dados pesquisados por
outras áreas sem ao menos tentar traduzi-los, ressignificá-los para nossa realidade
profissional. Na área de motricidade oral, por exemplo, podemos encontrar um
número significativo de publicações que se dedicam a discorrer sobre os parâmetros
teóricos que a norteiam – influência dos hábitos no desenvolvimento facial, no
desenvolvimento da fala, na oclusão, as funções estomatognáticas, entre outras –
mas que em sua maioria advém de trabalhos científicos realizados por dentistas,
para a obtenção de títulos de especialistas em ortodontia ou odontopediatria.
(GOLDENBERG, 1998).

Carvalho (2003) diz que a integridade funcional e muscular do sistema


estomatognático permitirá um desenvolvimento e crescimento correto das
estruturas dento-faciais, podendo então funcionar em harmonia, produzindo saúde
para o indivíduo, em geral, já que o sistema estomatognático está relacionado
intimamente com outros órgãos e outras funções do corpo.

Segundo Largo (2003), a ortodontia e a ortopedia têm objetivo comum que é


o alinhamento e nivelamento dental, buscando com isso a oclusão cêntrica e a
relação central coincidentes.

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De acordo com a Teoria Geral dos Sistemas (DOUGLAS, 2002), o trabalho de um


sistema será mais eficiente quanto menor for o uso de energia gasto para realizá-lo.
Como o ser vivo é um sistema aberto, busca constantemente manter seu estado com
trocas de energia, matéria e informação com o ambiente. Quanto menos adaptado,
mais emergia é usada.

Largo (2003) ressalta que a ação terapêutica será mais eficiente se possibilitar
a autorregulação do sistema, isto é, busca do equilíbrio: ser versus ambiente.
Para alcançar seus objetivos, a ortodontia e ortopedia buscam a cura de uma
anormalidade com a consciência do que se está tratando com os mecanismos
corretos disponíveis para o tratamento. O foco precisa ser o sistema estomatognático
como um todo e não somente com a má posição dentária.

A ortodontia procura resolver os problemas de forma, posição dentária, óssea


e muscular, com aparelhagem específica para cada caso, porém o trabalho
muitas vezes é comprometido por causa de recidivas orais, pois a função não foi
totalmente restabelecida. (FELÍCIO, 1999; MENDES; COSTA; NEMR, 2005).

O plano de tratamento adequado necessita de uma visão interdisciplinar. O


pensamento terapêutico isolado não pode prevalecer no caso de tratamento de
alterações que envolvam dentes, ossos e músculos. A integridade deve ser atingida.
(CAMPOS, 2005).

Ramirez (1988) afirmou que as alterações verticais estão entre os problemas


ortodônticos mais comuns. A mordida aberta é uma alteração vertical com
diversas etiologias, envolvendo: fatores genéticos, epigenéticos, locais e gerais.

O diagnóstico é essencial para determinar o tipo de tratamento. De maneira geral,


o tratamento e prognóstico dependem do tipo de mordida aberta, do tamanho
da alteração provocada, da idade e do potencial de crescimento do indivíduo. É
indicado o uso de aparelhos e exercícios mioterápicos – terapia miofuncional. A
estabilidade depende da severidade do tratamento.

1.1. Oclusão
Há uma colocação comumente aceita em fisiologia segundo a qual o normal não é o
único ponto, mas, sim, uma variação. Uma oclusão atraente, equilibrada, estável e
sã pode ser considerada normal, ainda que existam posições ligeiramente incorretas.

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A classificação mais utilizada para má-oclusão é a que apresentou Edward H. Angle,


em 1899, que tomou como referência o primeiro molar superior, considerando que
a posição deste estava invariavelmente correta. Este dente deve ocluir a cúspide
mésio-vestibular no sulco do primeiro molar inferior. Esta é a chamada chave de
oclusão de Angle.

Apesar de a classificação de Angle ser dentária, é extremamente útil na avaliação


clínica odontológica, devendo ser complementada com dados esqueletais que
podem ser obtidos por exames específicos, tais como cefalometria, telerradiografia,
radiografia panorâmica, moldes, fotos, enfim, com a documentação ortodôntica
completa.

