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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Direcção Nacional dos Recursos Humanos


Departamento de Formação

GUIA DE ROTAÇÃO DO ESTÁGIO

(2º Semestre)

Nome do Aluno_____________________________________________ No _________________

Turma:___________ Grupo:____________ Ano:________________

CURSO DE FORMAÇÃO DOS TÉCNICOS DE MEDICINA GERAL

Fevereiro 2013

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 1


Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 2
Conteúdo:
1. Escala de Rotação .................................................................................................................................. 4
2. Cronograma dos Seminários de Discussão do Estágio .......................................................................... 6
3. Avaliação no estágio .............................................................................................................................. 8
3.1 Calendário de Avaliações no Estágio .................................................................................................... 8
3.2 Orientaçoes específicas sobre as avaliações do 1º Semestre .............................................................. 8
3.3 Cálculo da nota do estágio ................................................................................................................. 12
3.4 Ficha de avaliação sumativa para procedimentos clínicos e de enfermagem ................................... 13
3.5 Fichas de avaliação sumativa para obstetrícia ................................................................................... 14
3.5.1 Ficha da avaliação sumativa da 1ª Consulta Pré-natal ....................................................................... 14
3.5.2 Ficha de avaliação sumativa: Consulta Pré – natal de Seguimento ................................................... 15
3.5.3 Ficha de avaliação sumativa: Consulta Pós-Parto ............................................................................. 16
3.6 Ficha de avaliação sumativa para módulos da clínica médica ........................................................... 17
3.7 Formulário para a Apresentação de Casos ......................................................................................... 18
4. Listas de Competências e Patologias ................................................................................................... 20
4.1 Disciplina de Procedimentos Clínicos e de Enfermagem ................................................................... 20
4.2 Disciplina de Dermatologia................................................................................................................. 20
4.3 Disciplina de Sistema Gastrointestinal ............................................................................................... 21
4.4 Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva I: Sistema Reprodutor Feminino ..................................... 23
4.5 Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva II: Obstetrícia ................................................................... 24
4.6 Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva III: Sistema Reprodutor Masculino .................................. 26
4.7 Disciplina do Sistema Cardiovascular ................................................................................................. 27
4.8 Disciplina do Sistema Respiratório ..................................................................................................... 28
5. Lista de Passos da Clínica..................................................................................................................... 29
5.1 Lista de Passos de Clínica Geral .......................................................................................................... 29
5.2 Ginecologia ......................................................................................................................................... 32
5.3 Primeira Consulta Pré-Natal ............................................................................................................... 35
6. Listas de passos para procedimentos clinicos e de enfermagem ....................................................... 38
6.1 Algaliação............................................................................................................................................ 38
6.2 Clister de Limpeza............................................................................................................................... 40
6.3 Drenagem de Colecções Purulentas ................................................................................................... 41
6.4 Fisioterapia Respiratória..................................................................................................................... 42
6.5 Punção Aspirativa (ganglionar) com Agulha Fina (PAAF) ................................................................... 43
6.6 Aspiração Nasotraqueal ..................................................................................................................... 44
6.7 Limpeza cirúrgica (desbridamento) de Feridas .................................................................................. 45
6.8 Oxigenoterapia ................................................................................................................................... 46
6.9 Paracentese ........................................................................................................................................ 47
6.10 Punção Lombar ................................................................................................................................... 48
6.11 Introdução de Sonda Nasogástrica..................................................................................................... 49
6.12 Sutura de Feridas ................................................................................................................................ 51
6.13 Toracocentese .................................................................................................................................... 52
6.14 Tratamento local das queimaduras (moderadas/severas) ................................................................ 54
6.15 Teste de Mantoux (Teste Tuberculínico) ............................................................................................ 55
6.16 Transfusão Sanguínea......................................................................................................................... 56

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 3


1. Escala de Rotação
CURSO: TÉCNICOS DE MEDICINA GERAL INSTITUIÇÃO DE FORMAÇÃO: __________________
Grupo: _______ Supervisor do grupo: _____________________
Hora Disciplina Tutor Docente Técnicas para enfatizar
1ª Semana: ______________________________________________ (Local / Serviço do estágio)
2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

2ª Semana: _______________________________________________ (Local / Serviço do estágio)


2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

3ª Semana: _______________________________________________ (Local / Serviço do estágio)


2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

4ª Semana: ________________________________________________ (Local / Serviço do estágio)


2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 4


CURSO: TÉCNICOS DE MEDICINA GERAL INSTITUIÇÃO DE FORMAÇÃO: __________________
Grupo: _______ Supervisor do grupo: _____________________
Hora Disciplina Tutor Docente Técnica para enfatizar
5ª Semana: ______________________________________________ (Local / Serviço do estágio)
2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

6ª Semana: _______________________________________________ (Local / Serviço do estágio)


2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

7ª Semana: _______________________________________________ (Local / Serviço do estágio)


2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 5


2. Cronograma dos Seminários de Discussão do Estágio
Dia Data/hora Caso a ser apresentado Aluno Tutor / Docente
Semana 1
2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Semana 2
2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Semana 3
2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Semana 4
2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 6


Dia Data/hora Caso a ser apresentado Aluno Tutor / Docente
Semana 5
2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Semana 6
2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Semana 7
2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 7


3. Avaliação no estágio
3.1 Calendário de Avaliações no Estágio
No estágio do 2º semestre haverá um total de quatro (4) avaliações sumativas. 3 Actividades de Controlo Parcial
(ACP) e um (1) exame teórico-pratico segundo ilustra a tabela abaixo.

Avaliação Disciplinas Tipo de avaliação Instrumento a usar na Calendário


avaliação
ACP1 SSRII – Obstetrícia Teórico-prático: Tutor No fim da 2ª semana na
consulta pré-natal inicial, Ficha de avaliação Maternidade / Serviços
consulta pré-natal de sumativa para: de SMI
seguimento ou; 1ª consulta pré-natal;
consulta pós-parto Consulta de seguimento (devem ter tido um
pré-natal; ou mínimo de 8 dias na
Avaliação de paciente e Consulta pós-parto maternidade/serviços de
apresentação do caso SMI)
escrito Aluno
Ficha pré-natal
Partograma

ACP2 Procedimentos Clínicos Prático – Demonstração Tutor No fim da 4ª semana nas


dum procedimento clínico Ficha de avaliação enfermarias de medicina
ou de enfermagem sumativa para
procedimentos clínicos e
de enfermagem (abaixo)

Aluno
Processo clinico ou
CARDEX
ACP3 Clinica médica: Teórico-prático: Avaliação Tutor: No fim da 2ª semana
Dermatologia, completa dum paciente. Ficha de avaliação numa das enfermarias de
Sistema gastrointestinal sumativa para módulos da medicina (pode ser masc
Saúde Sexual masculina Apresentação do caso clínica médica ou fem)
Saúde Sexual feminina escrito
Sistema cardiovascular (devem ter tido um
Sistema respiratório Aluno: mínimo de 8 dias de
Formulário para a prática a avaliar
Apresentação de Casos pacientes)
Exame Clinica médica: Teórico-prático: Avaliação Júri: Tutor + 1 Docente Nos últimos 2 dias do
Dermatologia, completa dum paciente. Formulário para a estágio
Sistema gastrointestinal, Apresentação de Casos
Saúde Sexual masculina Apresentação do caso
Saúde Sexual feminina, escrito Aluno
Sistema cardiovascular Formulário para a
Sistema respiratório Apresentação de Casos

3.2 Orientações específicas sobre as avaliações do 2º Semestre


ACP de Obstetrícia:

A avaliação deve ser feita pelo tutor a cada aluno individualmente. O tutor deve observar cada aluno, do
seu grupo de estagiários, a fazer a avaliação da 1ª consulta pré-natal, da consulta de seguimento pré-
natal ou da consulta pós-parto, preenchendo a ficha de avaliação sumativa referente a avaliação em
questão (vide tabela abaixo). O aluno deve preencher os achados num impresso do processo clínico. O
tutor deve verificar os achados do aluno no paciente. Cada avaliação não deve demorar mais que uma
Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 8
meia hora. O tutor deve aleatoriamente selecionar uma das seguintes consultas para a avaliação de
cada aluno:

Tipo de consulta Ficha a ser usada Página


1ª Consulta pré-natal 3.5.1 Ficha da avaliação sumativa da 1ª Consulta Pré-natal 14
Consulta de seguimento 3.5.2 Ficha de avaliação sumativa: Consulta Pré – natal de 15
pré-natal Seguimento
Consulta pós parto 3.5.3 Ficha de avaliação sumativa: Consulta Pós-Parto 16

A ficha de avaliação sumativa deve ser preenchida no decorrer da avaliação pelo tutor. No fim da
avaliação a ficha deve ser assinada pelo tutor e pelo estagiário. Deve ser entregue ao director do curso
dentro de um prazo de 2 dias úteis.

ACP de procedimentos clínicos e de enfermagem:

A avaliação deve ser feita pelo tutor a cada aluno individualmente. O tutor deve observar cada aluno, do
seu grupo de estagiários, a executar um dos procedimentos abaixo listados, preenchendo a “Ficha de
avaliação sumativa para procedimentos clínicos e de enfermagem” (vide página 13 abaixo). Cada
avaliação não deve demorar mais do que meia hora. O aluno deve ser avaliado sobre um dos seguintes
procedimentos:
1. Administração de: transfusões 9. Paracentese;
2. Algaliação; 10. Punção aspirativa (ganglionar) com agulha fina;
3. Aspiração nasotraqueal; 11. Punção lombar;
4. Clister de limpeza; 12. Queimaduras
5. Drenagem de colecções purulentas e limpeza 13. Sutura de feridas;
cirúrgica; 14. Teste de Mantoux
6. Fisioterapia respiratória; 15. Toracocentese;
7. Introdução de sonda nasogástrica; 16. Tratamento das úlceras cutâneas;
8. Oxigenoterapia;

A ficha de avaliação sumativa deve ser preenchida no decorrer da avaliação pelo tutor. No fim da
avaliação a ficha deve ser assinada pelo tutor e pelo estagiário. Deve ser entregue ao director do curso
dentro de um prazo de 2 dias úteis.

ACP da Clínica médica

A avaliação deve ser feita pelo tutor a cada aluno individualmente. O tutor deve observar cada aluno, do
seu grupo de estagiários, a fazer a avaliação de um paciente. Essa avaliação deve incluir a anamnese,
exame físico, diagnóstico e diagnóstico diferencial e conduta. O aluno deve registar os achados ou no
formulário para apresentação de casos ou no processo clínico. O tutor deve preencher a “Ficha de
avaliação sumativa para módulos de clinica médica” (vide página 17). O tutor deve verificar os achados
do aluno no paciente. Cada avaliação não deve demorar mais do que meia hora. O tutor deve
aleatoriamente selecionar um paciente com queixas tratadas numa das seguintes disciplinas:
Dermatologia, Sistema Gastrointestinal, Saúde Sexual e Reprodutiva feminina, Saúde Sexual e
Reprodutiva masculina, Sistema Cardiovascular ou Sistema Respiratório.

A ficha de avaliação sumativa deve ser preenchida no decorrer da avaliação pelo tutor. No fim da
avaliação a ficha deve ser assinada pelo tutor e pelo estagiário. Deve ser entregue ao director do curso
num prazo de 2 dias úteis.

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 9


Exame teórico prático:

O exame teórico-prático do estágio parcial será na forma de uma apresentação oral dum caso completo
real. Esses exames decorrerão nos últimos 2 dias da última semana do estágio. Os alunos devem ser
avisados no início do estágio que serão sujeitos a um exame final teórico-prático na última semana do
estágio e devem ser recordados na penúltima semana.

A apresentação dos casos, de forma oral, será feita a uma equipa avaliadora composta por um tutor e
um clínico.

Composição da equipa avaliadora:


 Tutor que entregou o caso ao aluno
 Um docente clínico (TMG ou Medico) que leccionou no semestre a ser avaliado

Cada tutor das enfermarias deve identificar os casos e fazer parte da equipa avaliadora dos alunos que
estiver a tutorar.
Os alunos que estiverem na rotação de consultas externas ou na maternidade devem ser integrados nas
enfermarias no período do exame.

Organização dos exames teórico-práticos


Os exames serão organizados de modo a que todos os alunos sejam avaliados na última semana do
estágio.
Cada grupo de estagiários será avaliado no local de estágio em que estiver escalado, na última semana,
com excepção do grupo de alunos que estiver escalado nos serviços ambulatórios. Estes devem ser
integrados nas enfermarias no período do exame.
Em cada grupo de estagiários devem ser avaliados somente 2 a 3 alunos por dia de forma a que os 6-8
alunos sejam submetidos ao exame na 2ª; 3 ª e 4 ª feira da última semana de estágio.
As recorrências devem ocorrer na última 5ª e 6ª feira do estágio. Para o efeito o docente deve atribuir
novos casos para os alunos que tiverem reprovado no exame.
Nota: Os alunos que tiverem reprovado na 4 ª feira devem fazer o exame de recorrência na 6 ª feira.

