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AULA DE CAMPO

ATELIER DE ANÁLISE SOCIAL DA EDUCAÇÃO

Docente: Mário Montez

Discentes:
Ana Carolina Cunha, nº 20180275
Bárbara Coelho, nº 20180300
Bruna Duarte, nº 20180301
Daniel Brito, nº 20180283 Coimbra, novembro de 2018
Luís Oliveira, nº 20180638 Ano Letivo 2018/2019
Índice

o Introdução …………………………………………………………2

o Objetivos …………………………………………………………..2

o Estratégias ………………………………………………………...3

o Técnicas …………………………………………………………...4

o Descobertas ……………………………………………………….5

o Aprendizagens …………………………………………………….6

o Conclusão …………………………………………………………7

1
Introdução

Esta Aula de Campo referente à disciplina Atelier da Análise Social


da Educação tinha como objetivo estabelecer diálogo com pessoas
desconhecidas em Coimbra, no dia 24 de outubro de 2018, mais
especificamente na Rua Ferreira Borges, na Portagem, na Estação Nova
e na Universidade.
Assim, neste trabalho vamos abordar os objetivos, as estratégias,
técnicas, descobertas, e aprendizagens adquiridas sobre diversos pontos
da educação, tema da pesquisa.

Objetivos

• Conseguir perceber um pouco da vida das pessoas, em que


patamares estavam no conceito de Educação;

• Sair fora da nossa zona de conforto e enfrentar a comunidade no


global;

• Perceber as diferentes ideias tendo em conta as diferentes zonas;

• Analisar a educação e o seu impacto social com base em


diversos fatores a partir da informação recolhida;

• Recolha de informação sobre a situação educativa, com base nas


experiências e perceções pessoais.

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Estratégias

Em primeiro lugar, tivemos em consideração a disponibilidade que


as pessoas aparentavam ter. De seguida, tentámos entrevistar pessoas
de diferentes faixas etárias procurando assim criar um grande leque de
resultados. Decidimos que seria melhor adotar uma personalidade
simpática. Resolvemos também que seria melhor dividir o grupo de cinco
alunos em dois grupos mais pequenos (um grupo de três e outro de dois)
para não ‘’assustar’’ o indivíduo e este se sentir mais confortável
possibilitando assim uma conversa informal.

Completada a primeira fase (escolha da pessoa e aproximação a


esta) apresentámos o grupo, de que faculdade e curso éramos e o
objetivo daquela entrevista. Pedimos ao indivíduo para se apresentar
para este sentir uma ligação connosco, que tínhamos interesse e
possibilitar uma troca de ideias mais aprofundada. Feita a apresentação
de ambas as partes prosseguimos para a conversa, tentando sempre
deixar fluir os temas e nunca em questionar diretamente a pessoa. À
medida que a conversa fluía, anotávamos as palavras chave e as frases
mais importantes que a pessoa dizia.

Finalmente, com a conclusão da conversa, agradecíamos o tempo


que nos disponibilizaram e a ajuda que nos deram.

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Técnicas

Como nos foi indicado comunicámos com as pessoas numa


conversa informal com um registo da entrevista e uma posterior
organização da informação.
Em primeiro lugar, tivemos em atenção à forma como nos dirigimos
às pessoas fazendo uma apresentação simpática e interessada e
dizendo que somos do curso de Animação Socioeducativa da ESEC,
com uma postura leve e não tensa, perguntando se estariam dispostas a
conversar connosco uns minutos. De seguida, a nossa preocupação foi
não as questionarmos diretamente sobre os temas em questão, mas
deixar fluir uma conversa.
Depois durante as conversas deixámos as pessoas à vontade,
utilizando uma linguagem clara e com palavras pouco complexas. Foi
importante observar as expressões das pessoas e perceber o seu
interesse para sabermos quando mudar de tema conforme os nossos
objetivos, e olhar para as pessoas cara a cara e mostrar que as
ouvíamos.
Por último, como no decorrer das conversas não foi possível tirar
apontamentos em ordem, reunimo-nos e houve a organização dos
mesmos.