Angle sistematizou a má-oclusão em três grupos principais: classes, divisões e


subdivisões.

Classe I: quando há uma boa relação de crescimento entre maxila, mandíbula e
base craniana, ou seja, quando a cúspide mésio-vestibular do 1o molar superior
estiver articulando com o sulco vestibular do 1o molar inferior. As anomalias
encontradas nessa classe são referentes à posição, à forma e ao número de dentes.

Classe II: quando a mandíbula está mais para trás em relação à maxila e à base
craniana, o 1o molar superior encontra-se em topo com o molar inferior e, muitas
vezes, uma cúspide à frente do molar inferior, sendo que o ideal é que esteja uma
cúspide atrás. Essa classe apresenta duas divisões:

» divisão 1a: além dos molares estarem em classe II, os incisivos superiores
estão inclinados para vestibular – em direção aos lábios;

» divisão 2a: os molares estão em relação de classe II, os incisivos centrais


superiores estão inclinados lingualmente e os incisivos laterais superiores
encontram-se em lábio-versão.

Nessa classe ainda temos a subdivisão, quando a Classe II ocorre apenas de um dos
lados da arcada – unilateralmente.

Classe III: quando a mandíbula encontra-se anteriorizada em relação à maxila


e à base do crânio, assim, o 1o molar inferior estará mais para adiante que seu
correspondente superior.

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Complementando a classificação de Angle, existe outra de autoria


não definida, comumente usada nas clínicas ortodôntica e
fonoaudiológicas, que se refere às alterações oclusais do segmento
anterior, em que descreve algumas variações da mordida em oclusões
de Classe I, tais como:

- mordida aberta anterior: quando em oclusão, há o distanciamento


de alguns dentes na dimensão vertical. Nessa mordida há o toque
dos dentes posteriores e um afastamento dos anteriores;

- mordida aberta lateral: como na mordida aberta anterior, há


um distanciamento dos dentes na dimensão vertical, com um
afastamento dos dentes laterais;

- mordida cruzada: ao invés dos dentes superiores encobrirem os


inferiores, estes contêm os superiores. Pode ocorrer em um ou mais
dentes, uni ou bilateralmente;

- mordida topo a topo: os dentes superiores não encobrem os


inferiores, ficando numa relação de um sobre o outro;

- sobremordida ou mordida profunda: há uma diminuição da


dimensão vertical, sendo que os dentes superiores encobrem os
inferiores em mais de 1/3. (GOLDENBERG, 1998).

1.2. Desequilíbrio oclusal

Galvão (1996) apud Goldenberg (1998) afirma que o desequilíbrio oclusal nem
sempre é o resultado de um determinado fator etiológico. São vários os fatores
que podem interferir na oclusão normal. Podemos agrupá-los segundo sua origem
como hereditários, congênitos ou adquiridos:

» hereditários: caracteres patológicos que são passados dos pais para os filhos.
Por exemplo, mordidas abertas esqueletais, micro e macrognatia, problemas
relativos ao número e tamanho dos dentes etc;

» congênitos: anomalias que se formam desde a fecundação até o nascimento.


Por exemplo, fissuras lábio-palatais, tumores, paralisia cerebral etc.;

» adquiridos: diversas alterações dentofaciais que surgem pela ação de


fatores locais ou gerais, após o nascimento.

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Entre os fatores, os adquiridos são os que podem ser detectados clinicamente pelo
fonoaudiólogo e, devido à sua abrangência, abordaremos dois importantes:

» deficiência nutricional: podem ocasionar má-oclusões graves por perdas


prematuras de dentes, retenção prolongada ou desvios significativos no eixo
de erupção;

» pressões anormais por hábito ou função: o osso é um tecido plástico que


reage às pressões que agem sobre ele. Normalmente, na posição postural de
descanso, há um equilíbrio das forças musculares intra e extrabucais, que
evita o deslocamento anterior dos dentes.