Passo 1: Selecção do caso e elaboração do guia de correcção pelo tutor

 Os tutores devem selecionar 1 caso diferente para cada um dos alunos


 Os casos devem ser selecionados com 1 dia de antecedência
 Cada tutor selecionará os casos para os alunos que estiver a tutorar na última semana do estágio
(com excepção dos alunos que estiverem a estagiar nas consultas externas. Estes devem receber
os casos de uma das enfermarias selecionados pelo tutor da enfermaria em questão).
 Os casos (pacientes) devem ser selecionados entre os pacientes internados nas enfermarias (de
medicina, pediatria, cirurgia e maternidade)
 Devem ser seleccionados casos com apresentações relativamente típicas da patologia em
questão (evitar apresentações atípicas ou casos com complicações raras)
 Todos os casos seleccionados devem ser de um nível de dificuldade semelhante
 Antes da entrega do caso ao aluno, o tutor deve elaborar o guia de correcção do caso usando o
formulário de apresentação dos casos (vide página 18)

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 10


Passo 2: Atribuição do caso clínico ao aluno pelo tutor

 O paciente deve ser avisado com antecedência da avaliação que estará a decorrer e a sua
permissão deve ser obtida. O paciente deve se instruído para fornecer informações sobre as
queixas, patologias pregressas e outros componentes da anamnese mas deve evitar fornecer o
diagnóstico actual ao aluno.
 Os alunos devem ser avisados com antecedência sobre a data da avaliação
 Antes de entrega do paciente ao aluno, o tutor deve remover o processo clínico, incluindo os
resultados dos meios auxiliares de diagnóstico
 Os alunos da mesma enfermaria devem receber os casos na mesma altura
 Deve-se explicar aos alunos as características da avaliação alistados no passo 3 a seguir:

Passo 3: Avaliação do paciente pelo aluno


 O aluno terá 45 minutos para avaliar o paciente
 O aluno deve atender o paciente como se fosse a primeira consulta.
 O aluno dever preencher o formulário de apresentação dos casos (vide página 18)
 O aluno não pode solicitar apoio de outros alunos ou tutores
 O aluno não pode ter acesso ao processo do paciente
 O aluno dever colher a anamnese e fazer o exame físico direcionado às queixas do paciente.
 O aluno deve anotar os achados da anamnese, do exame físico, a hipótese diagnóstico, o
diagnóstico diferencial, e deve identificar os meios auxiliares de diagnóstico essências para
chegar ao diagnóstico definitivo

Passo 4: Encontro com o tutor para pedido e fornecimento de resultados de eventuais meios
auxiliares de diagnóstico
 Depois da avaliação do paciente o aluno terá um breve encontro (10-15 minutos) com o tutor
para indicar os meios auxiliares de diagnóstico que quer pedir.
 O tutor deve somente fornecer os resultados dos testes disponíveis se o aluno pedir. Se aluno
não pedir um teste o tutor não lhe deve lembrar e nem deve fornecer os resultados.
 O docente deve fornecer os resultados disponíveis para os testes pedidos – dando ao aluno
alguns minutos para apontá-los e interpretá-los.
 Se o aluno pedir meios diagnósticos auxiliares apropriados mas indisponíveis o tutor deve indicar
que não estão disponíveis no processo.
 Se o aluno pedir meios diagnósticos auxiliares desnecessários o tutor deve limitar-se a dizer que
não estão disponíveis no processo.
 o aluno deve apontar no formulário dos casos TODOS os meios auxiliares de diagnósticos
pedidos ao tutor, mesmo se resultados não foram disponíveis.

Passo 5: Reavaliação do paciente pelo aluno auxiliando-se dos resultados dos testes/ exames
pedidos
 Depois de receber os resultados o aluno terá mais 30 minutos para completar o caso,
preenchendo e justificando o diagnóstico definitivo e apresentando a conduta (incluindo
tratamento farmacêutico e não farmacêutico, medidas de prevenção e o prazo de reavaliação.
 Finalmente o aluno deve entregar o formulário preenchido ao tutor até a altura da apresentação
oral

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 11


Passo 6: Apresentação oral do caso pelo aluno à equipa avaliadora e discussão resposta as
perguntas desta equipa
 A apresentação oral deve ser programada no período da tarde do mesmo dia que a avaliação do
paciente foi feita pelo aluno
 Os membros da equipa avaliadora devem estar presentes para a apresentação e ter uma cópia
do guia de correção elaborado pelo tutor e uma cópia do formulário preenchido pelo aluno
 O formulário preenchido pelo aluno deve ser devolvido 10 minutos antes da apresentação para
o aluno se preparar
 A apresentação deve levar entre 20 e 25 minutos, sendo 10 minutos para a apresentação e 10-
15 minutos para responder às perguntas do júri.

Passo 7: Deliberação da equipa avaliadora para atribuição da nota ao aluno


 Os membros da equipa avaliadora devem deliberar a nota orientados pela sua experiência
clínica e pelo guia de correção elaborado pelo tutor.
 A nota deve ser atribuída no mesmo dia e comunicada ao aluno no dia seguinte.
 Caso o aluno seja reprovado ao exame a equipa avaliadora deve fornecer-lhe um resumo sobre
os principais erros cometidos e as recomendações para melhoramento do seu desempenho.
 O aluno reprovado deve ser informado da data e hora de recorrência.

Nota: No caso duma recorrência repete-se passos 1-7

3.3 Cálculo da nota do estágio


A Nota de Frequência de estágio (NFRe) calcula-se com base na seguinte fórmula:

NFRe = Nota de Frequência de estágio

Nota final de estágio (NFe) calcula-se:

NFe= Nota final de estágio

NFRe = Nota de Frequência de estágio

NEe= Nota do exame de estágio

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3.4 Ficha de avaliação sumativa para procedimentos clínicos e de enfermagem
Curso:________Turma:___Disciplina:______________ Semestre:____ Local de estágio:_____________

Data:_________ Nome do Aluno:________________________________________________________

Procedimento executado: ______________________________________________________________

1 Critério 2 Nota
3 Valor
1. Comunicou com o paciente duma maneira adequada (Apresentou-se ao 2
paciente e forneceu-lhe uma explicação necessária do procedimento/técnica
a ser realizado)
2. Confirmou a indicação, contraindicações precauções do procedimento 3
(incluindo doses se relevante) e os dados do paciente antes de iniciar a
técnica
3. Preparou o material necessário antes de iniciar a técnica 2

4. Seguiu todos os passos da biossegurança e precaução para o paciente 3.5

5. Executou corretamente todos os passos cruciais para a execução da técnica 3.5

6. Alcançou o propósito da técnica 3

7. Registou correctamente a técnica no processo/cardex 2

8. O procedimento foi executado no tempo adequado para realização da técnica 1

TOTAL 20

Nome do tutor:_____________________________ Assinatura do tutor: __________________________

Data:______________________________

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3.5 Fichas de avaliação sumativa para obstetrícia

3.5.1 Ficha da avaliação sumativa da 1ª Consulta Pré-natal


Curso:________Turma:___Disciplina:______________ Semestre:____ Local de estágio:_____________

Data:_________ Nome do Aluno:________________________________________________________

Critério Nota Valor


1 Cumprimenta a paciente e explica o procedimento a ser realizado 0.5
2 Usa estratégias de comunicação para pôr a paciente a vontade 0.5
3 Pesquisa o(s) Motivos (s) da consulta:
determina a idade gestacional 0.5
determina a data provável do parto 0.5
pergunta se além da gravidez há outro motivo para a consulta 0.5
Nos casos em que a gestante apresenta queixas, faz a história da doença actual e
4 1
procura determinar se está ou não relacionada com a gravidez
5 Faz perguntas adequadas em relação aos antecedentes gineco-obstétricos
Pesquisa sobre o comportamento habitual do ciclo menstrual, sobre doenças e
0.5
tratamentos ginecológicos prévios
Identifica e documenta os dados sobre as gestações pregressas (G-gestações, P-
partos, A-abortos, NM-nados mortos, FM-filhos mortos, VA-vivos actuais, CA- 1
cesarianas anteriores e respectivos motivos)
6 Faz perguntas adequadas em relação à história médica pregressa 1
7 Faz perguntas adequadas em relação à história familiar 1
8 Faz perguntas adequadas em relação à história pessoal e social 1
9 Faz a revisão por sistemas/aparelhos 1
10 Faz o exame físico geral 1
11 Faz o exame obstétrico
Exame do abdómen (altura uterina, manobras de Leopold, auscultação dos BCFs) 2
Exame pélvico: exame da genitália externa e interna 2
12 Regista a Anamnese e o exame físico na ficha pré-natal 1
13 Solicita exames auxiliares (incluindo exame para HIV) 1
14 Procede com a conduta geral 1
Procede com a conduta farmacológica se indicado (imunização, tratamentos
15 1
profilácticos)
16 Procede com o aconselhamento 1
17 Marca a data da consulta seguinte 0.5
TOTAL /20

Nome do tutor:_______________________ Assinatura do tutor: _______________________

Data : _______________________

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 14


3.5.2 Ficha de avaliação sumativa: Consulta Pré – natal de Seguimento
Curso:________Turma:___Disciplina:______________ Semestre:____ Local de estágio:_____________

Data:_________ Nome do Aluno:________________________________________________________

Critério Nota Valor


Cumprimenta a gestante e/ou acompanhante e explica o procedimento a
1
ser realizado 0.5
2 Usa estratégias de comunicação para pôr a gestante a vontade 0.5
Pesquisa o (s) Motivos (s) da consulta: pergunta se há novas queixas
3 (relacionadas ou não com a gravidez) desde a última visita ou se apenas
veio à consulta para seguimento da gestação 1
Nos casos em que a gestante apresenta queixas, faz a história da doença
4
actual e determina se está ou não relacionada com a gravidez 1
Faz a anamnese obstétrica de rotina à todas gestantes
5
(independentemente da presença ou não de queixas) 1
Verifica mais uma vez a idade gestacional (IG) e a data provável do parto
6
(DPP) 1
7 Pesquisa dados para actualizar a História familiar 1
8 Pesquisa dados para actualizar a História pessoal e social 1
9 Faz a revisão de Sistemas/Aparelhos 1
10 Faz o exame físico geral (enfoque para sinais vitais, peso, altura, IMC) 1
11 Faz o exame obstétrico:
Exame do abdómen (manobras de Leopold, altura uterina, auscultação
dos BCFs) 3
Exame pélvico: exame da genitália externa e interna (se necessário) 2
12 Regista a Anamnese e o exame físico na ficha pré-natal 1
13 Solicita exames auxiliares (se necessário)
1
14 Procede com a conduta geral 1
Procede com a conduta farmacológica se indicado (imunização,
15
tratamentos profilácticos, outros) 1.5
16 Procede com o aconselhamento 1
17 Marca a data da consulta seguinte 0.5
TOTAL /20

Nome do tutor:_______________________ Assinatura do tutor: _______________________

Data : _______________________

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 15


3.5.3 Ficha de avaliação sumativa: Consulta Pós-Parto
Curso:________Turma:___Disciplina:______________ Semestre:____ Local de estágio:_____________

Data:_________ Nome do Aluno:________________________________________________________

Critério Nota Valor


1 Cumprimenta a puérpera e explica o procedimento a ser realizado 0.5
2 Usa estratégias de comunicação para por a puérpera a vontade 0.5
Pesquisa o(s) Motivos (s) da consulta (queixas relacionadas com a puérpera ou com
3
o recém nascidos) 0.5
Pesquisa a História da doença actual, através dos atributos dos sintomas (se
4
aplicável) 1
5 Pesquisa a história do Parto e do Puerpério
Faz a revisão dos registos na Ficha Pré-natal 0.5
Faz perguntas sobre a gestação, parto e puerpério 0.5
6 Avalia as condições psico-emocionais da mãe 0.5
Para as mães HIV positivas, pergunta sobre os métodos de prevenção de
7
transmissão vertical (PTV) realizados 0.5
Pergunta sobre o aleitamento materno (frequência, dificuldades, condições das
8
mamas) 0.5
Pesquisa sobre o planeamento familiar (desejo de ter mais filhos, métodos
9
contraceptivos) 0.5
Pesquisa a história do recém-nascido (actividade, alimentação, sono,
10
desenvolvimento psico-motor, estado vacinal) 1
Pesquisa sintomas de Tuberculose (TB) nos filhos de mães com TB 1
Pergunta sobre a profilaxia para o HIV e a TB (se for aplicável) 0.5
11 Faz o exame físico geral incluindo problemas relacionados com o puerpério 1
12 Faz o exame das mamas 1
13 Faz o exame do abdómen 1
14 Faz o exame do períneo e dos genitais externos 1
15 Observa a formação do vínculo mãe-filho 0.5
Observa e avalia a mamada para garantir o adequado posicionamento e pega da
16
aréola 1
17 Identifica problemas/necessidades da mulher e do recém-nascido 1
18 Regista a Anamnese e o exame físico 1
19 Solicita exames auxiliares (se necessário) 1
20 Procede com a conduta geral 1
21 Procede com a conduta farmacológica 1
22 Procede com o aconselhamento 1
23 Marca a data da consulta seguinte 0.5
TOTAL /20