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Descobertas

Ao longo deste trabalho, e ainda em fase de inquérito, o


conhecimento do grupo no que diz respeito à cidade sofreu uma melhoria
significativa. Cerca de metade do grupo veio de outros pontos do país
por isso a aquisição de conhecimento dos mesmos seria expetável, mas
contrariamente ao pensado, também os autóctones foram vítimas dessa
aquisição.
Para além do conhecimento do espaço físico onde foi feito o
trabalho (Baixa da Cidade, Portagem, Estação Nova e zona do pátio da
Universidade) também nos foi proporcionado conhecimento ao nível da
história, alguns mitos e lendas da cidade.
No que diz respeito ao espaço, a descoberta incidiu na zona da
baixa devido à quantidade de becos e pequenas ruas existentes derivado
da sua organização medieval. No que toca à história descobrimos o
nome antigo da cidade (Aeminium) dado pelos romanos e a origem celta
da cidade. Por fim, tivemos a oportunidade de aprender o porquê da
Torre da Universidade de Coimbra ser chamada de “cabra” e de perceber
que essa mesma Torre tem um formato peculiar, um mocho, que remete
à sabedoria, simbologia essa que em tudo está ligado à Universidade.

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Aprendizagens

• Aprendemos algumas curiosidades sobre a história de Coimbra e


conhecemos uma nova perspetiva sobre a educação em Portugal,
perspetiva essa que teve origem direta em experiência própria.

Relativamente à história de Coimbra, foi-nos dito que esta é


a 2º capital de Portugal, que é uma cidade metropolitana bastante
conhecida devido à sua monumentalidade. A Igreja de Santa Cruz
– Panteão Nacional e a Universidade de Coimbra foi mandada
construir por D. Dinis, sendo muito prestigiada a nível nacional e
internacional por ser a mais antiga de Portugal e uma das mais
antigas e maiores no mundo. Finalmente, mas não menos
importante, Coimbra vive e respeita grandes tradições,
principalmente académicas, daí ter-lhe sido atribuída a
denominação de “Cidade dos Estudantes”.
Quanto à educação portuguesa, o nosso grupo teve uma
conversa mais profunda e demorada com um senhor que estudou
somente até ao 4º ano de escolaridade e nos deu uma perspetiva
um pouco negativa em relação à mesma. Antigamente, segundo a
sua experiência, a educação em Portugal era rígida e, portanto, o
senhor tinha um bom e exemplar comportamento, contrariamente
aos dias de hoje. No entanto, referiu que a educação a que teve
direito, independentemente de ter sido rígida, não afetou a sua
vida num mau sentido, mas sim num bom sentido, chegando
mesmo a considerar a sua professora uma segunda mãe.

• Aprendemos a aceitar opiniões diferentes.

A população mais idosa referiu que antigamente não tinham


tantas oportunidades a nível escolar como atualmente, enquanto
que pessoas jovens, embora já possuam uma maior quantidade
dessas mesmas oportunidades e considerem o presente ensino
benéfico, defendem que o mesmo deveria sofrer algumas
alterações, tais como tornar-se mais “aberto” de modo a facilitar a
decisão dos alunos relativamente à área que pretendem seguir no
seu futuro e deixar de ser tão teórico e passar a ser um pouco
mais prático, pois consideram que muitos seguem para o mercado
de trabalho praticamente mal preparados. Contudo, ambas as
faixas etárias consideram a educação muito importante na vida das
pessoas sem exceções.

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• Aprendemos a respeitar e a saber ouvir pessoas com diferentes
perspetivas sobre a nossa cidade que já tomamos como certas.

Conclusão
Concluímos que este trabalho foi tão benéfico para nós como para as
pessoas com quem dialogámos. Para nós foi muito importante, pois
aprendemos novas perspetivas e tivemos oportunidade de ter contacto direto
com as pessoas. Para os indivíduos foi marcante, pois tiveram oportunidade de
refletir sobre um tema que muitas vezes passa despercebido no quotidiano.

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