Um dos fatores mais frequentes no rompimento desse equilíbrio é o bico da


mamadeira não fisiológico, que obriga a criança a manter a abertura maior de boca,
exigindo em demasia o mecanismo do bucinador, podendo causar, futuramente,
problemas ortodônticos.

O uso da chupeta até os 3,5 anos de idade não produz, em geral, efeitos danosos
à oclusão. Para que efeitos prejudiciais venham a produzir-se, com respeito aos
hábitos em geral e à sucção em particular, é necessária a combinação de três
fatores, como duração, frequência e intensidade.

Outros hábitos importantes que podem originar má-oclusões são as pressões com
os lábios e a língua e a onicofagia. A interposição da língua entre os dentes e
o hábito de morder os lábios e roer unhas, geralmente, provocam desequilíbrio
funcional e consequente má-oclusão:

» sucção dos dedos: mais comumente o polegar, vigorosa, repetida e constante,


associada à contração bucal e labial, parece ser o tipo de hábito mais
relacionado a má-oclusão;

» deglutição atípica: a deglutição normal depende de um mecanismo sinérgico


que envolve os músculos linguais, os da expressão e os da mastigação.
Quando essa sinergia é rompida, podem ocorrer várias anomalias no
processo e teremos a chamada deglutição atípica. Esta se caracteriza pela
pressão constante da língua, ainda que leve, contra os dentes, sendo essa
variável em relação às áreas das arcadas dentárias.

Embora a pressão da língua se verifique com maior frequência contra os incisivos,


ela também ocorre lateralmente contra os demais dentes. Tal ação pode, ainda,
atuar separadamente na arcada superior, na inferior ou em ambas. A deglutição

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atípica, em geral, é precedida de uma mastigação também atípica que, por sua
vez, é resultante de movimentos anormais de mandíbula e dos músculos que
tomam parte da mastigação. Assim:

» amígdalas hipertróficas: as hipertrofias ocasionadas por inflamações podem


determinar alterações temporárias no posicionamento lingual, a fim de reduzir
a sensação dolorosa que advém do próprio quadro. Além disso, as amígdalas
hipertróficas podem ocasionar desvios nas funções de deglutição e respiração.
Em qualquer dessas situações, as amígdalas hipertróficas podem favorecer
uma má-oclusão;

» bruxismo: pode ser causado por fatores psicogênicos, neuromusculares e/ou


ambientais. O excessivo e contínuo ranger dos dentes pode ocasionar desgastes
ou mesmo fraturas dentais, o que obviamente pode gerar uma má-oclusão;

» hábitos alimentares: a criança encontra-se preparada para a mastigação


a partir da erupção dos primeiros dentes e, portanto, necessita de uma
alimentação mais consistente para que possa exercitar seu padrão
mastigatório, padrão este que interfere diretamente no desenvolvimento
crânio-facial. Observa-se que uma dieta alimentar líquido-pastosa determina
um padrão muscular hipotônico, podendo gerar desvios de crescimento
e/ou oclusais;

» traumatismos e acidentes: os dentes decíduos desvitalizados por choques e


pancadas podem ter padrões de reabsorção anormais, desviando os sucessores
permanentes, ocasionando má-oclusões;

» perdas prematuras: os dentes decíduos, além da função mastigatória, são


verdadeiros e naturais mantenedores de espaço. A perda do 1o ou 2o molar
decíduos, acarreta geralmente o deslocamento para mesial dos elementos
posteriores à falta, determinando uma má-oclusão. Além disso, pode haver
uma ocupação desse espaço pela língua, e, quando a perda se mantém por um
período prolongado, pode se instalar uma posição viciosa da língua. A perda
de dentes permanentes, principalmente primeiros molares, provoca graves
alterações na oclusão, ainda mais se a perda ocorrer antes que a dentição
esteja completada;

» cáries: a restauração de dentes cariados se impõe, não só para evitar a dor
e a infecção, como também para a conservação da integridade dos arcos
dentários, da oclusão e do padrão mastigatório;

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» restaurações dentárias inadequadas: os contatos imperfeitos podem


ocasionar deslizamentos, impactação de alimentos, perdas ósseas, contatos
prematuros etc. As restaurações bem executadas, devolvendo a forma e
função do elemento dentário, são considerados excelentes procedimentos de
ortodontia preventiva;

» respiração bucal: é comum a suposição de que a função pode está diretamente


ligada ao desenvolvimento dentofacial. Todo paciente com obstrução nasal
crônica pode se tornar um respirador bucal, o que normalmente leva a
alterações na face, principalmente durante a fase de crescimento.