Nome do tutor:_______________________ Assinatura do tutor: _______________________

Data : _______________________

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 16


3.6 Ficha de avaliação sumativa para módulos da clínica médica
Curso:________Turma:___Disciplina:______________ Semestre:____ Local de estágio:_____________

Data:_________ Nome do Aluno:________________________________________________________

Caso Avaliado: ______________________________________________________________

Passo nota valor


Anamnese
1 Identificou os dados básicos do doente 0.25
2 Pesquisou a queixa (s) principal(is) 1.0
3 Pesquisou a história da doença actual 0.5
4 Fez a avaliação funcional 0.25
5 Pesquisou a história médica pregressa 0.25
6 Pesquisou a história familiar 0.25
7 Pesquisou a história pessoal – social 0.25
8 Revisou os sistemas e aparelhos 0.25
9 Registou os achados correctamente 1.0
Exame físico
10 Fez o exame físico geral 1.5
11 Fez os exame físico por aparelho / sistema dirreccionado à(s) queixa(s) 1.5
principal(is) apresentada(s)
17 Registou os achados do exame físico correctamente 1.0
Diagnóstico
18 Chegou ao diagnóstico mais provável 2.0
19 Listou um diagnóstico diferencial adequado 1.5
20 Argumentou / Justificou o seu diagnóstico correctamente 1.5
Meios Auxiliares de Diagnostico
21 Identificou os exames auxiliares essenciais 2.0
Conduta Terapêutica
22 Aplicou a conduta terapêutica correcta 5.0
TOTAL /20

Nome do tutor : ______________________________ Assinatura do tutor______________________

Data : _____________________________

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 17


3.7 Formulário para a Apresentação de Casos
Curso:________Turma:___Disciplina:______________ Semestre:____ Local de estágio:_____________

Data:_________ Nome do Aluno:________________________________________________________

Caso Avaliado: ______________________________________________________________

Instruções para o Estagiário: Preencher os itens abaixo com base num caso observado durante o estágio. Caso
não tenha acesso a toda informação da proposta abaixo deve preencher o máximo possível.

Identificação do paciente: (0.5)

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

Motivo pelo qual o paciente está na clínica (queixa/s principais): (1)


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

História da doença actual: (1)


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

História patológica pregressa: (1)


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

História familiar, pessoal e social: (1)


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

Revisão por aparelhos ou sistemas: (1)

____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 18
____________________________________________________________________________________________

Achados do exame físico: (3)

____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

Exames diagnósticos auxiliares solicitados e resultados: (1.5)


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

Hipóteses de diagnóstico: (explique o diagnóstico do clínico e a razão pela qual você acha que esse diagnóstico
está correcto) (3.5)
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

Conduta (terapêutica e não terapêutica): (4.5)

____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

Resumo do caso (Lista os achados chaves da historia clinica e os resultados chave dos meios diagnósticos que lhe
levou ao diagnóstico, o diagnóstico e a conduta) : (2)

____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

Nota(valores)______Data___/_____/______Assinatura do Docente/tutor________________________

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 19


4. Listas de Competências e Patologias
4.1 Disciplina de Procedimentos Clínicos e de Enfermagem
Competências

17. Administração terapêutica: transfusões


18. Algaliação;
19. Aspiração nasotraqueal;
20. Clister de limpeza;
21. Drenagem de colecções purulentas e limpeza cirúrgica;
22. Fisioterapia respiratória;
23. Introdução de sonda nasogástrica;
24. Oxigenoterapia;
25. Paracentese;
26. Punção aspirativa (ganglionar) com agulha fina;
27. Punção lombar;
28. Queimaduras
29. Sutura de feridas;
30. Teste de Mantoux
31. Toracocentese;
32. Tratamento das úlceras cutâneas;
4.2 Disciplina de Dermatologia
Competências

1. Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas dermatológicos;


2. Executar correctamente um exame físico relacionado com as queixas dermatológicas;
3. Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
5. Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da condição
dermatológica apresentada e interpretar os resultados;
6. Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado (incluindo a
transferência se necessário).
Patologias/condições
1. Piodermite (impetigo, foliculite/forunculose, antraz, abcesso);
2. Erisipela;
3. Úlceras;
4. Antrax cutâneo (carbúnculo);
5. Lesões cutâneas da sífilis;
6. Tuberculose cutânea;
7. Herpes simplex;
8. Herpes zóster;
9. Exantemas virais;
10. Molusco contagioso;
11. Verrugas;

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 20


12. Sarcoma de Kaposi ( referir/transferir);
13. Pediculose;
14. Sarna;
15. Larva migrans cutânea;
16. Tunguiase (mataquenha);
17. Infecções fúngicas (tinha, cândida, pitiríase versicolor);
18. Eczema atópico;
19. Eczema de contacto;
20. Eczema seborreico
21. Urticária;
22. Erupções cutâneas de origem medicamentosa;
23. Acne;
24. Alterações de pigmentação da pele (referir/transferir);
25. Psoríase;
26. Quistos, lipomas e outras massas (referir/transferir);
27. Cicatriz hipertrófica e quelóide (referir/transferir)
4.3 Disciplina de Sistema Gastrointestinal
Competências

1. Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas GI;


2. Executar correctamente um exame físico relacionado com as queixas do sistema GI,
(incluindo exame orofaríngeo, abdominal, rectal e dos orifícios herniários);
3. Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente (incluindo para as
principais condições sindrómicas GI);
5. Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da condição GI
apresentada e interpretar os resultados;
6. Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado (incluindo a
transferência se necessário);
Ênfase específica
 Descrever as características duma massa abdominal;
 Diferenciar mediante exame físico os sinais de irritação peritoneal;

Patologias/condições

1. Disfagias;
2. Esofagite e refluxo gastro-esofágico;
3. Hérnia hiatal (referir/transferir);
4. Hemorragias digestivas altas (referir/transferir)
5. Gastrite aguda atrófica e crónica e doença por H. pilori
6. Úlcera gastro-duodenal e suas complicações;
7. Carcinoma gástrico (referir/ transferir);
8. Diarreia aguda e crónica, por mecanismo e etiologia;

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 21


9. Cólera;
10. Disenteria bacteriana, amebiana e a enterotóxica.
11. Parasitoses intestinais:
a. Ascaridíase;
b. Ancilostomíase;
c. Amebíase;
d. Giardíase;
e. Estrongiloidíase;
f. Oxiuríase;
g. Tricuríase;
h. Teníase;
i. Equinococose.
12. Hemorragia Digestiva Baixa (referir/transferir):
a. Diverticulose intestinal;
b. Carcinoma colo-rectal (referir/transferir);
c. Hemorróides.
13. Diarreia crónica com mal absorção (referir/transferir)
a. Pancreatite crónica:
b. Fibrose cística do pâncreas;
c. Mal-absorção pós-cirúrgica;
d. Insuficiência biliar;
e. Doença de Crohn;
f. Colite ulcerativa;
g. Tuberculose intestinal;
h. Doença celíaca;
14. Hemorróides (referir/transferir);
15. Prolapso rectal (referir/transferir);
16. Fissura Anal;
17. Abcesso e fístula perianal (referir/transferir);
18. Carcinoma rectal (referir/transferir);
19. Fibrose e cirrose hepática e suas complicações por hipertensão portal (referir/transferir);
20. Abcesso hepático bacteriano e amebiano (referir/transferir);
21. Neoplasia hepática (referir/transferir);
22. Hepatite aguda e crónica, por agente etiológico;
23. Litíase e inflamação da vesícula biliar (referir/transferir);
24. Pancreatite aguda (referir/transferir);
25. Carcinoma pancreático (referir/ transferir);
26. Carcinoma das vias biliares (referir/ transferir);
27. Hérnias abdominais por tipo e localização (referir/transferir);

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 22


4.4 Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva I: Sistema Reprodutor Feminino
Competências
1. Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas ginecológicos;
2. Executar correctamente um exame físico relacionado com as queixas ginecológicas;
3. Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
5. Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da condição
dermatológica apresentada e interpretar os resultados;
6. Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado (incluindo a
transferência se necessário).
Ênfase específica:
 Verificar a existência da linfoadenopatia inguinal;
 Realizar exame da mama;
 Toque vaginal combinado (Palpação bimanual);
 Exame com espéculo;
 Realizar a abordagem sindrómica da gestão de ITS
 Aconselhar os pacientes sobre a prevenção primária e secundaria das ITS
 Aconselhar os pacientes sobre a contraceção e o planeamento familiar;
 Aconselhar e acompanhar pacientes vítimas de violência sexual.

Patologias/condições
1. Tumores ginecológicos (referir/ transferir);
2. Dismenorreias primárias
3. Dismenorreias secundárias (referir/ transferir).
4. Infertilidade (referir/transferir):
5. Sangramento vaginal Anormal (referir/transferir);
6. Perturbações do ciclo menstrual;
7. Malformações dos órgãos reprodutivos (referir/transferir);
8. Aborto terapêutico (referir/transferir)
9. Ruptura de gravidez extra-uterina (referir/transferir);
10. Infecções transmissíveis sexualmente (ITS):
a. Síndrome de corrimento vaginal;
b. Síndrome de úlcera genital;
c. Doença inflamatória pélvica;
d. Condilomas e verrugas (referir/transferir);
11. Lesões do colo com suspeita de malignidade (referir/transferir);
12. Lesões da mama com suspeita de malignidade (referir/transferir);
13. Outros tumores do sistema reprodutor feminino (referir/transferir):
a. Útero (fibromioma, cancro do endométrio);
b. Ovário;
14. Violência sexual

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4.5 Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva II: Obstetrícia
Competências
1. Cuidados Pré-Natais:
a. Colher a história clínica e realizar o exame físico pré-natal inicial e de seguimento de uma
mulher grávida, incluindo estabelecer a DPP e a avaliação do feto;
b. Registar a histórica clínica e a avaliação do exame físico na ficha pré-natal;
c. Elaborar um plano de seguimento para a mulher grávida;
d. Aconselhar uma mulher grávida e seu parceiro sobre cuidados durante a gravidez, plano
de seguimento da gravidez e do parto, cuidados com o recém-nascido e planeamento
familiar;
e. Desenvolver um plano de investigações laboratoriais e/ou radiológicas que podem
contribuir na determinação do diagnóstico e interpretar os resultados dos meios
auxiliares de diagnóstico;
f. Desenvolver a conduta e o plano de seguimento adequado das condições patológicas
encontradas;
g. Reconhecer as complicações da gravides, trata-las ou prestar cuidados imediatos e
referir/transferir;
h. Aconselhar a mãe HIV positiva e o parceiro sobre os cuidados e tratamento a ter durante
a gravidez e o aleitamento.
2. Cuidados da Maternidade:
a. Demonstrar habilidade no manejo dos 4 estágios do trabalho de parto normal;
b. Admitir a parturiente nos cuidados do trabalho de parto, diferenciando o trabalho de
parto falso do verdadeiro, utilizar e interpretar o partograma, disponibilizar instruções e
prestar cuidado durante o trabalho de parto prestando assistência à parturiente e
monitorando o feto;
c. Aplicar as medidas de biossegurança em todos os estágios do parto;
d. Reconhecer as situações de parto complicado, trata-las ou prestar cuidados imediatos e
referir/transferir;
e. Prestar os cuidados imediatos ao recém-nascido normal.
3. Cuidados do Puerpério e do Recém-Nascido (Consulta pós-parto):
a. Avaliar a evolução do puerpério normal e monitorar a puérpera para a detecção de
complicações;
b. Colher a história clínica e realizar o exame físico completo da puérpera e do recém-
nascido, na consulta de seguimento, incluindo história nutricional, crescimento e
desenvolvimento psicomotor, avaliação do estado vacinal. Diagnosticar e tratar e/ou
referir/transferir as complicações e infecções puerperais.
Patologias/condições
1. Hipertensão na gravidez incluindo a pré-eclâmpsia e eclâmpsia (referir/transferir);
2. Anemia (relacionada com a gravidez e com parasitose intestinal);
3. Hemorragia: placenta prévia, descolamento, ameaça de aborto (referir/transferir);
4. Diabetes gestacional (referir/transferir)
5. ITS

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 24


6. Hiperemese gravídica (referir/transferir);
7. Polihidramnio (referir/transferir);
8. Oligohidramnio (referir/transferir);
9. Atraso do crescimento intrauterino (referir/transferir);
10. Aborto: ameaça, inevitável, em curso, retido, séptico (referir/transferir);
11. Risco de parto prematuro (referir/transferir);
12. Pós-maturidade (referir/transferir).

