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COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR

INSTITUTO DE RADIOPROTEÇÃO E DOSIMETRIA


CENTRO REGIONAL DE ENSINO E TREINAMENTO PROF. LUIZ TAUHATA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO-SENSU” EM PROTEÇÃO RADIOLÓGICA


E SEGURANÇA DE FONTES RADIOATIVAS

MÓDULO: 8. EXPOSIÇÕES MÉDICAS

TÍTULO: 8.2 MEDIDAS DE RADIAÇÃO ESPALHADA PARA DIFERENTES PROTOCOLOS E


LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO EM RADIODIAGNÓSTICO

AUTORES: Fernando Mecca e Simone Kodlulovich

ESTUDO DE CASO
INTRODUÇÃO

LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO

Apesar das doses de radiação em radiologia diagnóstica constituir a maior contribuição para o
aumento da dose coletiva, comparada entre todas as fontes de radiação criadas pelo homem, pouca
atenção tem sido dada à otimização da proteção em exposições médicas em comparação à maioria
das outras aplicações de fontes de radiação (ICRP-103).

Diferenças de dose de até duas ordens de magnitude para o mesmo tipo de exame têm sido
relatadas em radiologia diagnóstica. Em função disso, há necessidade de constante monitoração
dosimétrica de cada protocolo clínico, estudando parâmetros tais como tensão (kV) e corrente do tubo
(mA), uso ou não de grade antidifusora, técnica de alta voltagem, tela intensificadora, dentre outros
utilizados para obter a melhor qualidade aceitável da imagem radiográfica.

Por exemplo: exames de tórax PA devem resultar, num futuro próximo, de uma mesma dose de
entrada na pele em qualquer departamento de raios X. Para tal, a qualidade aceitável da imagem
deve ser escolhida por um grupo de radiologistas experientes e, com a ajuda de simuladores de teste,
estabelecida para o diagnóstico esperado. Este exemplo de programa de otimização irá reduzir
consideravelmente a dose de entrada na pele e, portanto, a dose efetiva para o paciente, sem
prejudicar a confiabilidade do exame.

OBJETIVOS

 Avaliação da intensidade de radiação espalhada para diferentes protocolos;


 Verificar a adequação da blindagem em dois pontos da Sala de Raios X.

MATERIAIS

→ Equipamento de raios X;
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→ Simulador de acrílico;
→ Conjunto dosimétrico específico para levantamento radiométrico.

Experimento I: Medida de Radiação espalhada

1. Posicionar o simulador sobre a mesa;


2. Posicionar o tubo a 100 cm da mesa;
3. Posicionar a câmara de ionização a d = 100 cm do eixo central do feixe de raios X, alinhado com
o centro do simulador;
4. Selecionar o protocolo: 80 kVp e 50 mAs;
5. Realizar a exposição. Registrar a leitura. Repetir duas vezes;
6. Selecionar o protocolo: 80 kVp e 100 mAs;
7. Realizar a exposição. Registrar a leitura. Repetir duas vezes;
8. Selecionar o protocolo: 110 kVp e 50 mAs;
9. Realizar a exposição. Registrar a leitura. Repetir duas vezes;
10. Posicionar a câmara de ionização a d = 150 cm do eixo central do feixe de raios X, alinhado com
o centro do simulador;
11. Repetir de os itens 6 e 7.

Fig. 1: Geometria do experimento I.