1.3. Hábitos orais e oclusão (GOLDENBERG, 1998)


Jamais se poderia abordar o tema hábitos orais nocivos (perniciosos) ou deletérios
sem antes diferenciá-los das atividades realizadas pelo sistema estomatognático
com finalidade fisiológica. Neste sentido toda e qualquer ação que não seja própria
ou natural de um órgão, sistema ou aparelho constitui-se num hábito parafuncional
e, portanto, prejudicial ao sistema mastigatório.

Atuando parafuncionalmente e, portanto, em demasia, a musculatura atinge seu


limiar de resistência a tais sobrecargas, o que é explicado bioquimicamente por
COHEN (1978). Este pesquisador afirma que maior energia é necessária durante
a realização de hábitos parafuncionais, em contraste com a mínima quantidade de
energia requisitada durante as atividades funcionais. Segundo ele, alguns hábitos
parafuncionais são caracterizados por períodos prolongados de contato dentário,
com concomitante exagerada contração muscular.

A etiologia dos hábitos orais é diversificada, podendo estar relacionada, entre


outras causas, a fatores psicológicos ou à repetição contínua de um ato.

A interação entre o sistema muscular e os hábitos produz consequências diretas


sobre ossos, dentes e tecidos moles, pois estes envolvem atividades musculares das
regiões facial (ou da mímica), mandíbula (ou da mastigação) e portal (músculos
dos tratos respiratórios e alimentar superior), interagindo tanto na inervação
sensitiva quanto na motora.

GRABER (1974) afirma que não há dúvidas de que os hábitos orais estão
associados às má-oclusões, mas, sim, se são fatores etiológicos ou apenas estão
relacionados, sendo a etiologia desconhecida; porém é necessária a associação de
três fatores que modificam o hábito: duração, frequência e intensidade. Menciona

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ainda que os hábitos não podem ser vistos isoladamente, principalmente sem
considerarmos os fatores genéticos, e que não costumam causar danos definitivos
se abandonados até os três anos de idade; eles normalmente agravam as
má-oclusões inerentes aos padrões faciais herdados.

Ainda no que se refere ao fator etiológico, tanto os hábitos funcionais quanto os


parafuncionais estão relacionados aos mecanismos psicológicos, o que contribui
para que possam sofrer alterações, evoluções, transferências e transformações.

Pizarro e Honorato (1981) consideram que há um equilíbrio entre as forças intra
e extrabucais em repouso e, quando se instalam os maus-hábitos orais, rompe-se
esse equilíbrio e se produzem diversos graus de transtornos dentomaxilares.
Consideram que o uso de mamadeira com bicos inadequados, o uso prolongado
de chupeta e a sucção digital podem ser causadores ou agravantes de má-oclusões.
Pesquisando 79 crianças de cinco anos, encontraram 81,1% de portadores de
maus-hábitos. Dessas observações, concluíram que há uma alta incidência
de maus-hábitos em pré-escolares com predominância no sexo masculino: a
associação entre dois ou mais hábitos é o habitual; a respiração bucal ( 31,4%)
e a deglutição atípica ( 27,3%) são os maus-hábitos predominantes; o uso de
chupeta, mamadeira, resfriados frequentes e hipertrofia das amígdalas são
as características mais frequentes; as sequelas mais comumente encontradas
foram a mordida aberta anterior, a compressão maxilar lateral e palato alto; os
maus-hábitos de interposição (dedo, por exemplo) apresentaram como sequelas
diastemas e má-oclusões focais.