Patologias agudas ou pré-existentes, que representam um risco para a gravidez:

1. Malária;
2. HIV;
3. Tuberculose;
4. Cardiopatias;
5. Epilepsia (referir/transferir);
6. Infecções urinárias.
Parto complicado (referir/transferir):
1. Parto arrastado;
2. Sofrimento fetal e morte fetal intra-uterina;
3. Apresentação anómala e gestação múltipla não diagnosticada;
4. Hemorragia;
5. Trabalho de parto obstruído;
6. Trabalho de parto prematuro;
7. Infecção uterina;
8. Verrugas, queloide;
9. Rotura da bolsa> 18 horas;
10. Gravidez ectópica;
11. Eclâmpsia;
12. Posições viciosas;
13. Anomalias de inserção da Placenta;
14. Retenção de restos placentários;
15. Atonia uterina;
16. Laceração do canal de parto;
17. Ruptura uterina;
18. Coagulopatias, incluindo coagulação intravascular disseminada (CID).

Complicações do puerpério (referir/transferir):

1. Infecções puerperais,
2. hematoma vulvo-vaginal,
3. Patologias da mama (mastites, abcesso mamário, ingurgitamento mamário, fissuras),
4. Tromboflebites e embolia pulmonar,
5. Psicose,
6. Fístulas vesicovaginal e rectovaginal.
Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 25
4.6 Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva III: Sistema Reprodutor Masculino
Competências
1. Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas do foro reprodutor
masculino;
2. Executar correctamente um exame físico relacionado com as queixas do foro reprodutor
masculino;
3. Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
5. Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da condição
dermatológica apresentada e interpretar os resultados;
6. Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado (incluindo a
transferência se necessário).
Ênfase específica:
 Realizar o toque rectal;
 Realizar a abordagem sindrómica da gestão de ITS;
 Aconselhar o paciente sobre a prevenção primaria e secundária de ITS;
 Explicar os métodos de planeamento familiar e utilização adequada dos métodos disponíveis
de anticoncepcionais masculinos;
 Explicar os riscos e benefícios da circuncisão e cuidados do adulto recentemente
circuncidado.
Patologias/condições
1. Síndromes anatómicas e malformações congénitas (referir/transferir):
a. Hipospadia;
b. Epispadia;
c. Fimose e parafimose;
d. Estenose da uretra;
e. Hérnia inguinal.
2. Síndromes de úlceras genitais e bubão inguinal
3. Síndrome de uretrite/corrimento uretral:
4. Síndromes da próstata:
a. Prostatite
b. Hipertrofia da próstata (referir/transferir);
5. Síndromes do escroto e testículos:
a. Gangrena de Fournier (referir/transferir);
b. Orquite;
c. Epididimites;
d. Hidrocele, varicocele e outras massas escrotais (referir/transferir);
e. Edema escrotal;
f. Torção do testículo;
6. Síndromes erécteis e reprodutor (referir/transferir):
a. Infertilidade;
b. Disfunção eréctil de causa orgânica (descartar causas psicogénicas).
Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 26
4.7 Disciplina do Sistema Cardiovascular
Competências
1. Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas CV;
2. Executar correctamente um exame físico relacionado com as queixas do sistema CV;
3. Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
5. Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da condição CV
apresentada e interpretar os resultados;
6. Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado (incluindo a
transferência se necessário).
Ênfase Específica
 Identificar correctamente os seguintes sinais, num paciente com insuficiência cardíaca
congestiva:
o Crepitações pulmonares;
o Distensão venosa jugular a 45 graus;
o Refluxo abdomino-jugular positivo;
o Ritmo de Galope S3;
 Em pacientes com doença cardíaca valvular:
o Sopros produzidos por estenose ou regurgitação mitral e estenose aórtica e
insuficiência aórtica.
 Interpretar uma radiografia torácica de um paciente com as seguintes
doenças/condições:
o Insuficiência cardíaca congestiva;
o Edema agudo pulmonar;
o Efusão pericárdica;
o Cardiomegalia.
 Competências de Aconselhamento:
o Aconselhamento de prevenção primária geral, para pacientes que correm o risco
de doença da artéria coronária;
o Oferecer uma explicação fácil de compreender referente à redução do risco
cardíaco, incluindo modificação do regime alimentar e do estilo de vida;
o Explicar qual o seguimento apropriado e prevenção secundária para pacientes
com doença cardiovascular.
Patologias/condições
1. Hipertensão Arterial (HTA);
2. Hipercolesterolemia e outras dislipidémias (referir/transferir);
3. Doença coronária (referir/transferir);
4. Arteriopatia Periférica (referir/transferir);
5. Insuficiência cardíaca;

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6. Doença cardíaca reumática;
7. Endocardite Infecciosa (referir/transferir);
8. Pericardite (referir/transferir);
9. Cardiomiopatias (referir/transferir);
10. Doença venosa (referir/transferir).

4.8 Disciplina do Sistema Respiratório


Competências
1. Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas respiratórios;
2. Executar correctamente um exame físico relacionado com as queixas do sistema respiratório;
3. Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
5. Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da condição
respiratória apresentada e interpretar os resultados;
6. Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado (incluindo a
transferência se necessário).
Ênfase Específica
 Identificar as indicações correctas para o pedido de RX torácico;
 Distinguir entre um RX torácico normal e com sinais patológicos;
 Competências de Aconselhamento:
o Oferecer aconselhamento de prevenção primária geral para pacientes que estão sujeitos
ao risco de doença pulmonar crónica (especial atenção ao habito tabágico);
o Aconselhamento sobre os factores de risco em relação a doença pulmonar crónica,
incluindo modificação de estilo de vida;
o Explicar qual o seguimento apropriado e prevenção secundária para pacientes com
doença pulmonar crónica.

Patologias/condições
1. Asma brônquica, bronquites e outras doenças respiratórias alérgicas;
2. Pneumonias e broncopneumonia;
3. Tuberculose pulmonar (incluindo a forma multirresistente);
4. Derrames pleurais e pleurisias;
5. Empiema (referir/transferir);
6. Abcesso pulmonar (referir/transferir);
7. Bronquiectasias (referir/transferir);
8. Doença pulmonar crónica: DPOC e doença restritiva (referir/transferir);
9. Gripe.

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5. Lista de Passos da Clínica
5.1 Lista de Passos de Clínica Geral
(aplicável às disciplinas de Dermatologia, Gastrointestinal, Cardiovascular e Respiratório)

Ordem Passo

Identificação
1 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
2 Usar estratégias de comunicação para pôr o doente à vontade
3 Identificar os dados básicos do doente
Anamnese
4 Queixa Principal - Pesquisar acerca do motivo da procura dos serviços de saúde
5 História da doença actual – Fazer perguntas adequadas em relação à queixa principal
como: início, duração, localização, qualidade, periodicidade, severidade, factores
agravantes e aliviantes, sintomas acompanhantes, tratamento anterior
6 Fazer perguntas adequadas em relação à história médica pregressa
7 Fazer perguntas adequadas em relação à história familiar
8 Fazer perguntas adequadas em relação à história psicossocial
9 Fazer a revisão sequencial dos sistemas do corpo, relacionados à queixa principal e os
sistemas não relacionados (pelo menos oito sistemas)
Exame Físico
10 Procurar os sinais vitais
11 Medir a altura e o peso
12 Calcular o índice de massa corporal (IMC)
13 Avaliar o estado geral
14 Avaliar o nível de consciência
15 Avaliar a fala e linguagem
16 Avaliar o estado de hidratação
17 Fazer o exame das conjuntivas e das mucosas para identificar sinais de anemia ou
icterícia ou cianose
18 Fazer o exame da cavidade orofaríngea, para pesquisa de lesões
19 Fazer o exame da pele e anexos
20 Fazer o exame dos gânglios linfáticos
21 Fazer a inspecção do tórax (pulmonar e cardíaca)
22 Fazer a palpação do tórax – pulmonar
23 Fazer a percussão do tórax - pulmonar
24 Fazer a auscultação pulmonar
25 Fazer a palpação do tórax - cardíaca
26 Fazer a percussão do tórax – cardíaca

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 29


Ordem Passo

27 Fazer a auscultação cardíaca


28 Fazer o exame vascular (pulso periferal)
29 Pesquisar o refluxo abdominojugular
30 Fazer o exame do abdómen, avaliando suas características, presença de massas, dor,
hepatomegália ou esplenomegália e presença de ascite
31 Diferenciar mediante exame físico os sinais de irritação peritoneal
32 Fazer o exame genital
33 Fazer o exame dos membros para avaliar a presença de edema ou cianose nas
extremidades
34 Fazer o exame do aparelho músculo-esquelético
35 Fazer o exame neurológico para avaliar o estado mental, rigidez de nuca ou neuropatia
periférica
Registo de Anamnese e Exame Físico
36 Registar os resultados e achados da anamnese e do exame físico de forma organizada,
correcta, concisa e legível no processo clínico do paciente.
Hipóteses Diagnósticas 1
37 Chegar ao(s) diagnóstico(s) provisório(s) mais provável, baseado(s) na história clínica
(anamnese e exame físico)
38 Desenvolver um primeiro diagnóstico diferencial adequado à história clínica
A Escolha dos Testes e Exames Pedidos
39 Identificar os testes laboratoriais para proceder ao diagnóstico da condição apresentada
40 Identificar os exames radiológicos para proceder ao diagnóstico da condição
apresentada
41 Identificar os outros meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da
condição apresentada
Interpretação dos Testes e Exames Pedidos
42 Interpretar correctamente os resultados dos testes laboratoriais
43 Distinguir entre um RX (tórax e/ou abdómen) normal e o com achados patológicos
44 Interpretar correctamente os resultados dos outros meios auxiliares de diagnóstico

Hipótese(s) Diagnóstica(s) 2
45 Confirmar ou refutar os diagnósticos mais prováveis acima identificados, com o auxílio
da interpretação dos resultados dos testes e exames pedidos
46 Reelaborar o diagnóstico diferencial e chegar ao diagnóstico definitivo (possivelmente)
de acordo com os resultados laboratoriais e da procura eventual de novos
dados/achados fornecidos pela anamnese e o exame físico
Conduta Terapêutica: Geral
47 Reconhecer os ‘sinais de perigo’ que requerem encaminhamento imediato para o banco
de socorros

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 30


Ordem Passo

48 Dar prioridade às queixas mais urgentes


49 Reconhecer as indicações de referência para um nível de atenção superior
50 Desenvolver um plano de seguimento adequado
Conduta Terapêutica: Farmacológica
51 Desenvolver uma conduta terapêutica farmacológica
52 Realizar a prescrição dos medicamentos precisados
53 Prescrever a dosagem por cada medicamento
54 Identificar os efeitos secundários principais
55 Identificar as contra-indicações dos medicamentos prescritos

Conduta Terapêutica: Não Farmacológica


56 Desenvolver uma conduta terapêutica não farmacológica
Conduta Terapêutica: Aconselhamento (se indicado)
57 Oferecer uma explicação (clara e simples) do diagnóstico
58 Discutir os riscos e benefícios do plano de tratamento
59 Falar com o doente sobre os efeitos secundários possíveis do tratamento farmacológico

60 Falar com o doente sobre as indicações para voltar à clínica ou ao banco de socorros
61 Oferecer aconselhamento de prevenção primária (especial atenção ao habito tabágico,
alimentação, actividade física) ou secundária