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CENTRO REGIONAL DE ENSINO E TREINAMENTO PROF. LUIZ TAUHATA

Fig. 2: Folha de anotações do experimento I

Ministério da Saúde
Instituto Nacional de Câncer - HC I
Praça da Cruz Vermelha,23 - Centro - Rio de Janeiro

IDENTIFICAÇÃO
Nome:

Equipamento
Marca: Siemens
Modelo: Polymat Plus S - Multix B
Nº de série: 793
Nº de patrimônio: MS 011952 061945

EXPERIMENTO I
d = 100 cm
Tensão = 80 kVp 80 kVp 110 kVp
Corrente x Tempo = 50 mAs 100 mAs 50 mAs
Foco Grosso = 250 mA 250 mA 250 mA
Medida 1
Medida 2
Medida 3
Média =
Desvio padrão =

d = 150 cm
Tensão = 80 kVp 80 kVp 110 kVp
Corrente x Tempo = 50 mAs 100 mAs 50 mAs
Foco Grosso = 250 mA 250 mA 250 mA
Medida 1
Medida 2
Medida 3
Média =
Desvio padrão =
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RESULTADOS:

1. Organize os dados obtidos em uma tabela;


2. Analise os dados obtidos em função dos fatores de técnica e distância.

PERGUNTAS:

1. Qual a influência da tensão do tubo no valor da radiação espalhada. Por quê?


2. Qual a influência do valor do mAs no valor da radiação espalhada. Por quê?
3. Qual a influência da distância no valor da radiação espalhada. Por quê?

REFERÊNCIAS:

1. Apostila do Curso Latu Sensu.


2. Radiodiagnóstico Médico: Segurança e Desempenho de Equipamentos.
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Experimento II: Levantamento Radiométrico

1. Posicionar o simulador sobre a mesa;


2. Posicionar o tubo a 100 cm da mesa;
3. Posicionar a câmara de ionização a 15 cm da barreira a ser avaliada (ponto 1 – Fig. 4);
4. Utilizar uma tensão de 110 kVp e 100 mAs;
5. Realizar a exposição. Registrar a leitura. Repetir duas vezes;
6. Repetir os passos 3, 4 e 5 para os pontos 2 e 3, conforme indicado na Fig. 4.

Fig. 3: Geometria do experimento II.

Fig. 4: Croqui da sala de raios X 1.


Indicação dos pontos a serem medidos.
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Fig. 5: Folha de anotações do experimento II

Ministério da Saúde
Instituto Nacional de Câncer - HC I
Praça da Cruz Vermelha,23 - Centro - Rio de Janeiro

IDENTIFICAÇÃO
Nome:

Equipamento
Marca: Siemens
Modelo: Polymat Plus S - Multix B
Nº de série: 793
Nº de patrimônio: MS 011952 061945

EXPERIMENTO II
Carga de trabalho = mA.min/semana

- Tensão = 110 kVp


- Corrente x tempo = 100 mAs
- Foco Grosso = 250 mA

Ponto 1
Tipo de área = Restrição de dose
Fator de Uso = (Portaria MS 453/1998)
Fator de Ocupação = área controlada = 0,1 mSv/semana
Medida 1 área livre = 0,01 mSv/semana
Medida 2
Medida 3
Média =
Desvio padrão =
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Ponto 2
Tipo de área = Restrição de dose
Fator de Uso = (Portaria MS 453/1998)
Fator de Ocupação = área controlada = 0,1 mSv/semana
Medida 1 área livre = 0,01 mSv/semana
Medida 2
Medida 3
Média =
Desvio padrão =

Ponto 3
Tipo de área = Restrição de dose
Fator de Uso = (Portaria MS 453/1998)
Fator de Ocupação = área controlada = 0,1 mSv/semana
Medida 1 área livre = 0,01 mSv/semana
Medida 2
Medida 3
Média =
Desvio padrão =

RESULTADOS:

1. Organize os valores obtidos e os fatores de uso e de ocupação respectivos a cada vizinhança em


uma tabela;
2. Calcular a carga de trabalho;
3. Classificar o local de medida em área livre ou controlada;
4. Calcular a dose externa anual (mSv/ano) para todos os pontos.

PERGUNTAS:

1. Os valores obtidos estão abaixo dos níveis de restrição de dose estabelecidos na Portaria 453 e
NN CNEN 3.01?

REFERÊNCIAS:

1. Apostila do Curso Latu Sensu.


2. Radiodiagnóstico Médico: Segurança e Desempenho de Equipamentos.
3. Portaria 453.

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