São considerados como hábitos bucais deletérios as funções bucais que constituem
fatores etiológicos em potencial na deteriorização da oclusão e na alteração do
padrão normal de crescimento facial, como a respiração bucal, as funções anormais
da língua durante a deglutição, a fonação e postura, os hábitos prolongados de
sucção de dedo e/ou chupeta, entre outros. Ressaltam, entretanto, que tais hábitos
até a idade de 3 a 3,5 anos são considerados plenamente normais, fazendo parte do
desenvolvimento emocional da criança, não trazendo consequências prejudiciais
permanentes para a oclusão, pois até essa idade há uma forte tendência para a
autocorreção da má-oclusão, apesar de essa correção espontânea ser dependente
de vários fatores, tais como a competência da musculatura perioral e o padrão
respiratório. (SILVA FILHO et al.,1986 a; SILVA FILHO et al.,1986 b).

Moyers (1991) afirma que a sucção do polegar, bem como de outros dedos,
a interposição de língua, a onicofagia, a mordedura e a sucção dos lábios são

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as causas mais comuns que alteram a oclusão. Entretanto, parece importante


citar deglutição atípica, respiração bucal e hábitos de postura, uma vez que
estes constituem frequentes causas de problemas ortodônticos. Por outro lado,
hábitos como o bruxismo, extremamente envolvido nos quadros de disfunção
temporomandibular, devem ser conhecidos para que se possa interpretar
alterações musculares sem causa aparente.

Lino (1993) afirma que os hábitos são fatores etiológicos das má-oclusões e sugere
que sejam retirados o mais cedo possível, como manobra ortodôntica preventiva.

1.4. Oclusão e respiração


Entre os hábitos deletérios, a respiração bucal foi citada por todos os autores
discutidos e, por isso, a importância de discuti-la mais especificamente.
Guardo (1982) afirma que a respiração bucal acarreta má-oclusões, pois, ao ser
rompido o equilíbrio fisiológico no qual está embasado todo o desenvolvimento
dentomaxilofacial, produz-se mudanças anormais nos tecidos, tanto ósseos
quanto musculares. Afirma, também, que, quanto mais precocemente se instale a
respiração bucal, maiores serão as alterações bucais, uma vez que ossos jovens, não
suficientemente mineralizados, são facilmente moldáveis.

Bruer (1989) considera que uma criança que apresenta respiração bucal pode
apresentar alterações oclusais, mas que estas dependerão sempre da frequência e
da intensidade dela, bem como da disposição genética do paciente para sofrer em
maior ou menor grau as influências desse tipo anormal de respiração.

Minervini et al. (1990) afirmam que a respiração bucal pode prejudicar o


desenvolvimento crânio-facial, contanto que haja predisposição genética.
Discorrem também sobre muitas outras complicações orgânicas que o respirador
bucal pode apresentar, tais como dificuldades de aprendizagem, lentidão,
sonolência, escolioses, hipóxia e descompensações cardíacas, entre outras.

1.5. Articulação e oclusão


Silva (1983), após o estudo das funções estomatognáticas, tece relações detalhadas
sobre a classificação de Angle e a produção de fonemas. A autora acredita que
as má-oclusões causam alterações articulatórias, como, por exemplo, a mordida
aberta anterior pode interferir na articulação dos fonemas (t, d, n, l, r) e a mordida
aberta lateral nos fonemas sibilantes (s, z, ch, j).

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Douglas (1988) afirma que a má-oclusão é uma causa de alteração na fala, assim,
80% dos indivíduos com má-oclusão apresentam. Ele relaciona, ainda, a mordida
aberta anterior severa e o prognatismo com distorções dos fonemas /f/ e /v/ e a
retrusão mandibular com distorções dos fonemas /p/, /b/, /m/, /s/ e /z/.

GUEDES (1985) aponta como consequências de uma má-oclusão as deglutições


atípicas, o que acarretaria a diminuição do tônus e mobilidade muscular,
favorecendo as imprecisões articulatórias como o sigmatismo frontal ou ceceio
(ponta de língua contra os incisivos) ou lateral (bordos de língua contra os
molares ou pré-molares), ocasionando um som “palatizado”, que pode ou não ser
acompanhado de escape de saliva.

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