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5.2 Ginecologia

Ordem Passo

Identificação
1 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
2 Usar estratégias de comunicação para pôr o doente à vontade
3 Identificar os dados básicos do doente
Anamnese
4 Queixa Principal - Pesquisar acerca do motivo da procura dos serviços de saúde
5 História da doença actual – Fazer perguntas adequadas em relação à queixa
ginecológica: início, duração, localização, qualidade, periodicidade, severidade,
factores agravantes e aliviantes, sintomas acompanhantes, tratamento anterior
6 Fazer perguntas adequadas em relação à sintomas constitucionais ou gerais
Fazer perguntas adequadas em relação à história médica pregressa:
Antecedentes fisiológicos relacionados ao ciclo menstrual normal: idade da menarca,
data da última menstruação, ritmo, periodicidade, duração, volume do fluxo
7
Antecedentes médicos ginecológicos e gerais (doenças, cirurgias, tratamentos
anteriores)
Antecedentes obstétricos
8 Fazer perguntas adequadas em relação à história familiar
Fazer perguntas adequadas em relação à história psicossocial (incluindo antecedentes
9
sexuais, pratica de sexo seguro)
10 Fazer a revisão por sistemas/aparelhos
Exame Físico
11 Realizar o exame físico geral
11 Realizar o exame da mama (inspecção, palpação, expressão papilar)
Inspecção e palpação das axilas (palpação dos linfonodos axilares) e palpação dos
12.1
linfonodos supra-claviculares
13 Realizar o exame ginecológico
13.1 Preparação e posicionamento do paciente para o exame pélvico
Inspecção da genitália externa (vulva, vestíbulo, clítoris) para pesquisa de úlceras,
13.2
secreções e outras achados anormais
13.3 Palpação da genitália externa (vulva, vestíbulo, clítoris)
13.4 Palpação da região inguinal (pesquisa de adenopatia inguinal)
13.5 Inspecção da genitália interna (vagina, colo do útero)
Introduzir correctamente o espéculo na vagina para inspecção do colo do útero
Retirar o espéculo suavemente sem causar dor
13.6 Realizar um exame bimanual (toque vaginal combinado) do útero e anexos

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 32


Ordem Passo

13.7 Realizar o toque recto-vaginal


14 Realizar a eliminação de todo o material descartável de forma apropriada
Registo de Anamnese e Exame Físico
Registar os resultados e achados da anamnese e do exame físico de forma organizada,
15
correcta, concisa e legível no processo clínico do paciente
Hipótese(s) Diagnóstica(s) 1
Chegar ao diagnóstico provisório mais provável, baseado na história clínica (anamnese
16
e exame físico)
17 Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado à história clínica
Solicitar e interpretar exames auxiliares de diagnóstico
Identificar os testes laboratoriais para auxiliar no diagnóstico da condição apresentada
18
(incluindo teste RPR, HIV, coloração de Gram, teste de urina com fita)
Identificar os outros meios auxiliares de diagnóstico para auxiliar com o diagnóstico da
19
condição apresentada
20 Interpretar correctamente os resultados dos testes laboratoriais
Hipótese(s) Diagnóstica(s) 2
Confirmar ou refutar o diagnóstico mais provável acima identificado, com o auxílio da
21
interpretação dos resultados dos testes e exames pedidos
Reelaborar o diagnóstico diferencial e chegar ao diagnóstico definitivo (possivelmente)
22 de acordo com os resultados laboratoriais e da procura eventual de novos
dados/achados fornecidos pela anamnese e pelo exame físico
Conduta: Geral
23 Reconhecer os ‘sinais de perigo’ que requerem encaminhamento imediato para o
banco de socorros
24 Dar prioridade às queixas mais urgentes
25 Reconhecer as indicações de referência para um nível de atenção superior
26 Desenvolver um plano de seguimento adequado
Conduta: Farmacológica
27 Desenvolver uma conduta terapêutica farmacológica
28 Realizar a prescrição dos medicamentos precisados
29 Prescrever a dosagem por cada medicamento
30 Identificar os efeitos secundários principais
31 Identificar as contra-indicações dos medicamentos prescritos
Conduta: Não Farmacológica
32 Desenvolver uma conduta terapêutica não farmacológica (se aplicável)
Conduta: Aconselhamento (se indicado)
33 Oferecer uma explicação (clara e simples) do diagnóstico
34 Discutir os riscos e benefícios do plano de tratamento

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 33


Ordem Passo

35 Falar com o doente sobre os efeitos secundários possíveis do tratamento


farmacológico
36 Falar com o doente sobre as indicações para voltar à consulta ou ao banco de socorros
37 Oferecer aconselhamento sobre o planeamento familiar
38 Aconselhar e acompanhar pacientes vítimas de violência sexual
39 Oferecer aconselhamento geral de prevenção primária de infecções transmissíveis
sexualmente (ITS) e HIV
40 Explicar a prevenção secundária para pacientes com ITS, incluindo casos que requerem
o tratamento do parceiro

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 34


5.3 Primeira Consulta Pré-Natal

Ordem Passo

Identificação
1 Cumprimentar a paciente e explicar o procedimento que irá realizar
2 Usar estratégias de comunicação para pôr a paciente à vontade
3 Abrir a ficha pré-natal e identificar os dados básicos da paciente
Anamnese
4 Motivo da Consulta e história da doença actual (se aplicável) – determinar a idade
gestacional e a data provável do parto (pesquisar data da última menstruação) e
pesquisar se além da gravidez há outro motivo (queixas ou sintomas relacionados ou
não com a gravidez) para a procura do serviço de saúde
4.1. Nos casos em que a gestante apresenta queixas, fazer a história da doença actual e
procurar determinar se está ou não relacionada com a gravidez
5 Fazer perguntas adequadas em relação aos antecedentes gineco-obstétricos (incluindo
os pontos 5.1 e 5.2)
5.1 Pesquisar sobre o comportamento habitual do ciclo menstrual, sobre doenças e
tratamentos ginecológicos prévios
5.2. Identificar e documentar os dados sobre as gestações pregressas de forma breve (G-
gestações, P-partos, A-abortos, NM-nados mortos, FM-filhos mortos, VA-vivos actuais,
CA-cesarianas anteriores e respectivos motivos)
6 Fazer perguntas adequadas em relação à história médica pregressa (incluindo ITS, D.
Mellitus, historia vacinal, etc.)
7 Fazer perguntas adequadas em relação à história familiar
8 Fazer perguntas adequadas em relação à história psicossocial (incluindo vida sexual,
medicações, hábitos alcoólicos, tabágicos e de consumo de estupefacientes; exposição
ocupacional à tóxicos e práticas alimentares inadequadas)
9 Revisão por sistemas/aparelhos (com enfoque nos aspectos relacionados com as
mudanças fisiológicas no decurso da gravidez)
Exame Físico
10 Exame físico geral com enfoque para:
Sinais vitais
Altura e o peso
Índice de massa corporal (IMC)
Aspectos relacionados com as mudanças fisiológicas no decurso da gravidez
11 Exame obstétrico:
11.1 Exame do Abdómen (se aplicável)
Situação e apresentação fetal – 4 manobras de Leopold
Medição da altura uterina
Auscultação uterina – para determinação dos batimentos cardíacos fetais

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 35


Ordem Passo

11.2 Exame pélvico:


Posicionamento do paciente para o exame
Inspecção e palpação da genitália externa
Inspecção da genitália interna (vagina, colo do útero) com espéculo
Palpação da genitália interna (colo e corpo do útero, anexos) quando necessário
Avaliação da pélvis óssea

Registo da Anamnese e do Exame Físico


12 Registar os resultados e achados da anamnese e do exame físico de forma organizada,
correcta, concisa e legível na ficha pré-natal

Solicitação dos Exames Auxiliares de Rotina e de outros exames (se aplicável)


13 Identificar e solicitar os testes hematológicos utilizados no SNS para avaliação de rotina
da mulher grávida (Hemograma, teste de HIV, RPR/VDRL, Urina II); e identificar e
solicitar exames auxiliares necessários de acordo coma s queixas da gestante
Conduta: Geral
14 Reconhecer os ‘’sinais de perigo’’ que requerem encaminhamento imediato para o
serviço de urgências (vide lista na ficha pré-natal)
15 Reconhecer os critérios de identificação duma gravidez de alto risco obstétrico (ARO):
doenças pré-existentes (ex: hipertensão, Diabetes), má evolução de gravidezes
anteriores (ex: prematuridade, mortalidade perinatal) e outros: idade<16 ou >35 A,
peso <50kg, vícios, multiparidade, gemelaridade, primigesta com altura <1.5m
16 Reconhecer as indicações de referência para um nível de atenção superior
17 Desenvolver um plano inicial de seguimento para a grávida (periodicidade de consultas,
testes necessários, imunização, tratamento profiláctico)

Conduta: Farmacológica
18 Determinar as indicações para imunização (VAT) e administrar a primeira dose de
acordo com os critérios definidos
19 Determinar as indicações para o tratamento profiláctico (Malária, HIV, anemia,
parasitoses intestinais)

20 Prescrever os tratamentos profilácticos de acordo com os critérios definidos para cada


esquema
21 Identificar os efeitos secundários principais e as contra-indicações dos medicamentos
prescritos
Conduta: Aconselhamento
22 Aconselhar a mulher grávida e ao seu parceiro (se presente) sobre os cuidados a ter
durante a gravidez, e sobre a importância de aderir ao plano de seguimento da gravidez
e do parto

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 36


Ordem Passo

23 Aconselhar sobre a alimentação, a actividade física, os hábitos alcoólicos e o tabagismo


e sobre o uso de medicamentos
24 Falar com a mulher grávida sobre as indicações (sinais de perigo) para se dirigir ao
serviço de urgências da unidade sanitária
25 Aconselhar sobre cuidados com o recém-nascido e sobre a importância de aderir à CPP

Marcação da data da consulta seguinte


26 Marcação da data da consulta seguinte em coordenação com a gestante

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 37


6. Listas de passos para procedimentos clínicos e de enfermagem
6.1 Algaliação

Ordem Passo

1 Preparar o equipamento necessário para o procedimento


Identificar as indicações de algaliação (retenção urinária aguda e crónica, doente
2
acamado, etc.)
3 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
4 Preservar a privacidade do paciente (usar biombo se necessário)
5 Lavar as mãos e colocar luvas de procedimentos
Fazer exame físico dos genitais e abdómen para identificar sinais de patologia antes
6
de iniciar o procedimento
7 Colocar o paciente em decúbito dorsal com as pernas ligeiramente abertas
Lavar os genitais do paciente com água e sabão: molhar, ensaboar, enxaguar a
glande do pénis com água morna, traccionando o prepúcio (se não circuncisado) para
trás durante o procedimento, secar com toalha
8
(No caso de algaliação feminina, molhar, ensaboar, enxaguar a área genital, incluindo
de cima para baixo nos dois lados e de dentro para fora da área dos lábios, e no
meato urinário)
Retirar as luvas de procedimentos e deitá-las imediatamente em recipiente com saco
9
plástico para lixo infeccioso
Abrir e colocar um campo estéril ao lado do paciente e pôr o kit de algaliação, a
10
sonda vesical e a seringa com assepsia no campo
11 Lavar as mãos de novo e colocar as luvas estéreis
Aspirar 5 a 15 ml de soro fisiológico ou ar com uma seringa e testar a sonda vesical,
12
insuflando e esvaziando o balão ou cuff
Deitar uma porção de lubrificante numa compressa esterilizada (deve pedir auxílio de
13
um colega)
Conectar uma extremidade da sonda ao saco colector e certificar-se que está
14
fechado
Algaliação masculina
Pegar o pénis com a mão não dominante com uma compressa e retrair o prepúcio
15
(se não circuncisado) até visualizar o orifício uretral
Segurar o pénis abaixo da glande e aplicar o antisséptico utilizando uma compressa
16 para cada movimento (do meato urinário até a base e no corpo do pénis no sentido
longitudinal de cima para baixo)
17 Lubrificar a sonda e segurar a algália com a mão dominante
Colocar o pénis na posição vertical (para atravessar facilmente a primeira curvatura
18
da uretra)
Introduzir a sonda lentamente, 7 ou 8 centímetros e colocar o pénis na posição
19
horizontal

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 38


Ordem Passo

Fazer uma leve puxão para frente enquanto o paciente respira profundamente e
20
continuar a introduzir o cateter até as gotas de urina aparecerem no saco colector
Algaliação feminina - substituir os passos 15 à 20 por 21 à 25:
Separar os pequenos e grandes lábios o mais amplamente possível com o polegar e
21 os dedos indicador e médio da mão não dominante para obter visão completa do
meato urinário (este localiza-se anteriormente ao meato vaginal)
Continuar com antissepsia com movimento firme e único de cima para baixo nos dois
22
lados e de dentro para fora da área dos lábios, e no meato urinário
Repetir o procedimento se for necessário, usando apenas uma vez cada lado da
23 compressa. Trocar de compressa em cada etapa e descartá-las no balde de lixo
infeccioso
Colocar o campo aberto sobre o órgão genital e lubrificar aproximadamente 5 cm da
24
ponta da sonda
Afastar os pequenos lábios com a mão não dominante, segurar a sonda vesical com a
25 mão dominante e introduzi-la delicadamente no meato urinário até surgir a urina no
saco colector (aproximadamente 5 a 7,5 cm)
Insuflar o balão (ou cuff) com a seringa contendo a solução fisiológica na quantidade
26
indicada pelo fabricante, geralmente 10 ml
Certificar-se de que o balão está a funcionar puxando levemente a algália: ao puxar
27
cuidadosamente a algália para baixo, esta oferece uma resistência
Fixar com adesivo a algália na região interior da coxa sem que a algália esteja em
28
tracção
29 Confirmar se a sonda está conectada ao saco colector
30 Colocar o saco colector no suporte deixando-o abaixo da bexiga do paciente
Deixar o paciente limpo e confortável, permitindo que tenha fácil acesso aos itens
31
pessoais (exemplo, roupa)
Descartar o lixo obedecendo as normas de biossegurança para prevenção e controle
32
de infecções (lixo contaminado no balde do lixo infeccioso)
33 Recolher, lavar e arrumar o material
Registar no processo clínico o procedimento efectuado incluindo a medida do cateter
34
usado, a hora de execução e o aspecto da urina

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 39


6.2 Clister de Limpeza

Ordem Passo

1 Preparar o equipamento necessário para o procedimento


2 Preparar a solução prescrita para a realização do clister (água morna com sabão)
3 Listar as indicações e contra-indicações para a realização de um clister ou enema
4 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
5 Garantir a privacidade do paciente
Colocar o paciente na posição de decúbito lateral esquerdo com o membro inferior
6
direito flectido e o membro inferior esquerdo ligeiramente flectido ou estendido
7 Colocar um resguardopor baixo da pélvis para proteger/não sujar o colchão
8 Lavar as mãos, colocar as luvas e outros EPIs (máscara, óculos, avental)
9 Limpar a região genital e anal, se necessário, com água e sabão
Colocar o sistema do saco que contém a solução para o enema e o tubo irrigador sobre o
10
suporte a uma altura de 30 a 45 cm acima do plano da cama
Conectar a sonda rectal ao tubo do irrigador e pinçar o tubo de maneira que a solução
11
não saia para fora do sistema
12 Lubrificar bem a ponta da sonda rectal
Separar as nádegas do paciente com os dedos polegar e indicador da mão não
13
dominante e expor o orifício anal
Instruir o paciente para respirar profunda e lentamente enquanto se introduz
14 lentamente a sonda no ânus, em direcção ao umbigo (por aproximadamente 10-15
centímetros em adultos)
Despinçar o tubo e administrar a solução:
 Caso o paciente refira dor de barriga, pare um pouco e massageie o abdómen do
15 paciente pedindo-lhe para relaxar. Em seguida reinicie com a administração.
 Caso o paciente sinta urgência de defecar, pare a instilação e peça ao paciente para
reter o enema. Geralmente o estímulo passa.
16 Pinçar e remover a sonda rectal após a instilação de toda solução
Informar o paciente para reter a irrigação por 10 minutos (quanto mais tempo
17
permanecer a solução dentro do sistema maior efeito terá)
18 Facilitar o acesso ao banheiro ou oferecer a arrastadeira, quando necessário
19 Deixar o paciente em posição confortável
20 Observar a aparência das fezes
Retirar as luvas e realizar eliminação do material descartável obedecendo as norma de
21
biossegurança para prevenção e controlo de infecções
Registar o procedimento no processo do paciente incluindo as informações principais
22
(defecou ou não, características das fezes)

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 40


6.3 Drenagem de Colecções Purulentas

Ordem Passo

1 Preparar o equipamento necessário para o procedimento


Listar as indicações e contra-indicações para a realização de uma drenagem e confirmar
2
com exame físico que o paciente tem um abcesso ou colecção purulenta
3 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
Posicionar o paciente de maneira a que a região a ser tratada seja acessível, bem
4
iluminada e que o paciente esteja numa posição confortável
5 Colocar EPI (avental, máscara e óculos protectores)
6 Lavar as mãos e colocar as luvas
Limpar a pele com Iodo Povidona com movimentos circulares do interior para o exterior
7 (padrão circular/espiral) iniciando no centro do abcesso e cobrir uma área ampla da
pele ao redor para evitar contaminação
Anestesiar a área ao redor/a volta do abcesso (esta etapa pode ser suprimida nos
abcessos muito superficiais, com tecido macerado ou excepcionalmente quando o
8
anestésico não está disponível. Nestes casos, pode se usar antecipadamente
analgésicos sistémicos para controlar a dor)
Pegar a lâmina obliquamente, entre o terceiro dedo e o polegar (como pegar uma
9 caneta) e fazer uma incisão ao longo do eixo maior do abcesso (iniciando pelo ponto de
maior sensibilidade) até que o pus comece a sair
Alargar a incisão, até as margens do abcesso, de modo a criar uma abertura suficiente
10
para uma drenagem adequada do pus e limpeza da cavidade
Após a saída espontânea do conteúdo, introduzir uma pinça hemostática fechada
11 (alternativamente o dedo enluvado) na cavidade e fazer movimentos em todas
direcções para romper as loculações de pús e permitir a sua saída
Caso esteja indicada uma cultura ou esfregaço (com coloração do Gram) do pus,
12
recolher o pus com um cotonete ou com uma seringa
Irrigar (lavar) a cavidade com soro fisiológico até que o soro fisiológico saia claro e em
13
seguida com Hipoclorito de Sódio
Colocar gaze estéril dentro da cavidade para permitir que a formação de pus seja
14
drenada para o exterior. Caso se trate de abcesso profundo colocar um dreno canelado
15 Cobrir a incisão com um penso estéril não aderente
Dar antibióticos somente em caso de abcessos profundos, com celulite subjacente;
16
verificar se o paciente já tomou a vacina contra o Tétano
Marcar uma visita de controlo após 2-3 dias (antes em caso de complicações como
17
edema, febre)
Eliminar todo o material descartável obedecendo as normas de biossegurança para
18
prevenção e controlo de infecções
19 Registar no processo clínico os dados importantes sobre o procedimento efectuado

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 41


6.4 Fisioterapia Respiratória

Ordem Passo

1 Identificar as indicações e contra-indicações da fisioterapia respiratória


2 Cumprimentar o paciente e avaliar as condições respiratórias do paciente
3 Explicar o procedimento que irá realizar
Colocar o paciente na posição adequada para a execução da fisioterapia e informá-lo sobre o
4
tempo em que terá de ficar na respectiva posição
5 Lavar as mãos (ou limpá-las com álcool glicerinado) e colocar as luvas
6 Realizar a técnica de percussão
 Colocar as mãos em concha, com os cotovelos em flexão e os punhos relaxados
 Aplicar golpes suaves (alternando as mãos com sequencia rápida) na região das costas, a
diferentes níveis enquanto o paciente realiza inspirações-expirações profundas;
 Realizar a técnica durante 3-4 minutos
7 Realizar a técnica de vibração
 Colocar as mãos niveladas sobre a região do pulmão que vai ser estimulada
 Pedir ao paciente que respire lenta e profundamente, com os lábios semi-abertos
 Estender os braços, inclinar-se na direcção do tórax do paciente, e fazer pressão moderada

 Aplicar movimentos vibratórios através da contracção e relaxamento alternado dos músculos


dos braços, durante uns 10 segundos e coincidindo com a expiração
 Durante a inspiração, parar com os movimentos vibratórios
 Produzir vibrações durante 5 expirações em cada segmento envolvido
8 Realizar alternativamente percussão e vibração
9 Realizar a técnica de drenagem postural segmentar
Antes do início da manobra orientar ao paciente para respirar profundamente e para tossir
 Drenagem do segmento apical do lobo superior (paciente em decúbito dorsal elevar a
cabeceira formando um ângulo de aproximadamente 30º)
 Drenagem dos segmentos anteriores do lobo superior (paciente em decúbito dorsal, com os
joelhos flectidos e apoiados sobre uma almofada)
 Drenagem dos segmentos posteriores dos lobos superiores (paciente sentado e inclinado
para frente e apoiado sobre a almofada de modo a formar um ângulo de aproximadamente
30º)

 Drenagem do segmento superior dos lobos inferiores (paciente em decúbito ventral, com
apoio de duas almofadas sobre a cintura pélvica)
10 Manter o paciente na posição indicada por 15 a 30 minutos
Enquanto o paciente estiver na posição de drenagem, executar a técnica de percussão e/ou
11
vibração (sobretudo se as secreções foram muito densas)
12 Instruir ao paciente para tossir ou para espirrar (para facilitar remoção das secreções)
13 Executar, no fim da sessão, a auscultação pulmonar para avaliar a eficácia da terapia
14 Retirar as luvas, lavar as mãos e registar o procedimento no processo do paciente

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 42


6.5 Punção Aspirativa (ganglionar) com Agulha Fina (PAAF)

Ordem Passo

1 Preparar o equipamento necessário para o procedimento


Listar as indicações e contra-indicações para a realização de uma punção aspirativa com
2 agulha fina (ao nível do TMG, a indicação mais comum é a punção de adenopatias de
qualquer parte do corpo com mais de 0,5 cm, para pesquisa de BK)
3 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
4 Rever os riscos e benefícios com o paciente
5 Confirmar a localização e consistência da massa a ser puncionada
Posicionar o paciente de maneira a que a região a ser aspirada seja acessível, bem
6
iluminada e que o paciente esteja numa posição confortável
7 Lavar as mãos e colocar as luvas
Limpar a pele com álcool a 70% ou iodo povidona (com movimentos circulares do
8
interior para o exterior iniciando no centro do local a ser puncionado) e deixar secar
9 Acoplar a agulha à seringa de 10ml
10 Afixar a lesão com os dedos indicadores e médio
11 Introduzir a agulha na lesão, mantendo o êmbolo da seringa na posição zero
Fazer com a agulha movimentos de “vai e vem” na lesão e em diversos planos
12
diferentes, mantendo a pressão negativa
13 Soltar o êmbolo da seringa desfazendo a pressão negativa
14 Retirar a seringa e agulha da lesão
15 Com uma bola de algodão pressionar a área puncionada (para evitar hemorragias)
16 Desacoplar a agulha da seringa
17 Preencher a seringa de ar e acoplar novamente a agulha
Colocar o material na lâmina, tendo o cuidado de não estender o material até ao final da
18
lâmina
19 Estender o material num raio de 2 a 3 cm
20 Fazer um penso no local da punção
21 Colocar a lâmina numa cuvete ou tabuleiro e enviá-la ao laboratório
22 Observar o paciente após o procedimento para detectar eventuais complicações
Fazer o descarte do lixo obedecendo as normas de biossegurança para prevenção e
23
controlo de infecções
Registar no processo clínico os dados importantes sobre o procedimento efectuado
24
(complicações, aspecto e cor da amostra colhida)

Nota: caso não haja laboratório capacitado na Unidade Sanitária, fixar a lâmina com álcool a 95% e
enviar para o laboratório de referência num recipiente com temperaturas baixas (pode-se conservar na
geleira por um período máximo de 24 horas antes do processamento.

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 43


6.6 Aspiração Nasotraqueal

Ordem Passo

Preparar o equipamento necessário para o procedimento; verificar o funcionamento do


1
aspirador
Identificar as indicações (principalmente para remover secreções das vias aéreas e dos
2
pulmões) e contra-indicações da aspiração nasotraqueal
Cumprimentar o paciente (se consciente) e explicar o procedimento que irá realizar;
3 explicar ao paciente que o procedimento pode causar tosse e que isso é útil para
remoção das secreções
4 Controlar os sinais vitais e auscultar o tórax do paciente antes de iniciar o procedimento
5 Colocar o paciente na posição Fowler ou semi-Fowler
6 Lavar as mãos e colocar as luvas
Colocar uma pequena quantidade de lubrificante hidrossolúvel ou gel de lidocaína numa
7
área estéril
Lubrificar a sonda internamente e externamente com soro fisiológico e a ponta da
8 mesma com lubrificante hidrossolúvel ou gel de lidocaína para favorecer a sua inserção
através da cavidade nasal
9 Com a mão não dominante elevar a ponta do nariz para facilitar a inserção da sonda
Inserir a sonda na narina do paciente enquanto é feita rolar (girar) entre os dedos para
10
facilitar a sua inserção através da concha nasal inferior
Avançar rapidamente a sonda o mais longe possível, enquanto o paciente inspira (não
11
aplicar sucção durante a inserção)
Aspirar de forma intermitente colocando o dedo polegar da mão não dominante sobre o
12 orifício da válvula de controlo e simultaneamente retirando a sonda (cuidadosamente)
enquanto é feita rolar entre os dedos polegar e indicador
Não aspirar mais do que 15 segundos (prevenção da hipoxia); não passar a sonda mais
13
do que duas vezes para reduzir o risco de traumas da mucosa traqueal
14 Lavar a sonda com água destilada estéril
Deixar a pessoa repousar por alguns minutos antes da próxima aspiração e encorajá-la a
15 tossir para facilitar a remoção das secreções. NOTA: o número de aspirações e a duração
do repouso entre as mesmas depende do nível de tolerância do paciente
16 Pode-se utilizar a mesma técnica para remover secreções da cavidade oral
Controlar os sinais vitais e auscultar o tórax do paciente para avaliar a eficácia do
17
procedimento
Retirar as luvas, e fazer o descarte de todo o material obedecendo as normas de
18
biossegurança para prevenção e controlo de infecções
19 Desligar o aspirador
Registar o procedimento efectuado e os resultados do tratamento no processo clínico do
20
paciente

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 44


6.7 Limpeza cirúrgica (desbridamento) de Feridas

Ordem Passo

1 Preparar o equipamento necessário para o procedimento


2 Listar as indicações e contra-indicações para a realização do tratamento
3 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
Confirmar as indicações para limpeza cirúrgica da ferida com base no exame físico
4
(úlcera de pressão de estágio 3, lesões que comprometem até o tecido subcutâneo)
Posicionar o paciente de maneira que a região a ser tratada seja acessível, bem
5
iluminada e que o paciente esteja numa posição confortável
6 Lavar as mãos e colocar as luvas estéreis
7 Anestesiar a área ao redor da ferida
Limpar a área da ferida usando um antisséptico (ex: iodo povidona ou peróxido de
8
hidrogénio nas feridas contaminadas com terra)
Fazer o desbridamento de acordo com o tipo de ferida:
Ferida com tecido necrótico duro:
 Pinçar o tecido necrótico na borda, com a pinça de dissecção
 Dissecar o tecido necrótico em finas lâminas, em um único sentido, utilizando a
lâmina de bisturi.
 No caso de tecido intensamente aderido ou profissionais com pouca habilidade,
recomenda-se a delimitação do tecido necrótico em pequenos quadrados,
utilizando-se a lâmina de bisturi e procedendo com o desbridamento
9
 Interromper o procedimento até o aparecimento do tecido viável ou em caso de
sangramento, queixa de dor, cansaço, insegurança do Professional
Ferida com tecido necrótico mole:
 Pinçar o tecido necrótico com pinça de dissecção e cortar com tesoura.
 Interromper o procedimento até o aparecimento de tecido viável, ou em caso de
sangramento, queixa de dor, cansaço, insegurança do profissional.

Pôr uma gaze estéril embebida de soro fisiológico sobre a ferida e cobrir com outras
10
gazes secas
Eliminar o material descartável obedecendo as normas de biossegurança para prevenção
11
e controlo de infecções
12 Prestar aconselhamento ao paciente sobre outras medidas para ajudar na cura da ferida
Marcar consulta de controlo da ferida após 2-3 dias, para procurar sinais de sobre-
13
infecção
Registar no processo clínico dados importantes sobre o procedimento efectuado
14
(complicações, aspecto e cor da ferida)

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 45


6.8 Oxigenoterapia

Ordem Passo

1 Preparar o equipamento necessário para o procedimento


2 Identificar as indicações de oxigenoterapia (sintomas, patologias)
3 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
4 Avaliar a saturação de oxigénio com oxímetro de pulso (se disponível)
5 Colocar o paciente na posição adequada
6 Determinar o volume de oxigénio a administrar e o método (máscara ou sonda)
Rever o material que será necessário (fonte de oxigénio, máscara ou sonda, fluxómetro,
7
humidificador)
8 Lavar as mãos
9 Adicionar água destilada ao humidificador, quando necessário, e liga-lo ao fluxómetro

10 Ligar o humidificador ao tubo preso à máscara ou sonda


11 Ligar o fluxómetro de O2 e observar o borbulhar no humidificador
12 Regular o fluxómetro conforme a indicação clínica
13 Lava as mãos novamente e coloca luvas de procedimentos
14 Colocar a sonda de oxigénio ou máscara no utente
Sonda:
 Limpar as narinas do paciente com compressa ou algodão humedecido em água
limpa ou destilada
 Introduzir (aproximadamente 2 cm) a sonda nas narinas do paciente e informá-lo (se
aplicável) sobre a importância de mantê-la no lugar
 Certificar-se de que a sonda está bem fixa (fixe-a com tiras de adesivo) e de que o
paciente está confortável
Máscara:
 Colocar a máscara sobre o nariz, a boca e o queixo do paciente
 Ajustar a máscara no cavalete do nariz
 Puxar as faixas de elástico para trás da cabeça ou do pescoço
Retirar as luvas de procedimento e descartá-las imediatamente em recipiente com saco
15
plástico para o lixo infeccioso
16 Posicionar o paciente de forma que fique confortável
Observar como o paciente responde ao tratamento (frequência, profundidade da
17
respiração, dispneia em geral)
Registar o procedimento efectuado e os resultados do tratamento no processo clínico do
18
paciente

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 46


6.9 Paracentese

Ordem Passo

1 Preparar o equipamento necessário para o procedimento


2 Listar as indicações e contra-indicações para a realização de uma paracentese
3 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
4 Rever os riscos e benefícios do procedimento e pedir que urine para esvaziar a bexiga
Colocar o paciente numa posição confortável (posição semi-sentado aos 45 graus, ou
5
deitada em decúbito dorsal)
6 Confirmar a presença de ascite com a palpação e percussão abdominal
7 Determinar se vai fazer uma paracentese diagnóstica ou uma paracentese terapêutica
Identificar o local de punção abdominal (traçar uma linha imaginária que une a espinha
8 ilíaca ântero-superior esquerda com o umbigo e identificar na mesma o ponto de
junção do terço médio com o terço lateral)
9 Lavar as mãos e colocar as luvas
Desinfectar o local com compressa estéril embebida em anti-séptico e colocar a
10
compressa na cuvete
Em caso de paracentese diagnóstica:
 Inserir a agulha com seringa ao plano cutâneo perpendicularmente no local
escolhido da parede do abdómen
 Avançar a agulha lentamente aspirando continuamente na seringa
11
 Aspirar com a seringa o líquido ascítico até ter colectado uma amostra de 10 ml
 Colocar a amostra de líquido nos 3 tubos colectores (exames citoquímico, citológico
e microbiológico)

Em caso de paracentese terapêutica:


 Depois de aspirar uma amostra de líquido ascítico, desacoplar a seringa da agulha
 Adaptar o saco colector ao tubo conector, e o tubo colector à agulha
 Afixar a agulha à pele e pedir ao paciente que não se mexa
 Abrir o dispositivo de regulação do fluxo para permitir a drenagem do líquido
12
ascítico da cavidade peritoneal; Drenar lentamente, não mais de 5 litros de líquido
ascítico por vez
 Vigiar a saída de líquido de modo a manter a drenagem contínua e regular
 Vigiar o paciente (cor da pele, pulso, fácies e respiração); caso haja alguma
alteração, interromper imediatamente o procedimento
Após a recolha de amostra ou drenagem do líquido, remover a agulha lentamente mas
13
firmemente e observar se o local de punção apresenta sangramento
14 Colocar um penso esterilizado no local da paracentese
15 Rotular os frascos
Eliminar todo o material descartável obedecendo as normas de biossegurança para
16 prevenção e controlo de infecções

Instruir o paciente para ficar numa posição de descanso por no mínimo 30 minutos
17
Monitorar os sinais vitais no decurso da paracentese terapêutica e interrompê-la se
18
houver alguma alteração
Registar no processo clínico dados importantes sobre o procedimento efectuado
19
(complicações, aspecto, cor e volume do líquido colectado)

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 47


6.10 Punção Lombar

Ordem Passo

1 Preparar o equipamento necessário para o procedimento


2 Listar as indicações e contra-indicações para a realização de uma punção lombar
3 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
4 Rever os riscos e benefícios com o paciente
5 Colocar o paciente na posição para o procedimento (posição decúbito lateral ou sentado)
Determinar o local da punção (espaço intervertebral situado entre L3 e L4 ou entre L4 e L5 no ½
6
da linha entre as cristas ilíacas)
7 Marcar o local escolhido para a punção com uma caneta ou uma unha
8 Lavar as mãos e colocar as luvas estéreis
Desinfectar o local com compressa estéril embebida em antisséptico e colocar a compressa na
9
cuvete
10 Aplicar a anestesia no local de punção (se disponível)
Introduzir cuidadosamente a agulha espinal com bisel para acima no espaço identificado, no
11
plano mediano e perpendicularmente à superfície cutânea
12 Inclinar a agulha em cerca de 30 graus para cima após a introdução na pele
Avançar a agulha com mandril, lentamente mas firmemente até ultrapassar o ponto de
13
resistência (ligamento amarelo e dura máter)
14 Retirar lentamente o mandril verificando se o líquido está a gotejar
Se o líquido não sair, avançar mais em profundidade a agulha e/ou ajustar a sua
15
direcção/inclinação até o líquido sair (nunca inserir ou retirar a agulha sem o mandril)
16 Usar o manómetro para medir a pressão de abertura (se disponível)
Colher o líquido cefalorraquidiano em tubo/s apropriado/s para análises (citologia, bioquímica,
17
microbiologia)
18 Colocar novamente o mandril e retirar a agulha lentamente mas firmemente
19 Aplicar um algodão com pressão suave sobre a zona de punção, e colocar o adesivo
20 Rotular os frascos
Eliminar todo o material descartável obedecendo as normas de biossegurança para prevenção e
21
controlo de infecções
Instruir o paciente para ficar numa posição supina por no mínimo 30 minutos, para beber muitos
22 líquidos (e no caso de paciente não internado, para voltar à clínica se tiver dor de cabeça ou
outras queixas)
Registar no processo clínico os dados importantes sobre o procedimento efectuado
23
(complicações, cor, aspecto do líquido, pressão de abertura)

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 48


6.11 Introdução de Sonda Nasogástrica

Ordem Passo

Preparar o equipamento necessário para o procedimento e verificar o funcionamento


1
do aspirador
Identificar as indicações de introdução de sonda nasogástrica (SNG): principalmente
2
para aspiração do suco gástrico, lavagem gástrica, e alimentação entérica
Cumprimentar o paciente (se consciente) e explicar o procedimento que irá realizar;
3
explicar ao paciente que se ele colaborar deglutindo, a passagem do tubo será mais fácil
Controlar os sinais vitais, auscultar e palpar o abdómen do paciente antes de iniciar o
4
procedimento
Colocar o paciente na posição Fowler ou semi-Fowler e posicionar-se do lado direito do
5
paciente
6 Lavar as mãos e colocar as luvas, óculos, máscara e avental
7 Colocar uma toalha limpa sobre o peito do paciente
Medir de forma aproximada o comprimento da SNG a ser introduzida: desde a ponta do
8 nariz, passando pelo lóbulo da orelha até o apêndice xifóide do paciente; marcar com
uma fita de adesivo
9 Lubrificar a ponta da SNG com o lubrificante anestésico (gel)
Colocar a cabeça do paciente em posição vertical ligeiramente flectida para frente, de
10
forma a facilitar a passagem da sonda
11 Com a mão não dominante elevar a ponta do nariz para facilitar a inserção da sonda
Introduzir a sonda através da narina, direccionando-a para o ouvido, até chegar na
12
parte posterior da garganta (nasofaringe)
Flexionar ligeiramente a cabeça do paciente para o tórax, de maneira que a traqueia se
13 feche e o esófago se abra; girar a SNG por 180° de maneira que não entre na
orofaringe, e continuar a introduzir a SNG
Facilitar o processo de descida do tubo, pedindo ao paciente para beber pequenos
14
goles de água ou engolir a saliva durante a introdução da sonda
Conduzir/acompanhar lentamente a sonda até o sinal da fita chegar na abertura do
15
nariz, sem forçar o ritmo
Se encontrar alguma resistência (paciente tossir, engasgar-se ou se tornar cianótico)
16
interromper o movimento e remover a sonda
Verificar o posicionamento da sonda com:
 Vocalização – o paciente deve ter a habilidade de vocalizar
 Auscultação – Se injecta 10 mL de ar o clínico deve ouvir bolhas de água na região
17
epigástrica
 Aspiração – de material gástrico com seringa
 Radiografia – do abdómen com visualização da sonda ( se possível)
Após a confirmação do posicionamento correcto, enrolar o resto da sonda com adesivo
18
e fixá-la sobre a face( na ponta do nariz e bochechas)
19 Utilizar a sonda para qualquer um dos seguintes procedimentos: lavagem gástrica,

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 49


Ordem Passo

alimentação, aspiração de suco gástrico


20 Deixar o paciente numa posição confortável
Retirar as luvas, e fazer o descarte do lixo obedecendo as normas de biossegurança
21
para prevenção e controlo de infecções
22 Fechar a sonda ou ligá-la ao saco colector, dependendo do propósito
Registar o procedimento efectuado e os resultados do tratamento no processo clínico
23
do paciente

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 50


6.12 Sutura de Feridas

Ordem Passo

Preparar o equipamento necessário para o procedimento, incluindo a escolha do fio de


1
sutura (absorvíveis, não absorvíveis)
2 Listar as indicações e contra-indicações para a sutura de feridas
3 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
4 Confirmar com exame físico que o paciente tem uma ferida que precisa de sutura
5 Escolher a técnica que será utilizada (suturas interrompidas, continuas)
Posicionar o paciente de maneira que a ferida seja acessível, bem iluminada e que o
6
paciente esteja numa posição confortável
7 Lavar as mãos e colocar as luvas estéreis
Usando pinças e gaze, limpar a área da ferida com um antisséptico, e secar o ferimento.
8
Usar água oxigenada em caso de ferida suja com terra
9 Anestesiar a área ao redor/a volta da ferida
Segurar a agulha com a ponta do suporte de agulha entre a metade e os 2/3 ao longo da
10
agulha
Inserir a agulha através da pele perpendicularmente à ferida no lado da ferida mais
11
distante
Atravessar o tecido com a agulha, segundo a forma curva da agulha. O ponto de saída
12
da agulha deve ser o lado da ferida mais próximo
13 Puxar a linha, deixando uma pequena ponta no ponto da inserção.
14 Enrolar e passar duas vezes a linha com a agulha pelo suporte da agulha
Com o suporte da agulha, prender a pequena ponta da linha que está no ponto de
15
inserção
Apertar bem o primeiro nó de modo a que fique situado sobre o ponto de inserção e
16
não sobre o meio do ferimento
Fazer um segundo nó sobreposto ao primeiro, aplicando tensão suficiente (se
17
necessário fazer 2 nós)
18 Cortar ambas as pontas e deixá-las ficar com cerca de 1 cm
Continuar com os pontos de sutura, da mesma forma descrita acima, até fechar
19 completamente a ferida. A distância entre os pontos deve ser de aproximadamente 1
cm, dependendo do tamanho da ferida
20 Cobrir a ferida fechada com um penso esterilizado sobre a sutura
21 Administrar a profilaxia vacinal para tétano se indicado
Marcar a visita de controlo da ferida após 2-3 dias, antes em caso de complicações
22
como edema, febre, e deslocamento do penso
Eliminar todo o material descartável obedecendo as normas de biossegurança para
23
prevenção e controlo de infecções
Registar no processo clínico as informações importantes sobre o procedimento
24
efectuado

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 51


6.13 Toracocentese

Ordem Passo

1 Preparar o equipamento necessário para o procedimento


2 Listar as indicações e contra-indicações para a realização de uma toracocentese
3 Cumprimentar o paciente e explicar o procedimento que irá realizar
4 Rever os riscos e benefícios com o paciente
5 Colocar o paciente na posição confortável (posição sentada)
Identificar o nível do derrame pleural estimado na base dos achados do exame físico
6 (diminuição ou ausência do frémito vocal táctil, macicez e redução ou ausência do
murmúrio vesicular)
7 Rever a radiografia do tórax (se for disponível) para localizar o derrame pleural
8 Determinar se vai fazer uma punção diagnóstica ou uma punção evacuadora
Identificar o local de punção torácica (deve ser um ou dois espaços intercostais abaixo
9
do nível do derrame e nunca abaixo da nona costela)
10 Lavar as mãos e colocar as luvas estéreis
Desinfectar o local com compressa estéril embebida em anti-séptico e colocar a
11
compressa na cuvete
12 Aplicar a anestesia local no local de toracocentese (se disponível)
Introduzir a agulha anexada à seringa logo acima do bordo superior da costela inferior
13
do espaço selecionado. Inserir perpendicularmente ao plano cutâneo
14 Avançar a agulha lentamente aspirando continuamente na seringa
Se o liquido não sair, avançar com mais profundidade a agulha lentamente, firmemente
15
e sempre aspirando.
16 Quando entrar no espaço pleural, aspirar uma amostra de líquido
Em caso de punção evacuadora, siga estes passos extras:
 Colocar o cateter numa seringa de 5 ml e introduzir o mandril do mesmo no ponto
de referência de acordo com as recomendações acima indicadas
 Uma vez obtido o líquido, parar de avançar o mandril e guiar o cateter em
profundidade ao longo do mesmo até a sua completa inserção
 Remover o mandril e bloquear a extremidade do cateter com o dedo para impedir a
entrada de ar na cavidade pleural
 Anexar uma seringa de 20-50 ml com uma torneira a três vias ao cateter e com as
17 vias seringa-paciente abertas, aspirar a quantidade máxima de líquido permitido
pelo tamanho da seringa
 Fechar completamente a via do paciente, retirar a seringa, e despejar numa cuvete o
líquido aspirado
 Anexar de novo a seringa ao cateter, abrir as vias seringa-paciente e repetir de novo
a manobra acima descrita
 Repetir esta manobra por um número de vezes suficiente para remover a
quantidade desejada de líquido pleural. Recomenda-se a não remover mais do que 1
litro de líquido pleural de cada vez

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 52


Ordem Passo

18 Remover a agulha enquanto o paciente detém a sua respiração no fim da expiração


No caso de toracocentese diagnóstica - colocar o líquido aspirado em 3 tubos colectores
19
(exames microbiológico, citoquímico e citológico)
20 Colocar um penso esterilizado no local da punção
21 Rotular os frascos (aplicável para a paracentese diagnóstica)
Eliminar todo o material descartável obedecendo as normas de biossegurança para
22
prevenção e controlo de infecções
Após o procedimento, realizar o exame físico do tórax (percussão e auscultação) para
23
documentar algumas mudanças ou complicações do procedimento
Instruir ao paciente para ficar numa posição de descanso por no mínimo 30 minutos (e
24 no caso de paciente não internado, para voltar à consulta se tiver dificuldade
respiratória, dor torácica, ou outras queixas respiratórias)
Caso se suspeite de complicações, fazer um RX do tórax (ou referir se não disponível)
25
para excluir um pneumotórax ou hemotórax
Registar no processo clínico os dados importantes sobre o procedimento efectuado
26
(complicações, aspecto e cor do líquido colhido)

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 53


6.14 Tratamento local das queimaduras (moderadas/severas)

Ordem Passos

Preparar o material necessário: luvas estéreis, máscara, avental, óculos de protecção,


1 recipiente limpo, soro fisiológico, compressas esterilizadas, gaze gorda estéril, pinças
esterilizadas, tesoura esterilizada
2 Posicionar devidamente o paciente de forma a expor a área afectada
3 Colocar EPI: máscara, avental e óculos
4 Lavar as mãos ou fricciona-las com álcool glicerinado se não estiverem visivelmente sujas
5 Calçar as luvas estéreis
Com ajuda da pinça pegar a compressa embebida em soro fisiológico e lavar cuidadosamente
6
a queimadura; passe uma única vez cada face da compressa
7 Remover as partículas visíveis de sujidade em volta usando uma pinça
Com ajuda duma outra pinça retire por completo todos os segmentos de pele queimada de
8 bolhas rebentadas; deixar intactas (não rebentar) as de pequeno tamanho (< 2 cm) e
rebentar as de tamanho maior
9 Enxaguar com soro fisiológico e secar a ferida com compressas estéreis
Aplicar uma camada de 2-3 mm de Sulfadiazina de prata em pomada em todas as lesões (com
10
a excepção dos olhos e dos lábios)
11 Aplicar uma capa de gaze gordurosa
Cobrir as lesões com compressas estéreis sem abri-las; nunca rodear um membro só com
12
uma compressa
13 Aplicar uma camada de algodão estéril (para almofadar)
14 Colocar uma ligadura elástica de algodão tendo cuidado de não apertá-la
15 Elevar os membros para prevenir edema
Retirar o material usado, e fazer o descarte adequado: seringas no balde de lixo comum (se
16 não tiver entrado em contacto com secreções); luvas, compressas e bolas de algodão no
balde de lixo infeccioso; material perfuro-cortante na caixa incineradora
17 Registar o procedimento no processo clínico

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 54


6.15 Teste de Mantoux (Teste Tuberculínico)

Ordem Passos

Aplicação do Teste de Mantoux


1 Cumprimentar o paciente e explicar a técnica que irá realizar
Preparar o material necessário: luvas de procedimentos, frasco com Tuberculina (também
2 chamado de PPD), seringa de insulina de 1ml, agulha intradérmica curta, álcool a 70% para a
desinfecção do local, bolas de algodão
3 Lavar as mãos e calçar as luvas
4 Retirar o frasco de PPD da geleira e verificar o prazo de validade e o aspecto do produto
5 Remover o lacre e fazer a limpeza da rolha de borracha com algodão e álcool
Retirar o ar da seringa, ajustando a dose para 0,1 ml (não é necessário retirar a agulha do
6
frasco para ajustar a dose)
7 Selecionar no 1/3 médio do antebraço esquerdo, na sua face anterior.
Introduzir o bisel voltado para cima de forma visível ao aplicador, observando que a seringa
8
fique paralela à pele (ângulo de 5 a 15°).
Injectar lentamente 0,1 ml de PPD na camada intradérmica. No local da aplicação deverá
9
surgir uma pápula esbranquiçada com poros visíveis
10 Explicar ao paciente para não coçar, não pôr ligaduras e/ou adesivos e nem amarrar o local
11 Colocar o material descartável no balde de lixo infeccioso
Leitura do Teste de Mantoux
Preparar o material necessário: Régua graduada em milímetros e transparente com 10 cm de
12
comprimento

13 Ler o resultado do teste às 48 a 72 horas

14 Observar o aspecto da reação


15 Palpar o local da aplicação do teste, com o dedo indicador para localizar a enduração
Posicionar a régua transversalmente ao eixo do braço e medir em milímetros o maior
16 diâmetro transverso da enduração. Medir só a induração e não a eritema

Registar e anotar no processo o valor em milímetros (não como positivo ou negativo). O


17 clinico que faz a leitura deve assinalar no processo com quantas horas foi feita a leitura,
escrever a data e assinar. Se não houver induração registar como 0 (zero) mm
Interpretação dos resultados
18 Se a leitura for de 0 a 4 mm, a Prova de Tuberculina (PT) é NÃO REACTOR
19 Se a leitura for de 5 a 9 mm, a PT é REACTOR FRACO

2O Se a leitura for ≥ 10 mm, a PT é REACTOR FORTE

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 55


6.16 Transfusão Sanguínea

Ordem Passos

Conferir os dados contidos no rótulo da bolsa de sangue com os dados do paciente: NID,
1 nome, grupo sanguíneo (pergunte directamente ao paciente, se for paciente inconsciente
confira os dados no processo clínico); avaliar a temperatura da unidade de sangue.
Preparar o material para a transfusão: Sangue ou seus derivados; luvas; máscara de
2
protecção; cateter de 20G ou maior; garrote; bolas de algodão; álcool a 70%, adesivo
Preparar o carrinho com medicamentos de urgência, para o caso de haver alguma reacção
3
transfusional
4 Lavar as mãos e calçar as luvas
5 Orientar o paciente para o procedimento
Acomodá-lo confortavelmente deitado em decúbito dorsal na cama
Medir os sinais vitais antes de iniciar: Tensão arterial, Frequência Cardíaca, Frequência
6
respiratória, Temperatura corpórea
Observar a rede venosa e escolher a melhor veia para ser puncionada, geralmente uma veia
7
do braço
8 Colocar o garrote aproximadamente 10 a 15cm acima do local da punção
9 Apalpar a veia escolhida
10 Fazer anti-sepsia ampla do local da punção com movimentos firmes e num único sentido
11 Pegar o cateter de modo a que o bisel esteja voltado para cima
12 Fixar a veia e punciona-la, introduzindo totalmente o cateter

13 Observar o fluxo sanguíneo

14 Soltar o garrote
15 Fixar o cateter com adesivos já cortados
Manter o acesso permeabilizado injectando 5ml de soro fisiológico e conectar o dispositivo
16 intravenoso com a unidade de sangue

Controlar a velocidade de infusão: deve ser lenta (máximo 2ml/minuto) nos primeiros 15
17
minutos e depois aumentar mediante indicação se não houver problemas
18 Observar a reacção do paciente nos primeiros 15-20 minutos
19 Descartar o lixo obedecendo às normas de prevenção e controle de infecções (PCI)
20 Retirar as luvas e lavar as mãos

21 Verificar os sinais vitais do paciente depois da transfusão


22 Registar o procedimento e se houve ou não reacções

Nota: Manter o paciente observado durante toda a transfusão.

Guia de Rotação do Estágio -2º Semestre 56

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